Novos medicamentos auxiliam a combater o diabetes tipo 2, que impacta 14 milhões de brasileiros

São Paulo, 9 de novembro de 2018 – De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o diabetes melitus tipo 2 atinge 425 milhões de pessoas pelo mundo. O Brasil ocupa o 4º lugar dentre os países com maior número de incidência da doença, com estimativa de 14 milhões. Nos últimos anos, novos medicamentos surgiram e ampliaram as opções para o tratamento desta enfermidade.

Entre os fármacos que podem ajudar no tratamento da doença estão os análogos do hormônio GLP-1 e os inibidores da SGLT-2, além de uma nova geração de insulinas. “Mesmo com essas novas associações de medicações e insulinas é fundamental que o paciente siga o tratamento. A adesão não é fácil”, explica o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O diabetes tipo 2 é a principal causa de novos casos de cegueira, derrames cerebrais, infarto do miocárdio, amputações de membros, insuficiência renal e transplante renal no mundo. “O que pode levar o paciente a morte não é a descompensação da glicose no sangue, mas sim suas complicações”.

Como agem os novos medicamentos?

Os fármacos análogos do hormônio GLP-1, – são injetáveis e fazem com que a medicação aja em receptores do organismo, melhorando a produção de insulina. Aumentam a saciedade, ajudam no controle da pressão arterial e melhora a esteatose hepática. Uma destas drogas, a liraglutida, já se mostrou eficaz na diminuição da mortalidade por eventos cardiovasculares. A liraglutida é a única aprovada para tratar também a obesidade.

Outro grupo de novos fármacos são os inibidores da SGLT-2, que aumentam a eliminação da glicose pela urina, melhoram o controle glicêmico e favorecem a perda de peso, além de reduzir o risco cardiovascular. As medicações são em comprimidos.

A combinação de insulina e análogos de GLP-1 na mesma injeção (caneta), é uma ferramenta terapêutica também recentemente disponível. A vantagem destas medicações, além da comodidade da aplicação conjunta, é o melhor controle da glicemia antes e após as refeições. Por ter doses menores de insulina, diminuem a chance de ganho peso, efeito colateral indesejado.

Uma nova geração de insulinas também tem melhorado a posologia para os pacientes. Elas têm ação ‘ultralenta’. Portanto, reduzem as chances de hipoglicemia, com efeito de 24 horas ou mais. Enquanto as mais ‘antigas’ tem menor duração.

E quando o tratamento clínico não dá certo?

A adesão ao tratamento é fator fundamental para seu sucesso. De acordo com diversas pesquisas, seguir o tratamento à risca é uma dificuldade de pacientes de doenças crônicas, como o diabetes. “Cerca de 70% dos portadores de diabetes tem dificuldades em tomar medicações e manter o estilo de vida saudável”, afirma Dr. Ricardo Cohen. Contar com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por endocrinologistas, nefrologistas, cardiologistas, nutricionistas, cirurgiões, e psicólogos e/ou psiquiatras também são peças chave no controle da doença.

Quando o tratamento clínico não consegue controlar adequadamente o diabetes, uma opção é a cirurgia metabólica. Atualmente no Brasil, o procedimento é autorizado em casos de IMC acima de 30 kg/m², desde que o diabetes não esteja controlado com o melhor tratamento clínico disponível. Após a cirurgia, o índice de remissão da doença chega de 70 a 80% dos casos, com suspensão ou diminuição da medicação.

O objetivo da cirurgia é controlar o diabetes e outros componentes da síndrome metabólica, como hipertensão e lípides (colesterol e triglicérides), através de mecanismos que independem da perda de peso, chamados de efeitos antidiabéticos diretos da cirurgia. “A perda de peso consequente é bem-vinda e melhora ainda mais os benefícios a longo prazo”, completa o especialista.

O que é o Diabetes?

O Diabetes Mellitus tipo 2 tem origem na resistência insulínica, que acontece quando o organismo não consegue mais usar adequadamente a insulina, hormônio que controla a taxa de glicemia nas células, sobrecarregando o pâncreas. Ao longo do tempo, as células produtoras de insulina vão sofrendo ‘morte celular’, até que o pâncreas não consegue dar conta de produzir o hormônio em quantidade suficiente e a glicemia sobe.

Já o Diabetes tipo 1, geralmente é diagnosticado na infância ou na adolescência e acontece quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, comprometendo a liberação da insulina e aumentando assim os níveis de glicose no sangue.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitaloswaldocruz.org.br

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação
Maria Teresa Moraes (mariateresa.moraes@conteudonet.com)
Alessandra Miranda (alessandra.miranda@conteudonet.com)
Thaynara Dalcin (thaynara.dalcin@conteudonet.com)
Caroline Ligório (caroline.ligorio@conteudonet.com)
Roberta Montanari (robertamontanari@conteudonet.com)
Claudio Sá (claudio.sa@conteudonet.com)
Tel.: 11 5056-9800

Gerência de Marketing e Comunicação Institucional
Melina Beatriz Gubser – mgubser@haoc.com.br
Michelle Barreto – msbarreto@haoc.com.br – Tel.: (11)3549-0852
Rafael Peciauskas – rpeciauskas@haoc.com.br – Tel.: (11)3549-0096

Data: 09/11/2018 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Conteúdo relacionado

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store