Estudo comprova a eficácia do procedimento para evitar possíveis complicações na gravidez.
São Paulo, 02 de março de 2015 – A obesidade é uma epidemia mundial que atinge cerca de 12% da população, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse cenário é alarmante pode impactar as futuras gerações, uma vez que a doença desencadeia outros problemas de saúde relacionados, que colocam em risco não apenas a saúde do obeso, como também compromete a vida de seus descendentes.
Ao contrário do que se imaginava até então, a cirurgia bariátrica é uma grande aliada para mulheres obesas que pretendem engravidar, ajudando tanto na fertilidade, quanto na saúde da gestante e do bebê. Um estudo publicado esta semana pelo The New England Journal of Medicine comprovou que, ao tratar a obesidade antes de engravidar por meio da redução do estômago, é possível diminuir os riscos de diabetes gestacional, a incidência de parto prematuro, a ocorrência de má formação congênita no feto e a taxa de mortalidade neonatal.
O estudo, que foi realizado na Suécia, avaliou registros de 2.832 mulheres obesas que deram à luz entre os anos 2006 e 2011 e comparou as gestações de mulheres que fizeram cirurgia bariátrica antes de engravidar com as de mulheres que não fizeram. Os pesquisadores constataram que as mulheres submetidas à cirurgia bariátrica de engravidarem diminuíram em 30% as chances de desenvolver diabetes gestacional, fator que pode levar à pré-eclâmpsia, hipoglicemia, má formação e aborto. Além disso, observou-se uma diminuição de 40% na probabilidade de bebês excessivamente grandes, que podem acarretar em problemas pulmonares, entre outros.
Segundo o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os resultados afetam o quadro crescente de mulheres obesas que engravidam. “É mais comum que essas gestantes apresentem mais problemas de saúde neste período, incluindo diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro e risco de mortalidade neonatal. Seus bebês são mais propensos a apresentarem excesso ou baixo peso ao nascer, problemas congênitos ou, até mesmo, desenvolver obesidade na infância”, afirma Dr. Cohen.
O especialista ressalta ainda que a cirurgia bariátrica deve ser realizada ainda na fase em que a mulher planeja engravidar, com o objetivo de perder peso e ajudar no processo de fertilidade, garantindo assim uma gestação segura e saudável. “As pacientes obesas possuem normalmente mais distúrbios no eixo hopitálamo-hipófise-ovário, no ciclo menstrual e têm até três vezes mais chances de sofrer anovulação, causados principalmente por um quadro de resistência periférica à ação da insulina e também à síndrome de ovário policístico. A mulher acima do peso ideal produz maior quantidade de estrógeno, que causa um efeito contraceptivo, limitando as chances de gravidez”, explica Dr. Cohen.
Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos melhores centros hospitalares da América Latina, é referência em serviços de alta complexidade. Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital possui uma das maiores casuísticas do país e concentra seus esforços na busca permanente da excelência do atendimento integral, individualizado e qualificado ao paciente, além de investir fortemente no desenvolvimento científico, por meio da educação e da pesquisa. Com mais de 96 mil m² de área construída, o Hospital dispõe de 321 leitos de internação, 44 leitos instalados na Unidade de Terapia Intensiva, 22 salas de cirurgia e Pronto Atendimento 24 horas. Além disso, oferece uma das mais qualificadas assistências do país e Corpo Clínico renomado, para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde.
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