No mês da mulher, convidamos todas vocês para acompanhar mais um bate-papo incrível! No dia 12/03, às 19h30, faremos uma live em todas as nossas plataformas sobre “Autoestima e os impactos na sua saúde”. Para falar sobre o assunto contaremos com a presença de quatro grandes especialistas:
Dra. Lívia Porto, endocrinologista do nosso Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, que fará a mediação da live.
Inara Nascimento, Coordenadora da Nutrição Clínica do nosso hospital.
Natalia Leite, Autora e Criadora do Assessment Estima. A jornalista também liderou pesquisa do BID sobre o tema com participação de mais de meio milhão de mulheres.
Suzana Avezum, psicanalista e autora do estudo sobre o perdão e os impactos na saúde cardiovascular.
Envie suas dúvidas!
Você já pode começar a participar da conversa mandando perguntas sobre o tema nos comentários. Faremos uma seleção e nossas convidadas responderão algumas delas durante a live.
CONHEÇA O NOSSO CENTRO ESPECIALIZADO EM OBESIDADE E DIABETES
Essencial para a prevenção e detecção precoce de vários tipos de doenças, o check-up pode ser totalmente personalizado para as suas necessidades e te ajudar a se manter saudável o ano inteiro
Já faz algum tempo que o Carnaval não se resume aos quatro dias tradicionais de festa. Logo quando o ano começa, as ruas são tomadas por foliões saudosos e ansiosos e, antes e depois do Carnaval propriamente dito, não faltam blocos de aquecimento e de encerramento. Haja saúde – literalmente, já que os excessos comuns desta época exigem demais do nosso organismo.
Além das dicas básicas de cuidados, como hidratação, alimentação, saúde da pele e proteção contra doenças infecciosas – tudo isso está no especial Bloco da Vida, que você pode conferir nas nossas redes sociais –, saber como anda o funcionamento do seu corpo antes de cair na folia vai te ajudar a curtir a festa com mais segurança, disposição e tranquilidade. E, claro, mesmo que você seja da turma que foge do Carnaval, olhar para a saúde proativamente também é sempre recomendado.
Por isso, aproveitamos esta data tão querida dos brasileiros e convidamos o Dr. Leonardo Piovesan, geriatra e head de Saúde Populacional do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, para falar sobre a importância do check-up. Muito além de exames de rotina, o check-up é um verdadeiro scanner da sua saúde, já que analisa o paciente de forma integral, dos pés à cabeça – e quando falamos de cabeça, também estamos falando de saúde mental que, sim, entra nas indicações. “O check-up é uma jornada do paciente, um olhar próximo para todos os aspectos da sua saúde e que passa por diferentes etapas para chegarmos no melhor desfecho: garantir a saúde e a longevidade com qualidade”, explica o Dr. Piovesan, que coordena o programa de check-up do Hospital.
Para entrar no clima carnavalesco, separamos esse tema amplo e complexo em bloquinhos – assim, você pode tirar suas principais dúvidas e entender melhor esse processo tão importante. Confira!
Sou jovem, saudável e não tenho nenhum sintoma ou dor. Preciso de check-up?
Sempre! Embora a frequência e os exames necessários sejam definidos pelo seu médico, de acordo com informações como perfil, hábitos e histórico familiar, todos nós devemos fazer check-up ao longo de toda a vida, independentemente da nossa condição de saúde. “Diferentemente de quando você vai ao médico porque está com algum sintoma ou dor, o check-up tem como meta a prevenção e a detecção precoce de doenças assintomáticas. Então, o procedimento é realizado em pessoas saudáveis com o intuito de identificar precocemente fatores de risco, ajudando na prevenção e na promoção de saúde, e no diagnóstico precoce de condições que estejam assintomáticas”, explica o Dr. Piovesan. Ou seja, de modo geral, o check-up é focado na promoção da saúde e não no tratamento de doenças. Com os exames adequados em mãos, os pacientes vão poder fazer escolhas melhores, seja qual for o seu perfil.
Quanto mais exames, melhor?
Nem sempre. Muitas pessoas preferem pecar pelo excesso na hora do check-up. Mas isso não só é desnecessário, como também pode ser prejudicial. “O check up deve ser personalizado e baseado em evidências. Dentro do nosso programa no Hospital, todos os procedimentos têm fundamento técnico para serem realizados”, diz o médico. “Existem exames que, quando não indicados, podem dar falsos positivos e desencadear uma sequência de outros exames desnecessários. Por isso, os procedimentos realizados devem ter recomendação especialista.” Como um exemplo corriqueiro, o Dr. Piovesan cita a tomografia de tórax de baixa dosagem para identificar precocemente nódulos no pulmão. “Este exame só é indicado para mulheres e homens fumantes ou ex-fumantes a partir dos 50 anos. Essa população se beneficia da tomografia de tórax, mas se eu submeter uma população com 50 anos ou mais que nunca fumou a uma tomografia desnecessária anualmente, vou expor essa população a uma dose alta de radiação, o que pode, lá na frente, causar outros problemas”, ele explica.
Como vou saber quais são os exames ideais para mim?
De modo geral, como citamos acima, os principais critérios para definir os exames a serem feitos são: ser baseado em evidências e pesquisas. Este é o protocolo básico e diz respeito aos estudos populacionais. Na prática, isso significa que, se temos dados atualizados sobre – para usar um exemplo frequente – a incidência cada vez mais alta de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, uma paciente nessa faixa etária que apresenta outros fatores de risco, como histórico familiar, má alimentação, obesidade etc., pode ter indicação de incluir antecipadamente a mamografia na sua rotina de exames. Por isso, é essencial que a recomendação dos exames do check-up seja precisa e bem fundamentada.
No programa de check-up do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o paciente passa por três etapas, sendo a primeira dela o check-in, momento em que é feita essa triagem de informações. “O check-in é uma etapa muito importante. É ali que, de acordo com os questionários preenchidos pelo paciente, conseguimos fazer um rastreamento inicial das condições de saúde dele, que incluem hábitos alimentares, prática de atividade física, histórico familiar, histórico de doenças, consumo de álcool, tabagismo, problemas de sono, episódios de depressão e ansiedade, risco para diabetes, entre outros”, conta o Dr. Leonardo. A partir dos scores – a pontuação – do paciente nos questionários, os especialistas desenham a estratégia do check-up. “Por exemplo, se na avaliação identificamos que o paciente tem uma probabilidade alta de desenvolver um transtorno mental, o psicólogo da equipe entrará com uma abordagem diferenciada”, explica o médico.
No check-up, além dos exames personalizados, há um protocolo bem abrangente de avaliações, que envolve uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, cardiologistas, ginecologistas, urologistas, fisiatras, dermatologistas, entre outros especialistas. “Avaliamos o paciente de forma holística. Olhamos sua situação vacinal, se ele está com todas as imunizações em dia, de acordo com o calendário nacional, ou se precisa de alguma vacina específica; avaliamos seus índices corporais, como peso, altura, massa corporal, pressão arterial, circunferência do abdômen, para conferir se tem risco cardiovascular. Olhamos também para o histórico familiar, estilo de vida, atividade física, alimentação, hábitos e vícios, além, claro, dos exames laboratoriais, que são fundamentais para entendermos risco cardiovascular, risco de diabetes ou controle de diabetes, função renal e hepática, e a função tireoidiana, que também entra no protocolo geral. Fazemos ainda o rastreamento de cânceres de acordo com as recomendações e investigamos o comportamento sexual do indivíduo, que pode revelar dados importantes sobre sua saúde física e emocional”, elenca o Dr. Piovesan.
E, para além da prevenção, muitos exames são focados na promoção da saúde pensando lá na frente, como o teste de aptidão física, que avalia aspectos como a marcha e a força muscular – já que estudos revelaram que um dos marcadores da longevidade é a força do músculo. Vale destacar ainda os exames do sono, recomendados para pacientes que, na triagem, também mostraram indícios de ter algum transtorno do sono. “Hoje se sabe que a falta de qualidade de sono pode estar relacionada a problemas de saúde mental, então, quando isso surge no check-in, fazemos uma investigação mais profunda”, diz o Dr. Leonardo.
Qual médico pode me encaminhar para um check-up?
Qualquer especialista da sua confiança, como um cardiologista, ginecologista ou urologista, pode recomendar os exames necessários. No entanto, algumas instituições oferecem o check-up diretamente ao paciente, como é o caso do programa de check-up do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que atende públicos diversos, inclusive executivos de empresas.
Estou com os resultados em mãos. E agora?
Nada de correr para a internet! Agora é hora de conversar com seu médico e entender os caminhos a seguir a partir dos resultados. Isso pode incluir a mudança ou manutenção de hábitos, adequação de dieta, restrições, indicação para buscar especialistas a fim de tratar ou acompanhar quadros específicos, entre muitas outras alternativas.
É importante lembrar aqui que essa conversa deve ser cuidadosa e levar em conta o estilo de vida e a predisposição a fazer mudanças daquele paciente. “Nós também avaliamos a prontidão para a mudança. Usamos escalas para entender o nível de prontidão de mudança de cada um”, diz o Dr Piovesan. “Por exemplo: um fumante que nega os malefícios do cigarro e não está pronto para parar de fumar e outro que contempla a ideia e, por mais que aprecie o cigarro, entende o risco à saúde que o tabagismo representa. Então, para cada estágio, temos uma abordagem, usamos diferentes estratégias para engajar o paciente em uma mudança importante para a saúde dele. Apesar de, nesta etapa, estarmos lidando com comportamento humano, é um sistema objetivo e que mostra, com dados concretos, àquele paciente os riscos que determinado hábito ou vício traz e a importância de mudá-lo. E sempre ressaltamos que aquele check-up é uma fotografia da saúde dele hoje e que ela pode mudar – para melhor ou para pior – de acordo com as decisões dele. Por isso que o check-up é, acima de tudo, um cuidado longitudinal”, conclui o Dr. Leonardo.
A jornada do paciente
Entenda o passo a passo do programa de check-up do Hospital Oswaldo Cruz
CHECK-IN
CHECK-UP
CHECK-OUT
Na primeira etapa, o paciente responde diversos questionários que ajudarão a mapear seu perfil e suas condições de saúde. Dessa forma, a equipe multidisciplinar do programa consegue definir um check-up personalizado, que atenda às necessidades reais daquele paciente
Na segunda etapa, com duração de cerca de cinco horas, o paciente passa por uma série de exames, avaliações e consultas com foco na sua saúde física e mental e determinados de acordo com os questionários respondidos na etapa anterior
Com os resultados em mãos, o paciente receberá recomendações. E, se for o caso, buscar tratamentos específicos ou implementar melhorias no seu estilo de vida. É neste momento também que o especialista irá explicar como será feito o seu acompanhamento
Estamos vivendo mais. No Brasil, a expectativa de vida é de 75,5 anos (IBGE, 2023). Para se ter ideia, em 1940, era de 41,1 anos. A longevidade, no entanto, nem sempre é acompanhada pela qualidade de vida: cerca de 70% dos idosos brasileiros vivem com alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.
Claro, alimentação adequada, sono em dia, ações preventivas e rotina de exercícios físicos são elementos fundamentais para uma vida longa e com qualidade, mas não podemos negligenciar a saúde mental nesta conta. Nossas emoções têm um impacto fisiológico importante no nosso organismo. E isso não significa que devemos fugir a todo custo das emoções negativas – afinal, sentimentos como culpa, raiva, frustração e tristeza fazem parte da vida de todo mundo –, mas conhecê-las com coragem e profundidade nos dá as ferramentas necessárias para vivermos melhor, com mais saúde e com propósito.
Este material foi pensado para ajudar você a olhar com mais carinho para as suas emoções, acolhê-las e, assim, ter mais consciência sobre como suas diferentes vivências impactam sua saúde mental e buscar as ferramentas necessárias para viver bem. Aqui, o Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, faz uma ressalva importante: cuidar da saúde mental não se trata apenas de buscar ajuda quando nos deparamos com um transtorno, como depressão ou ansiedade, mas zelar pela sua psique e pelas suas emoções, buscando ativamente o bem-estar.
A seguir, reunimos conceitos e exercícios que vão te ajudar a embarcar nesta jornada do autoconhecimento.
VEM COM A GENTE!
A EQUAÇÃO DA FELICIDADE
Existe uma noção equivocada de que a felicidade plena compreende, entre outras coisas, a ausência de problemas. No entanto, é praticamente impossível passar pela vida sem experimentar revezes. Inclusive, construir a vida que queremos ter dá trabalho.
Seja lá qual for o seu projeto de vida – ter seu negócio, progredir na carreira, viajar o mundo, ter filhos, conquistar sua casa própria –, o processo de conquistá-lo (e mantê-lo) trará diversos desafios. Mas dificuldade não é antônimo de felicidade. Pelo contrário: quando enfrentamos obstáculos relacionados àquilo que nos traz realização, a tendência é lidarmos com eles de forma mais leve.
Nesse sentido, vale visitarmos o conceito de proporcionalidade da vida, proposto pelo Dr. Alaor. Segundo o especialista, para uma vida mais feliz, é fundamental buscar o equilíbrio entre as diversas partes que compõem nosso cotidiano. Se você abre mão dos momentos de prazer e dos afetos para se dedicar totalmente ao trabalho, por exemplo, isso cobrará um preço cedo ou tarde. E, no final, todos queremos chegar na velhice com a sensação de termos vivido bem nossos anos, e não apenas passado pela vida.
Por isso, o Dr. Alaor reforça uma velha máxima: a importância de vivermos o presente. Você provavelmente já escutou isso antes, mas, dentro do contexto da longevidade, viver bem o presente é o que vai nos ajudar a chegar mais saudável lá na frente.
E você? Como anda a proporcionalidade da sua vida?
A proposta a seguir é tentar identificar o equilíbrio entre os diferentes setores da sua vida. A partir daí, faça o seguinte exercício: seu nível de satisfação com a proporcionalidade, como você gostaria que fosse essa divisão e o que você poderia fazer para chegar nela. Vamos lá?
PARA COMEÇAR A SUA JORNADA DE AUTOCONHECIMENTO BAIXE O DIAGRAMA
Cadastre-se agora para receber nosso ebook exclusivo com conteúdo de alta qualidade, aprovador por especialistas no assunto e totalmente gratuito!
×
UM MERGULHO ESSENCIAL
Quando falamos em viver bem, a maneira como reagimos aos acontecimentos é, muitas vezes, mais importante do que os acontecimentos propriamente ditos. É inevitável passar por momentos difíceis e dolorosos, como perdas, rompimentos, doenças, brigas, entre outras vicissitudes que fazem parte da nossa condição humana.
Nesse sentido, o autoconhecimento é uma ferramenta muito valiosa para nos ajudar a identificar as nossas emoções mais intensas, seus gatilhos e formas de lidar com elas. Isso tudo exige treino e um olhar aguçado para nós mesmos – o que não é fácil. Mas é possível e vale a pena. À medida que experienciamos essas emoções com mais consciência, amadurecemos e criamos condições de lidar com elas com menos sofrimento e mais resiliência.
Para ajudar você nessa jornada tão importante, apresentamos o Mapa das emoções. Aqui, o exercício é escolher as emoções mais comuns, importantes e/ou incômodas para você e se aprofundar nelas.
Primeiro você deve selecionar as emoções mais relevantes para você. Escolha quantas quiser (pode até fazer o exercício com todas!). Lembre-se: as emoções são altamente complexas, se misturam (muitas vezes, a ansiedade se confunde com o tédio, por exemplo) e entram em conflito (podemos ter raiva de quem amamos ou invejar quem admiramos) e está tudo bem!
A seguir, é hora de identificar seus gatilhos: o que costuma causar tal emoção? Qual foi a última vez que você se sentiu assim e por quê? Aqui vale pensar em situações, pessoas, eventos específicos ou recorrentes. E se não souber dizer qual é o disparador, não tem problema. A ideia é explorar sem medo e se conhecer melhor, e não necessariamente encontrar todas as respostas.
Agora, arregace as mangas e mergulhe na emoção: o que ela causa em você? Tem alguma sensação física? Você a relaciona com outra época da sua vida? Traz outras emoções? Você tenta fugir dela? Ela é tolerável? Como você se sente tendo essa emoção?
Por fim, hora de trabalhar as estratégias de manejo: como você costuma lidar com essa emoção? Você está satisfeito(a) com a sua forma de reagir ou preferia fazer diferente? Como você gostaria de conseguir lidar com essa emoção? E como você acha que conseguiria chegar a esse resultado?
Vamos lá? E, mais uma vez, lembre-se: você não precisa ter todas as respostas. A ideia aqui é exercitar a imaginação, acolher seus sentimentos, mergulhar no autoconhecimento e tentar compreender melhor seus próprios processos, sem se julgar ou se sentir mal por não dominar suas emoções.
PARA COMEÇAR A SUA JORNADA DE AUTOCONHECIMENTO BAIXE O DIAGRAMA
Cadastre-se agora para receber nosso ebook exclusivo com conteúdo de alta qualidade, aprovador por especialistas no assunto e totalmente gratuito!
×
Esperamos que você tenha gostado deste guia e que este conteúdo tenha ajudado você a identificar e entender melhor suas emoções, além de pensar em caminhos para viver com saúde, qualidade de vida e bem-estar por muitos anos.
Clínica geral e dermatologista dão recomendações sobre hidratação, alimentação, exposição solar, atividades físicas, traumas e cuidados com a pele
São Paulo, 04 de janeiro de 2024 – O verão é a estação do ano que muitas pessoas aproveitam para viajar, curtir praia, a piscina e o sol. No entanto, é preciso ter cuidados especiais com a saúde nessa época, pois há diversos riscos que podem comprometer o bem-estar e a qualidade de vida e estragar os momentos de descanso.
