Polêmica nada doce: aspartame pode aumentar risco de câncer?

Rotulado como “seguro” desde os anos 1980, quando fez sucesso imediato, o adoçante se torna alvo de novas pesquisas.

De tempos em tempos, os substitutos do açúcar se sentam no banco dos réus no tribunal da nutrição, acusados de causar efeitos colaterais deletérios. Até agora, a maioria foi inocentada, mas os edulcorantes, como são tecnicamente conhecidos, seguem na mira dos estudos e diretrizes científicas. O alvo da vez é o aspartame — amplamente utilizado pela indústria e pelos consumidores, ele acaba de ser classificado como “possivelmente cancerígeno” pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). A qualificação é fruto de uma revisão de 1 300 pesquisas sobre o produto e, ao que tudo indica, será chancelada na sexta-feira 14, quando um comitê misto da OMS e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vai publicar um novo parecer sobre aditivos alimentares.

Rotulado como “seguro” desde os anos 1980, quando fez sucesso imediato por ser o primeiro adoçante e eliminar qualquer traço de amargor, o aspartame nunca deixou de aparecer como alvo de estudos sobre sua possível associação a tumores. Mas daí a ligá-lo à ocorrência de câncer vai uma longa, complexa e controversa distância. A maior parte das pesquisas costuma ser feita em laboratório, com cobaias, o que não permite extrapolar resultados para humanos, ou se baseia em análises observacionais sobre os hábitos e a prevalência de doenças em uma parcela da população, o que, de novo, não comprova sem sombra de dúvida a relação de causa e efeito. Esforços não faltam: no ano passado, um estudo francês contendo dados de mais de 100 000 pessoas concluiu que quem consome adoçantes artificiais como o aspartame corre risco ligeiramente maior de ter câncer.

A reclassificação recomendada agora pela Iarc foi desancada pela indústria do setor. Aqui, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) declarou “corroborar a segurança para consumo do aspartame, um dos ingredientes mais pesquisados da história, com mais de noventa agências de segurança alimentar aprovando seu uso”. Uma das críticas à reclassificação reside na dificuldade de se cravar que o uso contínuo de uma substância isolada na dieta pode elevar o risco de tumores. “O que tem ficado cada vez mais claro é a relação entre o consumo frequente de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de alguns tipos de câncer”, diz o médico Pedro Exman, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “E temos de levar em conta que o surgimento da doença é multifatorial, ou seja, influenciado por histórico pessoal e familiar e exposição a vários agentes ambientais”.

Uma das preocupações levantadas por especialistas é que, ao contraindicar o aspartame, um número expressivo de pessoas pode considerar que a melhor saída é voltar a ingerir açúcar — esse, sim, um malfeitor com elo comprovado entre seu uso excessivo e o ganho de peso, que leva a uma maior propensão a tumores. No doce mundo das guloseimas açucaradas, ressaltam os entendidos, o bom senso e o equilíbrio têm sempre que prevalecer. “Se a OMS reclassificar o aspartame, não podemos estender a advertência para todos os adoçantes”, lembra o médico Rodrigo Moreira, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Presente em larga escala nos produtos diet e zero açúcar e ingrediente crucial nos refrigerantes dessa categoria, o aspartame segue agora a trilha percorrida por outros adoçantes, como sucralose e ciclamato, acusados de aumentar o risco de câncer e depois reabilitados (com reticências). Em maio, a OMS, que nunca deixou de denunciar ameaças à saúde nos substitutos do açúcar, publicou uma diretriz contrária a seu uso para perder peso, por não serem feitos para esse fim (a prescrição original é para pessoas que não podem ingerir açúcar, como aquelas com diabetes) e pela suspeita de ampliar o risco de doenças cardiovasculares.

As diretrizes da OMS não têm força de lei e servem prioritariamente para abrir espaço para a reflexão. No universo da medicina, não há quem condene sua recomendação básica de que as pessoas priorizem uma alimentação mais natural e balanceada e uma rotina de exercícios como estratégia para emagrecer os assombrosos índices de obesidade na população do planeta. Como a fórmula, mais do que conhecida, não é obedecida pela maioria das pessoas, a dieta personalizada, com ou sem adoçantes, acaba sendo imprescindível na luta contra o excesso de peso, com todas as controvérsias que esses regimes acarretam. No entra e sai dos edulcorantes no tribunal da nutrição, uma coisa é certa: a sentença final não será dada tão cedo.

OMS deve declarar adoçante comum em refrigerante zero como cancerígeno

Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, ligada à entidade, deve apresentar informações sobre riscos do aspartame no próximo mês.

Um dos adoçantes artificiais mais comuns e que é usado em bebidas zero (ou diet), principalmente refrigerantes, o aspartame está na mira da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS): no próximo mês, ele deve ser classificado como “possivelmente cancerígeno para humanos” e inserido pela primeira vez na lista de produtos com potencial para causar a doença. A informação foi confirmada por fontes que acompanham o processo à agência de notícias Reuters

A definição será anunciada provavelmente em 14 de julho após uma larga revisão de evidências científicas sobre o adoçante, realizada neste mês e com base em 1,3 mil estudos publicados sobre o aspartame . Nesta data, também será apresentado um documento do Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação, o JECFA, sobre o uso de aditivos alimentares. Desde o início da década de 1980, esta entidade classifica o aspartame como seguro, mas fontes afirmam à Reuters que as conclusões de ambos os órgãos são “complementares”.

Outra motivação para a reclassificação do produto seria a proposta de fomentar mais estudos sobre o adoçante, que é largamente utilizado por pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar – inclusive sem abrir mão de bebidas industrializadas -, embora o aspartame seja fonte de pesquisas em diferentes partes do mundo. No ano passado, por exemplo, um estudo francês publicado no periódico Plos Medicine observou dados sobre 100 mil adultos que consumiam adoçantes artificiais, entre eles o aspartame, em grandes quantidades e concluiu que eles tinham risco ligeiramente maior de desenvolver tumores.

Da parte da indústria, entidades como a Associação Internacional de Adoçantes (ISA) e o Conselho Internacional de Associações de Bebidas criticaram a reclassificação e afirmaram que os dados podem confundir consumidores e induzi-los a aumentar o consumo de açúcar. No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) se manifestou defendendo o adoçante. “A Abid corrobora a segurança para consumo do aspartame, um dos ingredientes mais pesquisados da história, com mais de 90 agências de segurança alimentar que comprovam seu uso seguro”.

Consumo do aspartame

A reclassificação do aspartame a partir de julho como produto com potencial cancerígeno vai demandar mais atenção para o consumo de refrigerantes e demais bebidas zero, mas não deve ser motivo de pânico para os consumidores.

“Esse estudo vai mostrar a causalidade e, de fato, a gente já tem dados que mostram que a população precisa repensar como tem se alimentado. Não é novidade que tem essa relação do consumo de alimentos gordurosos e ultraprocessados com o desenvolvimento de tumores. Seria mais um fator de risco”, explica Pedro Exman, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Entre os cânceres ligados aos hábitos alimentares, os principais são os de mama, endométrio e gastrointestinais, como o colorretal.

Ele alerta, no entanto, que o desenvolvimento de um tumor é multifatorial. “A exposição em longo prazo pode ser um fator de risco para desenvolver a doença, mas temos de considerar histórico pessoal, familiar e exposições a outros fatores”.

Diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Rodrigo Moreira diz que a reavaliação de substâncias é algo rotineiro e que, confirmada a relação do aspartame com câncer, é importante não generalizar os resultados. “Tem de esperar o documento da OMS para saber exatamente qual vai ser a recomendação. Se tiver a reclassificação do aspartame, a gente não pode extrapolar para todos os adoçantes. Mas, com certeza, o consumo do aspartame vai ser reavaliado em todo o mundo”.

Trocar açúcar por adoçante

No mês passado, a OMS publicou uma nova diretriz onde se posicionou contra o uso dos adoçantes sem açúcar com o objetivo de redução de peso corporal por adultos e crianças.

Após uma revisão de evidências científicas sobre o tema, a entidade informou que, além de não apresentar benefícios para o emagrecimento em longo prazo, os resultados sugerem que o consumo prolongado pode levar ao risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.

Síndrome metabólica pode ser uma das causas de impotência

A síndrome metabólica pode ser descrita como um conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam suas chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Esse conjunto de condições médicas incluem obesidade, pressão alta e níveis elevados de açúcar no sangue e colesterol. Essas condições podem afetar a saúde urológica do homem e aumentar o risco de disfunção erétil, diminuir a produção de testosterona e acelerar o crescimento da próstata.

Dr. Bruno Benigno, um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz e fundador da Clínica Uro Onco, explica como vários fatores estão relacionados à síndrome no homem. “A má qualidade do sono desestrutura todo eixo metabólico do paciente, o que significa que, como ele não dorme bem, o cortisol (hormônio da inflamação) sobe. Esse cortisol alto faz com que que ele fique com os níveis de açúcar desregulados no sangue. Ou seja, ele tem maior propensão de desenvolver um pré-diabetes e diabetes. E como ele está cansado cronicamente, acaba ingerindo mais carboidratos (açúcar) para conseguir sanar essa falta de energia. Isso piora ainda mais a situação dele, pois o cortisol alto somado ao excesso de consumo de açúcar, tende a piorar a saúde urológica.

Benigno explica que a primeira conexão acontece porque o desenvolvimento do diabetes ajuda a provocar um entupimento precoce das artérias de todo o corpo e, em particular, do pênis. Logo, aumenta também o risco desse homem ter disfunção erétil.

A segunda conexão acontece quando os níveis crônicos de stress – em particular os níveis de cortisol e sono de má qualidade – fazem com que o cérebro estimule menos o testículo a produzir testosterona. Logo, esse homem pode ter uma queda de testosterona com a queda de libido.

De acordo com o urologista, ainda há uma terceira ligação muito importante entre a síndrome e a saúde urológica. “Com a síndrome, o eixo metabólico fica totalmente descontrolado e alguns hormônios são produzidos em ritmos diferentes, como a insulina, o que acelera também o crescimento da próstata. A insulina pode funcionar como um estimulador do crescimento acelerado da próstata”, diz. O médico ainda alerta que a obesidade também é um fator importante na síndrome metabólica e pode afetar a função sexual. A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões em todo o mundo estarão acima do peso, sendo 700 milhões de obesos.

O diagnóstico leva em conta as características clínicas (presença dos fatores de risco) e dados laboratoriais. Basta a associação de três fatores para diagnosticar a síndrome metabólica. Quase todos os componentes da síndrome são inimigos ocultos porque não provocam sintomas, mas representam fatores de risco para doenças cardiovasculares graves. Por isso, é importante controlar e tratar as condições que compõem a síndrome metabólica, a fim de prevenir o desenvolvimento de doenças urológicas. Isso pode ser feito através da adoção de hábitos saudáveis, como exercitar-se regularmente, ter uma alimentação saudável e manter um peso adequado para sua altura e idade.

Dr. Bruno Benigno Desde 2017 é um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), é fundador da Clínica Uro Onco em São Paulo, é especialista no tratamento do câncer do sistema urinário (masculino e feminino) e sistema reprodutor masculino, no tratamento do câncer de próstata, rim, bexiga, testículos e cálculos do sistema urinário. Tem subespecialização em Cirurgia Robótica, Laparoscopia e Terapia Focal (HIFU).

Câncer de vias biliares

O câncer de vias biliares pode se desenvolver em qualquer parte do sistema de ductos biliares, que são os canais que transportam a bile do fígado para o intestino delgado. De acordo com a localização do tumor, o câncer de vias biliares pode ser classificado em três tipos:

  • Colangiocarcinoma extra-hepático: Esse tipo de câncer se desenvolve nos ductos biliares fora do fígado, geralmente no ducto colédoco, que transporta a bile do fígado para o intestino delgado. É o tipo mais comum de câncer de vias biliares, representando cerca de 50% dos casos.
  • Colangiocarcinoma hilar: Esse tipo de câncer se desenvolve no hilo, que é a região onde os ductos biliares do fígado se juntam e saem do órgão. Representa cerca de 30% dos casos de câncer de vias biliares.
  • Colangiocarcinoma intra-hepático: Esse tipo de câncer se desenvolve nos ductos biliares dentro do fígado. Representa cerca de 20% dos casos de câncer de vias biliares.

