
O que é bexiga hiperativa?
A bexiga hiperativa é uma síndrome urinária caracterizada por urgência repentina de urinar, geralmente acompanhada de aumento na frequência urinária — inclusive durante a noite (noctúria) — e, em muitos casos, por incontinência urinária. Isso ocorre devido a contrações involuntárias do músculo detrusor da bexiga, mesmo quando ela ainda não está cheia. As contrações involuntárias da bexiga podem ser diagnosticadas através de uma exame chamado estudo urodinâmico completo, disponível no HAOC.
Qual a prevalência da bexiga hiperativa?
A condição afeta homens e mulheres, sendo mais comum a partir dos 40 anos. Estima-se que mais de 20% da população adulta sofra com os sintomas da bexiga hiperativa, o que afeta diretamente o bem-estar e a qualidade de vida, especialmente entre os idosos.
Quais são os principais fatores de riscos da bexiga hiperativa?

Idade avançada

Diabetes

Doenças neurológicas (Parkinson, AVC, esclerose múltipla)

Obesidade

Hiperplasia prostática benigna (HPB)

Lesões medulares

Uso de medicamentos como diuréticos

Ingestão excessiva de cafeina e álcool

Causas idiopáticas (desconhecidas)
Quais os sintomas da bexiga hiperativa?
- Urgência urinária: vontade súbita e intensa de urinar
- Frequência urinária: mais de 8 micções por dia
- Noctúria: acordará à noite duas ou mais vezes para urinar
- Incontinência de urgência: perda de urina associada à urgência
Prevenção
Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, as seguintes medidas ajudam a controlar os sintomas:
- Manter o peso adequado
- Reduzir o consumo de cafeína e álcool
- Praticar exercícios para p assoalho pélvico (ex: Kegel)
- Tratar doenças associadas, como diabetes
- Evitar reter a urina por longos períodos
- Estabelecer horários regulares para urinar
Como é feito o tratamento da bexiga hiperativa?
Intervenções comportamentais
- Treinamento vesical: aumentar o tempo entre as micções
- Micção programada: urinar em horários predefinidos
- Exercícios de Kegel: fortalecer os músculos do assoalho pélvico
- Controle da ingestão de líquidos: especialmente à noite
Medicamentos
- Antimuscarínicos: oxibutinina, tolterodina
- Beta-3 agonistas: mirabegrona
Outros tratamentos
- Fisioterapia pélvica
- Neuromodulação sacral
- Injeção de toxina botulínica (Botox®)
- Cirurgias específicas, em casos refratários
Consulte um urologista para definir o melhor plano terapêutico.
FAQ – Perguntas Frequentes
Não há cura definitiva, mas os sintomas podem ser controlados com tratamento adequado.
A condição é mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa, mas afeta ambos os sexos.
A não intervenção pode levar ao isolamento social, baixa autoestima, problemas de sono e risco de quedas em idosos.
Quando os sintomas comprometem sua rotina, qualidade de sono ou vida social.
Urologista ou ginecologista com experiência em disfunções urinárias.
Revisão Técnica: Alexandre Danilovic, CRM:97330 Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz