O que são taquiarritimias?
Taquiarritmias são alterações no ritmo do coração que fazem com que ele bata mais rápido do que o normal, geralmente acima de 100 batimentos por minuto (bpm) em repouso. Elas podem ser leves ou graves, e algumas exigem tratamento imediato.
Qual a prevalência da taquiarritmias no mundo?
As taquiarritmias são uma das causas mais comuns de atendimento em pronto-socorro e consultórios de cardiologia. A fibrilação atrial (FA) é a mais frequente, afetando milhões de pessoas no mundo. Sua ocorrência aumenta com a idade e a presença de comorbidades, como hipertensão e insuficiência cardíaca.
Quais são os tipos de taquiarritmia?
A classificação depende do local onde a arritmia se origina:
Taquiarritmias Supraventriculares (TSV)
Iniciam nas câmaras superiores do coração (átrios ou nó AV):
- Fibrilação atrial (FA)
- Flutter atrial
- Taquicardia atrial
- TRNAV (taquicardia por reentrada nodal)
- Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW)
Taquiarritmias Ventriculares (TV)
Origem nos ventrículos:
- Taquicardia ventricular monomórfica
- Taquicardia ventricular polimórfica
- Fibrilação ventricular (forma mais grave)
Quais são os principais fatores de risco para taquiarritmias?
As causas de taquiarritmia são variadas. Os principais fatores incluem:
- Doenças cardíacas (infarto, cardiomiopatias)
- Hipertensão arterial
- Hipertireoidismo
- Apneia obstrutiva do sono
- Uso de cafeína, álcool ou drogas ilícitas
- Medicamentos (alguns antidepressivos, descongestionantes)
- Estresse emocional
- Idade avançada
- Tabagismo
Controlar esses fatores reduz significativamente o risco de arritmias cardíacas.
Quais são os sintomas da taquiarritimia?
Nem toda taquiarritmia causa sintomas, mas quando presentes, os mais comuns são:
- Palpitações (batimentos acelerados ou irregulares)
- Tontura
- Desmaios (síncope)
- Falta de ar
- Dor ou aperto no peito
- Cansaço excessivo
- Ansiedade
Em casos de desmaio ou dor intensa no peito, procure atendimento médico imediatamente.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames que avaliam o ritmo cardíaco:
- Eletrocardiograma (ECG)
- Monitoramento Holter (registro contínuo por 24h ou mais)
- Ecocardiograma
- Estudo eletrofisiológico (em casos mais complexos)
Prevenção
Nem todas as taquiarritmias podem ser evitadas, mas você pode reduzir os riscos com:
- Controle rigoroso da pressão arterial
- Tratamento de distúrbios hormonais (ex.: tireoide)
- Correção da apneia do sono
- Evitar cafeína, álcool e cigarro
- Redução do estresse
- Prática de atividade física moderada
- Alimentação equilibrada
Como é feito o tratamento da taquiarritmia?
O tratamento depende do tipo de taquiarritmia, da gravidade dos sintomas e da presença de doenças associadas.
Opções disponíveis:
- Manobras vagais (em alguns casos de TSV)
- Medicamentos antiarrítmicos ou betabloqueadores
- Cardioversão elétrica (choque controlado para restaurar o ritmo normal)
- Ablação por cateter (queima seletiva do foco da arritmia)
- Implante de CDI (cardiodesfibrilador implantável) em casos de alto risco
- Marca-passo, se necessário em arritmias com pausas ou bradicardia associada

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FAQ – Perguntas frequentes
O principal é o ECG. Em casos intermitentes, usa-se Holter, ecocardiograma ou estudo eletrofisiológico.
Não. Algumas são benignas. Mas outras, como a fibrilação ventricular, exigem tratamento imediato.
Não, a fibrilação atrial (FA) não tem cura definitiva na maioria dos casos, mas pode ser controlada com muito sucesso. O objetivo do tratamento é:
•Aliviar os sintomas
•Evitar complicações, como AVC
•Reduzir a recorrência da arritmia
As opções de tratamento incluem:
1.Medicamentos
2.Ablação por cateter – especialmente eficaz em pacientes com FA paroxística e sintomas persistentes.
3.Controle de fatores de risco
Em muitos casos, especialmente após ablação bem-sucedida, a FA pode entrar em remissão de longo prazo. Contudo, como a predisposição à arritmia persiste, é mais correto falar em controle clínico eficaz do que em cura definitiva.
Depende do tipo e da gravidade. Atividades devem ser autorizadas por um cardiologista.
Se tiver palpitações frequentes, desmaio, tontura ou dor no peito, procure atendimento médico urgente.
Revisão Técnica: Carina Abigail Hardy, CRM:119275 Centro Especializado em Arritmologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz