Câncer de Cabeça e Pescoço

Feridas que não cicatrizam nos lábios ou dentro da boca, dificuldade para engolir, rouquidão persistente e até caroços no pescoço podem ser alguns dos sintomas do câncer de cabeça e pescoço.

Os hábitos de tabagismo e alcoolismo, desnutrição, infecção por HPV e negligência à saúde da boca, são fatores que aumentam as chances desse tipo de câncer.

Prevenção e detecção precoce. A combinação mais eficiente contra o câncer.
Atente-se aos sinais!

Câncer nos lábios

Câncer nos lábios

O câncer nos lábios tem como principal causa a exposição crônica ao sol. Daí a importância de evitarmos os horários de pico e o uso do protetor solar. O tabaco e o álcool também têm influência em seu aparecimento, assim como o consumo frequente de bebidas muito quentes, como chimarrão. A maioria dos cânceres labiais ocorre no lábio inferior, em pessoas brancas, com incidência maior na faixa etária de 50 a 70 anos e predominantemente em homens.

Câncer na Glândula Salivar

Câncer na Glândula Salivar

Embora represente em torno de 1% dos casos, o câncer na glândula salivar é provocado por mutações no DNA das células que produzem, armazenam e as que formam os canais que drenam a saliva, que começam se multiplicando em excesso, levando ao surgimento de tumores. As glândulas salivares maiores estão localizadas aos lados da face: próximo ao conduto do ouvido, junto ao ângulo da mandíbula, e sob a língua.

Câncer de Laringe

Câncer de Laringe

O álcool e o tabaco são os maiores inimigos da laringe. Fumantes têm 10 vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe, ou o aparelho da voz, composta por cordas vocais, delicados músculos, ligamentos e cartilagens. Outros fatores também são prejudiciais, como a má alimentação, falar alto e sem pausas, e doenças de refluxo não tratadas. O principal sinal de alerta para o câncer de laringe é a rouquidão (a chamada disfonia). Predominante entre os homens, representa cerca de 25% dos casos de tumor na cabeça e pescoço. Se diagnosticado precocemente, porém, pode receber um tratamento cirúrgico localizado, com mínima perda tecidual.

Câncer de Tireoide

Câncer de Tireoide

Na maioria das vezes, o câncer de tireoide não tem sintomas. O mais comum é o aparecimento de um nódulo na região anterior do pescoço, que se movimenta durante a deglutição, por isso a importância do autoexame. É muito importante ser avaliado por um especialista, endocrinologista ou cirurgião de cabeça e pescoço, para indicar a realização de exames como a ultrassonografia e a biópsia por agulhamento (punção biópsia). O tratamento é cirúrgico. Em alguns casos, pode ser complementado com o uso de iodo radioativo. A reposição do hormônio sintético da tireoide também pode ser usada para manter inativos os focos vestigiais de células da tireoide.

Tratamento

O tratamento multidisciplinar dos quais podemos destacar: os cuidados da enfermagem, acompanhamento nutricional, reabilitação fisioterápica motora, atuação fonoaudiológica para deglutição e fala, preparo odontológico para radioterapia e tratamento das mucosites.

Tratamento: Imunoterapia

Imunoterapia

Aprovada pela ANVISA, a terapia que estimula a resposta do sistema imunológico é uma das formas de tratamento dos tumores na cabeça e pescoço. O nivolumabe, medicamento que aumenta a taxa de sobrevida, é responsável pela melhoria da qualidade de vida dos pacientes com a doença em estágio avançado.

Tratamento: Radioterapia

Radioterapia

O tratamento com radioterapia é utilizado nos casos avançados de tumores de cabeça e pescoço, com apoio da equipe multidisciplinar.

Tratamento: Cirurgia

Cirurgia

O tratamento cirúrgico constitui na remoção do tumor primário com margens de segurança (tecidos livres de câncer examinados no microscópio), assim como a retirada das metástases para os linfonodos do pescoço.

Prevenção

Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, evitando-se os fatores de risco como o álcool e o tabagismo e sexo oral sem camisinha, ajuda a manter uma vida saudável e prevenir contra esses tipos de câncer.

Higiene Bucal

Higiene Bucal

A higiene bucal é fundamental para evitar os tumores de boca. Além de uma boa escovação dos dentes, é importante manter as próteses dentárias bem ajustadas e fazer visitas regulares ao dentista para detectar precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.

Cigarro e álcool

Cigarro + Álcool

O álcool potencializa a ação do cigarro. Juntos, cigarro e álcool aumentam em 19 vezes a chance de desenvolver câncer na cabeça e pescoço. Se você fuma há mais de 10 anos é importante que faça consultas regulares ao médico.

HPV

7% da população brasileira têm HPV oral transmitido por via sexual

Não fumar ou não beber não afasta o risco de câncer na cabeça e pescoço. Você pode estar sujeito ao HPV em casos de sexo oral sem camisinha. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a porcentagem de portadores do HPV, transmitido dessa maneira, é de 7%.


