Dia Nacional do Diabetes: especialista do Hospital Oswaldo Cruz explica como negação do paciente à doença atrapalha tratamento

Endocrinologista do Centro de Controle de Obesidade e Diabetes reforça como equipe de saúde tem papel decisivo para reverter reações negativas

São Paulo, 26 de junho de 2024 – Nesta quarta-feira (26/6) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, data instituída pelo Ministério da Saúde em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde) para alertar sobre os riscos à saúde de uma doença crônica, progressiva e silenciosa que atinge mais de 16,8 milhões de pessoas em todo o país, segundo o órgão federal.

O Brasil ocupa a quinta posição entre os países com maior incidência da doença entre adultos, atrás apenas da China, Índia, EUA e Paquistão.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado asseguram ao paciente o controle da glicemia, proporcionando que leve uma vida com qualidade. No entanto, para começar a tratar a doença e sofrer menos suas consequências, o paciente deve aceitar que tem diabetes.

A negação é uma das reações ao diagnóstico do diabetes, assim como a tristeza, medo, raiva e ansiedade, previstas pela comunidade médica, de acordo com o Ministério da Saúde. O trabalho dos especialistas nesta fase do tratamento é essencial para acolher o paciente e garantir a oferta do tratamento adequado e personalizado.

“Isso não acontece só com o diabetes, mas com toda doença crônica. É mais comum do que se imagina. A preocupação maior é que estudos mostram que, as pessoas que em negação têm maior probabilidade de evoluir para complicações do diabetes, por não serem orientadas o suficiente sobre os comportamentos que causam complicações”, disse a Dra. Tarissa Beatrice Zanata Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O acesso às eficazes opções terapêuticas e o acompanhamento médico de qualidade são essenciais para que as pessoas com diabetes não sofram as consequências da doença.

Além de médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas também devem atuar para desmistificar preconceitos ao tratamento.

“As equipes de saúde têm papel decisivo na conscientização e participação ativa do paciente no tratamento do diabetes”, afirmou Graça Câmara, psicóloga do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital.

“Fazer com que os pacientes sejam participativos no tratamento é necessário para que sinais e sintomas da doença, como emagrecimento repentino, boca seca, cansaço, visão turva, aumento de idas ao banheiro e fome, não passem desapercebidos ou sejam atribuídos a outras causas como excesso de trabalho ou falta de tempo para se alimentar direito”, ressaltou a endocrinologista.

Estimativas alarmantes

O diabetes, que mata 1,5 milhão de pessoas por ano no planeta, já é uma das dez principais causas de mortes por doenças no mundo, segundo a OMS.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2 da doença, que se manifesta frequentemente em adultos e ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para o controle glicêmico.

Em todo o mundo, 10,5% da população adulta mundial vive com a doença e metade delas desconhecer ter diabetes, de acordo com o atlas da Federação Internacional do Diabetes (IDF) de 2021. As projeções da IDF apontam que até 2045 um em cada oito adultos, ou seja, cerca de 783 milhões de pessoas, viverão com diabetes.

Data: 26/06/2024 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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