Hospital Alemão Oswaldo Cruz apresenta estudo inédito sobre medicamentos oncológicos em Congresso Europeu de Câncer de Pulmão

O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz apresentará, no European Lung Cancer Congress (ELCC) 2025, estudo inédito sobre o tratamento do câncer de pulmão avançado. A pesquisa compara três medicamentos de última geração utilizados em pacientes com tumores pulmonares de não pequenas células (NSCLC) com uma alteração genética conhecida como fusão do gene ALK, oferecendo novas evidências para apoiar decisões clínicas mais eficazes.

A pesquisa foi liderada por um residente em oncologia da Instituição, sob a supervisão do Dr. Carlos Henrique Andrade Teixeira, oncologista clínico e coordenador do Núcleo de Tumores Torácicos do Centro. Utilizando dados do mundo real (RWD), o estudo analisou a eficácia de três medicamentos amplamente utilizados: Alectinibe, Brigatinibe e Lorlatinibe, comparando suas performances em relação à sobrevida global dos pacientes.

O estudo se destaca por fornecer comparação direta entre essas três medicações, algo que ainda não havia sido realizado em ensaios clínicos tradicionais. Isso oferece informações valiosas para médicos na escolha do tratamento mais adequado e individualizado para cada paciente, especialmente considerando as nuances da prática clínica diária“, afirma Dr. Carlos Teixeira.

Para realizar a pesquisa, os dados foram extraídos da TriNetX, plataforma global parceira do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que conecta instituições de saúde, indústrias farmacêuticas e organizações de pesquisa (CROs). A TriNetX permite utilizar dados do mundo real (RWD) para otimizar protocolos de pesquisa, identificar locais de estudos, recrutar pacientes e potencializar descobertas de novos tratamentos por meio de evidências do mundo real (RWE).

Segundo Dr. Carlos Teixeira, o uso de dados do mundo real amplia a compreensão sobre o impacto dos tratamentos fora do ambiente controlado dos estudos clínicos. “Esses dados refletem a realidade da prática clínica, incluindo pacientes que não costumam ser contemplados em ensaios, como os mais idosos ou com comorbidades. Isso é essencial para que possamos oferecer um cuidado cada vez mais personalizado e efetivo“, explica.

O estudo analisou dados de mais de 1.100 pacientes coletados globalmente e dividiu os grupos de forma equilibrada, garantindo que tivessem perfis semelhantes para uma comparação justa entre os medicamentos. Foram avaliados três tratamentos diferentes e os resultados mostraram que o Alectinibe e o Lorlatinibe proporcionaram melhores taxas de sobrevida em comparação ao Brigatinibe. Já entre Alectinibe e Lorlatinibe, os dados indicaram desempenhos bastante próximos, permitindo que médicos tenham mais flexibilidade na escolha do tratamento inicial, de acordo com as necessidades de cada paciente.

Dr. Carlos Teixeira também destaca o papel institucional do estudo: “essa pesquisa reforça o compromisso do Hospital, não só na formação de novos especialistas, mas também no incentivo à produção científica de qualidade, que gera impacto direto na vida dos pacientes. Projetos como este mostram como unimos ensino, assistência e pesquisa para trazer avanços concretos na área da oncologia.

A apresentação do pôster será realizada no dia 28 de março durante o ELCC 2025, em Paris, na França.

Agosto Branco: Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza Top 10 Câncer de Pulmão

Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza Top 10 Câncer de Pulmão 

 Evento, reunirá especialistas para explorar novas abordagens no tratamento dos diversos estágios da doença

São Paulo, 12 de agosto de 2024 – O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove, próximo dia 24, a edição anual do Top 10 Câncer de Pulmão. O evento, tem como objetivo discutir a repercussão na prática clínica das mais recentes novidades no tratamento desta patologia. Os destaques são os 10 principais trabalhos publicados em câncer de pulmão no último ano, tanto em doença inicial, localmente avançada e doença avançada. O evento também contará três simpósio satélites.

Voltado para oncologistas, cirurgiões torácicos, patologistas, pneumologistas e residentes, os debates ocorrerão no Agosto Branco, mês da conscientização sobre a prevenção do câncer de pulmão. 

 De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), sem considerar os tumores de pele não melanoma, os cânceres de traqueia, brônquio e pulmão ocupam a quarta posição entre os tumores mais frequentes no Brasil, com cerca de 32,5 mil novos casos previstos para 2024. Mundialmente, é o segundo tipo mais incidente, com 2,2 milhões de casos novos anuais, representando 11,4% de todos os tipos de câncer.  

Com a coordenação do Dr. Carlos Henrique Teixeira, oncologista clínico e coordenador do Núcleo de Tumores Torácicos, e Dr. Cheng Tzu Yen, oncologista clínico e co-coordenador do Núcleo de Tumores Torácicos e de Cabeça e Pescoço do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Serviço:

Data: 24 de agosto

Horário: das 8h às 14h

Formato: presencial 

Endereço: Rua Treze de Maio, 1815, Torre E -1º Sub., Bela Vista

Confira a programação em: Link

Estudo brasileiro com 50 mil pacientes mostra avanços no tratamento de câncer de pulmão

Os resultados de um estudo brasileiro sobre tratamento do câncer de pulmão foram publicados no Journal of Surgical Oncology, importante periódico científico internacional.

Tendo entre os autores Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o artigo revelou importantes avanços no tratamento do câncer de pulmão em estágio 3 (etapa intermediária da progressão do tumor, onde pode haver comprometimento dos linfonodos próximos à região inicialmente diagnosticada com o câncer), o que aponta novas perspectivas de sobrevida para os pacientes acompanhados.

Participaram deste estudo 50 mil pacientes com câncer de pulmão, atendidos em 76 hospitais municipais e estaduais do Estado de São Paulo, nos últimos 15 anos. Do total de pacientes, em 3 mil a doença estava em estágio 3 e deste total, 433 foram submetidos a procedimentos cirúrgicos. O estudo observacional constatou que o grupo operado apresentou, em cinco anos, aumento da sobrevida, que passou de 19,7% no quinquênio de (2000-2004), para 40% no período de 2010-2014. Além de uma tendência positiva para os pacientes operados no início de 2019, que tiveram risco menor (41%) de óbito em relação ao primeiro quinquênio (2000-2004) o que comprova avanços no tratamento do câncer de pulmão metastático.

Dos pacientes analisados, cuja idade média foi de 61 anos, cerca de 59% eram do sexo masculino e foram tratados em hospitais estaduais, 67% dos pacientes viviam em cidades do interior de São Paulo ou em outros Estados, e apenas 21% deles tiveram o diagnóstico de câncer de pulmão no estágio 1.

De acordo com Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos autores do estudo, os resultados são importantes para o aperfeiçoamento de abordagens da prática clínica e definição de políticas públicas de saúde que visem os melhores desfechos aos pacientes. “Os resultados do estudo indicam avanços promissores no tratamento da doença, com uma melhoria progressiva na sobrevida ao longo dos anos. Porém, há uma necessidade em agilizar o acesso aos centros de referência e à incorporação de terapias no Sistema Único de Saúde (SUS) para otimizar ainda mais os resultados”, explica.

O impacto do diagnóstico e do tratamento precoce na sobrevida dos pacientes também foi analisado pelo trabalho brasileiro. Embora o tempo médio entre diagnóstico e início do tratamento tenha sido curto (19 dias), o encaminhamento para centros de referência em atendimento oncológico é, em média, de três meses, ou seja, 50% dos pacientes demoraram mais de três meses para alcançar o diagnóstico de câncer, interferindo no desfecho do tratamento e na sobrevida.

Em relação aos tratamentos administrados, a pesquisa evidenciou que os pacientes submetidos a cirurgias em combinação com quimioterapia tiveram melhores taxas de sobrevida após cinco anos (35,8%). Por outro lado, aqueles que receberam quimioterapia em conjunto com radioterapia registraram uma taxa de sobrevida de 12,8% no mesmo período. A pesquisa também ressaltou a necessidade de aumentar o acesso aos pacientes tratados na rede pública a terapias já disponíveis no sistema de saúde privado.

Estudo brasileiro com 50 mil pacientes atendidos em hospitais públicos mostra avanços no tratamento de Câncer de Pulmão em Estágio 3

Pesquisa com participação de médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi publicada no Journal of Surgical Oncology

São Paulo, 03 de outubro de 2023 – Os resultados de um estudo brasileiro sobre tratamento do câncer de pulmão foram publicados no Journal of Surgical Oncology, importante periódico científico internacional. Tendo entre os autores o Dr. Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o artigo revelou importantes avanços no tratamento do câncer de pulmão em estágio 3 (etapa intermediária da progressão do tumor, onde pode haver comprometimento dos linfonodos próximos à região inicialmente diagnosticada com o câncer), o que aponta novas perspectivas de sobrevida para os pacientes acompanhados.

Participaram deste estudo 50 mil pacientes com câncer de pulmão, atendidos em 76 hospitais municipais e estaduais do Estado de São Paulo, nos últimos 15 anos. Do total de pacientes, em 3 mil a doença estava em estágio 3 e deste total, 433 foram submetidos a procedimentos cirúrgicos. O estudo observacional constatou que o grupo operado apresentou, em cinco anos, aumento da sobrevida, que passou de 19,7% no quinquênio de (2000-2004), para 40% no período de 2010-2014. Além de uma tendência positiva para os pacientes operados no início de 2019, que tiveram risco menor (41%) de óbito em relação ao primeiro quinquênio (2000-2004) o que comprova avanços no tratamento do câncer de pulmão metastático.

Dos pacientes analisados, cuja idade média foi de 61 anos, cerca de 59% eram do sexo masculino e foram tratados em hospitais estaduais, 67% dos pacientes viviam em cidades do interior de São Paulo ou em outros Estados, e apenas 21% deles tiveram o diagnóstico de câncer de pulmão no estágio 1.

De acordo com o Dr. Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos autores do estudo, os resultados são importantes para o aperfeiçoamento de abordagens da prática clínica e definição de políticas públicas de saúde que visem os melhores desfechos aos pacientes. “Os resultados do estudo indicam avanços promissores no tratamento da doença, com uma melhoria progressiva na sobrevida ao longo dos anos. Porém, há uma necessidade em agilizar o acesso aos centros de referência e à incorporação de terapias no Sistema Único de Saúde (SUS) para otimizar ainda mais os resultados”, explica.

O impacto do diagnóstico e do tratamento precoce na sobrevida dos pacientes também foi analisado pelo trabalho brasileiro. Embora o tempo médio entre diagnóstico e início do tratamento tenha sido curto (19 dias), o encaminhamento para centros de referência em atendimento oncológico é, em média, de três meses, ou seja, 50% dos pacientes demoraram mais de três meses para alcançar o diagnóstico de câncer, interferindo no desfecho do tratamento e na sobrevida.

Em relação aos tratamentos administrados, a pesquisa evidenciou que os pacientes submetidos a cirurgias em combinação com quimioterapia tiveram melhores taxas de sobrevida após cinco anos (35,8%). Por outro lado, aqueles que receberam quimioterapia em conjunto com radioterapia registraram uma taxa de sobrevida de 12,8% no mesmo período. A pesquisa também ressaltou a necessidade de aumentar o acesso aos pacientes tratados na rede pública a terapias já disponíveis no sistema de saúde privado.

Câncer de Pulmão: estudo mostra avanços no tratamento de doença avançada no Brasil

Pesquisa feita no país mostrou que sobrevida de pacientes do sistema público de saúde aumentou nos últimos anos, mas ainda existem desafios de acesso.

O câncer de pulmão é o quinto tumor mais incidente no Brasil. Entretanto, é considerado um dos mais letais no mundo. Ocupa o primeiro lugar em letalidade entre os homens e o segundo entre as mulheres, segundo estimativas mundiais de 2020. A grande maioria dos casos (84%) ainda é diagnosticada em estágio tardio, o que explica, em parte, a alta taxa de letalidade da doença.

A boa notícia é que nos últimos anos, o avanço nos tratamentos – em especial a imunoterapia – melhorou significativamente o prognóstico de pacientes com câncer de pulmão em estágio III e IV, que são os mais avançados. Estudo recente publicado na revista científica Journal of Surgical Oncology revelou que muitos desses avanços já são observados em pacientes atendidos no sistema público brasileiro.

Pesquisadores brasileiros analisaram dados de 50 mil pacientes com câncer de pulmão, atendidos em 76 hospitais municipais e estaduais do Estado de São Paulo, nos últimos 15 anos. Destes, 3 mil apresentavam a doença em estágio 3, entre os quais 433 foram submetidos a procedimentos cirúrgicos.

A maioria dos casos de câncer de pulmão em estágio 3 já tem metástase nos linfonodos, que fazem parte do sistema imunológico, próximos à região inicialmente diagnosticada com o câncer. Neste estágio, o tratamento é obrigatoriamente combinado e envolve o de medicamentos e a cirurgia — explica o médico Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos autores do estudo.

Os resultados mostraram que entre 2004 e 2014, houve aumento de sobrevida dos pacientes operados, passando de 19,7% no quinquênio de 2000 a 2004, para 40% no período de 2010 a 2014. Houve também redução de 41% no risco de óbito entre os pacientes operados no primeiro quinquênio (2000-2004) e aqueles submetidos à cirurgia em 2019, o que comprova avanços no tratamento do câncer de pulmão metastático.

Os resultados do estudo indicam avanços promissores no tratamento da doença, com uma melhoria progressiva na sobrevida ao longo dos anos. Porém há uma necessidade em agilizar o acesso aos centros de referência e à incorporação de terapias no Sistema Único de Saúde (SUS) para otimizar ainda mais os resultados — diz Abrão.

Os pesquisadores também analisaram o impacto do diagnóstico e do tratamento precoce na sobrevida. Eles concluíram que o tempo médio entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 19 dias, o que é considerado curto.

Por outro lado, o encaminhamento para centros de referência em atendimento oncológico para a realização do diagnóstico é, em média, de três meses. Isso significa que 50% dos pacientes demoraram mais de três meses para alcançar o diagnóstico de câncer, interferindo no desfecho do tratamento e na sobrevida.

A impressão que temos é que o gargalo maior é receber o diagnóstico. Precisamos melhorar o parque diagnóstico, aumentar a oferta de exames e tomografia para diminuir o tempo que esse paciente perde até o diagnóstico — avalia Abrão.

Em relação aos tratamentos administrados, a pesquisa evidenciou que os pacientes submetidos a cirurgias em combinação com quimioterapia tiveram melhores taxas de sobrevida após cinco anos (35,8%). Por outro lado, aqueles que receberam quimioterapia em conjunto com radioterapia registraram uma taxa de sobrevida de 12,8% no mesmo período.

A pesquisa também ressaltou a necessidade de aumentar o acesso aos pacientes tratados na rede pública a terapias já disponíveis no sistema de saúde privado.

Os resultados mostram redução da mortalidade ao longo do tempo mas quando comparado à saúde suplementar, essa taxa ainda deixa a desejar. Precisamos que o paciente do SUS tenha acesso a melhores recursos que já existem no sistema privado e em outros países, como medicações e aparelhos de radioterapia mais modernos — conclui o pesquisador.

29 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Fumo

Tabagismo está associado a 90% dos casos de câncer de pulmão

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alertam para a conscientização da doença

São Paulo, 24 de agosto de 2023 – O câncer de pulmão está ganhando, cada vez mais, holofotes. O tumor corresponde a cerca de 13,5% de todos os tipos de cânceres, e já representa o segundo tipo mais frequente, superado apenas pelo de mama, entre as mulheres, e de próstata, entre os homens, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). O tabagismo é o principal fator de risco que leva à doença, já que há cerca de 70 substâncias cancerígenas nos cigarros. Pelo menos 30% de todos os casos de câncer no mundo são atribuíveis ao tabagismo. No câncer de pulmão, essa fração corresponde a mais de 70%. Pessoas que fumam por muitos anos podem ter o risco de câncer de pulmão cerca de 25 vezes maior que não fumantes. O consumo do tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e estima-se que um terço da população mundial adulta seja fumante, ou seja, 1,2 bilhão de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres).

O tabagismo é uma doença, classificada pela OMS como dependência da nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco: seja cigarro, cigarro de palha, fumo de rolo, narguilé, cigarrilha, charuto ou cachimbo. Após ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro entre sete e 19 segundos, ativando áreas de sistemas de “recompensa”, o que provoca uma sensação de prazer, além de momentaneamente mascarar sintomas de ansiedade e depressão, o que explica, em parte, os fumantes buscarem o cigarro em situações de estresse.

Ainda do acordo com a OMS medidas adotadas nos últimos 15 anos para reduzir o consumo do tabagismo evitaram 300 milhões de mortes. “Mas é preciso lembrar que no mundo, 8,7 milhões de pessoas ainda morrem por causa do cigarro todos os anos. Entre eles, 1,3 milhão são os chamados fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes), sendo 50 mil crianças que perderam a vida por infecções respiratórias e outras condições relacionadas à exposição passiva ao tabaco”, explica o Dr. Gustavo Prado, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Fumo passivo

A exposição involuntária ao tabaco aumenta os riscos de doenças cardiovasculares, respiratórias, infecciosas e câncer na população em geral, além de acelerar condições crônicas e degenerativas, como a insuficiência renal e as síndromes demenciais. “Isso sem falar nas enormes complicações para as gestantes e aos bebês, como o aumento do risco de abortamentos, o retardo do crescimento intrauterino, a prematuridade e as complicações pós-parto ao neonato”, esclarece Dr. Gustavo Prado. As crianças expostas à fumaça do cigarro têm mais crises de asma, infecções e sintomas respiratórios crônicos, e menor desenvolvimento dos pulmões ao longo de seu crescimento. Já os adultos podem ter o risco de infarto e câncer aumentados em 30% em comparação àqueles que não são expostos.

O especialista enfatiza que o tabagismo é considerado uma doença crônica, ainda mais desastrosa em países de baixa e média renda. Segundo o periódico The Lancet, de 2021, o protagonismo do Brasil com a adoção de leis e políticas públicas antifumo reduziu em ¾ a prevalência do tabagismo entre os adultos. Em 1989 tínhamos 35% de adultos fumantes e, atualmente, temos algo em torno de 10%. “Os gases, vapores e materiais particulados da poluição do cigarro demoram até 24 horas para se espalhar completamente e, neste tempo, pode ocorrer também a dispersão de partículas minúsculas, com menos de 1 milésimo de milímetro, antes depositadas no piso e mobiliário, voltando a se tornar inaláveis”, diz Dr. Gustavo.

O Brasil continua sendo exemplo no controle do tabagismo. Mesmo assim temos um longo caminho pela frente principalmente para a proteção dos não fumantes. Por exemplo, o fumante, ao buscar o filho na escola, horas depois de ter fumado no carro, vai expor a criança aos componentes da fumaça do cigarro, que permanecem no veículo, assim como nos cômodos da casa em que os pais fumaram. “Não há meios eficazes de ventilação, purificação de ar e exaustão que reduzam todas as substâncias tóxicas a uma concentração que seja segura. Por isso, a ideia de espaços reservados para fumantes é outra deturpação do conceito de proteção, uma vez que impõem aos fumantes confinados a inalação de concentrações altíssimas dos poluentes da queima do tabaco”, esclarece o pneumologista.

“Precisamos ficar atentos ao uso do cigarro eletrônico, que apesar de ter sua comercialização proibida no Brasil, está conquistando mais adeptos, principalmente entre o público jovem. “Doenças respiratórias, cardiovasculares e intoxicações agudas por nicotina são complicações já bastante descritas em usuários de dispositivos eletrônicos para fumar, além de situações dramáticas como intoxicações por nicotina em crianças e a lesão pulmonar aguda relacionada ao “vape”, que pode levar o usuário de cigarros eletrônicos à morte”, pontua Dr. Gustavo.

Tabagismo e câncer de pulmão

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz são realizados exames para detectar precocemente o câncer de pulmão, por meio da tomografia de tórax de baixa dose (com menor exposição à radiação), que possibilita avaliar lesões pulmonares suspeitas. Essa estratégia de busca ativa entre pessoas sem sintomas pode ser indicada para pacientes com mais de 50 anos com histórico de tabagismo. Pessoas que fumam pelo menos um maço de cigarro por dia, durante 20 anos, estão na classificação de risco, elegível para essa estratégia de diagnóstico precoce.

“O tratamento de câncer de pulmão é o que mais avançou nos últimos anos. E os pacientes que são diagnosticados com o subtipo chamado adenocarcinoma, precisam realizar uma pesquisa denominada “perfil molecular do câncer de pulmão”. Se identificado mutações nessa pesquisa é realizado um tratamento direcionado para estes pacientes, geralmente com medicações (comprimidos) com alta eficácia, mas, infelizmente, ainda não estão disponíveis no SUS”, explica Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De acordo com o oncologista, não só os pacientes fumantes desenvolvem o câncer de pulmão. Há pacientes com câncer de pulmão que nunca fumaram, mas que desenvolveram a doença por outros fatores de risco, como por exemplo, a poluição ambiental. “A inalação desses poluentes a longo prazo pode desencadear o desenvolvimento do câncer. Isto pode ocorrer, também, em pacientes jovens e não fumantes, e existe, ainda, um percentual de pacientes que desenvolvem a doença por herança genética”, esclarece.

Benefícios em parar de fumar

  • Após 20 minutos a pressão arterial já se normalizou;
  • Em 2 horas já não há mais nicotina circulando na corrente sanguínea;
  • Entre 12 e 24 horas após deixar de fumar os pulmões já funcionam melhor;
  • Após 1 ano de abandono do vício o risco de morte por infarto cai pela metade;
  • Entre 5 e 10 anos o risco de infarto em um ex-fumante será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.

Tratamento do câncer de pulmão foi tema de encontro científico promovido pelo CTO

O Hospital Alcides Carneiro (HAC) recebeu, na noite de terça-feira (25), uma edição do evento Encontros Científicos promovido pelo Centro de Terapia Oncológica (CTO). Na ocasião, os oncologistas clínicos: Pedro Ismael, do CTO, e Chen Tzu Yen, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz de São Paulo, falaram sobre “Imunoterapia e Terapia Alvo no tratamento do câncer de pulmão”.

Pedro Ismael apresentou o estudo Adaura, com uma análise de sobrevida. “Quanto mais cedo o câncer de pulmão for diagnosticado, melhor o prognóstico para o paciente. Lembrando que, no Brasil, a mortalidade do câncer de pulmão é praticamente tão elevada quanto o câncer de próstata. Este último, o mais incidente entre os homens. Com relação as mulheres, o câncer de pulmão é o segundo em mortalidade, apesar de ser a quarta neoplasia mais incidente no sexo feminino”, destaca o especialista, acrescentando que, em Petrópolis, na maior parte das vezes, o paciente com câncer de pulmão chega em estágio avançado. Por este motivo, ele destaca a importância de conscientizar a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Já Cheng Tzu Yen falou da jornada do paciente oncológico e como o encaminhamento assertivo pode salvar vidas. De acordo com ele, é fundamental que um especialista faça o acompanhamento do paciente desde a suspeita da doença. “Diagnósticos iniciais permitem cirurgia com prognóstico mais favorável e tratamento precoce”, disse.

Chen também ressaltou que entre os principais fatores para o paciente já chegar em estágio avançado do câncer de pulmão estão: medo da doença, idade, questões financeiras e sociais, falta de conhecimento sobre os sintomas, rastreamento e prevenção primária e a demora do resultado da biópsia.

O encontro reuniu, de maneira presencial e virtual, médicos de diferentes especialidades e enfermeiros do CTO, destacando também a importância da equipe multidisciplinar no tratamento do paciente oncológico.

Luta contra o câncer de pulmão ganha novos reforços

Novos tratamentos abrangem imunoterapia, segmentectomia pulmonar (retirada de um segmento do pulmão) e abordagem personalizada para cessação do tabagismo

São Paulo, 24 de agosto de 2022 – Todo ano, mais de 150 mil fumantes morrem no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O tabagismo também é responsável por 90% dos cânceres de pulmão registrados no país, que registra 28 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Duas novidades apresentadas durante o Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC) 2022, realizado no início de agosto em Viena, na Áustria, ganharam destaque: um estudo que revela a eficácia da Segmentectomia (retirada de um segmento do pulmão) e o estudo Yorkshire Enhanced Stop Smoking Study (YESS), realizado na Inglaterra, que registrou aumento da cessação do tabagismo depois de uma abordagem personalizada.

Já no Brasil, especialistas comemoram a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 15 deste mês, da utilização da imunoterapia, associada à quimioterapia, para o tratamento de pacientes que têm doença inicial e que são candidatos a um tratamento cirúrgico. Para o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essas novidades devem beneficiar os pacientes que enfrentam tratamentos de câncer de pulmão, diminuindo as taxas de recidiva da doença.

“A aprovação do uso da imunoterapia associada à quimioterapia neste cenário de doença inicial traz importantes vantagens: redução de 37% no risco de progressão da doença e aumento da resposta patológica verificada no tumor (que é uma forma de avaliar a efetividade dessa modalidade de tratamento, bem como os benefícios trazidos por ela) salta de 2%, somente com quimioterapia e cirurgia, para 24% com a utilização da imunoterapia e da quimioterapia juntas”, ressalta.

O especialista destaca que em dois anos de estudo dessa nova abordagem, em 63% dos pacientes que fizeram cirurgia não houve recidiva, enquanto em pacientes que fizeram só quimioterapia e cirurgia esse número foi de 45%.

O oncologista também comenta sobre os avanços da cirurgia e a utilização da segmentectomia. “Apesar de ser uma técnica voltada para pacientes com tumores menores do que dois centímetros e com função pulmonar prejudicada, é uma cirurgia que poupa o pulmão não comprometido pela doença, porque retira um segmento do pulmão, em vez de um lobo inteiro. Isso significa que uma ressecção menor permite uma maior preservação do pulmão. A preservação de uma maior parte de pulmão saudável pode gerar um ganho na qualidade de vida”.

O estudo YESS se destacou no Congresso Internacional porque colocou em foco prevenção, tanto no que diz respeito à cessação do tabagismo, quanto à detecção precoce do câncer de pulmão. A pesquisa baseou-se em pacientes com câncer de pulmão que participaram de um programa de rastreamento da doença e que integraram um estudo personalizado de cessação do tabagismo (que ofereceu um momento educativo com imagens e relatos das doenças causadas pelo cigarro) e alcançou taxas de abstinência de mais de 30%.

“A oferta de apoio para cessação de tabagismo com suporte comportamental e farmacológico e rastreamento de câncer com tomografia associada ao programa de antitabagismo, diminuiu a mortalidade dos pacientes. Combinando as duas estratégias foi possível duplicar a redução de mortalidade nesses voluntários”, comemora o médico do Centro Especializado em Oncologia e complementa: “Durante o estudo foram observadas mudanças nas variáveis psicológicas, inclusive na motivação para deixar de fumar mediante o risco de câncer de pulmão, na crença e na confiança nas estratégias de cessação. Esse estudo ressalta a necessidade de combater o principal fator de risco em câncer de pulmão: o cigarro. É possível não só fazer detecção precoce, mas de fato evitar o surgimento do câncer quando educamos sobre os malefícios do cigarro”.

Câncer de pulmão: estudos comprovam que chegada tardia do paciente ao sistema de saúde e demora do acesso ao tratamento reduz pela metade as chances de cura da doença

Mais de cinco mil pacientes de hospitais públicos do Estado de São Paulo foram acompanhados pela pesquisa que teve duração de 15 anos

São Paulo, 28 de junho de 2022 – Pesquisadores do Hospital Alemão Oswaldo Cruz publicaram nas revistas científicas Jornal Clinical Oncology e Journal of Thoracic Disease, respectivamente, resultados de dois estudos que acompanharam mais de cinco mil pacientes tratados com câncer de pulmão em 72 centros de oncologia de hospitais públicos do Estado de São Paulo. O câncer de pulmão é o tipo mais letal no Brasil e nos Estados Unidos. O órgão é um dos cinco mais afetados pelo câncer, correspondendo a 18,3% de incidência da doença.

No primeiro estudo, 3.363 pacientes em estágio 3 (etapa em que na maioria das vezes há metástases somente em linfonodos próximo ao tumor), sem metástase para outros órgãos, foram acompanhados durante quinze anos. Destes pacientes, 49% foram tratados de forma preconizada (quimioterapia mais radioterapia ou quimioterapia mais cirurgia) e 51% não se encaixaram em nenhum desses tratamentos. “Identificamos um número alarmante de pacientes que não conseguem receber o tratamento preconizado”, afirma o autor da pesquisa, Dr. Fernando Abraão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Para o médico, isto provavelmente reflete na jornada enfrentada pelo paciente, que passa pela conscientização dos sintomas e a demora para a realização de exames e procedimentos dentro do sistema de saúde, além da capacitação da equipe médica. “Se aprimorarmos os processos e essas variáveis, poderemos contribuir para a ampliação do acesso ao tratamento preconizado”, explica Dr. Fernando Abraão.

Neste recorte do estudo também foi constatado que os pacientes que passaram por quimioterapia e radioterapia tiveram 20% de taxa de sobrevida, frente aos 40% daqueles que fizeram quimioterapia e cirurgia. Este resultado está em linha com conclusões de estudos internacionais.

O segundo estudo acompanhou 1.278 pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial submetidos à cirurgia ou radioterapia, dependendo da sua condição clínica. Foi constatado ao longo dos últimos 5 anos da pesquisa que o grupo tratado nesse período está vivendo mais do que os pacientes operados nos primeiros 10 anos do estudo. Isso sugere que o tratamento para a doença também avançou ao longo destes 15 anos de execução da pesquisa. Outro dado importante é o fato do risco de óbito pelo câncer ter sido 33% menor para os pacientes operados nos últimos 5 anos estudados, o que reflete uma melhoria importante na linha de cuidado do paciente com câncer de pulmão em estado inicial.

“Esses números sugerem que estamos avançando de forma positiva ao longo do tempo, aumentando a sobrevida dos pacientes tratados. Além disso, detectamos que tratar estes pacientes em hospitais com equipes dedicadas ao cuidado do paciente com câncer, infraestrutura e tecnologia adequada reduz risco de óbito pela doença. Estes estudos servem para nortear medidas de saúde pública que podem impactar positivamente no tratamento dos pacientes com câncer de pulmão”, diz. O médico ressalta, ainda, que o investimento em capacitação das equipes e disseminação de conhecimento de forma mais homogênea também contribuem para o sucesso do tratamento.

Em tempos de pandemia, alertar para os riscos do tabaco é ainda mais essencial

São Paulo, 26 de maio de 2021 – Todo ano, mais de 200 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência do consumo do cigarro. No mundo, esse número chega a 8 milhões, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Carlos Teixeira faz o alerta: “as pessoas precisam parar de fumar o mais rápido possível”.

Parar de fumar é fundamental, ainda mais durante a pandemia do novo coronavírus. O Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o consumo de tabaco é um fator de risco importante para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além do fumante ser acometido com mais frequência por infecções como pneumonias e sinusites.

“Se levarmos em conta as doenças listadas como fatores de risco para complicações pelo novo Coronavírus como hipertensão, diabetes e doenças pulmonares, o tabagismo pode levar a todos elas”, diz.

O especialista também explica que o consumo do cigarro é, também, um dos principais fatores de risco para doenças crônicas. “O tabagismo é causador de enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças cardiovasculares. Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo consumo do cigarro”, afirma Dr. Elie.

Câncer de pulmão e tabagismo

O Dr. Carlos Teixeira ainda faz alerta à incidência do câncer de pulmão que está diretamente ligada ao tabagismo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais incidente na população, tanto em homens quanto em mulheres.

O Inca ainda afirma: o tabagismo pode ser considerado como um fator de risco para a Covid-19. “Esses pacientes já apresentam um comprometimento da sua capacidade pulmonar e, com isso, têm chances mais claras de desenvolver quadros graves da infecção pelo novo Coronavírus. De uma maneira geral, é essencial que o tabagista pare de fumar o quanto antes, tendo vista que o cigarro é o principal fator de risco para o desenvolvimento das doenças pulmonares”, diz.

O Dr. Elie Fiss explica que o atendimento para quem quer parar de fumar é multidisciplinar e individualizado de acordo com cada necessidade, “procurar um serviço médico privado ou público é eficaz para os tabagistas terem o auxílio necessário neste processo para abandonar o vício. Muitas pessoas têm medo de parar de fumar, mas com o serviço oferecido pelo Hospital o caminho se torna menos complicado”, diz.

Segundo a OMS, cerca de 780 milhões de pessoas dizem querer parar de fumar em todo o mundo, mas muitas delas não têm acesso à serviços úteis e apoio para cessar o consumo de tabaco, por isso em 2021 lançaram a campanha “Comprometa-se a parar de fumar durante a Covid-19”.

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz é oferecido tratamentos específicos para a necessidade de cada paciente, com psiquiatras, pneumologistas e terapeutas que fazem o acompanhamento conjunto para designar as melhores medidas para cada pessoa.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Aparelho Digestivo. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4,5 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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