Infografico sobre Câncer de Cabeça e Pescoço

Saiba mais sobre Câncer de Cabeça e Pescoço

Confira o material exclusivo e entenda mais sobre os fatores de risco, sintomas, tratamento e prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço.
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FAQ – Perguntas frequentes

Câncer de cabeça e pescoço é um termo geral que abrange vários tumores malignos que se desenvolvem no crânio, face, boca, língua, glândulas salivares, faringe, laringe etc.

Os sintomas do câncer de cabeça e pescoço podem variar dependendo da localização do tumor, mas os sintomas comuns incluem: feridas na boca que não cicatrizam, dor de garganta persistente, dificuldade para engolir, rouquidão persistente, caroços no pescoço e muito mais.

Os principais fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição prolongada ao sol sem proteção adequada, infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e histórico familiar de câncer de cabeça e pescoço.

O diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço é feito por meio de exame clínico, exames de imagem (como tomografia computadorizada e ressonância magnética), biópsia do tecido afetado e, em alguns casos, exames laboratoriais.

As opções de tratamento podem incluir cirurgia para remover o tumor, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia direcionada. Os planos de tratamento são individualizados, dependendo do estágio do câncer, da localização do tumor e das características do paciente.

Na página do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz, contamos com uma equipe multidisciplinar especializada no tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Entre em contato conosco para saber mais sobre nossos especialistas e agendar uma consulta.

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Oncologia

Próximo à Avenida Paulista, uma das localizações mais privilegiadas de São Paulo, o Centro Especializado em Oncologia dispõe de modernas instalações em um ambiente acolhedor e arborizado do Complexo Hospitalar, proporcionando o máximo de conforto aos pacientes. O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece tratamento oncológico em um só lugar, com setores de Quimioterapia, Radioterapia e Cirurgia Oncológica, que trabalham em conjunto com foco na assistência integral ao paciente e sua família.

Varanda externa com guarda-corpo branco, plantas verdes ao fundo e uma poltrona moderna azul sobre piso de cerâmica.

CÂNCER DE FÍGADO | TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE…

“O câncer de fígado é um tipo de tumor que se forma em um dos maiores e mais importantes órgãos do corpo humano, podendo ser primário ou originário de uma metástase. Normalmente, o câncer de fígado não apresenta sintomas nas fases iniciais, sendo muitas vezes descoberto em exames de rotina.

A condição costuma ter relação com a cirrose hepática, causada por álcool ou hepatites e acúmulo de gordura no fígado. Entenda mais sobre esta condição nesse vídeo com a participação do Dr. Raphael Paulo di Paula Filho, cirurgião oncológico do nosso hospital e descubra quais os tipos de tumores, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção.”

Intrabeam reduz tempo de tratamento de radioterapia para diversos tipos de câncer

A tecnologia, que foi criada para o tratamento de tumores cerebrais, é utilizada com segurança e eficácia para combater outros tumores, como o de mama e de coluna

São Paulo, 1 de fevereiro de 2023 – Há quase uma década o Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi pioneiro no Brasil ao oferecer aos seus pacientes a tecnologia do Intrabeam, equipamento responsável por uma única sessão de radioterapia intraoperatória para o tratamento de câncer de mama em estágio inicial e em mulheres acima de 50 anos. Essa abordagem desbravadora rendeu ao Hospital o Certificado de Centro de Referência na América Latina expedido pela empresa que projetou e comercializa o equipamento.

Atualmente o leque de utilização dessa tecnologia se expandiu bastante, sendo usada também para outros tipos de cânceres, especialmente quando se desenvolvem no abdômen, na coluna (lombar e torácica), para os chamados sarcomas (tumores de partes moles – aqueles que se desenvolvem em músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos e nervos periféricos), lesões ósseas primárias ou secundárias e lesões de pele em regiões críticas (ao redor dos olhos, boca, nariz e orelha).

De acordo com o Dr. Rodrigo Hanriot, coordenador da Radioterapia do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o maior benefício trazido pelo Intrabeam, além da segurança e da eficiência (porque atinge somente o tumor e não os órgãos vizinhos, como pode acontecer com a radioterapia convencional), é a redução do tempo de tratamento e, consequentemente, do custo total do processo.

“O tratamento convencional é composto de 20 a 30 aplicações diárias, e obriga o paciente a ir ao hospital uma vez ao dia até finalizar o tratamento. Com esse equipamento o processo todo se reduz a uma única aplicação, durante a cirurgia, ou seja, o paciente não precisa retornar diariamente ao hospital porque já está tratado. Além disso, pode reduzir o custo do tratamento de 20 a 50% quando comparado com a radioterapia externa ”, esclarece.

O especialista destaca que essa tecnologia ainda não é usada para todos os tipos de lesões e que há ainda protocolos detalhados que devem ser respeitados. “No caso dos cânceres de mama, por exemplo, o Intrabeam é indicado para mulheres acima de 50 anos ou já na menopausa, com lesões até 2,5 cm e que estejam localizadas somente nas mamas, ou seja, que não tenham atingido os linfáticos da axila”, ressalta.

O médico diz ainda que entre 20 e 25% de todas as pacientes com câncer de mama, poderiam se beneficiar da utilização do Intrabeam.

Intrabeam é indicado para lesões no corpo vertebral (coluna)

Segundo o Dr. Marcelo Risso, ortopedista e especialista em tratamento de cânceres na coluna, com o passar dos anos, estudos comprovam a eficácia do Intrabeam para o tratamento de tumores na coluna. E o Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi uma das instituições pioneiras no mundo a realizar esse tipo de procedimento, em 2018. “Mas a utilização da tecnologia depende do cumprimento de alguns critérios, entre eles, o paciente deve ter até três lesões metastáticas, elas devem ser oligo progressivas (que crescem muito lentamente) e estarem localizadas no corpo vertebral, que é a região anterior da vértebra e onde se concentram cerca de 90% dos tumores”, esclarece.

Para o especialista, assim como no tratamento de câncer de mama, a aplicação da radioterapia por meio do Intrabeam nos tumores na coluna tem três grandes vantagens. “A primeira delas é a dose-efetividade, que é excelente, que também é feita durante a cirurgia, em dose única e sem afetar órgãos e tecidos vizinhos, como medula, intestino, músculos e pele”, garante.

“O segundo benefício é que, em geral, tumores de coluna têm uma fratura da vértebra associada e durante a mesma cirurgia é possível tratar a fratura por meio da injeção de cimento ósseo dentro da vértebra”, elenca.

“A terceira vantagem é que uma sessão de radioterapia única com o Intrabeam, permite ao paciente retornar rapidamente ao oncologista e dar continuidade ao tratamento sistêmico, como a quimioterapia e a imunoterapia, por exemplo”, relata.

Presença do médico patologista durante biópsia permite mais precisão e rapidez no diagnóstico de câncer

As biópsias são fundamentais para o diagnóstico das doenças, em especial, das oncológicas. A presença do médico patologista durante esse procedimento permite que a coleta do material seja feita com exatidão e que uma primeira análise identifique com rapidez se a amostra testa positivo para o câncer e já neste primeiro momento seja preparada para estudos posteriores e mais específicos sobre o tipo de neoplasia.

Para o Dr. Ariel Kann, Head de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o trabalho de uma equipe multidisciplinar é um diferencial dentro do Centro Especializado em Oncologia da Instituição. “A presença de diversos especialistas de excelência, composta por médicos oncologista, cirurgião, radiologista intervencionista e patologista, planejando e executando, desde o início, a coleta do material traz desfechos melhores, mais resolutivo para o paciente, garantindo qualidade, segurança e confiabilidade aos resultados. A adoção do atendimento multidisciplinar é fundamental para determinar o tipo específico de câncer, permitir a definição cada vez mais assertiva do esquema terapêutico e, portanto, a individualização do tratamento”, afirma o especialista.

Biópsia: o que é e como funciona O Prof. Dr. Venâncio Alves, patologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que as biópsias são o ato cirúrgico pelo qual é feita a coleta de um fragmento do tecido (conjunto de células) que será analisado naquele exato momento para confirmar se a suspeita de neoplasia procede. “A partir da coleta, o material que é encaminhado ao laboratório passa por exames mais complexos, como os anatomopatológicos, os citopatológicos e os imunohistoquímicos, que vão estabelecer o tipo de doença. A partir desses resultados os oncologistas poderão definir a melhor abordagem para cada paciente,”, esclarece.

O patologista explica ainda que as biópsias podem ser feitas basicamente de três maneiras. Por um médico clínico em consultório, quando as lesões são de fácil acesso, como acontece em lesões de pele, de linfonodos superficiais (gânglios) ou outros nódulos palpáveis. Por um cirurgião, em uma sala cirúrgica, em situações em que a área suspeita de câncer se encontra em um local de difícil acesso. E ainda por um médico radiologista intervencionista, que além de analisar as imagens por meio de ultrassom, tomografias, ressonâncias magnéticas e exames de PET scan, identifica os nódulos e coleta amostras para que sejam analisadas pelo patologista.

Trabalho em equipe traz resultados mais precisos O Dr. Flávio Pimentel, radiologista intervencionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, reitera a importância da biópsia realizada com a presença do patologista. “Cada tumor pode se apresentar de uma maneira diferente e não ser uniforme. O tecido retirado pode ser composto predominantemente por fibrose (cicatriz) ou necrose (com muitas células mortas) e isso pode impedir um diagnóstico preciso. Por isso é importante que o patologista cheque a qualidade e a quantidade do material coletado, para ter certeza de que os fragmentos coletados são suficientes para o diagnóstico. Se aquela amostra coletada inicialmente não for satisfatória, uma outra é coletada já neste mesmo ato e o paciente não precisa voltar ao hospital para fazer uma nova biópsia”.

O especialista conta que os patologistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz utilizam uma técnica chamada de congelação. “Essa técnica congela a amostra de tecido retirada, o que permite que o material seja imediatamente submetido a cortes finos e análise microscópica, capaz de avaliar se é câncer ou não, e se a amostra é suficiente”, explica Pimentel.