Para orientar a população sobre como prevenir e tratar os problemas de saúde mais comuns no verão, Dra. Sara Mohrbacher, clínica geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e Dra. Camila Hoffmann, dermatologista do Hospital Vergueiro, alertam para os principais riscos da estação, como a desidratação, insolação, queimaduras solares e doenças transmitidas por mosquitos, que podem ser evitados com medidas simples.
A clínica geral explica que a hidratação adequada requer o consumo frequente de água, mas também pode ser alcançada com a ingestão de líquidos naturais como água de coco, sucos e chás. Além disso, é importante evitar bebidas alcoólicas, cafeinadas e açucaradas. “Para evitar desidratação e insolação, é essencial evitar atividades físicas extenuantes durante os horários de sol intenso, que são entre 10h e 16h, e procurar locais frescos e ventilados”, recomenda.
Em relação à alimentação, a Dra. Sara aconselha optar por cardápios com alimentos leves e frescos, como saladas, frutas, legumes, cereais integrais, carnes magras (frango ou peixes) e frutos do mar.
A Dra. Camila também ressalta que a alimentação influencia na qualidade da pele no verão. “Evite alimentos gordurosos, fritos, condimentados e perecíveis, que podem causar desconforto estomacal, intoxicação alimentar, acne e dermatite. Além disso, é importante lavar bem os alimentos, conservá-los em geladeira e evitar o consumo de produtos de procedência duvidosa”, alerta.
Para a prática de atividades físicas no calor, é importante evitar esforço excessivo e respeitar os limites do seu corpo. Além disso, a Dra. Camila enfatiza a importância dos cuidados com a exposição solar para prevenir danos à pele. “Recomenda-se o uso de filtro solar, preferencialmente com FPS 30 ou mais, aumentando para FPS 50, 60 ou 70 para peles sensíveis. Reaplicar a cada duas a três horas, principalmente na praia ou piscina, é crucial. Além disso, é importante usar roupas com proteção UV, chapéus e bonés para proteger o rosto e couro cabeludo.”
Se for viajar uma dica importante é evitar o contato ou consumo de água contaminada e levar sempre um kit de primeiros socorros. A Dra. Sara também lembra que, embora a gripe seja mais comum no inverno, outros vírus respiratórios, como o rinovírus, o adenovírus e o vírus sincicial respiratório, podem circular no verão, especialmente em ambientes fechados e com ar-condicionado. “Para prevenção, é aconselhável lavar as mãos, evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, além de manter o calendário vacinal atualizado”.
Em casos de traumas como quedas e fraturas durante viagens, é crucial manter a calma, buscar assistência médica imediata e adotar medidas como imobilização da lesão, aplicação de gelo, elevação do membro afetado e limpeza de ferimentos. “Para prevenir acidentes, é essencial utilizar equipamentos de proteção, evitar superfícies perigosas e seguir as normas de segurança, além de evitar o consumo de álcool antes de atividades físicas”, destaca a clínica geral.
Doenças de pele
Dra. Camila Hoffmann, dermatologista, também comenta sobre os problemas de pele comuns no verão, como micoses, alergias ao sol, água do mar, protetor solar e alimentos específicos, bem como queimaduras por água-viva e alimentos cítricos.
“No verão, a pele fica mais exposta aos agentes externos, como o sol, o sal, o cloro, o suor e os insetos, que podem causar irritações, inflamações e infecções. Para prevenir certas reações, é importante usar produtos hipoalergênicos, testar o protetor solar em uma pequena área da pele antes de usar, e evitar alimentos que possam causar alergia. Em caso de queimaduras por água-viva ou alimentos cítricos, que podem causar bolhas e ardência na pele, é recomendado lavar a área com água corrente e aplicar compressas frias ou gelo, e procurar um médico se necessário”, orienta.
Para evitar picadas de insetos, a dermatologista recomenda o uso de repelentes sempre depois do filtro solar e o uso de roupas protetoras em caso de longa exposição aos insetos, como em uma trilha, por exemplo. Em caso de picadas, ela aconselha evitar coçar e buscar ajuda médica se necessário. Ela dá uma dica para evitar coceira: aplicar uma fita microporosa sobre a ferida, especialmente em crianças, além de manter a área protegida com protetor solar e hidratante.
Evitar o desperdício, ter mais atenção à saúde e se preocupar com o futuro do planeta. Esses são alguns dos motivos que estão transformando a nossa alimentação.
Há mais de cinco anos, quando era voluntária em uma ONG de proteção animal, Isadora Attab passou por um processo de descoberta e transformação.
“Percebi que era bastante hipócrita da minha parte continuar comendo alguns animais enquanto me preocupava com a vida e a saúde de outros. O cachorro não é tão diferente da vaca”, diz ela.
Começava aí, em 2014, sua dieta vegetariana. “Foram três anos sem comer carne para, só depois, começar a transição para o veganismo”, lembra ela.
Hoje, Isadora não come nenhum derivado animal e nem consome outros produtos de tais origens como cosméticos testados em animais e tecidos provenientes deles, como seda, couro e lã, entre outros.
A história de Isadora tem se tornado cada vez mais frequente e representa, hoje, uma fatia significativa da população. De acordo com a pesquisa mais recente do Ibope sobre o tema, de 2018, cerca de 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa um número absoluto de quase 30 milhões de pessoas – mais gente do que toda a população do Chile ou da Austrália – e um crescimento de 75% em relação às últimas estatísticas, de 2011.
Quando o assunto é veganismo, não existem dados apenas sobre esse estilo de vida, mas, de acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), um bom parâmetro seriam os dados comparativos com países em que tais levantamentos já foram feitos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 50% da população vegetariana se diz também vegana. No Reino Unido, o número cai para 33%. Tomando como comparativo o valor menor para não correr o risco de inflar esse comportamento, de acordo com a SVB, no Brasil, deve haver cerca de 7 milhões de veganos.
“Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala para, depois, acabarem no lixo”
MUDAM-SE OS TEMPOS Mas por que tanta gente tem deixado a carne de lado e investido em uma alimentação baseada em vegetais? “Para mim, envolve muito mais coisas do que a comida. É sobre ter autonomia e soberania alimentar, para que as pessoas não precisem depender desse sistema que oprime os bichos”, defende Isadora.
“Entender que, se plantarmos e colhermos, teremos condições muito melhores para nos alimentar e sobreviver. Porque a gente come um monte de coisa que não é comida: microplásticos, produtos processados, etc.
O veganismo em que eu acredito é esse, muito mais do que falar de benefícios para o meu corpo e a minha saúde. Ele é muito mais amplo e muito mais coletivo.” Os benefícios de reduzir – ou retirar – o consumo de carne da alimentação são uma realidade. Isadora lembra que, ao adotar uma dieta vegetariana, sentiu de imediato melhoras em sua digestão, disposição geral e até uma mudança na textura da pele e do cabelo.
“Um dos princípios da dieta vegana é a saudabilidade e a variabilidade dos alimentos. E, assim como qualquer dieta que tenha esses dois conceitos como base, será saudável e terá um impacto direto e muito positivo em nosso corpo”, explica a nutricionista Cláudia Stéfani Marcilio, coordenadora de pesquisa clínica do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A mudança de hábito da população também tem causado uma transformação no cardápio de muitos restaurantes.
O chef Fabio Vieira, que comanda as casas Micaela e Mixto Gastrobar, ambas em São Paulo, fez questão de dar atenção especial a esse assunto na hora de montar seus menus. “No Micaela, a gente sempre consegue adaptar os pratos para vegano e vegetariano. No Mixto, tenho dado muito foco para saladas. Estamos num momento em que se tem discutido muito sobre a questão das carnes. Então tenho feito muitos legumes assados, verduras também. O público pede cada vez mais.” Fabio ainda dá preferência para orgânicos e alimentos não industrializados em sua gastronomia. “Não temos a questão do orgânico em 100% dos pratos, mas eu uso o máximo que posso.
Pela quantidade que o pequeno produtor entrega, pode ser uma forma de evitar o desperdício”, explica. Esse é outro ponto levado a sério: todos os alimentos são embalados a vácuo – assim, se forem descongelados, por exemplo, podem ser recongelados sem problemas – e os talos e aparas são quase sempre utilizados para fazer caldos ou mesmo incluídos como acompanhamento nas receitas. “Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala e depois vão para o lixo”, completa o chef, trazendo à luz uma discussão fundamental atualmente: o desperdício de alimentos. Na América Latina, são desperdiçados, anualmente, 127 milhões de toneladas de alimentos – sendo mais da metade desse volume frutas e verduras –, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Só no Brasil, são 41 kg de alimentos por pessoa desperdiçados todos os anos. E o problema do desperdício também afeta severamente o meio ambiente: descartar alimentos de modo inadequado prejudica o ar e o solo com substâncias poluentes. O paradoxo do desperdício encontra-se em uma das questões mais graves que o planeta enfrenta: a fome. De acordo com a FAO, cerca de 821 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. Só na América Latina e no Caribe, quase 40 milhões de pessoas vivem subalimentadas.
