Falta de diagnóstico reduz adesão ao tratamento e faz a hipertensão ser altamente letal

Aumento da pressão arterial desencadeia doenças graves e atinge 24,3% da população. Aprenda a fazer corretamente a aferição

São Paulo, 22 de abril de 2018 – O Brasil viu a incidência de hipertensão arterial ascender entre a população. De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a doença popularmente conhecida como pressão alta, passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017. Porém, dados do Ministério da Saúde indicam que apenas cerca de 10% realizam o tratamento adequado.

O alto potencial de letalidade se dá pelo desencadeamento de doenças hipertensivas graves, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e doenças renais. Segundo o Dr. Thiago Midlej, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essas comorbidades têm como principal causa a hipertensão, desta forma, “a hipertensão é a maior causa de mortalidade, pois é a base para as doenças mais graves que existem que podem levar à óbito”.

De 2004 a 2014, as doenças hipertensivas e a hipertensão arterial sistêmica causaram a morte de 457.305 indivíduos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em 2016, o Ministério da Saúde contabilizou 49.640 mortes provocadas pelo aumento da pressão arterial, maior índice durante o período de 2006 a 2016. Para chamar atenção para a sua gravidade e destacar a importância de preveni-la, o dia 26 de abril foi instituído como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

A falta do diagnóstico, que apesar de simples, não é de conhecimento de todos devido ao aspecto silencioso, torna o índice de pessoas em tratamento baixo. Livros e diretrizes médicas, de modo geral, apontam que a doença não apresenta sintomas. “Na prática, alguns pacientes descrevem tontura, mal-estar, dor de cabeça e dor na nuca.”, observa Midlej. Esses sintomas, por podem passar desapercebidos, por não serem associados à pressão arterial elevada.

Portanto, o acompanhamento médico torna-se o meio pelo qual os pacientes podem receber o diagnóstico e dar prosseguimento ao tratamento. No dia a dia, fatores externos podem elevar momentaneamente a pressão, por isso, o cardiologista explica que não pode considerar apenas uma medição isolada, mas que é necessário realizar ao menos duas aferições em dias diferentes e os dois valores serem superiores à 140x 90 mmHg, conhecido como 14 por 9. A partir dos 30 anos recomenda-se fazer uma avaliação médica uma vez por ano.

Alguns fatores contribuem para a manifestação da enfermidade. Na hipertensão primária, cerca de 80% dos casos, a genética é o principal deles. Na secundária, algumas doenças específicas como hipotiroidismo, doença de Cushing, entre outras, e também aumento de peso e maus hábitos alimentares podem desencadear o aumento da pressão.

Pacientes obesos, sedentários, com alimentação não saudável e rica em sal, quando submetidos ao acompanhamento médico, podem fazer o controle sem o uso do anti-hipertensivo, com a prática de atividade física, redução de peso e dieta equilibrada e hipossódica. O médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforça a importância dos novos hábitos. “Sempre a atividade física e a mudança de estilo de vida compõem o primeiro passo para o tratamento para o paciente hipertenso”. Já os casos originários da genética são tratados com anti-hipertensivos.

Mulheres

A prevalência da doença é maior nas mulheres quando comparado aos homens. De acordo com o VIGITEL de 2017, o índice registrou 26,4% na população feminina contra 21,7% na masculina. Isso se deve principalmente à questão hormonal associada à menopausa, uma vez que ocorre a redução dos hormônios vasodilatadores. Consequentemente, os vasos dilatam em menor proporção, ficam mais contraídos, aumentando a pressão arterial.

Idosos

Com o passar dos anos, há um enrijecimento natural dos vasos sanguíneos, consequentemente levando ao aumento da pressão. Portanto, pessoas acima dos 65 anos tendem a ter predisposição para a hipertensão, mesmo tendo passado a vida toda sem qualquer alteração. Isso se reflete na pesquisa da VIGITEL de 2017, na qual essa parcela da população com a doença no país foi de 60,9%.

Gestantes

Para gestantes com pressão alta a gestação pode representar um risco tanto para a mãe quanto para o bebê. O acompanhamento médico rigoroso desde o início é essencial, pois algumas medicações não podem ser tomadas e no período existem ciclos de queda e elevação da pressão arterial.

Principalmente no último trimestre, há um aumento rápido e progressivo da pressão que pode causar risco elevado. A placenta se amplia e aumenta a resistência vascular, fazendo com que o sangue chegue com mais dificuldade ao bebê.

Como medir corretamente a pressão arterial

A aferição doméstica da pressão arterial pode ser realizada desde que sejam seguidos alguns pontos importantes:

Antes de medir a pressão

  • Na hora de comprar um aparelho de pressão, escolha aquele que tem braçadeiras para circunferência de braço e que seja validado pelos órgãos fiscalizadores competentes;
  • Grandes refeições, alimentos gordurosos, ricos em açúcar, café e bebidas alcoólicas devem ser evitados pelo menos meia hora antes de aferir a pressão;
  • Descanse 5 minutos antes de medir a pressão;
  • Evite medir a pressão após a prática de atividade física, aguarde pelo menos uma hora após o término do exercício para fazer a medição.

Na hora de medir a pressão

  • Meça a pressão sentado em uma cadeira, com as costas apoiadas no encosto, sem cruzar as pernas;
  • Não meça a pressão sobre roupas como, por exemplo, casacos, mangas de blusas e camisas;
  • Ajuste a braçadeira no braço, sem folgas, 2 a 3 dedos acima da dobra do cotovelo;
  • Mantenha o braço relaxado e apoiado na altura do coração. Vire a mão do braço esquerdo com a palma para cima;
  • É importante anotar os valores da pressão que aparecem no visor do aparelho, com data e horário.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Data: 22/04/2019 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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