“Essa segurança na adequação da amostra é importante, não só para o paciente, que já sai com o diagnóstico, mas também para o sistema de saúde, no sentido de prevenir repetição de procedimentos (com aumento do custo e perda de tempo valioso), e para a equipe médica, que consegue identificar a doença e pode começar a planejar o tratamento com maior rapidez”, assegura.

Presença do médico patologista durante a biópsia permite mais precisão e rapidez no diagnóstico de câncer

Equipe multidisciplinar reduz custos e possibilita tratamentos personalizados

São Paulo, 25 de outubro de 2022 – As biópsias são fundamentais para o diagnóstico das doenças, em especial, das oncológicas. A presença do médico patologista durante esse procedimento permite que a coleta do material seja feita com exatidão e que uma primeira análise identifique com rapidez se a amostra testa positivo para o câncer e já neste primeiro momento seja preparada para estudos posteriores e mais específicos sobre o tipo de neoplasia.

Para o Dr. Ariel Kann, Head de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o trabalho de uma equipe multidisciplinar é um diferencial dentro do Centro Especializado em Oncologia da Instituição. “A presença de diversos especialistas de excelência, composta por médicos oncologista, cirurgião, radiologista intervencionista e patologista, planejando e executando, desde o início, a coleta do material traz desfechos melhores, mais resolutivo para o paciente, garantindo qualidade, segurança e confiabilidade aos resultados. A adoção do atendimento multidisciplinar é fundamental para determinar o tipo específico de câncer, permitir a definição cada vez mais assertiva do esquema terapêutico e, portanto, a individualização do tratamento”, afirma o especialista.

Biópsia: o que é e como funciona

O Prof. Dr. Venâncio Alves, patologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que as biópsias são o ato cirúrgico pelo qual é feita a coleta de um fragmento do tecido (conjunto de células) que será analisado naquele exato momento para confirmar se a suspeita de neoplasia procede. “A partir da coleta, o material que é encaminhado ao laboratório passa por exames mais complexos, como os anatomopatológicos, os citopatológicos e os imunohistoquímicos, que vão estabelecer o tipo de doença. A partir desses resultados os oncologistas poderão definir a melhor abordagem para cada paciente,”, esclarece.

O patologista explica ainda que as biópsias podem ser feitas basicamente de três maneiras. Por um médico clínico em consultório, quando as lesões são de fácil acesso, como acontece em lesões de pele, de linfonodos superficiais (gânglios) ou outros nódulos palpáveis. Por um cirurgião, em uma sala cirúrgica, em situações em que a área suspeita de câncer se encontra em um local de difícil acesso. E ainda por um médico radiologista intervencionista, que além de analisar as imagens por meio de ultrassom, tomografias, ressonâncias magnéticas e exames de PET scan, identifica os nódulos e coleta amostras para que sejam analisadas pelo patologista.

Trabalho em equipe traz resultados mais precisos

O Dr. Flávio Pimentel, radiologista intervencionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, reitera a importância da biópsia realizada com a presença do patologista. “Cada tumor pode se apresentar de uma maneira diferente e não ser uniforme. O tecido retirado pode ser composto predominantemente por fibrose (cicatriz) ou necrose (com muitas células mortas) e isso pode impedir um diagnóstico preciso. Por isso é importante que o patologista cheque a qualidade e a quantidade do material coletado, para ter certeza de que os fragmentos coletados são suficientes para o diagnóstico. Se aquela amostra coletada inicialmente não for satisfatória, uma outra é coletada já neste mesmo ato e o paciente não precisa voltar ao hospital para fazer uma nova biópsia”.

O especialista conta que os patologistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz utilizam uma técnica chamada de congelação. “Essa técnica congela a amostra de tecido retirada, o que permite que o material seja imediatamente submetido a cortes finos e análise microscópica, capaz de avaliar se é câncer ou não, e se a amostra é suficiente”, explica Pimentel.

“Essa segurança na adequação da amostra é importante, não só para o paciente, que já sai com o diagnóstico, mas também para o sistema de saúde, no sentido de prevenir repetição de procedimentos (com aumento do custo e perda de tempo valioso), e para a equipe médica, que consegue identificar a doença e pode começar a planejar o tratamento com maior rapidez”, assegura.

OUTUBRO ROSA – Câncer de mama: como lidar com as emoções e amenizar os efeitos colaterais durante o tratamento

Pacientes devem ter atenção redobrada com a pele, as unhas, os cabelos e a alimentação

São Paulo, 05 de outubro de 2022 – Uma pesquisa publicada recentemente pela revista Nature Reviews Clinical Oncology, feita por pesquisadores da Universidade de Harvard, destaca que a incidência de câncer antes dos 50 anos de idade tem crescido a cada geração e aponta para o aumento da ocorrência da doença entre adultos jovens nas próximas décadas. E esse aumento já vinha sendo detectado antes da pandemia de Covid-19, quando um levantamento da American Cancer Society, de 2019, relatou que uma em cada oito mulheres que viverem até os 75 anos terão diagnóstico de câncer de mama.

Isso significa que provavelmente todo mundo conhece alguém que tem ou já teve a doença. Por outro lado, os avanços da medicina trazem o conforto de um tratamento com cada vez mais chance de sucesso, especialmente se detectado precocemente, quando as chances de cura podem superar os 95%, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

De acordo com o Dr. Pedro Exman, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, receber um diagnóstico de câncer de mama é um dos momentos mais difíceis da vida de uma mulher, por isso é tão importante que a paciente tenha acesso não apenas ao médico, mas seja orientada e acompanhada por um time multidisciplinar, ou seja, que seu tratamento contemple estratégias terapêuticas alinhadas também com psicólogos, nutricionistas, enfermeiros especializados e outros profissionais, de acordo com os cuidados necessários para cada mulher.

Então, como passar por esse processo da melhor forma? Como ajudar amigas e parentes que estão passando pelo tratamento? Ouvimos alguns dos especialistas do Centro Especializado em Oncologia para entender esse momento tão delicado e reunimos dicas importantes para a saúde e o bem-estar das mulheres que estão enfrentando tratamentos para combater o câncer de mama.

Entendendo as emoções

Para a Flávia Andrade, psicóloga do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o mais importante é entender as emoções vividas naquele momento. “O diagnóstico oncológico é sempre impactante. E pode trazer tristeza e choro, que são normais em uma situação como essa, e fazem parte do processo. Mas, caso a paciente não consiga se reorganizar para enfrentar o tratamento, pode ser necessário um suporte profissional”, esclarece a psicóloga.

O amparo de amigos e familiares é imprescindível durante o tratamento. “É importante contar com uma rede de apoio que se coloque à disposição, tentando entender a necessidade da pessoa. Respeitar o tempo e o espaço da paciente é fundamental”, alerta.

Outro aspecto importante é manter um diálogo aberto com o médico. “A paciente deve sempre tirar as suas dúvidas e lembrar que o médico é sempre sua referência de informações, evitar buscar opiniões em outros locais. Além disso, a paciente precisa tentar vivenciar uma etapa de cada vez, porque no tratamento oncológico o cronograma pode mudar, de acordo com a resposta de cada uma. Assim, a esperança e a confiança são fundamentais para enfrentar o processo”, aconselha.

Com relação à autoestima, especialmente a perda dos cabelos e sobrancelhas, a psicóloga orienta que cada mulher procure o estilo que vai fazer com que ela se sinta bem. “Cada uma deve buscar aquilo que a fizer sentir mais confortável, seja com a cabeça raspada, com um lenço ou com uma prótese (peruca), maquiada ou sem maquiagem. O mais importante é lembrar que, apesar do cabelo ter muito a ver com autoimagem, essa transformação é temporária. Toda mulher muda a cor do cabelo, ou o corte e continua sendo ela mesma”, diz.

Cuidados com os cabelos e sobrancelhas

A Dra. Jade Cury, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, traz algumas dicas sobre como cuidar dos cabelos e sobrancelhas, da pele e das unhas durante o tratamento.

Recentemente, foi lançada uma touca que provoca o resfriamento do couro cabeludo, capaz de diminuir o risco de alopecia (queda dos cabelos). Uma novidade que enche de esperança toda mulher que passa pelo tratamento.

Nos casos em que o uso da touca não é possível ou a paciente optar por não utilizar, a dermatologista reforça a importância do uso do protetor solar diariamente no couro cabeludo e usar lenços ou perucas para proteger a pele da cabeça dos danos causados pela exposição excessiva à luz solar. “Algumas perucas podem ser coladas ao couro cabeludo e permitem inclusive, que a paciente entre na piscina e no mar, devendo apenas fazer uma manutenção a cada 15 dias. Acredito que o importante é se cuidar e procurar a melhor forma de se sentir bem”, recomenda.

A especialista explica que ao término do tratamento, é possível utilizar dermocosméticos que fortalecem o crescimento dos cabelos. “Hoje existem produtos, como os utilizados para a calvície masculina, que aceleram e estimulam o crescimento dos cabelos que caíram”. Há, ainda, estudos que comprovam os benefícios da utilização desses produtos e mostram um ganho no tempo de crescimento pós quimioterapia de cerca de 50 dias. “A paciente deve ser orientada pelo médico para que possa receber a recomendação adequada e jamais passar qualquer produto sem orientação”, reforça a dermatologista.

No caso das sobrancelhas, a Dra. Jade sugere a utilização de carimbos, que já são vendidos nos formatos de sobrancelhas ou o preenchimento com lápis, simulando as sobrancelhas. Essas opções ajudam a melhorar a autoestima enquanto elas não crescem de novo.

Cuidados com a pele e as unhas

A pele também sente os efeitos do tratamento. No caso da quimioterapia, acomete a pele do corpo todo, já na radioterapia, apenas na região da mama. Os efeitos colaterais mais comuns são: ressecamento, irritação e até inflamação, além de adquirir uma sensibilidade maior à luz solar (fotossensibilidade). “Aconselhamos às pacientes que vão começar a quimioterapia a hidratar a pele de todo o corpo diariamente, especialmente quando estiver úmida, após o banho. Isso vai minimizar os efeitos dos quimioterápicos e proporcionar maior conforto. Na hora do banho não se deve usar água muito quente, usar um sabonete suave, de glicerina, para pele de bebê ou com o PH neutro, como os sabonetes syndet (um tipo de detergente sintético que contém menos de 10% de sabonete e tem o pH ajustado entre 5,5 e 7), mais próximo ao PH da pele”, diz a especialista.

Outro ponto importante é o cuidado com as unhas, principalmente, porque as mulheres brasileiras têm o hábito de tirar a cutícula. “Durante a quimioterapia, orientamos a não tirar a cutícula das mãos e dos pés, porque um machucado pode ser uma porta de entrada para infecções”, explica a dermatologista.

Alimentação balanceada

A alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais, com consumo de proteínas, baixa ingestão de gordura saturada, e uma boa hidratação são a receita básica para o período de enfrentamento do câncer.

De acordo com a nutricionista Camila de Moura Gatti, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Adequar a alimentação para que seja mais nutritiva ajuda a favorecer o tratamento. Os alimentos não recomendados durante o processo terapêutico são peixes crus, carnes cruas ou malcozidas, e ovos com a gema mole, devido ao aumento dos riscos de infecção alimentar. É aconselhável evitar comidas gordurosas, frituras e embutidos por causa do alto teor de gordura, que podem aumentar efeitos colaterais como enjoo e vômito”, explica.

A nutricionista também lembra da necessidade de higienizar bem os alimentos in natura, especialmente, as frutas, verduras e legumes. O ideal é realizar lavagem em água corrente e utilizar solução clorada, conforme orientação do produto.

Uma dica bastante especial para aquelas mulheres que estão enfrentando enjoos e vômitos durante o tratamento é a ingestão de alimentos gelados, azedos ou mais secos, como bolachas de água e sal. “Eles ajudam a diminuir a salivação excessiva, podendo melhorar as náuseas. As preparações mais geladas, como água, com ou sem limão, e picolés também ajudam a atenuar esses sintomas”, ensina a especialista.

Todos esses cuidados ajudam as mulheres a se sentirem melhor durante o tratamento oncológico e, por isso, é tão significativo o apoio de uma equipe multidisciplinar. “O acompanhamento da equipe multidisciplinar é um dos pontos fortes do tratamento, além de suprir a demanda da saúde, com a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, quando necessários, serve de alicerce para que as pacientes se sintam mais confortáveis consigo mesmas. Aqui no Hospital consideramos uma necessidade essencial para superar o percurso e a doença em si”, garante o Dr. Pedro Exman, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Câncer na panturrilha? Conheça os sarcomas de partes moles

Existe câncer na panturrilha? Os sarcomas podem ocorrer em qualquer parte do organismo, mas é comum que eles atinjam os membros inferiores, como a panturrilha e os pés.

A grande maioria das pessoas costuma associar a ocorrência de tumores em órgãos como pâncreas, mamas e fígado, que realmente são mais incidentes na população brasileira. Entretanto, entre 1% e 2% dos tumores também podem acometer tendões, músculos e cartilagem, e são denominados sarcomas de partes moles.

Os sarcomas podem ocorrer em qualquer parte do organismo, como braços, costas, coxas e abdômen, mas é comum que eles acometam os membros inferiores, como a panturrilha e os pés. Quando atingem os ossos são denominados osteossarcomas (mais comuns em crianças e adolescentes).

O diagnóstico precoce é essencial, pois, dependendo do grau de malignidade do tumor, ele pode se espalhar mais facilmente pelo organismo. Os graus são divididos em baixo, intermediário e alto.

“Nos membros inferiores, por exemplo, um dos órgãos frequentemente atingidos por metástase é o pulmão”, explica o dr. Waldec Jorge, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como identificar? Normalmente os sarcomas não manifestam sintomas nos estágios iniciais, o que torna a sua identificação desafiadora. Entretanto, o dr. Waldeck explica que na região dos braços e pernas, onde há menos gordura, é possível notar nódulos que vão aumentando de tamanho e que podem provocar dor com o passar do tempo. Sintomas como febre, perda de peso ou falta de apetite são raros.

“Um exame físico já aumenta a suspeita do diagnóstico. Muitas vezes, o único sintoma é um incômodo local com um caroço em crescimento”, complementa Waldec.

Já nos sarcomas que atingem os ossos, a dor é o principal sintoma. É possível descrever como uma dor que vai e volta e fica sempre pior no período noturno. A localização dessa dor costuma ser no osso da coxa (fêmur), um dos ossos mais longos do corpo humano.

Como tratar sarcomas? Para os sarcomas de baixo grau e que se desenvolvem mais lentamente, a base do tratamento é cirúrgica, além da radioterapia para minimizar a recorrência do tumor.

“Tumores de alto grau e de crescimento e que se espalham rápido são mais sensíveis à quimioterapia. É por isso que a escolha do tratamento em si vai depender do sarcoma que estamos tratando e do seu grau de estadiamento”, diz o oncologista.