Em 2017, uma em cada nove pessoas foi vítima da fome. Em uma relação que se retroalimenta, o problema também encontra suas raízes nas questões ambientais, como as mudanças climáticas – segundo a FAO, entre as principais causas do avanço da subnutrição estão, além dos conflitos armados e das crises econômicas, as variações do clima e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes. A estimativa é a de que, em 2017, 83% das perdas e dos danos à agricultura tenham sido causados por secas em todo o mundo, e 17% por inundações. Vale ressaltar, ainda, que a desnutrição não está apenas na falta de comida, mas também na má alimentação, que acarreta na obesidade, outro problema de ordem global já considerado uma epidemia. O mesmo relatório da FAO mostrou que 672 milhões de pessoas são obesas no mundo – o que equivale a mais de uma em cada oito.
O crescimento acelerado da obesidade é um fator bastante preocupante, principalmente entre crianças. Na América Latina e no Caribe, são 3,9 milhões de meninas e meninos com sobrepeso. É o segundo maior percentual de crianças com excesso de peso no mundo. Além disso, nessas regiões, cerca de um em cada quatro habitantes são considerados obesos.
“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência”
MUDAM-SE AS VONTADES Ainda que a discussão seja, de fato, muito mais ampla do que o que colocamos no nosso prato, é geralmente na comida que as pessoas começam a investir quando querem fazer uma mudança de estilo de vida.
E essa é também uma das formas mais interessantes e eficazes de evitar algumas das doenças que mais matam no país. Coordenador nacional do PURE (The Prospective Urban Rural Epidemiology) no Brasil, estudo que acompanha, há 12 anos, mais de 300 mil pessoas em quase 30 países diferentes, o Dr. Álvaro Avezum, cardiologista e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, aponta para um adoecimento sistêmico na população mundial causado, em grande parte, pelos maus hábitos alimentares. “A alimentação não saudável, ao lado do colesterol alto, da pressão alta e da obesidade abdominal, representa metade dos principais motivos que levam aos infartos e acidentes vasculares cerebrais.
Isso significa que muitos deles poderiam ser evitados sem precisarmos de nenhum novo conhecimento técnico ou científico”, alerta o especialista. O PURE é um estudo populacional que avalia a associação do comportamento (estilo de vida) dos indivíduos ao longo do tempo, meio ambiente, genética, entre outros fatores, ao risco de adoecimento da população (eventos cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, renais, morte cardiovascular, por câncer e por outras causas).
Em relação aos questionários e hábitos alimentares pesquisados com os participantes, alguns resultados mostraram a importância de prestarmos grande atenção ao que ingerimos. “Quanto maior o consumo de frutas e vegetais, menor o risco de morte. A pessoa aumenta sua sobrevida só de fazer essa modificação na alimentação”, diz o Dr. Álvaro. Em relação ao consumo de carboidratos e de gorduras, a curva é inversa, ou seja, o primeiro aumenta as taxas de mortalidade e o segundo (exceto gorduras trans) reduz essas taxas.
Outro ponto importante de reforçar é que, aqui no Brasil, temos uma diversidade de alimentos gigantesca que está a favor de quem quer diminuir ou excluir o consumo das carnes e dos alimentos ultraprocessados (biscoitos, misturas para bolo, temperos instantâneos, molhos prontos, salgadinhos, nuggets etc.) do cardápio ou simplesmente adotar uma alimentação mais saudável e balanceada.
“O clássico arroz com feijão é, por si só, um prato bastante completo do ponto de vista nutricional”, reforça Cláudia, que é também assistente de coordenação do protocolo populacional do estudo PURE. “É importante que, ao adotar um padrão alimentar sem carnes e derivados animais, por exemplo, a pessoa tenha os devidos cuidados para que não falte nenhum nutriente essencial, buscando o acompanhamento de um nutricionista e/ou profissional especializado, e que essa modificação aconteça pela crença nos benefícios e na filosofia disso, não apenas pelo modismo”, pontua.
“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência. Quantas refeições nós fazemos sem nem pensar sobre o que estamos comendo?”, pergunta ele.
A lógica do fast food como o conhecemos, aplicada às grandes cadeias de lanchonetes, tem se tornado vigente em todos os campos da alimentação. Italiano, o Dr. Andrea está no Brasil há 24 anos e, além de especialista no assunto, é um apaixonado por comida. Depois de muito investir em sua formação acadêmica, ele também decidiu estudar o conceito de mindful eating, teoria que acredita no impacto positivo até mesmo na saúde quando temos atenção plena no momento em que estamos nos alimentando.
“Comer é algo extremamente importante por uma questão bioquímica, para nos manter vivos, mas é também um ritual, um momento de autocuidado. Se a gente come sempre correndo, sempre preocupado com o que virá depois ou com o que acabamos de fazer, ou distraído por barulhos excessivos, a tela da TV ou do celular, vamos fazer isso no automático, sem prestar atenção e sem curtir aquele momento”, diz.
“Para mim também tem sido um desafio, mas encaro como algo positivo. Às vezes, preciso almoçar em 15 minutos, mas, por mais curto que seja o tempo, é fundamental estar presente naquele ato.”
Você sabe qual é o caminho que a comida percorre assim que entra pela sua boca? A seguir, contamos as principais etapas da nossa digestão, processo espetacular e fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Confira!
Quando bate aquela vontade de comer alguma coisa gostosa, não é só um desejo que estamos satisfazendo. Comemos para crescer, renovar as células e desenvolver o nosso corpo. Para isso, fazemos funcionar uma das engrenagens mais complexas e harmônicas da nossa constituição humana: o sistema digestivo, ou digestório, como também é chamado. “É o momento em que o nosso organismo faz a absorção dos nutrientes dos alimentos”, resume o Dr. Ricardo Barbuti, especialista em gastroenterologia. Da boca, a comida cai no estômago e segue por um longo tubo de 10 a 12 metros de comprimento rumo ao destino final. O sistema também conta com órgãos coadjuvantes, como fígado e pâncreas, que produzem enzimas para reduzir as porções que serão absorvidas pelas células e outras partículas desnecessárias que serão descartadas no fim do processo. Conheça a seguir as principais etapas dessa jornada fantástica.
Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explicam sobre como novos medicamentos que controlam os efeitos colaterais ajudam no tratamento da doença
São Paulo, 4 de abril de 2019– O Dia Mundial de Combate ao Câncer – 8 de abril – foi criado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC) para chamar a atenção da população sobre a importância em discutir a segunda doença que mais mata no mundo. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), neste ano, devem ser diagnosticados 600 mil novos casos da doença no Brasil. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o câncer foi responsável por 9,6 milhões de mortes no mundo em 2018.
Apesar dos dados alarmantes, o paciente oncológico conta com um crescente arsenal de opções terapêuticas para o tratamento da doença. Nos últimos anos, a oncologia tem tido muitos avanços em relação as drogas para tratar os tumores. Além disso, existem também medicações que auxiliam no combate aos efeitos colaterais. São as chamadas terapias de suporte.
Segundo a coordenadora clínica do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Renata D’Alpino, a oncologia está cada vez mais caminhando para o tratamento individualizado e com foco no bem-estar do paciente. “As recomendações para o tratamento passaram a ter como base também os seus efeitos colaterais e a qualidade de vida do paciente, seu estilo de vida, entre outros aspectos. Pensando neste contexto, surgiram medicamentos que controlam ou reduzem enjoos e minimizam as dores. São fatores que se ignorados podem comprometer a eficácia do tratamento”, explica a oncologista.
As medicações que controlam os enjoos costumam ser dadas combinadas e por via intravenosa, o que adiciona um acréscimo de quase uma hora nas sessões de quimioterapia. Mesmo assim, essa conduta não garante 100% do controle das náuseas. Hoje, os oncologistas têm disponíveis medicamentos orais, que além de serem muito eficazes, ainda reduzem tempo do paciente na sessão de quimioterapia e no ambiente hospitalar. A incorporação de medicamentos orais para o combate às náuseas antes de cada sessão de quimioterapia passou a fazer parte da conduta no tratamento no Centro Especializado em Oncologia Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
O do Hospital realiza a classificação de risco de náuseas para os diversos tipos de quimioterapia e adapta as necessidades de medicações de suporte para cada sessão. De acordo com Dra. Renata D’Alpino, essa conduta é extremamente importante para a eficácia do tratamento. “Os efeitos colaterais podem levar os pacientes a internações, perda de apetite e consequentemente de peso. Em alguns casos, é necessário interromper o combate à doença para tratar os efeitos colaterais. Além disso, as reações adversas estigmatizam o tratamento oncológico, causando medo no paciente e em seus familiares”.
Outra condição preocupante em pacientes com câncer é a desnutrição, que pode ser causada por aspectos da ação da doença no organismo, assim como pelos efeitos de medicamentos.
Segundo a nutróloga do Centro Especializado em Oncologia, Dra. Nayara Oliveira, diversos estudos abordam a importância do tratamento nutrológico durante o combate ao câncer. “Nutrólogos e nutricionistas trabalham para a manutenção e a recuperação do estado nutricional do paciente oncológico, trazendo a melhora da qualidade de vida do paciente, controle de sintomas, na diminuição de risco de infecções, ajudando o paciente a passar pelo tratamento”, explica a médica
Preferir alimentos secos, respeitar as aversões e preferências alimentares, evitar alimentos gordurosos, não ingerir líquidos nas refeições, preparar alimentos com gengibre e cítricos, chupar gelo ou picolé de frutas, são algumas dicas que que ajudam a combater as náuseas.
Contudo, no caso de mucosite, feridas que podem aparecer na boca por conta do tratamento, as recomendações são as de evitar alimentos ácidos, muito quentes e muitos condimentados. Em alguns casos de desnutrição, pode ser necessária a indicação de suplementação.
Cuidado Multidisciplinar
O Hospital conta ainda com o CATSMI – Centro Avançado em Terapia de Suporte e Medicina Integrativa, no qual o paciente é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que auxilia no planejamento do melhor tratamento e oferece acesso a médicos paliativistas, que atuam no controle da dor, acompanhamento com psicólogo e ainda oferece terapias corporais, como acupuntura, aromaterapia, auriculoterapia e meditação.
Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.
Na era dos perfis fitness nas mídias sociais, das soluções de emagrecimento massificadas e do corpo perfeito como meta de vida, a intensa jornada pela boa forma pode levar a comportamentos extremos e pouco saudáveis. Especialistas defendem que o corpo ideal é aquele que está ao nosso alcance possível.
Por Débora Rubin fotos Marcos Pacheco
A cada verão, a história se repete: a vontade de entrar em forma faz com que os brasileiros tentem, no último minuto, reverter os maus hábitos de um ano inteiro. Dietas extremas, exercícios em dobro, suplementos e pílulas mágicas de emagrecimento entram na pauta do dia e anúncios com essas soluções milagrosas aparecem em todas as mídias. Quando o inverno chega, o plano de um ano da academia é deixado de lado e os quilos extras voltam. Muitos jogam a toalha. Para uma minoria, o gostinho da vida saudável torna-se um bom hábito. Para outros, pode se transformar em uma busca incessante e perigosa para a saúde. A jornalista e empreendedora Carolina Salgado, 37 anos, sabe o que é passar desse ponto e as consequências que a chamada corpolatria nome dado ao culto exagerado ao corpo pode trazer para toda a vida. Aos 19 anos, ela entrou em um ciclo obsessivo: queria ser magra e ter um corpo malhado. Passou, então, a tomar remédio para acelerar o metabolismo e a malhar todos os dias inclusive aos domingos de duas a cinco horas por dia.
Esse padrão de vida durou quase quatro anos. Do uso do estimulante, para dar energia e inibir o apetite, Carolina herdou crises de pânico. Do excesso de exercício, uma luxação na patela que a incomoda até hoje, 15 anos mais tarde. “Logo depois engravidei e fiquei muito tempo sem fazer exercício físico”, conta. “Voltei a treinar só após um longo período, mas tive que escolher atividades de menor impacto por causa do joelho.” Olhando para o passado com a devida distância, Carolina entende hoje que a obsessão com o corpo escondia diversas outras questões. Depois de viver com a mãe por toda a vida, ela tinha ido morar com pai, que era ausente. Para a jornalista, a solidão e a responsabilidade por si própria contribuíram para essa escolha. Naquele tempo, em que sua dieta era à base de barra de proteína e vitamina com leite desnatado, quando os resultados começaram a aparecer, ela continuava insatisfeita e seguia na malhação pesada. “Parecia que eu tinha sido abduzida”, recorda.
ESPELHOS DIGITAIS
Carolina viveu a paranoia em um tempo em que ainda não existiam as redes sociais. A TV e as revistas, no entanto, já cumpriam esse papel de manual do que as pessoas em especial as mulheres deveriam (ou ao menos deveriam querer) ser. Mas a situação piorou. “A internet democratizou a pressão pela busca do corpo perfeito”, diz a psicóloga Joana de Vilhena Novaes. Há mais de 20 anos pesquisando o tema, a professora da PUC-Rio, onde é coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza, explica que, com o Facebook e o Instagram, as pessoas passaram do papel de observadoras e admiradoras de celebridades para protagonistas. “Não se cobra mais que você siga a dieta da estrela da TV que saiu na capa da revista. Agora você tem que ser a estrela da sua rede e postar suas fotos fitness.” A massificação da exposição acirrou a necessidade de ser belo. O corpo, mais que nunca, tornou-se um capital, conceito usado por Joana. “A mensagem que fica é: só é feio quem quer ou você só é gordo porque não gerencia bem seu próprio corpo”, diz. “O que é bem perverso porque os corpos são muito diferentes entre si e, no caso da obesidade, por exemplo, os profissionais de saúde sabem que ela é multifatorial.” Quanto mais se cobra um corpo perfeito, mais a obesidade se torna uma epidemia um dos paradoxos dos tempos atuais. “Mais de 50% da população está com sobrepeso”, destaca a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A médica tem um hábito curioso: entrar em anúncios de remédios milagrosos e suspeitos nas redes sociais para ver quantas pessoas curtem e comentam. “É espantoso, vejo um monte de gente marcando outras pessoas”, conta. No dia a dia, em seu consultório, ela conta que recebe pacientes que também buscam soluções rápidas para emagrecer. A psicóloga Graça Maria de Carvalho Câmara, também do Hospital, sabe bem do que a Dra. Tarissa está falando. São anos lidando com pacientes que já tentaram de tudo e estão cansados da eterna pressão do verão: dietas da moda, remédios sem credibilidade, entre outros. “Fora o clássico: estou sem comer faz três dias e não emagreço”, diz a psicóloga. A busca pelo corpo perfeito, nas mãos de profissionais como Tarissa e Graça, vira a busca pelo corpo possível, com direito a escuta, acolhimento e ajuda no caminho do autoconhecimento. E vale anotar: a dobradinha clássica alimentação saudável e atividade física segue sendo imbatível.
BELEZA NA PONTA DA FACA
O Brasil é conhecido como o segundo país que mais faz intervenções cirúrgicas estéticas no corpo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, aponta um crescimento de 8% em cirurgias estéticas e de 390% em técnicas menos invasivas, como aplicação de toxina botulínica o famoso botox e preenchimentos de modo geral. Esses últimos representam quase a metade dos procedimentos. As mulheres são a maioria desse público. Viviane Angélica Mol, 31 anos, analista de seguros, é uma das brasileiras que optaram por, usando o jargão popular, entrar na faca. Frustrada por não conseguir perder a barriga, fruto de duas gestações, com dieta e academia, decidiu encarar a abdominoplastia e sonhava, em seguida, com uma lipoaspiração. Com 1,58 metro e 62 quilos, ela não tinha com o que se preocupar o IMC (índice de massa corporal) estava dentro do considerado saudável e não havia outros problemas de saúde como colesterol alto ou diabetes.
Era uma questão puramente estética, mas mexia com a autoestima e Viviane achou que era hora de encarar a cirurgia. “O médico acabou me convencendo a fazer ‘dois em um’ e mexer também no seio por um bom preço”, conta ela. O resultado agradou, mas trouxe outras questões. “Tenho sentimentos conflitantes: por um lado, fiquei feliz de me ver livre da barriga, por outro, olho para a cicatriz e sinto que tirei uma parte da minha história, da pós-gravidez”, diz. Isso sem contar os efeitos colaterais: ela ganhou um inchaço incômodo que ainda está sendo investigado e o peso, ao contrário de baixar, subiu mais três números no ponteiro da balança. Viviane ia fazer a lipoaspiração, mas desistiu. Segue na reeducação alimentar e na academia todos os dias. “A cirurgia plástica não é algo simples, deve ser pensada com calma e muito conversada com o profissional que fará o procedimento”, recomenda o Dr. Carlos Alberto Komatsu, cirurgião plástico que atende no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Todo o cuidado se justifica: o paciente precisa estar ciente dos riscos e da real necessidade da cirurgia ainda que seja para elevar a autoestima, o que não é pouca coisa. “Se algo está incomodando e impedindo a pessoa de viver sua plenitude, a cirurgia pode ser simples, mas causa um efeito enorme na vida dela”, defende o Dr. Komatsu.
