Pressão Arterial

A pressão arterial é a força que o sangue exerce nas paredes das artérias durante a circulação. Quando elevada, pode causar dores de cabeça, tonturas e problemas cardíacos. Já a pressão baixa provoca fraqueza, fadiga e desmaios. Manter a pressão dentro de níveis adequados é essencial para garantir uma boa saúde e qualidade de vida.

Neste vídeo da série “DOC Responde“, o Dr. Roger Oliveira, cardiologista do nosso hospital, esclarece as principais dúvidas sobre pressão arterial. Se precisar de orientação, agende uma consulta com nossos especialistas acessando o link: http://bit.ly/418Rf9L

Resp. Técnico: Haggeas da Silveira Fernandes CRM: 71855

26 de abril – Dia Nacional de Combate à Hipertensão

Cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre doença silenciosa que afeta 51 milhões de brasileiros

Números da OMS mostram que a pressão alta é um grave problema de saúde pública

No próximo dia 26 de abril, o Brasil se une no combate a uma doença silenciosa. O Dia Nacional de Combate à Hipertensão foi criado como um alerta para a importância da prevenção e do controle dessa condição que afeta atualmente milhões de brasileiros.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgados em setembro de 2023, o país conta com 51 milhões de hipertensos, ou seja, a doença é um grande problema de saúde pública no Brasil.

Conhecida como pressão alta, ocorre quando a pressão arterial, permanece sistematicamente, igual ou maior que 140 por 90 mmHg (milímetros de mercúrio), o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, corresponde a pressão arterial mínima que ocorre durante a diástole, ou seja, quando o coração relaxa.

O não controle adequado da pressão é fator de risco dos mais importantes para uma série de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral) que são as principais causas de mortes no Brasil e no mundo.

Estima-se que existam atualmente 1,3 bilhão de hipertensos no mundo. No Brasil a doença afeta cerca de 35% da população adulta. Essa prevalência aumenta principalmente nas idades mais avançadas [mais que 60% após os 70 anos]. As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano e um principal fator de risco é a hipertensão”, aponta o cardiologista Pedro Graziosi, coordenador do Centro Diagnóstico de Cardiologia Não-Invasiva do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

No mundo apenas 20% dos hipertensos estão diagnosticados, tratados e controlados de forma ideal. O tratamento apropriado da pressão alta tem a consequência de evitar a morte prematura, como também a convivência com sequelas de infartos e de AVCs (também conhecido como “derrame”) entre outras.

A doença está diretamente relacionada a outros hábitos e condições de saúde, como diabetes, colesterol alto, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, estresse, obesidade, apneia do sono e até mesmo a poluição, como ressaltado pela OMS.

Há também os chamados fatores não mutáveis como genética, sexo e envelhecimento. Temos um mosaico de fatores que implicam e se interligam”, disse o cardiologista. “Desta forma é fundamental a interrupção ou controle dos chamados fatores de risco evitáveis”, completou o especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Os fatores ambientais e sociais também estão associados à hipertensão, pois podem influenciar o estilo de vida, a alimentação, o perfil e local das atividades, a compreensão da doença, como também a busca e acesso ao sistema de saúde.

A urbanização, e as decorrentes mudanças de hábitos de vida, ocorridas em meados do século 20, contribuíram para que as doenças cardiovasculares assumissem a posição como principal causa de mortalidade.

De acordo com o cardiologista, todos esses aspectos também impactaram principalmente a mulher moderna.

Temos de dar atenção para a saúde da mulher, e também às suas diversas particularidades desde a adolescência. A doença cardiovascular é a principal causa de mortes nas mulheres, sendo a hipertensão a principal doença associada, direta ou indiretamente. A proteção hormonal perdida na menopausa aumenta risco de doenças cardiovasculares. Também por isso a prevenção antes dessa fase é fundamental, assim como o acompanhamento médico apropriado”, destacou.

Doença silenciosa

Em casos mais raros e extremos pode ocorrer dor de cabeça, tontura, embaçamento na visão, falta de ar. Ela é silenciosa e vai ao longo dos anos complicando os aspectos vasculares e, principalmente, contribuindo para o entupimento das artérias”, explicou o especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Essa realidade ressalta a importância da conscientização e da adoção de hábitos saudáveis para a promoção da saúde e o combate efetivo dessa condição que impacta a qualidade e a sobrevida dos brasileiros.

Dos hábitos que podem impactar positivamente no tratamento da hipertensão está a alimentação. É necessário dar preferência à uma dieta equilibrada, como a mediterrânea, que é pobre em gordura animal e carnes vermelhas e com menor consumo de frituras e carboidratos. O uso comedido do sal é um aspecto importante para um melhor controle da doença”, explica o cardiologista. Bem como atividades físicas regulares, sono de qualidade e gerenciar o estresse (inclusive com práticas de meditação e espiritualidade).

Para a grande maioria dos hipertensos adultos o mais importante é um controle adequado da doença, pois não existe uma causa curável específica, buscando-se quando possível a meta de 120 por 80 mmHg. Para uma minoria dos casos (cerca de 5%) existem causas específicas relacionadas, que seu médico poderá avaliar.

Novas recomendações de aferição

Monitorar regularmente a pressão arterial é fundamental para detectar o aumento indesejado. Dispositivos portáteis de aferição e exames regulares são importantes para acompanhar a saúde cardiovascular.

Recentemente, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) em sintonia com as recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia, destacam a importância de avaliar não apenas a pressão arterial em ambientes clínicos, mas também fora do consultório médico.

A utilização da MAPA (monitoração ambulatorial de pressão arterial) e da MRPA (monitoração residencial de pressão arterial) tem o objetivo de aumentar a precisão do diagnóstico e do resultado do tratamento.

Perspectivas

As organizações de saúde ressaltam o papel das intervenções mais básicas, entre elas, maior acesso da população ao sistema de saúde, campanhas sobre o assunto, suporte governamental com direcionamento a alimentos com menos sódio e maior acesso às medicações.

O Brasil tem a vantagem de já ter o SUS (Sistema Único de Saúde) e alguns programas em andamento. O cardiologista ressalta que é necessária uma melhor conscientização a respeito dessa doença, sendo que o diagnóstico e a regularidade do tratamento dependem de uma parceria entre o paciente, família e a equipe de saúde.

Dia Mundial da Hipertensão: ''pressão alta'' atinge quase metade da população brasileira

Controle da doença pode reduzir hospitalizações provocadas por AVCs, revela estudo.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – 17 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão. A data foi instituída a fim de trazer às pessoas conhecimento sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento efetivo para controle dos níveis pressóricos.

Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial é um fator de risco cardiovascular silencioso, que afeta aproximadamente 45% da população brasileira, segundo o estudo Population Urban and Rural Epidemiology PURE ). A hipertensão é considerada o principal fator de risco para doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e hospitalização por insuficiência cardíaca) e o segundo fator mais relevante associado à mortalidade na América Latina, incluindo o Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mortes decorrentes de problemas cardiovasculares superam os óbitos oncológicos e ocupam o primeiro lugar. Ainda segundo a entidade, cerca de 400 mil infartos e 500 mil AVCs são registrados por ano no país. Vale lembrar que as doenças cardiovasculares não apenas encurtam a sobrevida do paciente, mas também resultam em qualidade de vida prejudicada e óbitos precoces. Além disso, causam um grande impacto econômico dentro do Sistema de Saúde.

O setor no combate à hipertensão arterial

Projeto publicado em dezembro de 2022, o CARDIO4Cities — parceria entre Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Fundação Novartis, Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, American Heart Association e Instituto Tellus — mostra que a implementação de uma coalizão público-privada multissetorial de saúde e em parceria com a comunidade local, apoiada por dados e tecnologias digitais no controle efetivo da hipertensão arterial, traz resultados importantes no que diz respeito as taxas de controle da pressão arterial e melhora nas taxas de hospitalização de AVC.

Realizado no Brasil (São Paulo), no Senegal (Dakar) e na Mongólia (Ulaanbaatar), entre o último trimestre de 2018 e o final de 2019, o CARDIO4Cities analisou dados de 18.997 pacientes com hipertensão, em unidades básicas de saúde dos três municípios participantes. Em cada um deles, foram implementadas práticas de medicina baseadas em evidências e adaptações às prioridades locais, cocriação de soluções junto com a comunidade, coalizão estratégica entre parceiros envolvidos e tecnologia digital eficiente. A cidade de São Paulo foi escolhida para o estudo, justamente, por suas características e complexidades — por ter população estimada em 12 milhões de habitantes; prevalência de hipertensão arterial em 45% das pessoas (um em cada dois indivíduos); e mortalidade por doença cardiovascular de 30 a 40%.

Um dos autores do CARDIO4Cities, o Prof. Dr. Álvaro Avezum, cardiologista e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que, ao longo de 15 meses de implementação do projeto, a taxa de controle da pressão arterial entre os participantes que receberam medicação triplicou em São Paulo (passando de 12,3% para 31,2%) e em Dakar (passando de 6,7% para 19,4%) e aumentou, seis vezes, em Ulaanbaatar (passando de 3,1% para 19,7%).

“Isso não estava previsto. Triplicar o controle da pressão arterial é inovador, pois inovação sempre envolve benefício populacional tangível. Em São Paulo, partimos de 12% de hipertensos que estavam medicados e controlados (níveis de pressão arterial dentro do recomendado) e, em 15 meses, chegamos a 31%. Com isso, por meio de modelagem, houve redução de hospitalizações devidas a AVCs. Vale ressaltar que o resultado positivo foi constatado também nas outras duas cidades”, explica o especialista. “Falando em impacto econômico para o sistema público de saúde, o custo de vida ajustado por qualidade foi de apenas US$784 por ano; portanto, a intervenção pode ser considerada custo-efetiva e encontra-se pronta para ser aplicada em outras regiões do país”, afirma o médico.

O PURE no auxílio da implementação de políticas públicas

Uma outra pesquisa também realizada ano passado, no âmbito do maior estudo observacional mundial, o Population Urban and Rural Epidemiology (PURE), coordenado internacionalmente pelo Population Health Research Institute (PHRI) da Universidade McMaster, em colaboração com 30 países, incluindo o Brasil, concluiu que as principais causas de morte em países de desenvolvimento econômico intermediário (Brasil, Chile, Argentina e Polônia) foram cardiovasculares (42%), câncer (30%) e respiratórias (8%), totalizando 80% das mortes.

Quando a avaliação incluiu apenas América Latina, as causas foram doenças cardiovasculares (DVC) (31,1%), câncer (30,6%) e doenças respiratórias (8,6%), totalizando 70% das causas. A incidência de DCV (por 1.000 pessoas-ano) variou modestamente entre países, sendo a maior incidência no Brasil (3,86) e a menor na Argentina (3,07). Os fatores de risco, associados com mortalidade, foram considerados evitáveis, fáceis de identificação e passíveis de prevenção.

Liderado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o estudo PURE acompanhou uma população de 24.718 pessoas adultas, entre 35 e 70 anos, de 51 comunidades urbanas e 49 rurais, no Brasil, na Argentina, no Chile e na Colômbia, durante o tempo médio de 10 anos.

“Identificamos que grande parcela das mortes prematuras na América do Sul poderia ser evitada com a adesão de políticas destinadas a controlar os fatores de risco metabólicos e comportamentais. 90% dos eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e hospitalização por insuficiência cardíaca) e 90% das mortes prematuras poderiam ser evitadas”, comenta o Prof. Dr. Álvaro Avezum, também coordenador desta pesquisa.

O médico explica que esse tipo de análise é importante para auxiliar as equipes médicas e assistenciais na adoção de melhores cuidados e tratamentos para o paciente. “Os dados do PURE trazem conhecimento relevante e válido que pode auxiliar eficazmente na implementação de políticas públicas que contribuam no controle dos fatores de risco e na redução de mortes eventos cardiovasculares evitáveis”, conclui o médico.

“O controle da pressão arterial é importantíssimo. Primeiro, porque a sua prevalência é mais alta do que se fala; depois, porque a proporção de tratamento e controle é mais baixa do que se pensa. E o impacto da doença é o principal fator para eventos e o segundo para mortes”, conclui o Dr. Álvaro.

Dia Mundial da Hipertensão (17/05)

Controle da doença, que impacta 45% da população brasileira, pode reduzir de hospitalizações provocadas por AVCs, revela estudo CARDIO4Cities, realizado por coalizão público-privada no Brasil, Senegal e Mongólia

São Paulo, 16 maio de 202317 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão. A data foi instituída a fim de trazer às pessoas conhecimento sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento efetivo para controle dos níveis pressóricos.

Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial é um fator de risco cardiovascular silencioso, que afeta aproximadamente 45% da população brasileira, segundo o estudo Population Urban and Rural Epidemiology (PURE). A hipertensão é considerada o principal fator de risco para doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e hospitalização por insuficiência cardíaca) e o segundo fator mais relevante associado à mortalidade na América Latina, incluindo o Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mortes decorrentes de problemas cardiovasculares superam os óbitos oncológicos e ocupam o primeiro lugar. Ainda segundo a entidade, cerca de 400 mil infartos e 500 mil AVCs são registrados por ano no país. Vale lembrar que as doenças cardiovasculares não apenas encurtam a sobrevida do paciente, mas também resultam em qualidade de vida prejudicada e óbitos precoces. Além disso, causam um grande impacto econômico dentro do Sistema de Saúde.

O setor no combate à hipertensão arterial

Projeto publicado em dezembro de 2022, o CARDIO4Cities – parceria entre Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Fundação Novartis, Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, American Heart Association e Instituto Tellus – mostra que a implementação de uma coalizão público-privada multissetorial de saúde e em parceria com a comunidade local, apoiada por dados e tecnologias digitais no controle efetivo da hipertensão arterial, traz resultados importantes no que diz respeito as taxas de controle da pressão arterial e melhora nas taxas de hospitalização de AVC.

Realizado no Brasil (São Paulo), no Senegal (Dakar) e na Mongólia (Ulaanbaatar), entre o último trimestre de 2018 e o final de 2019, o CARDIO4Cities analisou dados de 18.997 pacientes com hipertensão, em unidades básicas de saúde dos três municípios participantes. Em cada um deles, foram implementadas práticas de medicina baseadas em evidências e adaptações às prioridades locais, cocriação de soluções junto com a comunidade, coalizão estratégica entre parceiros envolvidos e tecnologia digital eficiente. A cidade de São Paulo foi escolhida para o estudo, justamente, por suas características e complexidades – por ter população estimada em 12 milhões de habitantes; prevalência de hipertensão arterial em 45% das pessoas (um em cada dois indivíduos); e mortalidade por doença cardiovascular de 30 a 40%.

Um dos autores do CARDIO4Cities, o Prof. Dr. Álvaro Avezum, cardiologista e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que, ao longo de 15 meses de implementação do projeto, a taxa de controle da pressão arterial entre os participantes que receberam medicação triplicou em São Paulo (passando de 12,3% para 31,2%) e em Dakar (passando de 6,7% para 19,4%) e aumentou, seis vezes, em Ulaanbaatar (passando de 3,1% para 19,7%).

“Isso não estava previsto. Triplicar o controle da pressão arterial é inovador, pois inovação sempre envolve benefício populacional tangível. Em São Paulo, partimos de 12% de hipertensos que estavam medicados e controlados (níveis de pressão arterial dentro do recomendado) e, em 15 meses, chegamos a 31%. Com isso, por meio de modelagem, houve redução de hospitalizações devidas a AVCs. Vale ressaltar que o resultado positivo foi constatado também nas outras duas cidades”, explica o especialista. “Falando em impacto econômico para o sistema público de saúde, o custo de vida ajustado por qualidade foi de apenas US$784 por ano; portanto, a intervenção pode ser considerada custo-efetiva e encontra-se pronta para ser aplicada em outras regiões do país”, afirma o médico.

O PURE no auxílio da implementação de políticas públicas

Uma outra pesquisa também realizada ano passado, no âmbito do maior estudo observacional mundial, o Population Urban and Rural Epidemiology (PURE), coordenado internacionalmente pelo Population Health Research Institute (PHRI) da Universidade McMaster, em colaboração com 30 países, incluindo o Brasil, concluiu que as principais causas de morte em países de desenvolvimento econômico intermediário (Brasil, Chile, Argentina e Polônia) foram cardiovasculares (42%), câncer (30%) e respiratórias (8%), totalizando 80% das mortes.

Quando a avaliação incluiu apenas América Latina, as causas foram doenças cardiovasculares (DVC) (31,1%), câncer (30,6%) e doenças respiratórias (8,6%), totalizando 70% das causas. A incidência de DCV (por 1.000 pessoas-ano) variou modestamente entre países, sendo a maior incidência no Brasil (3,86) e a menor na Argentina (3,07). Os fatores de risco, associados com mortalidade, foram considerados evitáveis, fáceis de identificação e passíveis de prevenção.

Liderado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o estudo PURE acompanhou uma população de 24.718 pessoas adultas, entre 35 e 70 anos, de 51 comunidades urbanas e 49 rurais, no Brasil, na Argentina, no Chile e na Colômbia, durante o tempo médio de 10 anos.

“Identificamos que grande parcela das mortes prematuras na América do Sul poderia ser evitada com a adesão de políticas destinadas a controlar os fatores de risco metabólicos e comportamentais. 90% dos eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e hospitalização por insuficiência cardíaca) e 90% das mortes prematuras poderiam ser evitadas”, comenta o Prof. Dr. Álvaro Avezum, também coordenador desta pesquisa.

O médico explica que esse tipo de análise é importante para auxiliar as equipes médicas e assistenciais na adoção de melhores cuidados e tratamentos para o paciente. “Os dados do PURE trazem conhecimento relevante e válido que pode auxiliar eficazmente na implementação de políticas públicas que contribuam no controle dos fatores de risco e na redução de mortes eventos cardiovasculares evitáveis”, conclui o médico.

“O controle da pressão arterial é importantíssimo. Primeiro, porque a sua prevalência é mais alta do que se fala; depois, porque a proporção de tratamento e controle é mais baixa do que se pensa. E o impacto da doença é o principal fator para eventos e o segundo para mortes”, conclui o Dr. Álvaro.

Projeto ajuda a controlar hipertensão em São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um projeto de saúde implementado em São Paulo por meio de uma parceria público-privada resultou no aumento do controle da pressão arterial e em queda dos episódios de AVC (acidente vascular cerebral) e infartos na cidade.

Em números, a porcentagem de hipertensos com controle de sua pressão arterial saltou de 12% para 31%, enquanto os episódios de AVC caíram 12% e os de ataques cardíacos 13% em um período de 15 meses, entre 2018 e 2019.

Os resultados foram apresentados na terça-feira (18), no seminário Doenças Crônicas: Inovando com Simplicidade, promovido pela Folha de S.Paulo e patrocinado pela Fundação Novartis.

“Em doenças crônicas há a necessidade de intervirmos para reduzirmos o ônus. Nas cardiovasculares, a consequência disso é o aumento da longevidade e da qualidade de vida da população”, afirma Arthur Avezum, cardiologista e diretor do centro internacional de pesquisas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, responsável por apresentar os dados.

A experiência em São Paulo faz parte de uma iniciativa maior da Novartis, chamada Cardio4Cities, que busca trabalhar com governos locais e entidades da sociedade civil para aumentar a conscientização sobre pressão alta.

Entre outras ações, o projeto visa qualificar farmacêuticos para que seu contato com o paciente seja mais preciso e promover uma divisão de tarefas entre médicos, enfermeiros, auxiliares e agentes comunitários, além da conscientização do paciente para que ele entenda que o controle da pressão pode resultar em aumento de expectativa e qualidade de vida.

Dacar, no Senegal, e Ulan Bator, na Mongólia, foram outras cidades que passaram pelo processo. Na primeira, a porcentagem de hipertensos com controle de sua pressão saltou de 7% para 19%, em 19 meses; na segunda, de 3% para 19%, em 21 meses. As três cidades têm em comum urbanização rápida e desenfreada e altas taxas de pressão alta e doenças cardiovasculares.

A abordagem do projeto se baseia em seis pilares, que formam a sigla Cardio?

Cuidado, acesso, reforma, dados, intersetorial e organização.

“Buscamos melhorar o cuidado, promover o acesso precoce ao diagnóstico, reformar políticas com benefícios comprovados para saúde, aproveitar dados e tecnologia digital para criar métricas, fomentar a colaboração intersetorial e garantir orientação à autoridade local, no caso a Secretaria Municipal de Saúde”, diz Avezum.

Para ele, a colaboração é o mais importante. “É uma coalizão. Não é só a área médica. Tem educação, planejamento de cidades, esporte, alimentação. Todos são parceiros.”

O cardiologista exalta a importância dos agentes locais, especialmente os da saúde, e do processo de cocriação, no qual a população ajuda a preparar a intervenção.

Na capital paulista, a iniciativa começou em seis UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Itaquera, na zona leste, em 2018. Atualmente, está em 236 equipamentos de saúde, sendo 162 UBSs, em todas as zonas. Nas unidades de saúde, o projeto capacita profissionais e trabalha para melhorar a coleta de dados

Para encontrar quem nem sequer sabia de sua condição, a iniciativa instalou pontos de medição de pressão em locais movimentados, como shoppings, estações de metrô, feiras, escolas de samba e no estádio do Corinthians. Uma vez identificados, hipertensos eram encaminhados para as unidades de saúde para começar o acompanhamento.

“O projeto foi testado com adversidades ?a pandemia? e agora está pronto para ser replicado e estendido para outras cidades”, afirma o médico.

Doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes no mundo. Em 2019, foram 17,9 milhões ou 32% do total. No Brasil, a porcentagem salta para 42%. Há cerca de 55 milhões de hipertensos no país.

“Se todo brasileiro tivesse a pressão normal, haveria cerca de 43% menos casos de infarto. Hoje há 400 mil por ano. No AVC, o impacto seria maior, com 48% a menos. Acontecem cerca de 500 mil todos os anos”, afirma Avezum.

Além disso, controle da condição também significaria economia. Atualmente, estima-se que a hipertensão arterial custe ao Brasil, somando-se tratamento e perda de produtividade dos acometidos pela condição, R$ 72 bilhões por ano.

Prevenir hipertensão pode evitar até 20% das doenças cardiovasculares no mundo

São Paulo, 26 de abril de 2021 – Mais de 40% dos casos de doenças cardiovasculares e mortes na população do maior estudo epidemiológico do mundo, o PURE (Prospective Urban Rural Epidemiology), que no Brasil é coordenado pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, foram atribuídos a fatores metabólicos, sendo a hipertensão o principal, representando 22,3% dos casos.

Aproximadamente 70% dos casos de doenças cardiovasculares e mortes na população geral foram atribuídos a fatores de risco modificáveis, e hipertensão, mesmo sendo um fator metabólico, é um destes.

“Com o estudo, já temos dados suficientes para implementar medidas na prática clínica em relação ao infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, reduzindo a taxa de mortalidade e incapacitação”, explica Dr. Álvaro Avezum, cardiologista, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos autores do estudo.

“O PURE, além de apontar que o fator mais importante para desenvolvimento de doenças cardiovasculares é hipertensão, ainda traz o colesterol em segundo lugar e em terceiro a poluição. Baixa escolaridade aparece como sexto fator e falta de força muscular em nono. O impactante foi ver o fator poluição na frente de fatores de risco sempre apontados por estudos e especialistas, como tabaco e diabetes”, complementa.

Os resultados para hipertensão merecem destaque frente à pandemia do coronavírus, uma vez que a pressão alta é fator de risco para a forma grave da Covid-19. Estudos realizados com pacientes da China apontaram para maior risco de agravamento e morte por Covid-19 em pessoas que apresentam doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão, além de doenças cardiovasculares. No início da pandemia no Brasil, 72% dos óbitos por Covid-19 confirmados eram de pessoas com mais de 60 anos e 70% apresentavam pelo menos um fator de risco.

Diagnóstico e Prevenção

O problema de complicações da doença pode estar na falta de diagnóstico, por conta do aspecto silencioso da hipertensão, que geralmente não apresenta sintomas. Alguns pacientes descrevem tontura, mal-estar, dor de cabeça e dor na nuca, mas isso pode ocorrer quando a pressão já está descompensada e muito alta. Portanto, acompanhamento médico de rotina ajuda no diagnóstico precoce e no tratamento.

Como aponta o estudo global epidemiológico PURE, fatores externos podem comprometer e trazer consequências à saúde. Dessa forma, o especialista ainda explica que não pode ser considerada apenas a medição isolada. “Para prevenção, também é preciso criar medidas e políticas públicas que promovam detecção e controle efetivo da hipertensão arterial. Aproximadamente 15% dos hipertensos no Brasil tem pressão arterial sob controle. Prevenir e tratar a doença adequadamente permitiria redução em 20% do total de casos de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca no mundo”, complementa.

Sobre o PURE

Maior estudo epidemiológico do mundo, com participação de 300 mil indivíduos entre 35 a 70 anos, de áreas urbanas e rurais de 21 países, incluindo o Brasil, acompanhados por 14 anos, avalia como ocorre o adoecimento cardiovascular, oncológico, respiratório, renal, psicossocial, entre outros, em países de baixa, intermediária e alta renda. Até o momento, o estudo já contou com 200 publicações em revistas científicas de alto impacto, que mostraram dados atuais sobre alimentação e mortalidade por doenças cardiovasculares, revelando maior impacto negativo de carboidratos comparado à gordura e o resultado positivo do consumo de legumes e verduras.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Aparelho Digestivo. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação:

Gerência de Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Falta de diagnóstico reduz adesão ao tratamento e faz a hipertensão ser altamente letal

Aumento da pressão arterial desencadeia doenças graves e atinge 24,3% da população. Aprenda a fazer corretamente a aferição

São Paulo, 22 de abril de 2018 – O Brasil viu a incidência de hipertensão arterial ascender entre a população. De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a doença popularmente conhecida como pressão alta, passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017. Porém, dados do Ministério da Saúde indicam que apenas cerca de 10% realizam o tratamento adequado.

O alto potencial de letalidade se dá pelo desencadeamento de doenças hipertensivas graves, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e doenças renais. Segundo o Dr. Thiago Midlej, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essas comorbidades têm como principal causa a hipertensão, desta forma, “a hipertensão é a maior causa de mortalidade, pois é a base para as doenças mais graves que existem que podem levar à óbito”.

De 2004 a 2014, as doenças hipertensivas e a hipertensão arterial sistêmica causaram a morte de 457.305 indivíduos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em 2016, o Ministério da Saúde contabilizou 49.640 mortes provocadas pelo aumento da pressão arterial, maior índice durante o período de 2006 a 2016. Para chamar atenção para a sua gravidade e destacar a importância de preveni-la, o dia 26 de abril foi instituído como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

A falta do diagnóstico, que apesar de simples, não é de conhecimento de todos devido ao aspecto silencioso, torna o índice de pessoas em tratamento baixo. Livros e diretrizes médicas, de modo geral, apontam que a doença não apresenta sintomas. “Na prática, alguns pacientes descrevem tontura, mal-estar, dor de cabeça e dor na nuca.”, observa Midlej. Esses sintomas, por podem passar desapercebidos, por não serem associados à pressão arterial elevada.

Portanto, o acompanhamento médico torna-se o meio pelo qual os pacientes podem receber o diagnóstico e dar prosseguimento ao tratamento. No dia a dia, fatores externos podem elevar momentaneamente a pressão, por isso, o cardiologista explica que não pode considerar apenas uma medição isolada, mas que é necessário realizar ao menos duas aferições em dias diferentes e os dois valores serem superiores à 140x 90 mmHg, conhecido como 14 por 9. A partir dos 30 anos recomenda-se fazer uma avaliação médica uma vez por ano.

Alguns fatores contribuem para a manifestação da enfermidade. Na hipertensão primária, cerca de 80% dos casos, a genética é o principal deles. Na secundária, algumas doenças específicas como hipotiroidismo, doença de Cushing, entre outras, e também aumento de peso e maus hábitos alimentares podem desencadear o aumento da pressão.

Pacientes obesos, sedentários, com alimentação não saudável e rica em sal, quando submetidos ao acompanhamento médico, podem fazer o controle sem o uso do anti-hipertensivo, com a prática de atividade física, redução de peso e dieta equilibrada e hipossódica. O médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforça a importância dos novos hábitos. “Sempre a atividade física e a mudança de estilo de vida compõem o primeiro passo para o tratamento para o paciente hipertenso”. Já os casos originários da genética são tratados com anti-hipertensivos.

Mulheres

A prevalência da doença é maior nas mulheres quando comparado aos homens. De acordo com o VIGITEL de 2017, o índice registrou 26,4% na população feminina contra 21,7% na masculina. Isso se deve principalmente à questão hormonal associada à menopausa, uma vez que ocorre a redução dos hormônios vasodilatadores. Consequentemente, os vasos dilatam em menor proporção, ficam mais contraídos, aumentando a pressão arterial.

Idosos

Com o passar dos anos, há um enrijecimento natural dos vasos sanguíneos, consequentemente levando ao aumento da pressão. Portanto, pessoas acima dos 65 anos tendem a ter predisposição para a hipertensão, mesmo tendo passado a vida toda sem qualquer alteração. Isso se reflete na pesquisa da VIGITEL de 2017, na qual essa parcela da população com a doença no país foi de 60,9%.

Gestantes

Para gestantes com pressão alta a gestação pode representar um risco tanto para a mãe quanto para o bebê. O acompanhamento médico rigoroso desde o início é essencial, pois algumas medicações não podem ser tomadas e no período existem ciclos de queda e elevação da pressão arterial.

Principalmente no último trimestre, há um aumento rápido e progressivo da pressão que pode causar risco elevado. A placenta se amplia e aumenta a resistência vascular, fazendo com que o sangue chegue com mais dificuldade ao bebê.

Como medir corretamente a pressão arterial

A aferição doméstica da pressão arterial pode ser realizada desde que sejam seguidos alguns pontos importantes:

Antes de medir a pressão

  • Na hora de comprar um aparelho de pressão, escolha aquele que tem braçadeiras para circunferência de braço e que seja validado pelos órgãos fiscalizadores competentes;
  • Grandes refeições, alimentos gordurosos, ricos em açúcar, café e bebidas alcoólicas devem ser evitados pelo menos meia hora antes de aferir a pressão;
  • Descanse 5 minutos antes de medir a pressão;
  • Evite medir a pressão após a prática de atividade física, aguarde pelo menos uma hora após o término do exercício para fazer a medição.

Na hora de medir a pressão

  • Meça a pressão sentado em uma cadeira, com as costas apoiadas no encosto, sem cruzar as pernas;
  • Não meça a pressão sobre roupas como, por exemplo, casacos, mangas de blusas e camisas;
  • Ajuste a braçadeira no braço, sem folgas, 2 a 3 dedos acima da dobra do cotovelo;
  • Mantenha o braço relaxado e apoiado na altura do coração. Vire a mão do braço esquerdo com a palma para cima;
  • É importante anotar os valores da pressão que aparecem no visor do aparelho, com data e horário.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa
Conteúdo Comunicação
Maria Teresa Moraes (mariateresa.moraes@conteudonet.com)
Alessandra Miranda (alessandra.miranda@conteudonet.com)
Thaynara Dalcin (thaynara.dalcin@conteudonet.com)
Caroline Ligório (caroline.ligorio@conteudonet.com)
Roberta Montanari (robertamontanari@conteudonet.com)
Claudio Sá (claudio.sa@conteudonet.com)
Tel.: 11 5056-9800

Gerência de Marketing e Comunicação Institucional
Melina Beatriz Gubser – mgubser@haoc.com.br
Michelle Barreto – msbarreto@haoc.com.br  – Tel.: (11)3549-0852
Rafael Peciauskas – rpeciauskas@haoc.com.br – Tel.: (11)3549-0096
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Inverno aumenta probabilidade de infarto em até 30%

Frio também contribui para maior incidência de AVC

São Paulo, 21 de junho de 2018 – O Inverno, estação do ano que concentra baixas temperaturas começou hoje no Brasil. De acordo com as previsões do CPTEC/INPE (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nos próximos dias, a Região Sudeste deve registrar queda nas temperaturas mínimas e máximas, devido à passagem de frentes frias, predominantes nos meses de Inverno. Em São Paulo, as mínimas devem variar entre 14°C e 13°C e as máximas não devem ultrapassar os 25°C.

De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) os índices de infarto podem aumentar em até 30% durante o Inverno, principalmente nos dias em que os termômetros registram temperaturas inferiores aos 14°C. Nesta época do ano, os registros de casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral) podem crescer em até 20%.

Segundo o Dr. Hélio Castello, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, idosos, hipertensos e pessoas com doenças coronarianas pré-existentes estão mais vulneráveis aos efeitos negativos das baixas temperaturas. “Sob ação do frio, as artérias sofrem um processo de vasoconstrição, contração com diminuição transitória de seu calibre. Esse processo pode desprender placas de gordura que podem estar presentes nas artérias, podendo provocar isquemias (diminuição do fluxo de sangue e oxigênio para o tecido) e infarto”, explica o especialista.

Castello diz ainda que idosos, hipertensos, diabéticos, obesos, fumantes e pacientes que já apresentam diagnóstico de doenças cardiovasculares devem redobrar os cuidados durante os meses mais frios do ano. Nestes casos, é fundamental manter o uso da medicação prescrita pelo médico do paciente, manter a alimentação saudável, a prática regular de atividade física e também manter o corpo aquecido, evitando mudanças bruscas de temperatura.

Confira abaixo algumas dicas do especialista para evitar o aumento de incidência de problemas cardiovasculares durante a temporada de Inverno:

  • Manter a alimentação saudável, rica em verduras, legumes, frutas e fibras;
  • Evitar o tabagismo;
  • Controlar o peso;
  • Praticar atividade física. Nos dias mais frios, prefira horários em que as temperaturas estejam mais altas;
  • Controlar os índices glicêmicos e a pressão arterial regularmente;
  • Diminuir o estresse por meio de atividades fora da rotina;
  • Evitar contato com doenças infecciosas e submeter-se a vacinação de rotina;
  • Ter uma rotina de consulta cardiológica preventiva.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, por meio do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br.

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Alimentos ricos em sódio que você deveria evitar

Em apenas uma refeição, você pode consumir a quantidade de sódio para um dia inteiro.

Esta quinta-feira (26) é o Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão. A data foi criada como o objetivo de alertar e conscientizar as pessoas sobre os cuidados e prevenção da doença crônica que atinge mais de 36 milhões de brasileiros, de acordo com Ministério da Saúde.

A hipertensão é chamada pelos profissionais da saúde como a “assassina silenciosa”, uma vez que a maioria das pessoas que tem pressão alta costuma não se dar conta do problema. De acordo com médicos, a única forma de saber se você tem pressão alta é medi-la, pelo menos, um vez a cada seis meses ou um ano.

Para evitar a doença, que pode desencadear doença renal, disfunção erétil, demência e até perda de visão, se não for tratada, a Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda fazer exercícios regularmente, limitar consumo de álcool, não fumar e, é claro, ter uma alimentação saudável, com uma quantidade de sal moderada.

Porém, com o consumo excessivo de alimentos industrializados e processados, nem sempre nos damos conta de que exageramos no sal no dia a dia. De acordo com o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem o dobro da quantidade diária de sal recomendada pela Organização Mundial da Saúde, que é de 2000 miligramas (ou 2 gramas de sódio por pessoa ao dia), o que equivale a 5g de sal.

Veja abaixo alguns alimentos que possuem doses cavalares de sódio e (provavelmente) você não sabe:

Comida pronta congelada

É muito prático descongelar uma lasanha pronta e comê-la após um dia conturbado, porém, apenas metade da lasanha congelada à bolonhesa tem cerca de 1.700 mg de sódio, ou seja, quase o recomendado por dia.

Macarrão Instantâneo

O famoso miojo ou Cup Noodles tem cerca de 70% do sódio que você deveria comer em todas as refeições.

Sopas instantâneas

Assim como o macarrão instantâneo e os congelados, a sopa instantânea também é cheia de sódio. Apenas uma colher e meia da sopa Vono (13 gramas) tem 793 mg de sódio.

Tempero pronto

Uma colher de chá de tempero pronto para arroz, por exemplo, tem cerca de 1.645 mg.

Queijos (principalmente os processados)

Apenas 30 gramas do queijo parmesão, por exemplo, têm 20% do consumo de sódio.

Molhos prontos

Molhos prontos para saladas e massas, como molho de mostarda e mel, molho ceasar e até mesmo ketchup têm quantidades altas de sódio, além de conservantes, corantes e outros aditivos artificiais.

Comidas enlatadas

Sardinha em conserva, por exemplo, tem 666 mg em apenas 4 unidades. Carne processada (presunto, salame, peito de peru)

Pão

Duas fatias de pão de fôrma (ou 50 g) têm 234 mg de sódio.

Carne processada

Apenas 3 fatias de um presunto cozido tem 412 mg de sódio.

O que fazer?

A regra número 1 para diminuir o consumo de sódio é ficar atento aos rótulos e tabelas nutricionais dos alimentos.

Além disso, prefira alimentos in natura, que tenham sido minimamente processados. Cozinhar em casa também requer atenção — não exagere no sal de cozinha enquanto você tempera os alimentos.

Alguns alimentos também podem ajudar no combate à hipertensão.

De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, alimentos que são fonte de magnésio, como o alho, ajuda a dilatar os vasos sanguíneos. A aveia é rica em fibra e controla a glicose sanguínea. Já o leite e derivados têm hipotensores que estimulam a eliminação do sódio.

Também dê atenção aos alimentos ricos em potássio, como banana, feijão, espinafre e cenoura, que ajudam na eliminação do sódio. Por fim, não se esqueça de beber muita água.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz inaugura Centro de Hipertensão

Além do novo Centro, Hospital oferece palestra gratuita de orientação à população em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz acaba de inaugurar o Centro de Hipertensão, voltado para o atendimento integrado de pacientes portadores de hipertensão arterial e suas complicações. Coordenado pelo Dr. Luiz Aparecido Bortolotto e formado por uma equipe médica especializada na área de hipertensão arterial (cardiologistas e nefrologistas), além de enfermeiros e nutricionistas, o Centro permite um atendimento global do paciente hipertenso, com orientações direcionadas para o diagnóstico, fatores de risco e modos de tratamento da doença.

O Centro tem como objetivo ser referência no tratamento de hipertensão arterial, incluindo os casos de hipertensão arterial resistente, na qual há maior dificuldade em se obter o controle adequado, e hipertensão arterial secundária, cujo diagnóstico pode proporcionar a cura da hipertensão ou seu melhor controle e que tem dentre suas causas doenças da glândula supra-renal e da tireoide, apneia obstrutiva do sono e doenças vasculares dos rins.

Por meio de questionários e exames diagnósticos apropriados, o Centro de Hipertensão pode identificar as principais causas da falta de controle da pressão arterial e individualizar o tratamento. O novo Centro trabalhará, sempre que necessário, com outras equipes do Hospital, como as de Hemodinâmica, Urologia e Pneumologia,para tratamentos específicos.

No dia 03 de maio (terça-feira), em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, o Hospital oferecerá também a palestra gratuita “Hipertensão Arterial: desvendando os mistérios de uma doença silenciosa”, ministrada pelo dr. Bortolotto para orientar a população.

No Brasil, a hipertensão arterial atinge cerca de 30% da população adulta, ou seja, quase 35 milhões de pessoas. A maioria dos hipertensos desconhece ser portador da doença, e um percentual significativo dos hipertensos não faz controle apropriado (fonte: Vigitel, 2010).

Serviço
Palestra “Hipertensão Arterial: desvendando os mistérios de uma doença silenciosa”
Data: 03 de maio de 2011 (terça-feira).
Local: Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Rua Treze de Maio, 1815 – Auditório – 14º andar do bloco B.
Horário: 15h30.

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

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