O que é?

O câncer de vias biliares é um tumor maligno que se desenvolve nos ductos biliares, que são os canais que transportam a bile do fígado para o intestino delgado. Também conhecido como colangiocarcinoma, é um tipo de câncer raro.

Fatores de risco para câncer de vias biliares

O câncer de vias biliares é um tumor maligno que se desenvolve nos ductos biliares, que são os canais que transportam a bile do fígado para o intestino delgado. Não há uma causa única para o câncer de vias biliares, mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver a doença.

Condições pré-existentes

Algumas condições pré-existentes podem aumentar o risco de câncer de vias biliares, incluindo:

  • Colangite esclerosante primária (CEP): Uma condição inflamatória rara dos ductos biliares.
  • Cisto de colédoco: Uma anormalidade que uma pessoa tem desde o nascimento.
  • Síndrome de Caroli: Uma anormalidade dos pequenos ductos biliares que uma pessoa possui no fígado desde o nascimento.
  • Cirrose: Uma doença hepática que pode causar cicatrizes ou irritação duradoura.
  • Vermes do fígado: Parasitas que podem infectar o ducto biliar.

Outros fatores

Outros fatores que podem aumentar o risco de câncer de vias biliares incluem:

  • Idade: Os adultos mais velhos têm maior probabilidade de desenvolver câncer do ducto biliar.
  • Exposição a produtos químicos: Dioxinas, nitrosaminas e bifenilos policlorados (PCBs) podem causar câncer do ducto biliar. Em particular, as pessoas que trabalham em fábricas de borracha e na indústria automóvel podem estar expostas com mais frequência a estes produtos químicos.
  • Obesidade: A obesidade pode aumentar o risco de câncer de vias biliares.
  • Tabagismo: O tabagismo pode aumentar o risco de câncer de vias biliares.

Prevenção

Embora não exista uma maneira comprovada de prevenir completamente o câncer do ducto biliar, você pode diminuir o risco.

  • Evite beber muito álcool, o que pode causar cirrose.
  • Se você viajar para partes do mundo onde os vermes do fígado são comuns, beba apenas água purificada e coma apenas alimentos bem cozidos.

Sintomas

Os sintomas do câncer de vias biliares geralmente são inespecíficos e podem ser confundidos com outras condições, como apendicite ou pedras na vesícula biliar. Os sintomas mais comuns incluem:

Icterícia (pele e olhos amarelados)

Dor abdominal

Perda de peso

Febre

Náuseas e vômitos

Prurido (coceira)

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de vias biliares é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

O tratamento do câncer de vias biliares depende do estágio da doença, do tipo de tumor e da saúde geral do paciente. Os tratamentos mais comuns incluem:

  • Cirurgia: A cirurgia é o tratamento mais eficaz para o câncer de vias biliares. O objetivo da cirurgia é remover o tumor e o tecido circundante. A cirurgia pode ser realizada por laparoscopia ou por laparotomia.
  • Quimioterapia: A quimioterapia é um tratamento sistêmico que usa medicamentos para matar as células cancerígenas. A quimioterapia pode ser usada antes ou depois da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou para matar as células cancerígenas que podem ter se espalhado para outras partes do corpo.
  • Radioterapia: A radioterapia é um tratamento que usa radiação para matar as células cancerígenas. A radioterapia pode ser usada antes ou depois da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou para matar as células cancerígenas que podem ter se espalhado para outras partes do corpo.
  • Terapia-alvo: A terapia-alvo é um tratamento que usa medicamentos para bloquear os sinais que levam ao crescimento das células cancerígenas. A terapia-alvo pode ser usada em combinação com outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia.

FAQ – Perguntas frequentes

O câncer de vias biliares é um tipo de câncer que se forma nos ductos biliares, os canais que transportam a bile do fígado para o intestino.

Os sintomas podem incluir icterícia, dor abdominal, perda de peso, coceira na pele e fezes claras.

As causas exatas são desconhecidas, mas fatores de risco podem incluir infecções crônicas, cálculos biliares e condições hepáticas pré-existentes.

O diagnóstico envolve exames de imagem como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, juntamente com biópsia para confirmação.

O tratamento pode envolver cirurgia para remover o tumor, radioterapia, quimioterapia ou terapias direcionadas. 

O prognóstico varia dependendo do estágio do câncer no momento do diagnóstico e de outros fatores individuais.

Não há medidas de prevenção específicas conhecidas, mas manter um estilo de vida saudável e buscar atendimento médico regular podem ajudar a detectar a doença em estágios iniciais.

Câncer de pâncreas

Ilustração médica mostrando uma visão interna do corpo humano com foco em um tumor no pâncreas, representando o câncer de pâncreas.

PREVALÊNCIA

Com maior incidência no sexo masculino, o câncer de pâncreas acomete pessoas acima de 50 anos, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos, sendo responsável por 4% do total de mortes por câncer no Brasil.

Com alta taxa de mortalidade pelo fato de apresentar difícil detecção precoce, 90% dos casos diagnosticados são do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular).

A maioria afeta a cabeça.

As outras partes do pâncreas são cauda e corpo.

O pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, localizada na parte superior do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina – hormônio responsável pela diminuição do nível de glicose (açúcar) no sangue.

Fatores de risco

Fator de Risco como Fumar Cigarro

Com três vezes mais chances de desenvolver a doença do que os não fumantes, os fumantes devem estar atentos também aos derivados do tabaco.

Fator de Risco como Bebidas Alcoólicos

O consumo excessivo, de bebidas alcoólicas, carnes e gorduras, também oferece riscos, bem como a exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo.

Pessoas que têm pancreatite crônica ou de diabetes ou que foram submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno – ou, ainda, sofreram retirada da vesícula biliar -, correm ainda mais riscos.

Prevenção

É importante para a prevenção do câncer de pâncreas evitar:

  • O Consumo de derivados do tabaco;
  • A ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Além de adotar uma dieta balanceada com frutas e vegetais

Aos indivíduos que se submeteram a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno, à retirada da vesícula biliar, ou que têm histórico familiar de câncer, recomenda-se a realização de exames clínicos regulares.

Idem para os que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes mellitus.

Sintomas

O câncer de pâncreas não apresenta sinais específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor, e os mais perceptíveis são:

Perda de Apetite

Perda de apetite

Perda de Peso

Perda de peso

Fraqueza

Fraqueza

Diarreia

Diarreia

Tontura

Tontura

Mas o tumor que atinge a cabeça do pâncreas costuma provocar icterícia, deixando a pele e os olhos amarelos (causada pela obstrução biliar). Em estado avançado, causa dores nas costas.

Outro sintoma é o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

Diagnóstico

O diagnóstico é elaborado de forma personalizada, de acordo com os sinais e sintomas da doença.

Exames de laboratório, como sangue, fezes e urina e tomografia computadorizada de abdome, ultrassonografia abdominal, ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas, fazem parte do processo.

Tratamentos

Tratamento é Realizado em Fase Inicial

A cura do câncer de pâncreas só é possível quando este dor detectado em fase inicial. Nos casos passíveis de cirurgia, o tratamento mais indicado é a ressecção, dependendo do estágio do tumor.

Radioterapia e Quimeoterapia podem ser utilizadas em fases inicias

Em pacientes cujos exames já mostraram metástases à distância, ou precária estado clínico, o tratamento indicado para obstrução é a colocação da endoprótese.

A radioterapia e a quimioterapia, associadas ou não, podem ser utilizadas para a redução do tumor e alívio dos sintomas.

FAQ – Perguntas frequentes

O câncer de pâncreas é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do pâncreas, um órgão localizado na parte superior do abdômen.

Os fatores de risco incluem histórico familiar de câncer de pâncreas, tabagismo, obesidade, pancreatite crônica, idade avançada e exposição ocupacional a certos produtos químicos.

Os sintomas podem incluir dor abdominal, perda de peso não explicada, icterícia (pele e olhos amarelados), falta de apetite, náuseas e vômitos.

O diagnóstico geralmente envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia, além de biópsia para confirmar a presença do câncer.

O tratamento depende do estágio do câncer, mas pode incluir cirurgia para remover parte ou todo o pâncreas, radioterapia, quimioterapia e terapia alvo.

Não existem medidas de prevenção específicas para o câncer de pâncreas, mas adotar um estilo de vida saudável, como não fumar e manter um peso saudável, pode ajudar a reduzir o risco.

O tipo mais comum é o adenocarcinoma pancreático, que se desenvolve nas células dos ductos pancreáticos. Existem outros tipos menos comuns, como o neuroendócrino pancreático.

Sintomas como dor abdominal persistente, perda de peso inexplicada, icterícia, náuseas e vômitos frequentes devem ser avaliados por um médico, especialmente se houver fatores de risco presentes.

Câncer de fígado

Ilustração médica mostrando uma visão interna do corpo humano com foco em um tumor no fígado, representando o câncer de fígado.

Prevalência

O fígado é um dos mais importantes órgãos do corpo humano, desempenhando um papel fundamental no funcionamento do organismo. É principalmente responsável pela digestão dos alimentos e metabolização de medicamentos e substâncias externas ao corpo humano.

Tumores de fígado podem ser benignos ou malignos. Os tumores malignos são conglomerados de células que crescem desordenadamente e têm capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Já um tumor benigno tem capacidade de crescimento, em geral muito lentamente, porém não se espalhará.

O tumor maligno originário do fígado é o Carcinoma Hepatocelular (CHC), responsável por até 75% dos tumores malignos hepáticos. No mundo, foram diagnosticados (em 2020) 905.677 novos casos deste tipo de câncer, com 830.180 mortes. Estatísticas no Brasil mostram que para o ano de 2023 são esperados 10700 novos casos de CHC; Em homens, o risco de desenvolver este tipo de neoplasia é de 6,06 casos/100mil em homens e 3,89 casos/100mil em mulheres. Em relação às taxas de mortalidade no brasil, em 2020, ocorreram 10764 óbitos por câncer de fígado no brasil, sendo a mortalidade maior para os homens (5,89 mortes por 100mil homens).

É importante ressaltar que ao longo dos anos, a incidência de câncer de fígado tem aumentado significativamente.  Os homens apresentam quase três vezes mais chances de receberem o diagnóstico da doença do que as mulheres.

Fatores de risco

O principal fator de risco é a doença hepática crônica – cirrose hepática. As causas mais frequentes de doença hepática crônica levando a cirrose são:

Atenção
Hepatites Virais B e C
Doenças metabólicas com Cirrose Alcoólica
Esteato-Hepatite não alcoólica
Obesidade e Diabetes Mellitus e tabagismo

Outra causa relacionada inclui a ingestão de alimentos que contenham aflatoxina, uma toxina produzida por um tipo de fungo que pode estar presente em alguns tipos de alimentos armazenados de forma inadequada, como a mandioca, o milho e o amendoim.

Prevenção

Embora não exista uma maneira comprovada de prevenir completamente o câncer de fígado, você pode reduzir o risco.

Não abuse de bebida alcoólicas
Tenha uma alimentação saudável
Pratique atividade física
Evite o uso de tabaco/cigarros

Sintomas

O câncer de fígado não apresenta sinais específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando os sintomas aparecem os mais perceptíveis são:

Perda de peso
Perda de apetite
Dor abdominal
Náusea e vômito
Inchaço abdominal
Dor no abdômen superior
Icterícia [amarelão]

Diagnóstico

O diagnóstico das neoplasias malignas do fígado é elaborado de maneira personalizada, de acordo com os sinais e sintomas da doença. Podem incluir:

  • Exames de sangue;
  • Técnicas de imagem, incluindo tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, estão incorporadas na caracterização nítida e precisa de cada nódulo hepático. A abordagem minimamente invasiva, como biópsias guiadas por tomografia ou por ultrassonografia, videolaparoscopia ou cirurgia robótica, são rotineiramente utilizados no diagnóstico dos nódulos de fígado.

O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz criou protocolos para:

Diagnóstico de nódulo de fígado suspeitos, de forma organizada e adaptada para cada caso em particular. Técnicas de imagem, incluindo tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, medicina nuclear do Centro de Diagnóstico por Imagem do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, estão incorporadas na caracterização nítida e precisa de cada nódulo hepático.

A abordagem minimamente invasiva, com biópsias guiadas por tomografia ou por ultrassonografia, videolaparoscopia ou cirurgia robótica, são rotineiramente utilizados no diagnóstico dos nódulos no fígado.

Tratamento

Com um cuidado integrado e multidisciplinar, com diversos especialistas, o tratamento dos pacientes pode incluir múltiplas modalidades, podendo ser a  cirurgia convencional; o transplante de fígado; a cirurgia por videolaparoscopia; cirurgia robótica; a embolização, quimio-embolização ou radio-embolização tumoral; ablação tumoral por punção ou durante a operação (ablação por radiofrequência, crioablação); radioterapia e o tratamento sistêmico com terapias alvo-específicas e a Imunoterapia são indicados e administrados pelo especialista em câncer de fígado do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

FAQ – Perguntas frequentes

O câncer de fígado é uma doença maligna que se desenvolve nas células do fígado.

Os principais fatores de risco incluem hepatite B e C crônicas, cirrose hepática, consumo excessivo de álcool, obesidade, diabetes e exposição a aflatoxinas.

Os sintomas podem incluir dor abdominal, perda de peso não explicada, cansaço, icterícia (pele e olhos amarelados), inchaço abdominal e febre.

O diagnóstico envolve exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de biópsia hepática para confirmar a presença do câncer.

O tratamento depende do estágio do câncer, mas pode incluir cirurgia para remover parte ou todo o fígado, transplante de fígado, radioterapia, quimioterapia e terapia alvo.

Em muitos casos, o câncer de fígado pode ser prevenido evitando os principais fatores de risco, como o controle da hepatite B e C, a redução do consumo de álcool e a manutenção de um estilo de vida saudável.

Qualquer sintoma persistente, como dor abdominal inexplicável, perda de peso não explicada ou icterícia, deve ser avaliado por um médico, especialmente se houver fatores de risco presentes.

Os dois tipos mais comuns são o carcinoma hepatocelular (CHC) e o colangiocarcinoma. O CHC representa a grande maioria dos casos.

Câncer de estômago

O câncer de estômago ou gástrico pode não apresentar nenhum sintoma no início. Devido às características anatômicas do estômago, o câncer pode se disseminar para o fígado, pulmão e principalmente para o sistema linfático.

FAQ – Perguntas frequentes

O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é uma doença em que células malignas se formam no revestimento do estômago.

Os sintomas comuns incluem dor abdominal, perda de apetite, náuseas, vômitos, dificuldade para engolir, perda de peso não intencional e fadiga.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames como endoscopia, biópsia, tomografia computadorizada e exames de imagem.

O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, dependendo do estágio e da extensão do câncer.

Adotar um estilo de vida saudável, como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter uma dieta equilibrada, pode reduzir o risco.

Alguns casos de câncer de estômago podem ter uma componente genética, especialmente em famílias com histórico da doença.

As taxas de sobrevivência variam de acordo com o estágio em que o câncer é diagnosticado. Em geral, quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de tratamento bem-sucedido. 

Os efeitos colaterais podem incluir fadiga, náuseas, perda de cabelo, alterações no apetite, entre outros. O tipo e a gravidade dos efeitos colaterais podem variar de acordo com o tratamento. 

As principais causas incluem infecção por H. pylori, fatores genéticos, consumo de tabaco, consumo excessivo de álcool, dieta rica em alimentos processados e salgados, além de condições como gastrite crônica e metaplasia intestinal.

Se você apresentar sintomas que possam indicar câncer de estômago, é importante procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequados. O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento bem-sucedido.

Câncer de esôfago

Quinto tumor maligno mais frequente do trato gastrointestinal, o câncer de esôfago é menos frequente que os de colorretal, pâncreas, estômago e fígado.

FAQ – Perguntas frequentes

O câncer de esôfago é uma condição em que células anormais se desenvolvem no revestimento do esôfago, o tubo que conecta a garganta ao estômago.

Os principais fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, refluxo gastroesofágico crônico, obesidade e condições pré-cancerígenas como a esofagite de Barrett.

Os sintomas podem incluir dificuldade em engolir, dor ao engolir, perda de peso não intencional, dor no peito ou nas costas, azia persistente e tosse frequente.

O diagnóstico geralmente envolve exames como endoscopia, biópsia, tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia e exames de sangue.

O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens, dependendo do estágio e tipo de câncer. 

As taxas de sobrevivência variam significativamente dependendo do estágio em que o câncer é diagnosticado. No entanto, o câncer de esôfago tem uma taxa de sobrevivência geralmente baixa.

Adotar um estilo de vida saudável, incluindo parar de fumar, limitar o consumo de álcool, manter um peso saudável e tratar condições como o refluxo gastroesofágico, pode ajudar a reduzir o risco. 

Se você apresentar sintomas preocupantes, como dificuldade em engolir ou dor ao engolir, é importante procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequados.

Fundação oferece bolsas para pós em Enfermagem em Oncologia

A Fundação R.W. Johnson e a Faculdade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz estão com inscrições abertas, até o dia 09 de junho, para o curso de pós-graduação.

em “Enfermagem em Oncologia”. Direcionado a graduados em Enfermagem e com carga horária de 384 horas, a formação gratuita será proporcionada pela Fundação e ocorrerá de 07 de agosto de 2023 a 09 de agosto de 2024.

A Fundação R.W. Johnson, parceira do Hospital pela segunda vez nesta iniciativa voltada à Educação, irá subsidiar 100% do custo total do curso, visando promover o desenvolvimento profissional de enfermeiros e a superação de barreiras socioeconômicas e regionais. A formação gratuita será oferecida na modalidade de Educação à Distância (EaD), com atividades síncronas, aulas remotas on-line (ao vivo) e tarefas complementares, como visitas observacionais em serviços de assistência oncológica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A pós-graduação tem o objetivo de oferecer formação na área da saúde, capacitando o profissional para agir em atividades relacionadas a prevenção, diagnósticos e prestação de assistência de enfermagem à população-alvo da oncologia.

As inscrições para uma das 115 vagas disponíveis (vide distribuição abaixo) serão realizadas exclusivamente por meio do preenchimento da Ficha de Inscrição Eletrônica. O resultado será divulgado no dia 10 de julho, no site da Faculdade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Serviço

Pós-graduação lato sensu “Enfermagem em Oncologia”

Inscrições: até 09 de junho de 2023, por meio do preenchimento da Ficha de Inscrição Eletrônica

115 vagas disponíveis em âmbito nacional

Resultado será anunciado no dia 10 de julho de 2023.

Região N° de Vagas
Sul 19
Sudeste 26
Centro-Oeste 18
Norte 19
Nordeste 33

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS E INFORMAÇÕES SOBRE O CÂNCER | AUMENTE O SOM DA SUA SAÚDE – PODCAST

Bem-vindos ao podcast “Aumente o Som da sua Saúde”! No nosso primeiro episódio, reunimos quatro especialistas em oncologia para compartilhar experiências e informações sobre o câncer. Neste bate-papo descontraído e informativo, você vai aprender desde a prevenção até o tratamento e as inovações na oncologia, com insights valiosos diretos da prática clínica e hospitalar diária dos profissionais.

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