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Cálculo renal

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Rim com cálculo renal.

O que é cálculo renal

Cálculo renal, também conhecido como pedra nos rins, é uma formação sólida que se origina a partir da cristalização de sais e minerais na urina. Esses cristais se acumulam, formando pequenas pedras que podem variar de tamanho e se alojar nos rins, ureteres, bexiga ou uretra.

Apesar de sua dimensão muitas vezes reduzida, o cálculo pode causar dor intensa ao se mover pelas vias urinárias. A dor, chamada de cólica renal, é frequentemente descrita como uma das mais intensas já sentidas por um ser humano.

Prevalência no Brasil sobre Cálculo Renal

No Brasil, o número de casos de cálculo renal vem crescendo. Segundo o Ministério da Saúde, as internações por doenças renais crônicas aumentaram cerca de 67% entre 2010 e 2023. Esse cenário inclui também os casos de litíase urinária, refletindo o impacto crescente da condição sobre o sistema de saúde.

Esse aumento está associado a fatores como:

  • Hidratação inadequada.
  • Aumento do consumo de sal e proteína animal.
  • Crescimento da obesidade e do sedentarismo.
  • Clima quente, que favorece a perda de líquidos e a concentração da urina.

A condição afeta principalmente homens e mulheres entre 30 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. A pedra no rim, como é popularmente conhecida, é hoje um dos principais motivos de procura por atendimento urológico.

Quais os tipos de cálculo renal?

Os cálculos renais são classificados de acordo com sua composição. Identificar o tipo é importante para o tratamento adequado.

Principais tipos:

  • Oxalato de cálcio
    É o mais comum, responsável por cerca de 80% dos casos. Relaciona-se ao excesso de oxalato (espinafre, chocolate, beterraba) e à baixa ingestão de cálcio e líquidos.
  • Estruvita
    Associado a infecções urinárias, especialmente em mulheres. Cresce rapidamente e pode ocupar grande parte do rim.
  • Ácido úrico
    Surge em pessoas com gota, diabetes ou que consomem dietas ricas em proteína animal. Forma-se mesmo com urina levemente ácida.
  • Cistina
    Tipo raro, de origem genética. Ocorre em pessoas com cistinúria, distúrbio hereditário que provoca excesso de cistina na urina.

Quais os fatores de risco do cálculo renal?

Diversas condições e hábitos favorecem a formação de pedras nos rins. Entre os principais fatores estão:

  • Histórico familiar: Pessoas com parentes próximos que já tiveram cálculo renal têm maior risco.
  • Desidratação: Urina concentrada facilita a cristalização dos minerais.
  • Alimentação rica em sal e proteínas animais: Estimula a eliminação de cálcio e ácido úrico.
  • Consumo de alimentos ricos em oxalato: Espinafre, nozes, chocolate e beterraba, por exemplo.
  • Obesidade e sedentarismo: Alteram o metabolismo urinário e aumentam o risco de cálculos.
  • Doenças como gota, Crohn e hiperparatireoidismo, além do uso excessivo de suplementos como vitamina D e cálcio.

Quais os sintomas mais comuns do cálculo renal?

Os sintomas de cálculo renal variam conforme o tamanho e a localização da pedra. Em alguns casos, podem ser silenciosos. Em outros, provocam dor intensa.

Sintomas frequentes:

  • Dor lombar intensa, em cólica, que pode irradiar para o abdômen e a virilha.
  • Hematúria: Presença de sangue na urina, visível ou detectável em exames.
  • Náuseas e vômitos, causados pela dor.
  • Febre e calafrios, quando há infecção associada.
  • Urgência e dor ao urinar, especialmente se a pedra no rim tiver migrado para a bexiga ou ureter.

Como prevenir o cálculo renal?

A adoção de medidas preventivas é essencial para reduzir a incidência de cálculo renal, especialmente em indivíduos com predisposição genética ou histórico clínico prévio. A hidratação adequada permanece como o principal fator de proteção, ao contribuir para a diluição dos sais e minerais presentes na urina.

Recomendações:

  • Ingestão hídrica diária entre 2 e 3 litros de água, ajustando conforme as condições climáticas e nível de atividade física.
  • Moderação no consumo de sal, carnes vermelhas e produtos ultraprocessados, que favorecem alterações no pH urinário e aumentam a excreção de substâncias formadoras de cristais.
  • Inclusão de frutas cítricas na dieta, como limão e laranja, fontes naturais de citrato – composto que inibe a formação de cristais.
  • Redução de alimentos ricos em oxalato, como espinafre, beterraba, nozes e chocolate.
  • Manutenção do consumo adequado de cálcio alimentar, evitando restrições sem orientação médica, já que o cálcio da dieta auxilia na redução da absorção de oxalato.
  • Prática regular de exercícios físicos e controle do peso corporal, que contribuem para a saúde metabólica.

Quais os tratamentos disponíveis para cálculo renal?

O tratamento depende de diversos fatores, como o tipo e o tamanho da pedra, os sintomas apresentados e a localização do cálculo.

Em muitos casos, cálculos pequenos – ou pequenas pedras nos rins – podem ser eliminados naturalmente. Quando há dor intensa, infecção ou obstrução, estratégias mais específicas são necessárias.

Opções de tratamento:

  • Medicação: Alfa-bloqueadores facilitam a eliminação do cálculo relaxando os músculos do ureter. Outros medicamentos também são usados para dissolver pedras de ácido úrico.
  • Litotripsia extracorpórea por ondas de choque: Técnica não invasiva que fragmenta os cálculos sem necessidade de cirurgia.
  • Ureteroscopia: Procedimento endoscópico que permite visualizar e remover a pedra no rim ou no ureter.
  • Nefrolitotomia percutânea: Indicado para cálculos grandes, com remoção feita por uma pequena incisão nas costas.
  • Cirurgia aberta: Reservada para casos excepcionais, quando as demais alternativas não são viáveis.

Saiba mais

Cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins, são depósitos sólidos que se formam nos rins a partir de minerais e sais presentes na urina.

Os sintomas incluem dor intensa na região lombar ou abdominal, dor ao urinar, sangue na urina, urgência urinária e náuseas.

A formação de cálculos renais pode ser causada por diversos fatores, como dieta inadequada, desidratação, histórico familiar, certas condições médicas e medicamentos.

O diagnóstico envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia ou radiografias, além de análise da urina para detectar sangue ou cristais.

O tratamento é dividido em duas partes. Na primeira fase, quando há episódio de crise dolorosa, trata-se a cólica renal com analgésicos e antiespasmódicos. Na maioria das vezes, o cálculo é eliminado espontaneamente em dias ou semanas. Alguns cálculos, como os de ácido úrico, podem se dissolver com medicação, já os de cálcio não se dissolvem com remédios ou chás. Procedimentos urológicos adicionais são necessários quando há obstrução do fluxo urinário. E, se a obstrução for associada a infecção, é exigida atuação médica imediata.

A segunda fase do tratamento acontece algumas semanas após o episódio doloroso, quando o paciente já estiver sem medicação. Então, são feitos todos os exames necessários para definir os possíveis problemas que levam à formação de cálculos.

Sim, a prevenção envolve beber bastante água, manter uma dieta equilibrada, evitar excesso de sal e oxalatos, e controlar condições médicas subjacentes, como a gota.

Você deve procurar atendimento médico se experimentar dor intensa, sangramento na urina, febre ou sintomas graves relacionados aos cálculos renais.

Complicações incluem obstrução do trato urinário, infecções recorrentes, danos nos rins e recorrência de cálculos.

A recuperação depende do tipo de tratamento, mas a maioria das pessoas consegue se recuperar completamente com a devida atenção médica e medidas preventivas para evitar futuras formações de pedras nos rins.

Estima-se que 10% das mulheres e 15% dos homens terão um episódio de cólica renal durante a vida, por isso as medidas preventivas são tão importantes. Os cálculos são mais frequentes em indivíduos da raça branca, seguidos de amarelos e negros. Eles podem ocorrer em qualquer idade, mas a incidência em crianças é menor. A genética é um fator predisponente para formação dos cálculos, pois eles atingem cerca de 60% dos familiares em primeiro grau. É comum encontrar excesso de cálcio ou diminuição de citrato (inibidor da formação do cálculo) em vários indivíduos de uma mesma família, mas os valores podem variar, o que explica por que uns têm menos cálculos do que outros. É importante salientar que o cálculo de vesícula biliar não tem nenhuma relação com o cálculo urinário – essas são condições independentes.

Sim. Estima-se que mais da metade dos pacientes apresentará novo cálculo cinco anos após o primeiro episódio. O risco pode ser ainda maior se alguns fatores de risco estiverem presentes, por isso é essencial realizar uma boa avaliação médica.

Os cálculos se formam quando as substâncias presentes na urina, como cálcio, oxalato, ácido úrico e cistina, aumentam de concentração e se cristalizam, crescendo e se transformando em pedras. Normalmente esses elementos estão dissolvidos, mas quando há excesso deles as pedras podem se formar. Na urina há ainda substâncias, como o citrato, que inibem a cristalização e, se ocorrer diminuição dessas substâncias, há também risco de se formar cálculos.

Cerca de 80% dos cálculos urinários têm cálcio e oxalato na sua composição. Infecções urinárias crônicas podem originar “cálculos de estruvita”, compostos de cristais de fosfato-amoníaco-magnésio. Menos de 10% dos cálculos são de ácido úrico e, mais raramente, outras substâncias como cistina e alguns medicamentos podem ser responsáveis pela formação de pedras. Exames de sangue e de dosagem dessas substâncias na urina, além de outras análises, permitem ao médico identificar o problema causal e tratá-lo corretamente. A falta de tratamento pode fazer com que os cálculos cresçam ainda mais e danifiquem os rins irreversivelmente.

  • Alta concentração de cálcio na urina (hipercalciúria).
  • Excesso de oxalato (hiperoxalúria).
  • Diminuição do citrato urinário (ver acima). Fatores dietéticos.
  • Ingestão de alimentos ricos em oxalato. Chocolate amargo, espinafre, beterraba, amendoim torrado, quiabo e batata doce devem ser ingeridos com moderação para evitar a hiperoxalúria.
  • Medicamentos. Alguns medicamentos podem causar a formação de cálculos, como o ácido ascórbico (vitamina C) que, em excesso, transforma-se em oxalato no organismo. A prudência recomenda que pacientes portadores de pedra nos rins não tomem vitamina C sob forma medicamentosa.
  • Carência de Fibrato. Alimentos ricos em fitato como cereais frios, pão preto e leguminosas diminuem o risco de formação de cálculos.
  • Dieta pobre em cálcio. Uma dieta rica em cálcio não é fator de risco para formação de cálculos. Por isso, não se aconselha reduzir a ingestão de alimentos que contenham esse mineral, como leite e laticínios.

Revisão Técnica: Alexandre Danilovic, CRM:97330 Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz


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