FELIZ CORPO NOVO
Cada corpo é único, e é esse o olhar da Dra. Tarissa e da psicóloga Graça no Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. Mas alguns balizadores são fundamentais na análise médica. “Sobrepeso, colesterol e diabetes são indícios que precisam ser avaliados com muita atenção”, diz a endocrinologista. “No entanto, há muita gente com sobrepeso que está com a saúde boa. Nesses casos, vale olhar como a gordura está distribuída pelo corpo porque é a visceral, a do abdômen, a que mais preocupa.” A maior parte dos pacientes atendidos no Centro tem entre 35 e 60 anos, mas um público crescente desperta a atenção das profissionais: os adolescentes. Com o corpo ainda em formação, correm mais riscos quando tomam pílulas com substâncias desconhecidas, hormônios, e fazem treinos forçados. “Hormônios podem fazer o eixo hormonal parar de funcionar, e o corpo entende que não é preciso mais fabricá-los. No caso dos homens, por exemplo, pode acontecer de parar de produzir testosterona e passar a fabricar estrogênio, desenvolvendo mamas”, explica a Dra. Tarissa. Para Graça, é muito importante, ao longo do processo terapêutico, entender o momento de aceitação de si próprio e os limites que cada um tem. Para isso, ela trabalha com etapas, tarefas, mudanças gradativas e muita paciência. “Não falamos em quilos, mas em montagem de prato, em escolhas, no prazer da atividade física e nas pequenas mudanças de hábito.” É um processo de desconstrução de que o corpo magro é o único saudável, e que a perda de peso gradual já pode promover muito mais qualidade de vida. Emagrecer traz bem-estar, energia e ajuda a reduzir as doenças associadas. Não há nada de errado em tentar ser uma pessoa mais saudável, o problema é quando saúde vira sinônimo de beleza. “Ao fundir os dois conceitos, temos uma série de problemas, entre eles o fato de que os próprios indicadores do que é saudável mudam. Quarenta anos atrás, uma pessoa com hábitos muito obsessivos poderia ser diagnosticada com algum tipo de transtorno de ordem psíquica. Hoje, ela é considerada um modelo a ser seguido”, explica a psicóloga Joana, da PUC-Rio. Toda essa pressão pesa muitas toneladas a mais nas costas das mulheres são elas as principais consumidoras de dietas milagrosas, de revistas com dicas fitness e das cirurgias. Isso porque, segundo Joana, a beleza faz parte da questão identitária social da mulher: ser bela é um atributo. Claro, os homens não estão livres dos julgamentos sociais e muitos sobem na esteira literalmente da eterna busca pelo corpão. Mas, sem dúvida, a cobrança que eles sofrem é bem menor.
O consultor de TI Pedro Bressan, 30 anos, conta que sua vontade de ter uma vida mais saudável e se livrar de uma incômoda barriguinha veio de dentro, e não da pressão externa para ser magro e forte. “Não cheguei a ficar gordo, mas senti que estava barrigudo e sem energia para jogar bola”, diz ele, que criou uma rotina de atividade física e dieta balanceada aos 20 e poucos anos quando percebeu que estava se deixando levar pela sedentária e baladeira vida universitária. Praticante de crossfit, tênis, pilates e escaladas eventuais nos fins de semana, Pedro fez de tudo um pouco até achar os exercícios ideais. No início da transformação, consultou uma nutricionista que realizou o sonho de toda a vida de sua mãe: ensinou-o a comer salada. Hoje, ele leva marmita para o trabalho, reduziu o consumo de álcool, mas não abre mão da vida social. “Deixo para fazer um almoço ou jantar mais exagerado quando vou sair, encontrar amigos.” Foi fácil? “Não, em especial a parte da alimentação, mas, quando vira hábito, é difícil mudar”, diz ele, que não almeja virar o marombeiro da academia, mas também não quer mais ser o primeiro a se cansar na pelada com os amigos. Nada como seguir o caminho do equilíbrio.
QUANDO O EXCESSO DE SAÚDE VIRA DOENÇA
A obsessão por só se alimentar de forma saudável o tempo todo tem nome: ortorexia. E pode virar uma doença quando começa a comprometer a vida social e, principalmente, a saúde: a pessoa prefere não comer a consumir algo que não considera saudável. Isso pode levar a uma deficiência de nutrientes e, em consequência, à anemia e a doenças mais graves.
AS REGRAS DO CORPO SAUDÁVEL
Ter uma alimentação balanceada a maior parte do tempo, ou seja, a que inclui um equilíbrio de proteína, carboidrato e todos os nutrientes necessário
Dizer não ao sedentarismo: não passar muitas horas sentado e praticar atividade física são fundamentais para manter o peso dentro do ideal e a energia em dia
Conhecer bem o próprio corpo: entender que os biotipos são diferentes e que nem todo mundo vai ser magro ou forte é importante para evitar frustrações com dietas e exercícios
Conhecer bem a si mesmo: às vezes não é o corpo que é o problema, mas outras questões psicológicas que foram negligenciadas
Cultivar uma rotina equilibrada: dormir bem, ter atividades de lazer e não se martirizar quando quebrar a dieta ou faltar à academia
Ser feliz é o que todos queremos, mas o que é exatamente a felicidade? Conversamos com professores, escritores, especialistas e com gente que se considera feliz de verdade. As respostas, como se espera, são diferentes, mas concordam em duas coisas: felicidade não é uma receita pronta, nem se resume a viver uma vida sem problemas e dificuldades
Para alguns, a felicidade não existe. “O que existe na vida são momentos felizes”, dizem, fazendo coro ao cantor Odair José. Já os existencialistas estão mais para Tom Jobim, para quem “a felicidade é como uma gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila, depois leve oscila, e cai como uma lágrima de amor”. E há ainda a turma do Gonzaguinha, que explode em excitação ao cantar “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Felicidade é um conceito tão subjetivo que não há compositor que dê conta de defini-lo. No dicionário ela aparece até como sorte, já para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um estado de bem-estar. Como se pode ver, cada um tem sua própria opinião sobre o que é ser feliz: o Odair, o Tom, o Gonzaguinha, o dicionário, a OMS, eu e você.
O problema é que, na sociedade contemporânea, a felicidade virou uma obrigação, mais um item a ser preenchido na longa lista de afazeres e conquistas – pressão ampliada pela polifonia das redes sociais. Resultado: buscar a felicidade tem nos tornado infelizes. Pensando nisso, o professor Wander Pereira da Silva, da Universidade de Brasília (UnB), inspirado em experiências de universidades americanas como Harvard e Yale, sugeriu a criação da disciplina “Felicidade”, a primeira do gênero no Brasil. Preocupado com as altas taxas de depressão e de evasão dos alunos, Wander sentiu que era necessário criar um espaço para trabalhar as emoções. “Nós, professores, não podemos achar normal que os alunos fiquem deprimidos e ansiosos e não fazer nada a respeito”, diz.
O curso começou em agosto deste ano no campus de engenharia da UnB e conta com 240 alunos. Para criar a disciplina, Wander, que é doutor em psicologia, fez o “The Science of Well-Being”, curso da Yale criado pela psicóloga Laurie Santos, hoje oferecido online gratuitamente. No método de Wander não existe prova; a avaliação é feita por meio de um projeto chamado “produto de felicidade”: em grupos, os alunos criam um produto que poderá ser apresentado da forma criativa que eles escolherem (dança, teatro, blog etc.). “A gente parte da premissa de que felicidade é uma experiência subjetiva e que não adianta passar receita de bolo. A principal característica da disciplina é que ela é vivencial e precisa ser exercitada”, diz o professor.
Ensinar felicidade na universidade é coisa nova. No entanto, ela já vem sendo discutida em escolas livres, como na School of Life, que tem filial em São Paulo, e em palestras, livros, workshops. Se, por um lado, as propostas são positivas, por outro, muitas vezes os ensinamentos são resumidos a fórmulas – as tais receitas de bolo –, característica comum a livros de autoajuLEVE 08 . SET/NOV 2018 Fotos: Shutterstock, arquivo pessoal da, programas de TV e canais de YouTube, que, por vezes, se mostram incapazes de lidar com as subjetividades de cada um. Ou pior: colocam a felicidade como uma missão fácil e garantida, gerando ainda mais frustração e decepção para quem não consegue alcançá-la.
O QUE É SER FELIZ?
Convidamos especialistas de diferentes áreas para contar o que a felicidade representa para eles
“Felicidade é um estado de espírito que gera paz, harmonia, alegria e amor por ser e não por ter. Independe do mundo aqui fora porque ela habita nossos corações. A felicidade deve ser convidada a entrar em nós como um hábito e, como todo hábito, pode ser treinado. É preciso intenção, disciplina e prática. O momento mais feliz do meu dia é quando me recolho através da meditação, permanecendo em silêncio, ouvindo as mensagens inspiradoras da minha alma.”
MÁRCIA DE LUCA, instrutora de ioga e meditação e escritora
A TRISTEZA COMO MESTRA
“Oque é a felicidade? Me perguntam isso no consultório com frequência”, conta Danilo Faleiros, psicólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Não existe resposta simples para algo tão particular, mas tento apontar alguns caminhos importantes para que cada um ache a sua maneira de ser feliz.” Danilo costuma usar um exercício muito simples com seus pacientes, no qual pede que esmiúcem o que gostam e o que não gostam [ver no boxe ao lado]. Parece fácil, não é mesmo? Pois Danilo percebeu que muitos nem sequer sabem do que gostam. “Como uma pessoa vai ser feliz se nem sabe o que a faria feliz?”, questiona.
É preciso se conhecer bem para saber o que agrada. E autoconhecimento envolve lembrar que não somos só alegria o tempo todo. Tristeza, raiva, impaciência, angústia e outros sentimentos dos quais não gostamos são peças de fábrica e não podemos nos livrar deles. Pelo contrário, precisamos aprender a usá-los a nosso favor. Mas atenção: não confundir tristeza com depressão. “Os transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade, são doenças e precisam ser tratadas adequadamente”, explica a Dra. Débora Kinoshita, psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os casos de depressão crescem a cada ano no Brasil. De acordo com a OMS, 5,8% dos brasileiros (ou 11,5 milhões de pessoas) sofrem desse transtorno, superando a média mundial, de 4,4%. Com um maior número de casos há, também, uma maior disseminação de informações sobre as doenças. “O que é positivo. Dessa forma, mais gente recebe tratamento psiquiátrico correto, deixa de sofrer desnecessariamente e não se sente mais uma pessoa fraca e incapaz porque não consegue ir atrás da felicidade como os outros”, diz a especialista.
Nesses casos, o papel de profissionais como psiquiatras e psicólogos é ajudar a tratar a doença para, então, restabelecer a capacidade da pessoa de utilizar suas próprias habilidades para resolver problemas. E, assim, buscar ser feliz à sua maneira.
“Felicidade é consciência expandida: aceitar que nunca estará tudo bem, que sempre teremos problemas e angústias, mas que isso faz parte da vida tanto quanto as alegrias e os bons momentos. Felicidade é a paz interior que alcançamos quando conseguimos ser donos da nossa vontade, quando reconhecemos que somos livres para escolher, e que a parte da qual não temos controle (os imprevistos do destino) nos entristece, até nos enfurece, mas não tem o poder de aniquilar a gratidão por estarmos vivos.”
Martha Medeiros, escritora
Ranking da felicidade
OS PAÍSES MAIS FELIZES DO MUNDO
FINLÂNDIA
NORUEGA
DINAMARCA
ISLÂNDIA
SUÍÇA
HOLANDA
CANADÁ
NOVA ZELÂNDIA
SUÉCIA
AUSTRÁLIA
28. BRASIL
“Minha mãe pegou dinheiro emprestado para comprar o material escolar e foi pagando com as costuras que fazia. E eu fui feliz da vida para a escola”
Irmã Helena, coordenadora da Apam (Associação Paulista de Amparo à Mulher)
EM BUSCA DA FELICIDADE PRÓPRIA
Viver experiências novas, dar sentido ao que fazemos – da profissão às relações pessoais –, fazer exercícios físicos, dar menos valor às conquistas materiais e mais às sentimentais, estar rodeado de gente de quem se gosta. O psicólogo Danilo poderia até dizer, em linhas gerais, que a felicidade é construída a partir de tudo isso, mas reforça: cada um deve buscar seu próprio caminho.
Aos 38 anos, Helena Rocha, mais conhecida como Irmã Helena, pode dizer que já encontrou o seu, não sem antes batalhar muito. Freira da Congregação Mensageiras do Amor Divino, Helena é a filha mais velha de um casal de agricultores do sertão baiano e, quando menina em Bom Jesus da Lapa, fez o que podia para realizar aquele que era seu maior sonho: estudar. “Sempre fui uma menina feliz por ter uma família.
Nunca passamos fome, mas vivemos momentos difíceis. Na zona rural, tudo dependia da colheita e, às vezes, a colheita não era suficiente”, conta.
Para estudar, coisa que só fez aos 8 anos, Helena enfrentou a resistência do pai, mas contou com o apoio da mãe. “Era época de chuva, tempo de plantar, e meu pai queria que eu fosse puxar os bois para preparar a terra. Nisso ia metade do dia!”, recorda. A mãe enfrentou o pai e disse que ela precisava ir à escola. “Minha mãe pegou dinheiro emprestado para comprar o material escolar e foi pagando com as costuras que fazia. E eu fui feliz da vida para a escola.”
A determinação da menina, somada à firmeza da mãe, deu resultado. Helena continuou os estudos na cidade, onde teve que trabalhar como doméstica para se sustentar, e, já como mensageira, se mudou para São Paulo, onde fez faculdade de serviço social e pós-graduação em Gestão Financeira e Orçamentária. Desde 2012, trabalha como coordenadora da Apam (Associação Paulista de Amparo à Mulher), um Centro de Cidadania da Mulher, e faz planos para seguir estudando. “A vida religiosa, além de me fazer meditar, também trouxe conhecimento, autoconhecimento, e o que mais gosto, poder estar no meio de gente”, resume Helena, com seu sorriso aberto.
Cássio Bravin Setúbal, 36 anos, também pode dizer que já entendeu sua jornada em busca da felicidade própria. Depois de passar um tempo perseguindo o que ele chama de “mito do paraíso”, no qual deveria cumprir metas para, enfim, alcançar o “feliz para sempre” do final das histórias, Cássio percebeu que a felicidade não está nas conquistas, mas no movimento da vida, no equilíbrio entre os momentos bons e ruins. “Para entender o que era a felicidade, tive que me livrar dessa grande ilusão que vendem para a gente, tive que desconstruir mitos e achar, ao longo de um processo individual e muito íntimo, o que era a minha verdade”, diz o capixaba que vive há 11 anos em Brasília.
Psicólogo que atende vítimas de violência e agressores, Cássio sabe que os fatores externos influenciam nossos ânimos e não dá para fugir disso [ver no boxe ao lado], mas que a jornada pelo que faz bem a cada um é particular. “Hoje, sei que os momentos em que sou mais feliz são aqueles em que me sinto em conexão com pessoas, seja com minha mulher e meus dois filhos, seja no trabalho, ou até mesmo quando passo por uma pessoa que sorri para mim na rua.”
DINHEIRO TRAZ FELICIDADE, MAS NÃO PRECISAMOS DE MUITO
Ao longo da última década, várias pesquisas foram feitas mundo afora para medir a relação entre dinheiro e felicidade e todas chegaram à mesma conclusão: dinheiro é fundamental para uma vida feliz, mas não precisa ter tanto quanto se imagina. Uma pesquisa do Instituto Gallup deste ano, feita com mais de 1,5 milhão de pessoas em 164 países, chegou a um número: uma renda anual entre US$ 60 mil e US$ 75 mil é o teto. A partir disso, ou seja, uma renda mensal maior que US$ 6.250, não traz mais felicidade. O problema é que esse valor convertido em reais no câmbio atual chega a mais de R$ 25 mil, um salário de bem poucos no Brasil. Por isso, a Fundação Getulio Vargas fez uma pesquisa similar em solo nacional. A conclusão: pessoas com salários entre R$ 5.250 e R$ 10 mil são as mais felizes.
“Particularmente, creio que felicidade é um projeto de vida de longuíssimo prazo, com altos e baixos, idas e vindas, no qual predomina um estilo de vida que pode ser qualificado como significativo em termos de autorrealização. Não é questão de autoajuda, porque esta é enganosa com suas fórmulas prontas, vindas de fora; é construção interna, aprendizagem profunda e que nunca termina, e muito pessoal. É nunca estar satisfeito – quem ‘se satisfaz’ cessa de se autorrenovar ou buscar novos desafios. No meu caso, estou relativamente satisfeito. A satisfação que vale a pena é a que abriga uma dose importante de insatisfação consigo mesma.”
PEDRO DEMO, sociólogo e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB)
“Os momentos em que sou mais feliz são aqueles em que me sinto em conexão com pessoas”
Cássio Bravin Setúbal, psicólogo
A FELICIDADE QUE VEM DE FORA
Quanto o cenário externo afeta a felicidade de cada indivíduo? Muito, por mais que a felicidade seja um exercício individual e subjetivo. Isso porque questões como emprego, casa, saúde e renda são itens básicos para a vida de uma pessoa. Vejamos o caso do Brasil, um país conhecido mundialmente por ser solar, alegre e, logo, mais feliz que outros até mais ricos. Em 2016, o país estava entre os 20 países mais felizes do mundo, de acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, feito pela ONU. Este ano, caímos para a 28a posição. Há anos atravancado numa crise social e econômica, com tensões políticas e consequências diretas como desemprego e empobrecimento, o Brasil está cada vez mais infeliz.
Em contraposição, as nações nórdicas são as mais felizes. É um paradoxo, já que países com clima frio também registram altos índices de depressão. No entanto, o Relatório da ONU, que leva em consideração desde fatos objetivos como PIB per capita até os subjetivos, como sentimento de liberdade em relação à própria vida e generosidade, mostra que o clima é a menor das questões que influenciam nosso estado de ânimo.
A felicidade é um hábito mental positivo e vibrante, pelo qual sentimos satisfação com nós mesmos e com o mundo à nossa volta. Podemos aprender a ser felizes, pois a felicidade é um estado cultivado à medida que amadurecemos emocionalmente. Uma vez que aprendemos a reconhecer o que gera e o que não gera equilíbrio interno, desenvolvemos a sabedoria intuitiva capaz de nos orientar em nossas escolhas. Felicidade requer autorregulação emocional: a capacidade de harmonizar os estados de medo, dúvida, raiva e irritação diante das vicissitudes da vida. Eu me considero uma pessoa feliz, principalmente nos momentos nos quais há coerência e harmonia entre o que se passa dentro e fora de mim, seja quando estou com pessoas, seja quando estou com mim mesma.”
