O que é glioma?
Glioma é um tipo de tumor que se forma no sistema nervoso central, especificamente nas células gliais, que sustentam e protegem os neurônios. Representa o tipo mais comum de tumor cerebral primário e pode se desenvolver tanto no cérebro quanto na medula espinhal.
Prevalência
Qual a prevalência do glioma?
Os gliomas representam aproximadamente 30% dos tumores cerebrais e cerca de 80% dos tumores cerebrais malignos primários. A ocorrência varia conforme o tipo e o grau do tumor, afetando adultos com maior frequência, embora também possa acometer crianças.
Tipos de glioma
Quais os tipos de glioma?
Os gliomas são classificados com base na célula de origem e no grau de agressividade:
- Astrocitoma: Inclui tumores de grau I a IV, sendo o glioblastoma multiforme (GBM) o mais agressivo e comum.
- Oligodendroglioma: Crescimento mais lento, frequentemente diagnosticado em adultos jovens.
- Ependimoma: Mais comum em crianças, cresce a partir das células que revestem os ventrículos cerebrais.
Outros subtipos incluem o glioma misto (oligoastrocitoma) e os gliomas difusos do tronco cerebral.
Fatores de risco
Quais os principais fatores de riscos de gliomas?
Embora muitas vezes a causa seja desconhecida, alguns fatores estão associados ao desenvolvimento de glioma:
- Exposição à radiação ionizante, especialmente na região da cabeça.
- Doenças genéricas raras, como neurofibromatose tipo 1 e síndrome de Li-Fraumeni.
- Histórico familiar de tumores cerebrais (embora incomum).
Sinais e sintomas
Quais são os sintomas do glioma?
Os sintomas dependem da localização, do tipo e do tamanho do tumor:
- Dor de cabeça persistente, que piora pela manhã ou com esforço;
- Convulsões de início recente;
- Fraqueza ou dormência em braços e pernas;
- Alterações visuais (visão dupla, visão borrada);
- Mudanças de personalidade, confusão mental ou dificuldade de fala;
- Náuseas e vômitos, especialmente matinais.
Diagnóstico
O diagnóstico de glioma envolve diferentes etapas:
- Exame neurológico: Avaliação de reflexos, coordenação, visão e audição;
- Imagem por ressonância magnética (RM): Principal exame para detectar a lesão;
- Tomografia computadorizada (TC): Auxilia na avaliação inicial;
- Biópsia cerebral: Confirmação do tipo histológico do tumor;
- Testes moleculares/genéticos: Importantes para determinar o prognóstico e indicar terapias-alvo.
Tratamento
Como é feito o tratamento do glioma?
O tratamento de glioma é multidisciplinar e pode incluir:
Cirurgia
- Objetiva remover o maior volume possível do tumor.
- Pode ser guiada por técnicas como neuronavegação e cirurgia desperta.
- Usada após a cirurgia ou como tratamento primário nos casos inoperáveis.
- Medicamentos como a temozolomida são comuns, especialmente para glioblastomas.
Terapias-alvo e imunoterapia
- Utilizadas em casos selecionados com mutações genéticas específicas.
- A imunoterapia ainda está em fase experimental para muitos tipos de glioma.
Prevenção
Ainda não existem medidas preventivas específicas para o glioma. No entanto, hábitos de vida saudáveis podem contribuir para a saúde geral do sistema nervoso:
- Evitar exposição desnecessária à radiação.
- Adotar dieta equilibrada e atividade física regular.
- Fazer acompanhamento médico diante de sintomas persistentes ou histórico familiar.
FAQ – Perguntas Frequentes
Depende do tipo e do grau do tumor. Gliomas de baixo grau têm bom prognóstico, enquanto os gliomas de alto grau, como o glioblastoma, são mais difíceis de tratar.
Sim. Todos os gliomas são tumores cerebrais malignos, ainda que alguns sejam de crescimento lento.
Ressonância magnética, tomografia e biópsia são os principais exames.
Sim. Mesmo após tratamento, há risco de recidiva, especialmente nos tumores de alto grau.
Neuro-oncologistas, neurocirurgiões e oncologistas clínicos trabalham em conjunto no tratamento do glioma.
Revisão Técnica: Waldec Jorge David Filho, CRM:46484 Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz