4/3: Dia Mundial da Obesidade

A obesidade afeta 7 milhões de adultos, ou 1 em cada 4 brasileiros acima de 18 anos, segundo o Ministério da Saúde. Até 2035, é esperado que esses números atinjam 41% dos adultos

São Paulo, 29 de fevereiro de 2024 – A obesidade e o sobrepeso vão comprometer a saúde de mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo até 2035, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, para lembrar deste número cada vez mais alarmante, no dia 4 de março é intitulado como o Dia Mundial da Obesidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados no ano passado, a obesidade afeta 7 milhões de adultos, ou 1 em cada 4 brasileiros acima de 18 anos. Segundo dados do Vigitel de 2022 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico), atualmente 22,4% da população adulta brasileira apresenta obesidade. Até 2035, porém, é esperado que esses números atinjam 41% dos adultos. Nas crianças, já são 6,4 milhões com sobrepeso. Essa alta prevalência acarreta diversas outras complicações e doenças.

A obesidade é uma doença crônica e progressiva, por isso, precisa de tratamento, é classificada como um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diferentes tipos de câncer, diabetes tipo 2, doença cardiovascular e hipertensão. “Estratégias de reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para a prevenção da obesidade e suas complicações, porém podem ser insuficientes e são adjuvantes aos tratamentos com medicações ou cirurgia para a doença”, esclarece Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência global no tratamento da obesidade e diabetes e presidente eleito mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO). Dr. Cohen foi nomeado um dos 30 médicos mais influentes do mundo na área pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (ASMBS) conta com mais de 250 artigos científicos e nove livros publicados. 

Tratamento da obesidade: para definição do melhor tratamento, é preciso analisar as consequências da obesidade sobre o corpo. A partir desta avaliação serão definidos os critérios para indicação da prescrição de medicamentos, que estão revolucionando o tratamento da doença – drogas que imitam os hormônios classificados como incretinas, que têm entre suas ações, a redução do apetite e maior saciedade, mas que precisam ser administrados com orientação e acompanhamento médico. “Essas opções terapêuticas modernas, como semaglutida e tirzepatida, devem ser aplicadas de modo contínuo e com prescrição médica. Se o paciente deixa de tomá-las, pode recuperar o peso que foi perdido durante o tratamento. Isto não difere do manejo de outras doenças crônicas, como colesterol alto, diabetes e hipertensão. Caso o paciente deixe de tomar os fármacos por qualquer razão a tendência é que esses problemas fiquem descontrolados e gerem complicações em órgãos como rins, cérebro e coração. Com os remédios e as cirurgias metabólicas disponíveis atualmente, conseguimos tratar os pacientes, desde os casos mais leves até os mais graves”, pontua Dr. Cohen.

Segundo o especialista, a perda ponderal significativa e duradoura promove controle ou até remissão nas doenças que caminham junto com a obesidade, que pode ser considerada a epidemia do século XXI. “E a missão do cirurgião é conseguir unificar todas as opções terapêuticas, para que cada paciente seja atendido de forma personalizada, e que no futuro, o tratamento de doenças crônicas e progressivas como a obesidade, seja realizada por meio da medicina de precisão”, finaliza Cohen.

Data: 29/02/2024 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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