Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz apresenta trabalho sobre náuseas e vômitos em tratamento quimioterápico no Congresso Europeu de Oncologia

Administrar potencial emetogênico dos quimioterápicos pode reduzir em até 90% náuseas e vômitos

São Paulo, 04 de agosto de 2024 – Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é o primeiro autor de estudo multicêntrico sobre Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia (NVIQ), que será apresentado em sessão poster durante o ESMO 2024, evento de maior relevância em oncologia da Europa promovido pela European Society for Medical Oncology. O encontro acontece entre os dias 13 e 17 de setembro em Barcelona, na Espanha.

O trabalho tem por objetivo explicar os mecanismos subjacentes às NVIQ e o impacto desses eventos nos pacientes, discutir fatores de risco para episódios agudos e tardios, rever as evidências subjacentes à gestão contemporânea das NVIQ e propor maior adesão à aplicação das atuais diretrizes para a prevenção de náuseas e vômitos em pacientes em tratamento quimioterápico.

O estudo avaliou a conscientização de 46 profissionais de saúde com atuação efetiva no cuidado oncológico (enfermeiros, farmacêuticos e médicos oncologistas) de serviços públicos e privados do Brasil, Argentina e Canadá.

Náuseas e vômitos são, juntamente com a queda de cabelo, um dos efeitos colaterais do tratamento com quimioterápicos mais temidos pelos pacientes.

“Percebemos que 30% dos profissionais que participaram do estudo não identificam o potencial emetogênico (capaz de provocar náuseas e vômitos) da quimioterapia e assim, não oferece aos pacientes medidas para conter esses episódios,” afirma o Dr. Caponero.

Outro ponto avaliado pelo estudo foi se os médicos estavam atuando na prevenção às náuseas e vômitos com a prescrição adequada de drogas antieméticas.

Os resultados da pesquisa foram obtidos de 460 pacientes em tratamento com quimioterapia altamente emetogênica (60%) ou quimioterapia moderadamente emetogênica (40%). Deste total, 200 são brasileiros com idade variando entre 18 anos e mais de 80 anos, em tratamento de tumores localizados ou metastático com o uso de quimioterapia.

De acordo com Dr. Caponero, o estudo reforça a importância da educação médica continuada inclusive para que os profissionais possam conhecer os potenciais emetogênico das novas drogas que diariamente surgem no mercado para o combate ao câncer e oferecer medidas de suporte que possam a minimizar os efeitos colaterais durante o tratamento oncológico.

“Os dados do estudo mostram que a prática clínica pode e deve ser aperfeiçoada para favorecer a qualidade de vida do paciente, oferecendo opções para que o processo de quimioterapia seja atravessado com menos desconforto. Medidas adequadas podem controlar náuseas e vômitos em mais de 90% dos casos”, reforça.

De acordo com o médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, buscar, com base em estudos científicos, informações que auxiliem na melhora da prática clínica em prol dos pacientes é essencial para desfechos superiores. “Nosso estudo valia como podemos amenizar um dos mais desconfortáveis sintomas do tratamento. Minimizar náuseas e vômitos traz uma melhora significativa para a jornada de enfrentamento à doença”, finaliza Dr. Caponero.

Data: 04/09/2024 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Conteúdo relacionado

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store