O consumo de alimentos ricos em sal, açúcar e gordura tem tornado a população brasileira cada vez mais doente; a solução passa longe dos regimes milagrosos e está mais próxima à dieta dos nossos avós
O que comer? Comida.” Em tradução livre, é assim que o jornalista americano Michael Pollan abre o primeiro capítulo do seu livro Regras da Comida (Intrínseca, 2010). A réplica aparentemente óbvia chega a ser inovadora em tempos nos quais há tantas opções em prateleiras de supermercados, restaurantes e franquias de fast food, mas pouquíssimas, de fato, alimentam. Pollan, que é famoso por sua abordagem direta sobre alimentação, prega o retorno ao que sempre foi considerado comida, em detrimento das invenções da indústria alimentícia. Ou, como ele mesmo diz, “não coma nada que sua avó não reconheceria como comida”.
Se, por um lado, é inegável que os alimentos processados tornaram disponíveis alguns nutrientes essenciais em tempos de desnutrição – da Suíça de meados do século 19 ao Brasil de poucas décadas atrás –, por outro, em grande parte graças aos cereais enlatados, biscoitos e bebidas gaseificadas cheias de açúcar, fizeram a população brasileira migrar da subnutrição diretamente para a obesidade. A taxa quase dobrou na última década: estamos falando de 20% da população. Os que estão com sobrepeso, estágio anterior à obesidade, são 58%, quase o triplo dos anos 2000. A cada ano, 300 mil pessoas são diagnosticadas com diabetes tipo II, uma das doenças relacionadas à obesidade. “A disponibilidade de alimentos altamente calóricos e pobres em nutrientes está gerando um novo tipo de desnutrição, caracterizada por um número cada vez maior de pessoas com sobrepeso que, ao mesmo tempo, têm uma nutrição precária”, constatou uma recente reportagem especial do The New York Times sobre como o alto consumo de alimentos processados vem afetando a saúde da população de baixa renda no Brasil, que até pouco tempo atrás não tinha acesso a eles. E o problema não é apenas social. As classes mais favorecidas que, em tese, têm acesso a mais informação são bombardeadas o tempo todo com novas dietas, alimentos milagrosos e tendências alimentares restritivas como, por exemplo, eliminar o glúten do menu sem recomendação médica.
No meio de todo esse turbilhão, especialistas, assim como Pollan, incentivam um retorno às origens. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, cuja segunda edição foi lançada em 2014 pelo Ministério da Saúde, alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, devem ser a base da alimentação. Elaborada por especialistas do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens – USP), a publicação traz informações baseadas nas pesquisas mais recentes sobre o assunto.
“Alimentos in natura ou minimamente processados, predominantemente de origem vegetal, devem ser a base da alimentação”
Guia Alimentar para a População Brasileira
AÇÚCAR E GORDURA: AMOR E ÓDIO
O açúcar talvez seja o alimento mais amado na história da humanidade e o com pior fama nas últimas décadas. Desde que os europeus começaram a ocupar as Américas com o plantio de cana, seu consumo só aumenta. Hoje, um brasileiro consome em média 55 quilos de açúcar por ano, enquanto, há pouco menos de um século, essa marca era de 15 quilos. A porção atual equivale a 32,6 colheres de chá de açúcar por dia – 60% disso está embutido nos alimentos industrializados. Vinte gramas de leite condensado, por exemplo, têm duas colheres de chá de açúcar; um copo de refrigerante de cola, quatro colheres e meia; a mesma quantidade de suco de néctar de uva, seis colheres. Um dos perigos desse alto consumo é que o açúcar refinado é rapidamente absorvido pelo corpo, que, por sua vez, vai pedir mais e mais. “Uma maçã e um bombom podem até ter a mesma quantidade de calorias, mas o corpo gasta energia para digerir a fruta, cujo açúcar é envolto em fibra. Já para digerir o açúcar do bombom, o corpo não gasta nada”, diz o Dr. Nelson Liboni, médico gastroenterologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Passamos a maior parte da nossa evolução obtendo açúcar a duras penas em outros alimentos, como frutas e cereais, e o contato em tempos recentes com sua versão refinada dá uma mensagem perniciosa ao organismo.
Ao comer um doce, o sistema de recompensa do cérebro, o endocanabinoide, libera substâncias como a dopamina, que dá uma impressão de prazer. Gera-se um círculo vicioso em que a pessoa sente que precisa repetir a dose para ter esse prazer novamente. Além dessa relação perigosa, o excesso de açúcar acaba se transformando em gordura, um dos fatores que leva à obesidade.
Não à toa, a Organização Mundial da Saúde recentemente diminuiu pela metade a quantidade de sacarose recomendada por dia, de 10% do total de calorias ingeridas para 5%, o que corresponde a 25 a 50 gramas diárias. “A recomendação pretende limitar o consumo de açúcares ocultos em alimentos industrializados, responsáveis por contribuir com inúmeros problemas de saúde, como o sobrepeso, a obesidade e as cáries”, diz uma recente nota técnica da Sociedade Brasileira de Diabetes.
“A Organização Mundial da Saúde diminuiu pela metade a quantidade de sacarose recomendada por dia”
Doze mandamentos da boa alimentação
Um apanhado das melhores dicas de Michael Pollan no seu livro Regras da Comida
Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida
Só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos
Evite alimentos que você vê anunciados na televisão
Evite alimentos que contenham alguma forma de açúcar (ou adoçante) entre os
três primeiros ingredientes
Compre seus lanches na feira
Coma principalmente vegetais. Sobretudo folhas
Faça refeições coloridas
Não esqueça dos peixinhos oleosos
Coma os alimentos doces como você os encontra na natureza
“Quanto mais branco o pão, pior”
Coma quando tiver fome, não quando estiver entediado
Cozinhe
A gordura, outra substância polêmica, também causa uma espécie de “curto-circuito” cerebral. Os dois neurotransmissores no sangue responsáveis por informar ao cérebro que o corpo já está satis[1]feito, a insulina e a leptina, começam a ser produzidos em excesso com o alto consumo de gordura.
O cérebro, então, passa a ignorá-los, como forma de defesa. Pesquisas recentes com ratos já apontaram que o consumo em excesso de gorduras saturadas, as de origem animal, causam inclusive morte de neurônios em uma área do cérebro que controla a saciedade.
DIETAS INIMIGAS DA SAÚDE (E DO EMAGRECIMENTO)
Outra confusão comum no organismo se dá nas dietas restritivas e radicais, quando se tenta emagrecer muito em pouco tempo. “O corpo começa a se defender, entende que está desnutrido e passa a armazenar tudo o que entra”, explica a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Por isso, é comum em quem faz esse tipo de regime engordar ao invés de emagrecer. A nutricionista recomenda mudanças progressivas, acrescentando alimentos saudáveis em substituição aos calóricos e industrializados. “Não adianta querer uma mudança repentina. É preciso garantir uma regularidade de nutrientes”, diz.
Essa foi a solução adotada pela hoje especialista em saúde integrativa Melissa Setubal. Quando vivia a pesada rotina de uma empresa multinacional – o que envolvia muitas vezes “almoçar” uma coxinha e um refrigerante –, ela se viu doente, tanto física como mentalmente. Hoje, longe daquela rotina, faz da alimentação saudável uma causa. “Você já viu alguém de dieta genuinamente feliz, com um sorriso largo no rosto, com brilho nos olhos? Eu não”, ela diz. Estudando o assunto há uma década, Melissa observou que “as pessoas em dieta restritiva costumam ter um semblante tenso e ficam mais agitadas, com pavio curto, ou se assustam mais facilmente com qualquer coisa”.
Ela não está sozinha. Uma de suas inspirações é a neurocientista Sandra Aamodt, autora do livro Why Diets Make Us Fat (“Por que as dietas nos fazem engordar”, sem tradução no Brasil). Sandra diz que, ao longo da história da humanidade, a fome foi um problema muito maior do que comer em excesso. Por isso, nosso cérebro sempre vai achar que precisamos engordar, nunca o contrário. “Se perdemos muito peso, ele reage como se estivéssemos morrendo de fome. E independentemente de termos começado gordos ou magros, a resposta do nosso cérebro é exatamente a mesma: engorde”, explicou Sandra em uma palestra. A solução, segundo ela, é comer com consciência. É preciso “aprender a compreender os sinais do seu corpo, para comer quando estiver com fome e parar quando não se tem fome”. Claro, a reeducação alimentar não se consegue da noite para o dia. Para se comer bem e direito é preciso mudar hábitos, manter-se constante e em vigília, até que a nova “programação” seja estabelecida e adaptada à rotina. Uma vez conquistado, o bom hábito alimentar traz efeitos benéficos para a vida toda.
Pessoas em dieta restritiva costumam ter um semblante tenso e ficam mais agitadas, assustadas e com pavio curto”
Melissa Setubal, especialista em saúde integrativa
Você tem várias formas de agendar consultas e exames: