Granola: mistura é nutritiva, mas é preciso escolher bem para garantir os benefícios; entenda

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas – e a uva-passa reina.

Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

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Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.
Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR: WHEY E CREATINA, CREATINA, QUAIS OS RISCOS À SAÚDE?

Neste episódio da série “Mentes Curiosas”, recebemos o Dr. Leandro Costa, cardiologista, e o Dr. Gabriel Pecchia, ortopedista do nosso hospital, para desvendarem os detalhes da suplementação alimentar.

A suplementação consiste no uso de produtos que adicionam nutrientes essenciais à dieta usual. Dentre os mais populares estão o Whey Protein e a Creatina. O Whey Protein, conhecido por sua absorção rápida, é indicado para o ganho de massa muscular. Por outro lado, a Creatina se destaca por melhorar a hidratação das células musculares e aumentar a energia durante atividades físicas intensas.

Contudo, é crucial destacar a necessidade de acompanhamento profissional para garantir um uso seguro e eficaz desses suplementos no dia a dia.

Quer descobrir mais sobre o uso correto da suplementação alimentar? Assista o vídeo! E se precisar, agende uma consulta com nossos especialistas Clicando AQUI!

Resp. Técnico: Haggeas da Silveira Fernandes CRM: 71855

Nutricionistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas de como pacientes oncológicos, com diabetes e em hemodiálise podem aproveitar as comidas de Festas Juninas

Moderação na hora de se deliciar com os quitutes é a melhor orientação, mas há outras recomendações para curtir essa apetitosa época do ano

São Paulo 06 de junho de 2024 – Quando o assunto é Festa Junina, as comidinhas do arraial estão entre as principais lembranças que ocorrem sobre essa época do ano. Junto das quadrilhas e músicas, os quitutes fazem parte da memória afetiva dos brasileiros. Mesmo aqueles que fazem tratamento para controle do diabetes, os que passam por hemodiálise e os que estão em tratamento oncológico podem se deliciar com doces e salgados juninos, seguindo orientação do seu médico ou nutricionista.

Os pratos típicos das Festas Juninas têm ingredientes típicos em suas receitas. Os mais comuns são milho, amendoim e mandioca, que, mesmo com a riqueza da culinária no Brasil, estão presentes em pratos em diversas regiões do país nos festejos de junho. Também temos outros alimentos presentes em muitas guloseimas como abóbora, coco, batata doce e queijos.

Nesta época, pessoas que tratam do diabetes, devem ficar atentas para não exagerarem na hora de comer. O conselho também vale para quem não enfrenta a doença como alerta a nutricionista Tarcila Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“É possível desfrutar de delícias, como o pé-de-moleque, a canjica e a cocada e, mesmo assim, manter a glicose controlada. Não há restrição, a moderação é o segredo. Se planeja ir a uma festa junina e corre o risco de comer além do recomendável, uma opção é reduzir ou substituir o pão, o arroz ou a batata nas refeições anteriores”, explicou a especialista.

Para os pacientes que se alimentam com base na contagem de carboidratos é possível fazer adequações na dosagem da insulina de acordo com a quantidade de carboidratos no prato típico escolhido, segundo Tarcila. Isso vale para os doces com açúcar, como para os dietéticos, ressaltou a nutricionista.

“Os pacientes com meta fixa de carboidratos por refeição devem trabalhar com substituições e tentar manter a quantidade de carboidratos prescrita pelo nutricionista fazendo substituições”, afirmou Tarcila.

Veja aqui algumas dicas de substituições:

  • Substituições também vale para o dia a dia. O arroz e o macarrão podem ser trocados por milho cozido, batata doce, pamonha, canjica, pipoca, cuscuz nas principais refeições ou nos lanches intermediários;
  • A canjica, além de colaborar para a saciedade, é o melhor substituto para o chocolate quente. Se for possível, preferir versões de doces e canjicas diet;
  • Antes de ir à festa, faça uma refeição leve. Chegar à festa com fome é caminho certo para ingerir além do necessário; 
  • É possível renunciar a um ou outro doce saboroso de forma consciente. Comer apenas o que realmente tiver vontade e não porque a oferta é grande é uma sábia decisão;
  • O preparo dos quitutes nas festas é diferenciado e rico em açúcares, carboidratos e gorduras, é preciso realizar a monitorização glicêmica e os ajustes de insulina de acordo com a prescrição médica. 

Vai contar carboidratos? Veja aqui a quantidade deles em alguns quitutes juninos:

 QuituteCarboidrato (em gramas)
Pé de moleque 20g do doce 14g
 Pipoca doce 1 saco pequeno (25g)15g
 Bolo de fubá 1 fatia pequena (70g)33g
 Canjica 1 copo (180ml)36g
 Paçoca 1 unidade de 30g do doce20g
 Milho verde espiga pequena (65g)18g
 Pinhão 1 unidade (10g)5g

Para quem faz tratamento oncológico, a adaptação de receitas também pode ser uma solução para não ficar de fora da festa junina. Segundo a nutricionista Cássia Carvalho do Centro Especializado em Oncologia, receitas que levam muita farinha branca e açúcar, ou outros ingredientes industrializados, podem sofrer alterações.

“A farinha branca pode ser substituída pela integral, o açúcar por adoçantes. As receitas devem sofrer adaptação, mas sem impactar tanto”, afirmou a nutricionista.

Doces com leite ou creme de leite na receita, por exemplo, podem fazer substituições usando leite desnatado, de amêndoas ou de soja, que têm percentual menor de gordura, explicou a nutricionista Cassia.

No entanto, se o paciente segue a dieta em seu cotidiano e não tem sintomas do tratamento, como náuseas, diarreia, ele pode fazer uma exceção e comer uma comida típica de festa junina.

“Pontualmente ele pode consumir. Se não é da rotina, se ele é saudável no dia a dia, pode comer na festa. As comidas juninas são ‘confort food’, trazem memórias afetivas, o que também é importante para o paciente em tratamento contra o câncer”, disse Cassia.

O nutricionista Lucas Oliveira Monção, que também atua no Centro Especializado em Oncologia, lembra que pessoas com câncer devem ter ainda outro tipo de cuidado.

“Pacientes oncológicos são imunossuprimidos e por isso devem ter cuidado com a higienização do local onde os alimentos foram preparados e como foi a preparação. Eles também devem evitar alimentos crus e de onde a procedência é duvidosa. Quem passa por quimioterapia também deve evitar embutidos”, afirmou o nutricionista.

Andrea Visintainer, nutricionista do Centro Especializado em Nefrologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta sobre a necessidade de orientação constantes aos pacientes sobre alimentação para que quando chegar épocas como a das Festas Juninas eles saibam quais alimentos devem consumir para não ficar de fora da festança. 

A orientação nutricional contínua prepara para situações como festas e comemorações. Isso reforça a importância de colocar o paciente no centro de seu próprio cuidado e promove sua autonomia.

“A diálise é um tratamento de longo prazo. É crucial que os pacientes recebam orientação dietética regularmente. É essencial que saibam quais alimentos são mais adequados para sua condição e quais devem ser evitados em sua rotina. Em vez de impor restrições, optamos por educar os pacientes sobre nutrição”, afirmou a especialista.

Whey protein prejudica o fígado? Nutricionista esclarece

Whey protein é o suplemento feito por meio da proteína extraída do leite, ou seja, é a bebida que ajuda a bater a meta diária proteica. Entre os seus principais benefícios, estão o aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal e recuperação muscular após o exercício físico. Ainda assim, o seu consumo ainda é cercado de dúvidas, por exemplo: whey protein acomete o fígado?

Whey protein não acomete o fígado!

“Ainda não temos evidências científicas apontando que o uso de whey protein possa ser prejudicial ao fígado. Porém, o excesso de proteína na alimentação pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins. Por isso, o consumo deve ser feito sob orientação profissional”, orienta em entrevista exclusiva para o Sport Life a nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Bruna Lima.

Da mesma forma, não há nenhum veto do consumo de whey protein para um sujeito que vive com problema no fígado. Fato que denota a importância do atendimento com um especialista para ingestão segura.

“Antes de iniciar a suplementação, é importante que a pessoa procure um nutricionista para realizar uma avaliação completa, com exames bioquímicos e assim descobrir o que suplementar”, pontua Bruna.

Então, torna-se inviável indicar um consumo diário ou semanal para um sujeito já que se deve levar em consideração se é um atleta amador, de alta performance ou para quem não costuma treinar com intensidade ou frequência.

“A dose diária varia de cada indivíduo. Não há contraindicação de whey protein. Pode ser utilizado desde uma pessoa jovem até uma pessoa idosa, porém é necessário ficar atento para pessoas que já tenham alguma condição renal, pois nesse caso as proteínas precisam ser ajustadas”, explica a profissional.

Qual suplemento sobrecarrega o fígado?

“Vitamina A, que pode causar cirrose hepática. Algumas vitaminas do complexo B podem agredir o fígado também. Vitamina E pode causar AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico, e a vitamina C consumida em altas doses pode acidificar a urina. Por isso, reforço que toda suplementação deve ter o acompanhamento profissional”, garante.

O que o exagero de whey protein faz para um sujeito?

“O excesso de whey protein não vai causar grandes prejuízos à saúde, mas pode causar acne e desconforto gastrointestinal. Além disso, esse excesso de proteína será excretado pelo corpo na urina”, termina a nutricionista Bruna Lima.

Essas orientações estão relacionadas com a tendência nacional. O boletim da ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) confirma o aumento de 25% do consumo de suplementos em 2022.

Como Conciliar Dieta Saudável Com Os Chocolates Da Páscoa (3 DICAS)

Aprenda a seguir uma dieta saudável em meio a Páscoa e chocolates deliciosos

Com a Páscoa se aproximando, muitas pessoas enfrentam o dilema de como manter uma dieta saudável sem abrir mão dos deliciosos chocolates típicos desta época.

A nutricionista Tarcila Campos, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, oferece orientações valiosas para desfrutar da temporada de Páscoa de forma equilibrada e consciente.

Prato Principal
Para as refeições principais, Tarcila recomenda:

  • Entradas à base de salada e legumes: Opte por vegetais coloridos como cenoura, beterraba, espinafre e brócolis, ricos em vitaminas e antioxidantes.
  • Peixes Assados, Grelhados ou Cozidos: São fontes de proteína magra.
  • Acompanhamentos: Inclua carboidratos saudáveis como tubérculos (batata assada ou cozida) ou farofas à base de quinoa.

Chocolate na Dieta

  • Moderação é a Chave: Ovos de chocolate são ricos em calorias, açúcares e gorduras. Consuma com moderação e atenção à composição nutricional.
  • Escolha Chocolate Amargo: Possui alto teor de cacau, menos açúcar e é rico em antioxidantes.

Dicas para Quem Tem Diabetes

  • Consuma Após Refeições Completas: Consumir chocolate após uma refeição rica em fibras e proteínas pode minimizar os efeitos na glicose.
  • Monitore a Glicose: Acompanhe de perto os níveis de glicose e mantenha a medicação conforme prescrição médica.

Para Restrições Alimentares

  • Opções de Chocolate com Maior Cacau: Para veganos ou intolerantes à lactose, opte por chocolates com maior concentração de cacau.

Não se Desespere em Caso de Excessos

  • Retome a Dieta Normalmente: Após os dias de celebração, retome a dieta equilibrada e a atividade física regular para compensar os excessos.

Como conciliar dieta saudável com os chocolates da Páscoa

Nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz recomenda as opções mais saudáveis para o período e enfatiza as precauções necessárias para pessoas com diabetes.

A Páscoa é a época do ano em que muitas pessoas se deliciam com chocolates. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a produção de ovos de Páscoa em 2024 está prevista para crescer 17% em comparação com o ano anterior, totalizando 58 milhões de unidades disponíveis em todo o país. No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo pode prejudicar a saúde.

A nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarcila Campos, compartilha dicas valiosas sobre como manter a dieta equilibrada e saudável nessa época do ano. Segundo ela, é possível manter uma boa alimentação mesmo nos dias de fartura, fazendo boas escolhas alimentares, combinações nutritivas e prazerosas.

Prato principal

Para o almoço, Tarcila sugere investir em entradas à base de salada e/ou legumes, peixes assados, grelhados ou cozidos, combinados com um alimento fonte de carboidrato, como os tubérculos (batata assada ou cozida) ou farofas à base de quinoa. “Uma boa recomendação é a inclusão de vegetais coloridos, como cenoura, beterraba, espinafre e brócolis, que são ricos em vitaminas e antioxidantes que ajudam a prevenir doenças e a manter o corpo saudável”, diz.

Posso comer chocolate?

“O chocolate pode ser incluído na dieta, mas é essencial lembrar que a moderação é a chave”, afirma a nutricionista. “Os ovos de chocolate são ricos em calorias, açúcares e gorduras, portanto, a quantidade consumida deve ser controlada. É importante ter cautela na quantidade e na frequência do consumo. Além disso, é preciso estar atento à composição nutricional dos produtos escolhidos.”

Tarcila também sugere que “os chocolates amargos são os mais indicados para consumo, pois contêm alto teor de cacau e pouca adição de açúcar, além de serem ricos em antioxidantes que auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial.”

A nutricionista enfatiza a importância de escolher bem os chocolates e ler bem os rótulos dos produtos para saber a quantidade de carboidratos contida em cada porção. “Por exemplo, 25 gramas de chocolate ao leite têm em média 13 gramas de carboidratos, que equivale a uma fruta média, uma fatia de pão de forma, um copo de leite integral ou uma colher de açúcar.”

Se for comer o ovo de Páscoa ou qualquer outra sobremesa, prefira fazê-lo logo após as refeições. “Isso pode amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia. A presença de outros nutrientes, como as fibras encontradas em leguminosas, legumes e folhas verde-escuras, faz com que a absorção não seja tão imediata e a taxa glicêmica não eleve tão abruptamente”, explica.

Quem tem diabetes deve redobrar a atenção

Assim como para todo mundo, a dica é consumir chocolate após uma refeição completa que tenha presença de fibras e proteínas, o que vai interferir na velocidade de absorção e minimizar o efeito na glicose. “O cuidado extra para pessoa com diabetes fica com relação a manutenção da medicação, aumentar a frequência da monitorização da glicose e entender os efeitos das escolhas alimentares no controle da glicemia conforme prescrição médica. E para aqueles que tomam medicação regular, que não abandonem o tratamento”, indica a nutricionista.

Para pessoas com restrições alimentares, como veganos ou intolerantes à lactose, a regra geral é investir em opções de chocolate que tenham maior concentração de cacau. E se por acaso você furar a dieta na Páscoa, o ideal é não se desesperar. É preciso lembrar que momentos de celebração são importantes e não devem ser fonte de culpa. “O ideal, após os dias de festas, é retomar a dieta normalmente e evitar repetir os excessos. Além disso, é necessário manter a atividade física, hidratação, alimentação balanceada nos dias seguintes para equilibrar a ingestão de calorias e nutrientes,” completa.

Confira dicas de como incluir o chocolate na dieta durante a Páscoa

O consumo de chocolate pode ser uma grande tentação entre as pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável. Sendo um dos alimentos símbolo da Páscoa, o doce pode ser ainda mais requisitado nesta época do ano.

Embora possa parecer um “vilão” para aqueles que vivem um estilo de vida com dietas saudáveis, diversos estudos já indicaram benefícios do consumo de cacau, composto principal do chocolate, principalmente por suas propriedades antioxidantes, que ajudam no combate aos radicais livres.

Um estudo publicado em 2020 mostrou que o chocolate pode manter os vasos sanguíneos saudáveis, enquanto uma análise mais recente, de 2024, sugere que o doce pode reduzir o risco de hipertensão.

Um outro estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, revelou que optar por chocolates amargos ou cacau com amêndoas tem efeito positivo nos marcadores da doença cardíaca coronariana.

À CNN, a nutricionista Angelica Grecco, também exalta os benefícios do chocolate, principalmente aqueles que possuem alto teor de cacau.

“Ele contém antioxidantes, que podem prevenir doenças cardiovasculares e reduzir a pressão arterial. Além disso, ele pode ajudar na sensação de bem estar e prazer, devido a presença de triptofano que ajuda na liberação de serotonina. O chocolate também fornece pequenas quantidades de minerais como ferro, magnésio e potássio”, diz a profissional.

Além disso, Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, enfatiza a importância de ler bem os rótulos dos produtos para saber a quantidade de carboidratos contida em cada porção. “Por exemplo, 25 gramas de chocolate ao leite têm em média 13 gramas de carboidratos, que equivale a uma fruta média, uma fatia de pão de forma, um copo de leite integral ou uma colher de açúcar.”

Abaixo, nutricionistas dão mais dicas de como balancear o consumo de chocolate com a dieta nesta Páscoa.

Como incluir o chocolate na dieta durante a Páscoa Foque em um prato principal saudável

Para o almoço, Tarcila sugere investir em entradas à base de salada e/ou legumes, peixes assados, grelhados ou cozidos, combinados com um alimento fonte de carboidrato, como os tubérculos (batata assada ou cozida) ou farofas à base de quinoa. “Uma boa recomendação é a inclusão de vegetais coloridos, como cenoura, beterraba, espinafre e brócolis, que são ricos em vitaminas e antioxidantes que ajudam a prevenir doenças e a manter o corpo saudável”, diz ela.

Coma com moderação

“O chocolate pode ser incluído na dieta, mas é essencial lembrar que a moderação é a chave”, afirma Tarcila. “Os ovos de chocolate são ricos em calorias, açúcares e gorduras, portanto, a quantidade consumida deve ser controlada. É importante ter cautela na quantidade e na frequência do consumo. Além disso, é preciso estar atento à composição nutricional dos produtos escolhidos”, aconselha.

Invista no amargo

“Os chocolates amargos são os mais indicados para consumo, pois contêm alto teor de cacau e pouca adição de açúcar, além de serem ricos em antioxidantes que auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial”, explica Tarcila.

Beba água

“Beba água antes de comer chocolate para ajudar a reduzir o desejo de consumir grandes quantidades, assim você ficará saciado mais rápido”, aconselha Angelica Grecco.

O melhor momento para comer chocolate

“Consuma chocolate após as principais refeições. Evite comer com o estômago vazio. Aposte em uma refeição rica em proteínas e fibras e, só depois, coma o chocolate”, explica a nutricionista Carol Vitório.

Prefira comer o chocolate como sobremesa sempre

“Como você vai estar mais saciado pela comida após grandes refeições, dificilmente vai conseguir comer o chocolate em grandes quantidades”, ressalta Carol Vitório.

Retome a rotina com exercícios e alimentação saudável:

“Na semana seguinte à Páscoa, evite consumir alimentos industrializados, ricos em sódio, frituras. Invista em uma alimentação mais natural, com frutas, verduras, proteínas magras e ovos e volte a sua rotina de exercícios físicos”, aconselha Carol.

Pitaya não tem sabor? A espécie mais doce é do Brasil, conheça

Conheça espécie de pitaya que oferece o sabor mais doce.

A pitaya, também conhecida como fruta do dragão, é uma fruta exótica conhecida por sua aparência vibrante e benefícios para a saúde. Porém, muitas pessoas consideram essa fruta insossa ou sem graça. Mas a de pitaya conhecida por seu sabor doce e delicioso é daqui do Brasil!

Para garantir uma boa produção de frutas, muitos agricultores optam pela polinização manual das flores da pitaya, já que seus polinizadores naturais podem ser escassos em determinadas regiões.

Uma das características mais marcantes da pitaya é sua diversidade de cores e sabores, que vão desde o doce suculento até o leve e refrescante. Como aparece no episódio do podcast “De onde vem o que eu como”, a pitaya baby do Cerrado, que é uma variedade brasileira e mais doce.

Para um crescimento saudável, ela precisa de um apoio para conseguir sustentar seus frutos. Essa estrutura é chamada de palanque, que normalmente é feito com uma estaca de madeira fincada no chão, tronco de árvore ou uma estrutura feita de concreto. No topo dessas estruturas é preciso de um suporte para sustentar seus ramos e frutos.

“[A pitaya] pode colaborar com a prevenção de algumas doenças como câncer ou diabetes. Por que? Porque tem bastante princípios bioativos e antioxidantes. Mas o que de fato vai determinar o estilo de vida saudável são os hábitos alimentares e uma alimentação equilibrada, balanceada.” , destaca Andrea Bottoni nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A pitaya, além de ser uma fruta saborosa, é rica em nutrientes, como vitaminas B, C, E, fósforo, minerais e ferro. Ela também é conhecida por sua concentração de fibras, que auxiliam na digestão e na saúde intestinal.

Peixe em vez de carne pode evitar morte precoce

Trocar a carne vermelha por peixes forrageiros marinhos — espécies pequenas que servem de alimento para aquelas de criadouro — pode evitar 750 mil mortes prematuras por ano até 2050, diz um estudo publicado na revista British Medical Journal Global Health. Segundo os autores, adotar uma dieta em que a principal fonte proteica são a sardinha, o arenque e a anchova, por exemplo, pode “reduzir significativamente a prevalência de incapacidades resultantes de doenças relacionadas com a alimentação”.

A pesquisa, do Instituto Nacional de Estudos Ambientais, no Japão, ressalta que, especialmente nos países de baixa renda e em desenvolvimento, esses peixes são baratos e abundantes. Além disso, devido ao aumento de consumo de alimentos ultraprocessados, a população dessas regiões têm sofrido um forte impacto das doenças cardiovasculares.

Consumo de carne bovina: alimentação sem carne vermelha merece atenção

“Cada vez mais evidências associam o consumo de carne vermelha e processada a riscos aumentados de doenças não transmissíveis, que foram responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes mundiais em 2019”, disse, em nota, o epidemiologista Shujuan Xia, principal autor do artigo. “Desses óbitos, as doenças coronárias, os acidentes vasculares cerebrais, a diabetes e o câncer do intestino representaram quase metade (44%).”

Na terceira idade, carne vermelha é perigo para o coração

Ácidos graxos

“Peixes como sardinha contêm gorduras insaturadas, consideradas boas por proteger a saúde cardiovascular e reduzir o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer”, explica a nutricionista clínica Juliana Vieira, de São Paulo, acrescentando salmão e atum à lista. “Essa propriedade se deve à presença dos ácidos graxos ômega-3, que combatem e previnem a atividade inflamatória, um forte fator de risco para tumores malignos. A carne vermelha é rica em gorduras saturadas e favorece a inflamação, por isso, o excesso deve ser evitado”, ensina.

Além das propriedades de proteção cardiovascular, peixes forrageiros marinhos são abundantes em cálcio e vitamina B12, destaca o estudo publicado ontem. Além disso, têm a pegada de carbono mais baixa do que qualquer outra fonte animal, com menos emissão de gases de efeito estufa.

Para entender o impacto da substituição de proteína na dieta, os pesquisadores criaram quatro cenários, baseados em dados sobre a projeção do consumo de carne vermelha em 2050, incluindo o Brasil, e de captura de peixes forrageiros marinhos. Os modelos variaram progressivamente quanto à quantidade de calorias provenientes da pesca, em substituição a outras fontes animais, sendo que o primeiro prevê prioridade aos pescados e o último um consumo equilibrado.

Renda

A análise mostrou que, no primeiro cenário, a adoção de uma dieta prioritariamente composta por peixes forrageiros poderia “proporcionar benefícios substanciais à saúde pública, particularmente em termos de redução da ocorrência de doenças coronarianas”. Nos países com menor consumo de pescado, especialmente nos de renda baixa e média, o fardo dessas enfermidades seria reduzido substancialmente, mostra a pesquisa.

Globalmente, caso os países priorizassem o abastecimento interno com peixes forrageiros e estimulassem essa fonte de proteína em substituição ao gado, aos ovinos e aos caprinos, entre 500 mil e 700 mil mortes por doenças relacionadas à alimentação seriam evitadas por ano, até 2050. Além disso, a mudança no cardápio poderia evitar 15 milhões de anos vividos com deficiências associadas à dieta.

No Brasil, país onde o consumo de carne vermelha é considerado alto, 34% de óbitos prematuros relacionados à alimentação, especialmente por doenças cardiovasculares, diabetes e câncer colorretal, poderiam ser evitados, diz o estudo. Os autores recomendam uma agenda nutricional no Hemisfério Sul que priorize a alimentação à base de peixes forrageiros, especialmente aqueles mais abundantes local e nacionalmente.

Dieta mediterrânea

Para os países sem litoral e sem acesso direto aos produtos marinhos, como algumas nações africanas, a Mongólia e o Turquemenistão, o comércio global de peixe forrageiro precisaria de ser expandidos, diz a pesquisa. Os autores também defendem estratégias como informação sobre o impacto da carne vermelha nas mudanças climáticas nas embalagens desses produtos, assim como a educação dos consumidores sobre o elevado valor nutricional — e o baixo nível de químicos — desse tipo de pescada.

“A oferta limitada de peixe forrageiro não é suficiente para substituir toda a carne vermelha”, reconhecem os autores. “Mas aumentar o consumo diário per capita de peixe para perto do nível recomendado de 40 kcal, na maioria dos países, poderia reduzir mortes por doenças coronarianas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e câncer do intestino em 2% em 2050”, defendem.

Os autores também destacam que, nos países com baixo consumo de peixe, o estímulo à adoção de uma dieta no estilo mediterrâneo pode apresentar bons resultados no combate às doenças relacionadas à alimentação.

“É possível que populações não mediterrâneas adotem esse estilo de vida e conquistem seus benefícios com produtos disponíveis localmente e em seus próprios contextos culturais e sociais”, destaca a pesquisadora Caroline Reigada, especialista em medicina interna e nefrologia no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Além de evitar a carne vermelha e priorizar o peixe como fonte de proteína animal, a alimentação mediterrânea caracteriza-se pelo alto consumo de frutas, verduras, legumes, cereais e leguminosas.

Nutricionista esclarece se tomar whey diariamente prejudica o fígado

Suplemento é popular entre quem quer desenvolver a massa muscular, mas uso de whey deve ser acompanhado por nutricionista

Whey protein é o suplemento feito da proteína extraída do leite e ajuda a bater a meta proteica diária. Entre os seus principais benefícios estão o aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal e recuperação muscular após o exercício físico.

Muita gente toma o suplemento todos os dias e ainda não sabe se o consumo é saudável para o fígado.

Whey protein e o fígado

Ainda não temos evidências científicas apontando que o uso diário de whey protein possa ser prejudicial ao fígado. Porém, o excesso de proteína na alimentação pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins. Por isso, o consumo deve ser feito sob orientação profissional”, orienta a nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Bruna Lima.

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