Diagnóstico precoce Diferentemente dos tumores de próstata e mama, em que é possível a partir de certa idade fazer exames específicos a fim de identificar a doença mais precocemente, no caso dos sarcomas não há exames do gênero. Entretanto, é importante ficar atento a questões de hereditariedade.

“Para os sarcomas não há nenhum padrão de rastreamento, exceto nas situações em que há uma predisposição estabelecida. Pelo histórico familiar é possível notar quando há alguma alteração genética. Existem famílias com três, quatro casos, por isso é importante investigar, pois alterações genéticas herdadas, como a síndrome de Li-Fraumeni, podem ser responsáveis por elevar o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer”, elucida Waldec.

Luta contra o câncer de pulmão ganha novos reforços

Novos tratamentos abrangem imunoterapia, segmentectomia pulmonar (retirada de um segmento do pulmão) e abordagem personalizada para cessação do tabagismo

São Paulo, 24 de agosto de 2022 – Todo ano, mais de 150 mil fumantes morrem no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O tabagismo também é responsável por 90% dos cânceres de pulmão registrados no país, que registra 28 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Duas novidades apresentadas durante o Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC) 2022, realizado no início de agosto em Viena, na Áustria, ganharam destaque: um estudo que revela a eficácia da Segmentectomia (retirada de um segmento do pulmão) e o estudo Yorkshire Enhanced Stop Smoking Study (YESS), realizado na Inglaterra, que registrou aumento da cessação do tabagismo depois de uma abordagem personalizada.

Já no Brasil, especialistas comemoram a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 15 deste mês, da utilização da imunoterapia, associada à quimioterapia, para o tratamento de pacientes que têm doença inicial e que são candidatos a um tratamento cirúrgico. Para o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essas novidades devem beneficiar os pacientes que enfrentam tratamentos de câncer de pulmão, diminuindo as taxas de recidiva da doença.

“A aprovação do uso da imunoterapia associada à quimioterapia neste cenário de doença inicial traz importantes vantagens: redução de 37% no risco de progressão da doença e aumento da resposta patológica verificada no tumor (que é uma forma de avaliar a efetividade dessa modalidade de tratamento, bem como os benefícios trazidos por ela) salta de 2%, somente com quimioterapia e cirurgia, para 24% com a utilização da imunoterapia e da quimioterapia juntas”, ressalta.

O especialista destaca que em dois anos de estudo dessa nova abordagem, em 63% dos pacientes que fizeram cirurgia não houve recidiva, enquanto em pacientes que fizeram só quimioterapia e cirurgia esse número foi de 45%.

O oncologista também comenta sobre os avanços da cirurgia e a utilização da segmentectomia. “Apesar de ser uma técnica voltada para pacientes com tumores menores do que dois centímetros e com função pulmonar prejudicada, é uma cirurgia que poupa o pulmão não comprometido pela doença, porque retira um segmento do pulmão, em vez de um lobo inteiro. Isso significa que uma ressecção menor permite uma maior preservação do pulmão. A preservação de uma maior parte de pulmão saudável pode gerar um ganho na qualidade de vida”.

O estudo YESS se destacou no Congresso Internacional porque colocou em foco prevenção, tanto no que diz respeito à cessação do tabagismo, quanto à detecção precoce do câncer de pulmão. A pesquisa baseou-se em pacientes com câncer de pulmão que participaram de um programa de rastreamento da doença e que integraram um estudo personalizado de cessação do tabagismo (que ofereceu um momento educativo com imagens e relatos das doenças causadas pelo cigarro) e alcançou taxas de abstinência de mais de 30%.

“A oferta de apoio para cessação de tabagismo com suporte comportamental e farmacológico e rastreamento de câncer com tomografia associada ao programa de antitabagismo, diminuiu a mortalidade dos pacientes. Combinando as duas estratégias foi possível duplicar a redução de mortalidade nesses voluntários”, comemora o médico do Centro Especializado em Oncologia e complementa: “Durante o estudo foram observadas mudanças nas variáveis psicológicas, inclusive na motivação para deixar de fumar mediante o risco de câncer de pulmão, na crença e na confiança nas estratégias de cessação. Esse estudo ressalta a necessidade de combater o principal fator de risco em câncer de pulmão: o cigarro. É possível não só fazer detecção precoce, mas de fato evitar o surgimento do câncer quando educamos sobre os malefícios do cigarro”.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz recruta pacientes de câncer de reto distal para estudo que visa comparar a resposta do tumor a 2 tipos de quimioterapia permitindo, em muitos casos, que não seja realizada cirurgia

Com a participação de 29 centros no Brasil e América Latina, pacientes serão acompanhados até 2024. Com reconhecimento internacional, a técnica de observar os pacientes, sem realização de cirurgia, quando o tumor desaparece completamente com a radioterapia e a quimioterapia é chamada “Watch&Wait” e foi desenvolvida pela Profa. Dra. Angelita Gama

São Paulo, agosto de 2022 – Nos últimos anos, avanços têm impactado significativamente no tratamento do câncer de reto distal, diminuindo a necessidade de colostomias definitivas, sequelas cirúrgicas e o risco de recidiva do câncer e melhorando a qualidade de vida de quem enfrenta a doença.

Levando em conta as possíveis complicações ao paciente, inerentes ao procedimento cirúrgico, como infecção, disfunção esfincteriana, sexual e urinaria, o Watch&Wait (observar e esperar) surge como uma alternativa para evitar uma cirurgia de grande porte. Essa estratégia consiste em observar os pacientes que apresentaram remissão total do tumor de reto após o tratamento de radio e quimioterapia. Esse seguimento consiste na realização de visitas médicas para exame físico, assim como exames laboratoriais e de imagem e requer uma equipe multiprofissional capacitada, para que seu objetivo seja alcançado.

O tratamento dos tumores de reto com radio e quimioterapia já é realizado há muitos anos, entretanto diversas estratégias de tratamento (tipos de radioterapia e de quimioterapia) são descritas e ainda existe muita controvérsia sobre qual estratégia gera a melhor taxa de resposta do tumor. Com o objetivo de comparar dois esquemas diferentes de quimioterapia (associado à radioterapia) em relação a resposta ao tratamento e menor taxa de efeitos colaterais, pesquisadores estão desenvolvendo o CCHOWW, estudo randomizados e multicêntrico com a participação de pacientes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e de mais 28 instituições de saúde privadas e públicas do Brasil e América Latina. A ideia do estudo é identificar qual estratégia gera maiores taxas de desaparecimento da lesão, para que os pacientes sejam acompanhados, sem cirurgia, pela estratégia Watch&Wait, técnica desenvolvida pela Profa. Dra. Angelita Gama, cirurgiã coloproctologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A pesquisa tem como objetivo comparar os resultados da quimioterapia de consolidação apenas com fluoropirimidina ou fluoropirimidina + oxaliplatina na obtenção de uma resposta clínica completa ou quase-completa após quimio e radioterapia neoadjuvante.

Os pacientes selecionados devem ter mais de 18 anos, apresentar o diagnóstico de adenocarcinoma primário de reto (confirmado por biópsia) e acessível ao exame de toque retal (ao menos a borda inferior) pelo cirurgião colorretal. É necessária documentação endoscópica da lesão primária, tomografia de tórax e abdome total com contraste sem evidência de doença metastática e ressonância magnética de alta resolução da pelve com protocolo específico para câncer de reto.

“A estratégia Watch&Wait permite um acompanhamento individualizado do paciente, conforme sua resposta ao tratamento inicial. Representa acompanhá-lo muito de perto por meio de exames frequentes. A cirurgia só seria realizada caso o tumor reaparecesse, o que acontece, segundo levantamentos, em cerca de 25% dos casos”, explica Dr. Rodrigo Oliva Perez, cirurgião do aparelho digestivo, coordenador do Núcleo de Coloproctologia e Intestinos do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e pesquisador principal do estudo.

Hoje, a ideia de “observar e esperar” pacientes com tumores retais que desaparecem depois de tratados com radio e quimioterapia já se consagra como uma alternativa válida em centros especializados e casos selecionados. Nascida no Brasil, a estratégia é um dos assuntos mais quentes no tratamento da doença em todo o mundo.

Os pacientes participantes do Estudo CCHOWW serão acompanhados por dois anos e meio. Os interessados em participar podem entrar em contato com um dos centros participantes (lista abaixo) ou pelo número 11-3549-0729.

Instituição Cidade
Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo
Hospital Felício Rocho Belo Horizonte
Hospital Israelita Albert Einstein São Paulo
Hospital Municipal Dr. Mario Gatti Campinas
Complexo de Saúde São João de Deus – Divinópolis Divinópolis
Inst. Educação, Pesquisa e Gestão em Saúde – “Américas Oncologia” Rio de Janeiro
União Brasileira de Educação e Assistência – Pontifícia Univ. Católica do RS – Campus POA Porto Alegre
Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA Rio de Janeiro
Centro Paulista de Oncologia – CPO São Paulo
Instituto de Ensino e Pesq. do Hospital Sírio Libanês São Paulo
Centro Gaúcho Integrado de Oncologia, hematologia, ensino e pesquisa Porto Alegre
ICESP -FMUSP São Paulo
Hospital Primavera Aracaju
Hospital Lifecenter Belo Horizonte
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Porto Alegre
Associação Hospitalar Moinhos de Vento Porto Alegre
Hospital Militar de Área de Porto Alegre Porto Alegre
AC Camargo Câncer Center São Paulo
Hospital das Clínicas de Porto Alegre Porto Alegre
Complexo hospitalar Manoel André Ltda Arapiraca
Hospital das Clínicas de Passo Fundo Passo Fundo
Universidade de Caxias do Sul Caxias do Sul
Hospital Municipal de São José São José dos Campos
CEPON-Centro de Pesquisas Oncológicas Florianópolis
Hospital Napoleão Laureano João Pessoa
Instituto Nacional de Cancerología Buenos Aires
Hospital de Gastroenterologia Udaondo Ciudad de Buenos Aires Buenos Aires
Hospital Italiano de Buenos Aires Buenos Aires

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