Dia do Rock: cuide dos seus ouvidos e curta o dia com segurança

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre os riscos e dá dicas para manter a saúde auditiva

Comemorado no próximo sábado, 13 de julho, o Dia Mundial do Rock celebra um dos gêneros musicais mais amados de todos os tempos. No entanto, é importante lembrar que ouvir música com o volume alto, especialmente em shows, pode causar danos irreversíveis à saúde auditiva.

O Dr. Márcio Salmito, médico otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a intensidade do som nos fones de ouvido, que são amplamente utilizados para ouvir música, assistir vídeos e filmes e até para ouvir mensagens de voz, não deve exceder 80 decibéis. Acima disso, é possível lesionar as células sensoriais do ouvido interno, conhecidas como células ciliadas.

Quanto mais alto o som, menor deve ser o tempo de exposição para evitar a destruição precoce das células auditivas. Alguns aparelhos eletrônicos, como celulares, vêm com limitadores de som que avisam quando o volume está acima do recomendado. Aconselho a utilização desses recursos“, recomenda o especialista.

Primeiros sinais

Identificar os primeiros sinais de perda auditiva é crucial para a intervenção precoce. “Esses sintomas podem ser sutis, como dificuldade em compreender a fala de pessoas, especialmente em ambientes barulhentos, por conta da perda da capacidade de ouvir sons mais agudos“, explica Dr. Salmito. Essa dificuldade ocorre porque as células ciliadas da base da cóclea, mais próximas de onde o som chega ao ouvido, são geralmente as primeiras a serem danificadas.

Com o tempo, a dificuldade de ouvir pode agravar ao ponto de se tornar necessário aumentar o volume dos aparelhos sonoros de casa e de ter dificuldade em seguir conversas em locais levemente barulhentos.

Além disso, a perda auditiva pode vir acompanhada de zumbido (tinnitus). Os sons intensos podem em casos mais extremos até lesionar células do labirinto e ocasionar tontura, vertigem ou desequilíbrios. “O zumbido é um forte indicativo de que algo está errado no ouvido. É uma percepção de som sem uma fonte externa, com características sonoras diversas, como um apito, sopro, chiado, entre outros, podendo ser intermitente ou constante“, diz.

Tratamento

A perda auditiva pode ser neurossensorial, condutiva ou mista, e o tratamento varia conforme a causa e gravidade. A perda auditiva neurossensorial, a mais comum, ocorre quando as células ciliadas do ouvido interno são danificadas por fatores como idade ou exposição excessiva aos agressores do ouvido, como os sons intensos. “Em casos agudos, como trauma acústico devido a um som muito alto, é necessário buscar o auxílio médico imediato para aumentar as chances de recuperação. O uso de anti-inflamatórios pode ser indicado para minimizar os sintomas, ou, eventualmente, recuperar, ao menos em parte, as células danificadas“, explica.

Para casos crônicos de perda neurossensorial, onde a exposição contínua a ruídos altos destruiu células auditivas irreversivelmente ao longo do tempo, as opções de tratamento são limitadas, pois essas células não se regeneram.

Nesses casos, a solução mais eficaz é o uso de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), conhecidos simplesmente como “aparelhos auditivos“, que são sofisticados e personalizados para cada paciente. “Esses dispositivos podem amplificar sons específicos, melhorando a qualidade de vida dos usuários. Além disso, implantes cocleares são opções para perdas profundas, fornecendo audição de volta a quem chegou a ficar surdo“, acrescenta Dr. Márcio Salmito.

Já a perda auditiva condutiva, causada por obstruções no ouvido externo ou médio, pode ser tratada com cirurgia ou com medicamentos. A perda auditiva mista combina ambas as condições.

Importância dos exames

Para aqueles que estão regularmente expostos a ambientes barulhentos, como shows de rock ou ambientes de trabalho ruidosos, a realização periódica de exames auditivos é crucial. “Monitorar a saúde dos ouvidos é essencial, pois a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) pode se desenvolver gradualmente e passar despercebida até que se torne significativa“, explica o médico.

Dr. Márcio Salmito enfatiza a importância da detecção precoce de qualquer tipo de perda de audição, já que permite a adoção de medidas preventivas e tratamentos adequados. “Para aqueles que já apresentam algum grau de perda auditiva, os exames regulares ajudam a monitorar a progressão da condição, além de permitir encontrar o melhor tratamento“, salienta.

Videogame pode levar a perda auditiva

Videogame pode levar a perda auditiva

Os cientistas destacam que os níveis sonoros relatados em estudos abrangendo mais de 50 mil pessoas frequentemente se aproximam ou ultrapassam os limites de segurança recomendados. Em face da imensa popularidade dos games, os especialistas enfatizam a necessidade urgente de maiores esforços de saúde pública para conscientizar sobre esses riscos.

Apesar de fones de ouvido e locais com música serem reconhecidos como fontes sonoras potencialmente prejudiciais, a perda auditiva relacionada aos jogos de computador, incluindo os esportes eletrônicos, não recebe a atenção necessária. É o que alertam os pesquisadores. “Ás descobertas sugerem que pode haver necessidade de priorizar intervenções, como iniciativas focadas na educação e na conscientização sobre os riscos potenciais dos jogos, que podem ajudar a promover a escuta segura entre os que praticam essa atividade”, analisa a equipe internacional.

Os jogadores frequentemente se envolvem em sessões de alta intensidade por várias horas consecutivas, e com mais de 3 bilhões de adeptos a esse tipo de diversão, em todo o mundo, em 2022, o impacto é significativo.

0 estudo

A revisão abrangeu 14 estudos de nove países, analisando um total de 53.833 pessoas. Onze desses ensaios eram observacionais e exploravam as associações entre audição e computador ou videogame. Os níveis de som relatados variaram de 43,2 decibéis (dB), em dispositivos móveis, a 8089 dB, em centro de jogos. A exposição aos sons variou de diariamente a uma vez por mês, com uma média de três horas semanais.

Um estudo relatou que os sons de impulso, curtos e rápidos, atingiram níveis tão altos quanto 119 dB durante o jogo. Os de exposição máximos são de cerca de 100 dB para crianças e de 130 a 140 dB para adultos. Robinson Koji, médico da a maiores chances de gravidade da perda auditiva. Conforme pontuado pelos estudiosos, mais de 10 milhões de pessoas nos EUA podem estar expostas a níveis sonoros “altos” ou “muito altos” dos games.

Uma pesquisa mediu ainda os níveis de som de cinco videogames e descobriu que variavam de 88,5 a 91,2 dB em jogos de tiro. Os autores concluíram que o nível diário de exposição sonora desses equipamentos está próximo dos valores máximos. Conforme Márcio Salmito, otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, outras atividades podem prejudicar a audição, como trabalhar em ambientes ruidosos, tais quais aeroportos e fábricas. “Além disso, locais de lazer, shows e eventos musicais, frequentemente expõem sons acima do saudável às pessoas. Fones de ouvido podem, também, ser um perigo, já que, ao não incomodar os outros, ouvir música com fones pode ser feito em volumes altos.”

Maisa Roldan, otorrinolaringologista do Dr.Consulta, reforça que é importante evitar ambientes com alta intensidade sonora e, no caso de exposição, usar protetor auricular. “Além disso, mantenha o volume sempre em uma intensidade confortável para os ouvidos de acordo com a especificação do fabricante. Monitore o tempo de exposição e faça descanso auditivo após exposição prolongada. Faça exames regularmente e procure um médico com urgência caso perceba a alteração da audição. No caso de jogos, use fones de ouvido com limitador de volume.”

Para os cientistas, embora os dados ainda sejam limitados, eles sugerem que alguns jogadores, especialmente aqueles que jogam com frequência, provavelmente excedem os limites permitidos de exposição sonora. “Portanto, estão engajados em práticas inseguras, o que pode colocá-los em risco de desenvolver perda auditiva permanente e/ou zumbido”, reforçaram os cientistas.

Os autores ressaltam que algumas questões, que não foram colocadas em foco no trabalho, precisam ser consideradas, como por exemplo o impacto dos esportes eletrônicos, região geográfica, sexo e idade na perda auditiva.

A recomendação é evitar o volume das partidas em níveis sonoros elevados e o uso dos fones que se encaixam na parte interna do ouvido

Palavra de especialista – Manter a saúde auricular em dia

Algo muito legal é que os celulares de algumas marcas têm um botão que quando você aumenta volume, ele limita. Então se você coloca o volume superalto, ele sempre vai deixar num nível de decibéis seguro para não haver o trauma acústico.

Uma dica interessante é evitarfones

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), frisa que, no Brasil, o limite é de 85 dB para oito horas de exposição diária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece o valor de 75 dB para o mesmo período. “É preocupante os níveis sonoros a que os jogadores estão expostos e isso se agrava porque muitos utilizam os games por horas. Se a prevenção não for adequadamente feita, há risco de um aumento muito de ouvido, via de regra, tanto para jogo como para outras coisas. Aquelefone que a gente coloca porfora, quefica como uma tiara no pescoço e ele se apoia na orelha, é menos agressivo para a cóclea (porção anteriordo labirinto, localizada na região do ouvido interno) que aqueles grande de adultos jovens com problemas auditivos.”

A União Internacional de Telecomunicações (UIT), em colaboração com a OMS, detalha uma compensação entre tempo e intensidade, conhecida como taxa de câmbio, para a exposição, explicam os pesquisadores. Por exemplo, o tempo de exposição ao ruído de 80 dB permitido é de 40 horas por semana com uma taxa de câmbio de 3 dB, isso significa que o tempo de exposição cai pela metade a cada aumento de 3 dB. Se subir para 83 de inserir dentro do condutor auditivo, o buraquinho da orelha. Deve haver iniciativas na escola, para explicar ou mesmo realizar exames auditivos, em pessoas que têm uso de fone por tempo prolongado ou qualquer tipo de exposição a ruído por um tempo muito longo. dB, são 20 horas de tolerância e 86 dB são 10 horas, e assim continua.

Paracrianças, onívelpermitido de exposição ao ruído é definido como 75 dB durante 40 horas por semana. Os pequenos podem, portanto, ouvir com segurança um som de 83 dB durante cerca de 6,5 horas, 86 dB durante cerca de 3,25 horas, 92 dB durante 45 minutos semanalmente, frisam os cientistas. Seis estudos avaliados no trabalho relataram que a prevalência do uso de videogames entre os jovens variou de 20% a 68%. Dois estudos sul-coreanos relataram uma prevalência do uso de centros de jogos em tomo de 60%.

Cinco ensaios avaliaram associações entre jogos e perda auditiva, limiares auditivos ou zumbido. Dois descobriram que o uso de salas para jogar estava associado ao aumento das chances de zumbido grave e perda auditiva de alta frequência em ambos os ouvidos.

Como saber se o ouvido está inflamado? I Vai viajar? Antes veja isso!

A otite é uma condição caracterizada pela inflamação do ouvido, podendo afetar o ouvido externo, médio ou interno. Os sintomas variam de acordo com o tipo de otite, sendo os mais comuns a dor, perda auditiva, zumbido, tontura e, em casos mais severos, febre.
Neste episódio da nossa série “Vai viajar? Antes veja isso!”, o Dr. Márcio Salmito, otorrinolaringologista do nosso hospital, fala sobre o assunto e os cuidados que você precisa ter durante suas viagens. 

Perda de Audição I Doc Responde

A perda auditiva é a redução da capacidade de ouvir sons com clareza, o que impacta negativamente na comunicação e na qualidade de vida. Ela pode ocorrer gradualmente com o envelhecimento ou devido a fatores como lesões, infecções ou exposição prolongada a ruídos intensos.

Inflamação no Ouvido | Doc Responde

Você sabia que a inflamação de ouvido é uma das condições de saúde mais comuns, que nos afetam? Essa condição, conhecida como otite, é caracterizada pela inflamação do ouvido médio, que é a parte do ouvido localizada atrás do tímpano. A inflamação pode surgir durante ou logo após resfriados/gripes, crises de sinusite, infecções respiratórias ou na garganta.
 

Gargarejo para garganta inflamada funciona? Veja como fazer direito

Gripes, resfriados e até alergias são problemas respiratórios que provocam a incômoda dor de garganta. Aqui, vale deixar claro que o problema não.

É uma doença em si, mas sim um sintoma – geralmente de uma infecção, que pode ser viral ou bacteriana.

Uma forma popularmente conhecida de aliviar o desconforto da garganta inflamada é o gargarejo. A ação nada mais é do que colocar um líquido na garganta e usar o ar que sai da laringe para fazê-lo se mexer.

De acordo com muitas mães, pais, avós e avôs espalhados por aí, essa seria a receita mais certeira para fazer a garganta se curar. Mas será que funciona mesmo?

Gargarejo para garganta inflamada funciona?

De fato, fazer gargarejo ajuda a aliviar a dor e o desconforto da inflamação. Mas ele não vai curar a doença que está causando o problema.

No caso de ser uma infecção viral, como covid-19, gripe ou resfriado, por exemplo, a doença vai seguir seu curso normal e os sintomas devem passar em até 15 dias.

Já se a dor de garganta for causada por uma bactéria, é necessário ir ao médico para que ele prescreva antibióticos que vão combater esses microrganismos e impedir que o quadro se agrave.

O gargarejo, portanto, pode aliviar a inflamação, diminuir a dor e a irritação na garganta – o que ajuda a reduzir o desconforto do indivíduo que está doente.

Como fazer o gargarejo?

Há três formas de preparar o líquido para fazer o gargarejo:

1. Com água morna e sal

Usa-se 1 copo de água filtrada morna com 1 colher (de sopa) de sal. Dissolva completamente o sal e use a mistura para o gargarejo, que pode ser feito de 3 a 4 vezes por dia. Importante: não engula o líquido, já que o excesso de sal é bastante irritativo para o estômago.

2. Com água morna e limão

O limão tem propriedades antioxidantes e vitamina C; por isso, aparece em muitas receitas caseiras para “curar” gripes e resfriados. Aqui, basta misturar ½ xícara de água filtrada morna com o suco de 1 limão. Esse gargarejo pode ser feito até 3 vezes por dia; o líquido também não deve ser engolido.

3. Com soro fisiológico

O principal objetivo aqui é usar o soro para manter a mucosa da garganta hidratada, reduzindo irritações. Basta usar um copo de soro fisiológico morno e realizar o gargarejo.

Quando procurar ajuda médica?

Como dissemos lá em cima, a dor de garganta é um sintoma, e não um problema em si. Por isso, é importante ficar de olho em outros sintomas que venham junto com ela.

Febre alta (maior que 38°C), falta de ar, dificuldade para engolir e falar, rouquidão persistente por mais de duas semanas e, principalmente, quando a dor não melhora ao longo dos dias, são sinais importantes de que é hora de buscar um médico para saber o que pode estar acontecendo.

No caso da dor de garganta causada por bactérias, por exemplo, é necessário o uso de antibióticos para tratar o problema. Outras causas ou até complicações de infecções virais também devem ser avaliadas pelo especialista, que vai indicar o melhor tratamento.

Fontes: Márcio Salmito, otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo; Rizzieri Gomes, médico cardiologista que atua na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes, de Manaus; Samoara Cristina Silva Pelincer, docente dos cursos de gastronomia do Senac EAD e especialista em Fitoterapia.

Descongestionantes nasais causam dependência após poucos dias de uso, conheça os riscos

Especialistas afirmam que o medicamento vicia como ”a maioria das drogas” e não deve ser utilizado por mais de quatro dias.

Os descongestionantes nasais, famosos por desentupir quase instantaneamente o nariz, podem não ser tão benéficos quanto se imagina. O produto causa uma rápida dependência e, em longo prazo, traz riscos à saúde.

É importante entender que o nariz entupido acontece quando há uma vasodilatação — os vasos se enchem de sangue — na região, o que dificulta ou impede a passagem do ar. Os descongestionantes, portanto, agem de forma oposta, como vasoconstritores (diminuem o calibre dos vasos).

“Os descongestionantes funcionam diminuindo a circulação de sangue na parte interna do nariz e, consequentemente, murchando as estruturas internas. Isso aumenta o espaço para o ar passar, o que traz alívio para respirar melhor”, explica Márcio Salmito, otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Porém, quando o efeito do medicamento passa, desencadeia uma “vasodilatação rebote”.

“Você fica mais entupido do que estava antes. O grande problema desse remédio é que ele tem uma propriedade chamada taquifilaxia, que é você meio que ”se acostumar” com ele, ou seja, começa a precisar de doses cada vez maiores para conseguir o mesmo efeito — é o que acontece com a maioria das drogas”, explica Fabrizio Romano, médico especialista da Aborl-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial) e otorrinolaringologista do Hospital Moriah.

Segundo Salmito, isso ocorre porque, “como o medicamento força a redução da circulação sanguínea de forma artificial, o corpo passa a aumentar a produção das substâncias que causam obstrução durante o tempo de efeito. Quando o efeito do remédio passa, a quantidade de substâncias geradoras de obstrução nasal está maior do que antes do uso do remédio”.

Basicamente, isso significa que a vasodilatação acontecerá de forma mais intensa do que antes e, por essa razão, a pessoa continua usando o medicamento.

“[Primeiro] a pessoa fica 12 horas desentupida. Aí ela [passa a] ficar 10 horas, depois 8 horas, depois 6 horas [e assim por diante]”, exemplifica Romano, sobre o processo de dependência.

Não há um período de uso predefinido que caracterize o vício. Mas, quando o paciente precisa usar o descongestionante diariamente, mesmo sem uma doença nasal diagnosticada ou um quadro de gripe, por exemplo, já está dependente.

De acordo com Romano, o período máximo que uma pessoa deve usar o produto é de três a quatro dias, em exceções, cinco dias.

“Mais do que isso o paciente já começa a ficar um pouco dependente do remédio”, alerta.

Quando o uso excede a esse prazo, merece uma atenção. Outro ponto importante é que não é o tempo de utilização que determina os efeitos adversos, mas a dose e a quantidade de vezes ao dia — além das características pessoais de saúde.

“O efeito negativo mais direto do uso prolongado dos descongestionantes é justamente a chamada rinite medicamentosa, que nada mais é do que o problema obstrutivo nasal provocado pelo uso do medicamento. Com o uso de doses maiores, os riscos também aumentam, e podem surgir mais frequentemente arritmias (já que são medicamentos semelhantes à adrenalina) e complicações locais, como ressecamento e ferimentos dentro do nariz”, afirma Salmito.

Romano ainda complementa que o produto também pode causar aumento da pressão arterial (hipertensão); da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão intraocular; retenção urinária e insônia.

O especialista deixa claro, no entanto, que para ter essas reações mais graves “tem que usar muito” o remédio, porque quando usado “no nariz a quantidade que vai para o sangue é muito pequena”.

Porém, pacientes que já têm, por exemplo, problemas cardíacos, não devem cogitar o uso desses remédios, pois correm sério risco de ter uma descompensação.

Descongestionante e corticoide

Os descongestionantes que têm corticoide na fórmula são os mais perigosos. A substância, por si só, causa um efeito sistêmico no organismo e pode desencadear alterações em diversos órgãos.

Entre os efeitos colaterais do uso prolongado estão inchaço no rosto, níveis elevados de açúcar no sangue e afinamento dos braços e das pernas.

“Já atendi alguns pacientes que tiveram, inclusive, a síndrome de Cushing, que desenvolvem uma série de problemas de saúde pelo excesso de corticoide, só por conta desses remédios no nariz”, alerta Romando.

O especialista deixa claro que isso não acontece com spray de corticoide, usado para tratar rinite e sinusite. O problema são os produtos em gota, que têm concentrações maiores da substância.

Opções ao descongestionante

Há várias alternativas aos descongestionantes nasais, como a lavagem nasal com soro fisiológico e descongestionantes sistêmicos — comprimidos ou sprays com ação anti-inflamatória e desobstrutiva.

“Mais do que buscar uma alternativa ao descongestionante nasal, o ideal é buscar o acompanhamento médico para tratar a doença que causa a obstrução nasal. Se a obstrução é causada por uma rinite crônica, deve-se tratar a rinite crônica, seja com medicamentos, hábitos ou terapias imunológicas, sempre com orientação médica. Por outro lado, se o problema é anatômico, como um desvio do septo nasal, pode ser necessária uma cirurgia de correção”, orienta Salmito.

Romano complementa que “se for só o vício do remédio, o que fazemos é substituir ele por uma dessas outras alternativas que não têm risco [por cerca de duas a três semanas], para ele sair do período de abstinência”.

Perda de audição l Especial Saúde

A perda de audição é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela pode ser causada por vários fatores e variar de uma leve dificuldade em ouvir conversas a uma surdez total.

Para discutir mais sobre esse tema, convidamos a Dra. Priscila Brandão, otorrinolaringologista do nosso hospital, em um novo episódio da série “Especial Saúde”.

Câncer de Boca (Câncer Bucal) | DOC RESPONDE

O Câncer Bucal, ou Câncer de Boca, é um tipo de tumor que pode aparecer em diversas estruturas da região como língua, bochecha ou lábios. Normalmente é percebido como caroços, manchas ou lesões que não desaparecem após 15 dias.

Neste episódio da série Doc Responde, separamos as suas dúvidas sobre câncer bucal e convidamos o otorrinolaringologista, Dr. André Ricardo Mateus, para respondê-las e esclarecer alguns pontos importantes sobre esta condição.

Exclusivo: 5 ativos para descongestionar o nariz

Conheça quatro ativos para descongestionar o nariz e ajude na orientação de clientes no ponto de venda.

A baixa umidade relativa do ar, companheira dos meses mais frios no Brasil, faz com que poeira, bactérias e vírus permaneçam em suspensão no ambiente, deixando a mucosa nasal mais suscetível a doenças. Mas é possível ter a ajuda de ativos para descongestionar o nariz

Então, na hora de descongestionar o nariz, a Otorrinolaringologista no Hospital Paulista, Dra. Cristiane Passos Dias Levy, e o Otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Marcio Salmito, explicam que você pode contar com cinco ativos. São eles:

Soro fisiológico: há diversas formas de fazer a higienização nasal. A mais indicada é a utilização do soro fisiológico 0,9%. Por meio dele, é possível remover secreções, micróbios e alérgenos existentes nas cavidades nasais e promover limpeza, fluidificação e descongestão nasal, que é uma reclamação recorrente para quem está com gripes ou resfriados. Os pacientes com alergias respiratórias, como rinite ou sinusite, também podem usufruir dos benefícios.

Descongestionantes nasais: são fármacos que proporcionam um fenômeno chamado vasoconstrição, que é o nome dado à diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. Desta forma, a circulação sanguínea diminui no local e, portanto, o tamanho das estruturas internas do nariz é reduzido, causando seu desentupimento.

Efeito rebote: ao usar descongestionantes nasais em excesso, o nariz desobstrui de forma “forçada”. Isso leva o corpo a entender que é preciso produzir mais substâncias obstrutivas, gerando o chamado “efeito rebote”, que é a obstrução nasal (muitas vezes mais intensa), que ocorre após o efeito do medicamento cessar.

Riscos envolvidos: as substâncias mais frequentemente usadas para descongestionar o nariz são derivadas da adrenalina, o que pode acelerar o coração e trazer graves problemas cardíacos.

Orientação médica: a utilização de descongestionantes deve ser realizada por prescrição médica com muito cuidado e por um curto período, devido aos seus inúmeros riscos e efeitos colaterais a curto, médio e longo prazos.

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store