Prevalência
As doenças inflamatórias intestinais são condições crônicas que, como o próprio nome sugere, causam inflamação no trato intestinal. Elas são caracterizadas por períodos de melhora e piora, apresentando sintomas variáveis conforme a localização e gravidade da doença. Os tipos mais comuns de doenças inflamatórias intestinais são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn.
Fatores de Risco
A causa exata desse tipo de condição não é conhecida, mas pessoas com história familiar tem maior chance de desenvolver o problema. Alguns fatores com dieta e estresse podem piorar os sintomas, mas não causam o problema.
A causa exata das doenças inflamatórias intestinais não é conhecida, mas pessoas com histórico familiar têm maior chance de desenvolver essas condições. Embora alguns fatores, como dieta e estresse, possam agravar os sintomas, eles não são considerados como a causa direta do problema.
Essas condições requerem uma abordagem médica cuidadosa para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por elas. O acompanhamento médico regular e a adesão ao tratamento são fundamentais para controlar a inflamação e minimizar o impacto dessas doenças crônicas na vida dos pacientes.
Sintomas
As doenças inflamatórias intestinais, podem apresentar os seguintes sintomas:
Diagnóstico
O diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais é geralmente realizado por meio do exame de colonoscopia, que permite a visualização direta do intestino e a obtenção de amostras para análise. Além disso, em alguns casos, outros exames abdominais complementares, como tomografia e ressonância magnética, podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico.
Devido à natureza complexa e variável das doenças inflamatórias intestinais, muitas vezes pode ser um desafio chegar a um diagnóstico definitivo. A evolução da doença pode ocorrer por vários anos, e a confirmação diagnóstica geralmente requer a realização de múltiplos exames e uma avaliação criteriosa dos sintomas e histórico médico do paciente.
Complicações
- Fístulas intestinais: comunicação anormal entre segmentos intestinais;
- Desnutrição: a inflamação intestinal pode prejudicar a absorção de nutrientes;
- Manifestações extra-intestinais: essas doenças podem estar associadas a problemas no fígado, articulações e pele.
Saiba mais sobre a doença de Crohn
FAQ – Perguntas frequentes
A doença de Crohn é uma condição crônica que afeta o sistema digestivo, caracterizada por inflamação persistente no trato gastrointestinal.
Os sintomas incluem dor abdominal, diarreia frequente, perda de peso, fadiga, sangramento retal e, em casos graves, complicações como estenoses e fístulas.
A causa exata da doença de Crohn não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos.
O diagnóstico é baseado em exames físicos, histórico médico, exames de imagem (como colonoscopia e endoscopia) e análises de sangue e fezes.
Até o momento, não há cura definitiva para a doença de Crohn. No entanto, o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e a prolongar os períodos de remissão.
O tratamento pode incluir medicamentos para reduzir a inflamação, suplementos nutricionais, mudanças na dieta, terapia biológica e, em casos graves, cirurgia para remover parte do intestino.
As complicações podem incluir obstruções intestinais, fístulas, abscessos, deficiências nutricionais e até mesmo o aumento do risco de câncer de intestino.
Acredita-se que exista uma predisposição genética para a doença de Crohn, mas não é transmitida de forma direta. Ter um parente com a doença pode aumentar o risco, mas não garante o desenvolvimento da condição.
Sim, muitas pessoas com a doença de Crohn conseguem levar vidas normais com o tratamento adequado, incluindo ajustes na dieta e estilo de vida.
Não, a doença de Crohn não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.
A colite ulcerativa normalmente ocorre apenas na mucosa interna do intestino grosso (cólon) e do reto, variando de leve a grave. A colite ulcerativa aumenta as chances de o paciente desenvolver câncer de cólon. Os sintomas incluem sangramento retal, diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e dor.
FAQ – Perguntas frequentes
A Colite Ulcerativa é uma condição inflamatória crônica que afeta o revestimento do intestino grosso e do reto, causando úlceras e inflamação.
Os sintomas comuns da Colite Ulcerativa incluem diarreia frequente, sangramento retal, cólicas abdominais, fadiga e perda de peso.
A causa exata da Colite Ulcerativa não é completamente compreendida, mas fatores genéticos, imunológicos e ambientais podem desempenhar um papel no seu desenvolvimento.
O diagnóstico da Colite Ulcerativa é geralmente feito por meio de exames como colonoscopia, sigmoidoscopia, exames de sangue e análise de fezes.
O tratamento pode envolver medicamentos para controlar a inflamação, modificação na dieta, suplementos nutricionais e, em casos graves, cirurgia para remover o cólon.
Sim, a Colite Ulcerativa pode levar a complicações como perfuração do cólon, sangramento intenso e aumento do risco de câncer colorretal.
Adotar uma dieta equilibrada, evitar alimentos desencadeantes, praticar exercícios regularmente e reduzir o estresse podem ajudar a gerenciar os sintomas da Colite Ulcerativa.
Sim, a Colite Ulcerativa pode afetar crianças e adolescentes, embora seja mais comum em adultos.
Até o momento, não há uma cura definitiva para a Colite Ulcerativa, mas o tratamento pode controlar os sintomas e ajudar a manter a condição sob controle.
A principal diferença entre Colite Ulcerativa e Doença de Crohn é a área do trato gastrointestinal que é afetada. A Colite Ulcerativa afeta apenas o intestino grosso e o reto, enquanto a Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o ânus.
Com um tratamento adequado e acompanhamento médico regular, a maioria das pessoas com Colite Ulcerativa pode ter uma expectativa de vida semelhante à da população em geral. No entanto, casos graves ou complicações podem influenciar a expectativa de vida.
Os tumores de cólon e reto são uma classe de cânceres que afetam a parte final do sistema digestivo. Eles ocupam a segunda posição como tipo de câncer mais frequente tanto em homens quanto em mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de próstata e mama.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO CÂNCER COLORRETAL?
Os sintomas do câncer colorretal podem variar dependendo do estágio da doença. Nos estágios iniciais, muitas vezes, o câncer colorretal não causa sintomas visíveis. À medida que a doença avança, os sintomas podem se tornar mais evidentes.
Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
PRESERVAÇÃO DE ÓRGÃO
Como nos tumores de reto existe maior chance de ser necessária uma ostomia e a função evacuatória pode piorar significativamente após o tratamento, prejudicando a qualidade de vida, alguns esforços adicionais são comumente sugeridos para permitir realizar procedimentos de menor porte ou até para evitar qualquer procedimento cirúrgico. Em alguns pacientes a radioterapia combinada com a quimioterapia (quimiorradioterapia) pode gerar uma grande redução no tamanho e até o desaparecimento completo da lesão.
Nos pacientes com desaparecimento da lesão após a quimiorradioterapia (resposta completa) pode ser feito acompanhamento com exames frequentes, evitando a realização de cirurgia. A estratégia para seguimento desses pacientes é chamada Watch and Wait e apresenta excelentes resultados funcionais e segurança no tratamento da doença, desde que se siga corretamente o acompanhamento, podendo ser necessária a realização de procedimento cirúrgico, caso haja qualquer sinal de retorno da doença. Em algumas situações, apesar de a lesão não sumir completamente, a persistência de uma lesão residual pequena após o tratamento, pode permitir um procedimento menos invasivo, a remoção local da lesão, sem a retirada de todo o reto.
As possibilidades de tratamento são dependentes de diversas características do paciente e, principalmente, do tumor, sendo necessária a avaliação minuciosa para definir as alternativas terapêuticas.
FAQ – Perguntas frequentes
Os tumores de cólon e reto são uma classe de cânceres que afetam a parte final do sistema digestivo.
Os tumores de cólon e reto ocupam a segunda posição como tipo de câncer mais frequente tanto em homens quanto em mulheres.
A preservação de órgão é uma estratégia que visa evitar a necessidade de cirurgia radical, como a ostomia, e melhorar a função evacuatória após o tratamento.
A quimiorradioterapia pode reduzir significativamente o tamanho do tumor ou até mesmo levá-lo ao desaparecimento completo em alguns pacientes.
A abordagem Watch & Wait envolve o acompanhamento de pacientes que tiveram resposta completa à quimiorradioterapia sem cirurgia imediata, desde que sigam rigorosamente o acompanhamento médico.
A abordagem Watch & Wait apresenta excelentes resultados funcionais e segurança no tratamento da doença quando o acompanhamento é seguido adequadamente.
Entre os mais conhecidos tumores de intestino estão o de cólon e o de reto. A partir da evolução de pólipos, alterações podem surgir. Caso esses pólipos não sejam removidos, podem se transformar em malignos. O pólipo intestinal é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). É uma das condições mais comuns que afeta o intestino, ocorrendo em 15 a 20% da população.
FAQ – Perguntas frequentes
O câncer do intestino, também conhecido como câncer colorretal, é uma doença em que células malignas se desenvolvem no cólon ou no reto.
Os sintomas comuns do câncer do intestino incluem mudanças nos hábitos intestinais, sangue nas fezes, dor abdominal, perda de peso não explicada e fadiga persistente.
Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de câncer colorretal, pólipos intestinais, doenças inflamatórias intestinais e dieta rica em carne vermelha e processada.
O diagnóstico é feito por meio de exames como colonoscopia, sigmoidoscopia, exames de sangue oculto nas fezes e tomografia computadorizada.
O tratamento pode envolver cirurgia para remoção do tumor, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo, dependendo do estágio e localização do câncer.
Sim, é possível reduzir o risco de câncer do intestino mantendo um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta rica em fibras, baixa em gorduras saturadas, praticando atividade física regular e evitando o consumo excessivo de álcool e tabaco.
Existem três tipos principais de pólipos no cólon: pólipos hiperplásicos, pólipos adenomatosos e pólipos serrilhados.
A remoção de pólipos é geralmente feita durante uma colonoscopia. O médico utiliza um instrumento especial para cortar ou remover o pólipo do revestimento do intestino.
O tempo que um pólipo leva para crescer pode variar bastante. Alguns pólipos podem crescer em questão de semanas ou meses, enquanto outros podem levar vários anos para se desenvolver completamente.
O Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um centro de referência no diagnóstico e tratamento de doenças do aparelho digestivo.
O centro conta com uma equipe de especialistas renomados, que atuam em diversos núcleos, de forma integrada, para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.
Além da excelência da equipe médica e assistencial, o centro possui os mais avançados tratamentos e tecnologia de ponta, para garantir o melhor resultado possível para cada paciente.
O centro está comprometido com a preservação da saúde e qualidade de vida de seus pacientes, desde a prevenção até casos que envolvam medicina de alta complexidade.
Confira alguns dos serviços oferecidos pelo Centro Especializado em Aparelho Digestivo:
- Diagnóstico e tratamento de doenças do esôfago, estômago, intestinos, pâncreas, fígado e vias biliares;
- Cirurgias do aparelho digestivo;
- Endoscopia digestiva alta e baixa;
- Colonoscopia;
- Retosigmoidoscopia;
- Exames de imagem do aparelho digestivo;
- Nutrição enteral e parenteral;
- Cuidados paliativos.
Exames
É um exame complementar que identifica alterações na pressão dentro do canal e analisa a propulsão, contração e coordenação dos movimentos do órgão e de seus músculos (esfíncteres superior e inferior).
Indicação:
- Disfagia (dificuldade de engolir alimentos sólidos e líquidos) com causa obscura: acalasia, esclerodermia, espasmo difuso do esôfago, hipertensão do esfíncter inferior do esôfago, esôfago em quebra-nozes, entre outras;
- Avaliação da doença do refluxo gastroesofagiano;
- Dor torácica de origem não-cardíaca;
- Excluir doenças sistêmicas com possível envolvimento esofágico.
Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao ácido gástrico.
Indicação:
- Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.
Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao refluxo do conteúdo gástrico sendo ele refluxo de ácido, não ácido e de gás.
Indicação:
- Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.
Exame que estuda o ânus por meio da avaliação da pressão dos esfíncteres interno e externo do ânus, sua capacidade e sensibilidade, além do reflexo neural responsável pela movimentação do intestino.
Indicação:
- Constipação intestinal;
- Incontinência fecal;
- Fissura anal.
O exame usa a medida do hidrogênio da respiração para diagnosticar certas condições que desencadeiam sintomas gastrointestinais e que podem estar associados ao excesso do gás no intestino. Por meio do exame é possível detectar intolerância à lactose, à frutose, ao sorbitol e à xilose, além da síndrome do supercrescimento bacteriano.
Indicação:
- Supercrescimento bacteriano de intestino delgado;
- Síndromes de má digestão de carboidratos;
- Avaliar as condições associadas a distensão abdominal.
Equipes multidisciplinares
Nossas equipes multidisciplinares são compostas por médicos, cirurgiões, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos altamente qualificados, todos especializados em distúrbios do sistema digestivo. Eles trabalham em conjunto para oferecer a você o atendimento mais completo e personalizado.
Nosso centro é subdividido em sete núcleos especializados:
- Núcleo de Esôfago e Estômago;
- Núcleo de Vias Biliares e Pâncreas;
- Núcleo de Fígado;
- Núcleo de Hérnia;
- Núcleo de Gastroenterologia;
- Núcleo de Coloproctologia e Intestinos;
- Núcleo de Cirurgia do Aparelho Digestivo.