Estudo brasileiro com 50 mil pacientes mostra avanços no tratamento de câncer de pulmão

Os resultados de um estudo brasileiro sobre tratamento do câncer de pulmão foram publicados no Journal of Surgical Oncology, importante periódico científico internacional.

Tendo entre os autores Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o artigo revelou importantes avanços no tratamento do câncer de pulmão em estágio 3 (etapa intermediária da progressão do tumor, onde pode haver comprometimento dos linfonodos próximos à região inicialmente diagnosticada com o câncer), o que aponta novas perspectivas de sobrevida para os pacientes acompanhados.

Participaram deste estudo 50 mil pacientes com câncer de pulmão, atendidos em 76 hospitais municipais e estaduais do Estado de São Paulo, nos últimos 15 anos. Do total de pacientes, em 3 mil a doença estava em estágio 3 e deste total, 433 foram submetidos a procedimentos cirúrgicos. O estudo observacional constatou que o grupo operado apresentou, em cinco anos, aumento da sobrevida, que passou de 19,7% no quinquênio de (2000-2004), para 40% no período de 2010-2014. Além de uma tendência positiva para os pacientes operados no início de 2019, que tiveram risco menor (41%) de óbito em relação ao primeiro quinquênio (2000-2004) o que comprova avanços no tratamento do câncer de pulmão metastático.

Dos pacientes analisados, cuja idade média foi de 61 anos, cerca de 59% eram do sexo masculino e foram tratados em hospitais estaduais, 67% dos pacientes viviam em cidades do interior de São Paulo ou em outros Estados, e apenas 21% deles tiveram o diagnóstico de câncer de pulmão no estágio 1.

De acordo com Fernando Abrão, cirurgião torácico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos autores do estudo, os resultados são importantes para o aperfeiçoamento de abordagens da prática clínica e definição de políticas públicas de saúde que visem os melhores desfechos aos pacientes. “Os resultados do estudo indicam avanços promissores no tratamento da doença, com uma melhoria progressiva na sobrevida ao longo dos anos. Porém, há uma necessidade em agilizar o acesso aos centros de referência e à incorporação de terapias no Sistema Único de Saúde (SUS) para otimizar ainda mais os resultados”, explica.

O impacto do diagnóstico e do tratamento precoce na sobrevida dos pacientes também foi analisado pelo trabalho brasileiro. Embora o tempo médio entre diagnóstico e início do tratamento tenha sido curto (19 dias), o encaminhamento para centros de referência em atendimento oncológico é, em média, de três meses, ou seja, 50% dos pacientes demoraram mais de três meses para alcançar o diagnóstico de câncer, interferindo no desfecho do tratamento e na sobrevida.

Em relação aos tratamentos administrados, a pesquisa evidenciou que os pacientes submetidos a cirurgias em combinação com quimioterapia tiveram melhores taxas de sobrevida após cinco anos (35,8%). Por outro lado, aqueles que receberam quimioterapia em conjunto com radioterapia registraram uma taxa de sobrevida de 12,8% no mesmo período. A pesquisa também ressaltou a necessidade de aumentar o acesso aos pacientes tratados na rede pública a terapias já disponíveis no sistema de saúde privado.

Estudo internacional usa pela primeira vez Inteligência Artificial para prever trajetórias de peso em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica

Article-Estudo internacional usa pela primeira vez Inteligência Artificial para prever trajetórias de peso em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica Publicado no The Lancet, pesquisa contou com a participação dos especialistas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Estudo observacional multicêntrico, com mais de 10 mil pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em países como Brasil, Holanda, Itália, Suécia e México, desenvolveu modelo matemático baseado em machine learning para avaliar a trajetória do peso dessa população durante os cinco primeiros anos após o procedimento cirúrgico. A pesquisa é a primeira a adotar Inteligência Artificial para fazer previsões pré-operatórias de trajetórias de peso até cinco anos após os pacientes terem sido submetidos aos tipos mais comuns de cirurgia bariátrica (gastroplastia e gastrectomia vertical).

Publicado no importante periódico científico internacional The Lancet, o estudo tem entre os coautores, o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. No início do mês, o médico foi eleito presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), na sigla em inglês, International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders.

O modelo matemático desenvolvido considerou a trajetórias de peso dos pacientes tendo como base sete variáveis pré-operatórias: idade, peso, altura, histórico de tabagismo, status e duração do diabetes tipo 2 e o tipo de intervenção.

“Este modelo pode ajudar a prática clínica a refinar a trajetória individual de perda de peso, auxiliando os profissionais que tratam a obesidade a usarem cada vez mais a medicina de precisão para previsão de resultados, antes da cirurgia. Desta forma será possível trabalhar com estratégias individualizadas cada vez mais eficazes e proporcionar os melhores desfechos a médio prazo aos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica” afirma o Dr. Ricardo Cohen.

Estudo internacional usa pela primeira vez Inteligência Artificial para prever trajetórias de peso em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica

Publicado no The Lancet, pesquisa contou com a participação dos especialistas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

São Paulo, 15 de setembro de 2023 – Estudo observacional multicêntrico, com mais de 10 mil pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em países como Brasil, Holanda, Itália, Suécia e México, desenvolveu modelo matemático baseado em machine learning para avaliar a trajetória do peso dessa população durante os cinco primeiros anos após o procedimento cirúrgico. A pesquisa é a primeira a adotar Inteligência Artificial para fazer previsões pré-operatórias de trajetórias de peso até cinco anos após os pacientes terem sido submetidos aos tipos mais comuns de cirurgia bariátrica (gastroplastia e gastrectomia vertical).

Publicado no importante periódico científico internacional The Lancet, o estudo tem entre os coautores, o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. No início do mês, o médico foi eleito presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), na sigla em inglês, International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders.

O modelo matemático desenvolvido considerou a trajetórias de peso dos pacientes tendo como base sete variáveis pré-operatórias: idade, peso, altura, histórico de tabagismo, status e duração do diabetes tipo 2 e o tipo de intervenção.

“Este modelo pode ajudar a prática clínica a refinar a trajetória individual de perda de peso, auxiliando os profissionais que tratam a obesidade a usarem cada vez mais a medicina de precisão para previsão de resultados, antes da cirurgia. Desta forma será possível trabalhar com estratégias individualizadas cada vez mais eficazes e proporcionar os melhores desfechos a médio prazo aos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica” afirma o Dr. Ricardo Cohen.

A íntegra do estudo pode ser acessada pelo Link.

Médica viraliza ao realizar endoscopia nela mesma; entenda como é feito o exame

Procedimento costuma ser realizado com sedação e permite ver esôfago, estômago e início do intestino.

Saúde | Giovanna Borielo, do R7

Majidah Bukhari viralizou ao realizar endoscopia em si mesma

A gastroenterologista Majidah Bukhari, de Dubai, viralizou após a publicação de um vídeo em que faz um exame de endoscopia nela mesma. Segundo o gastroenterologista inglês, Keith Siau, um dos médicos que repercutiu o vídeo, a médica fez o exame em si mesma para mostrar a seus alunos que a endoscopia pode ser realizada sem sedação de modo indolor e sem qualquer desconforto, sendo bem tolerada.

O médico endoscopista Giuliano Rossi, do Centro Especializado do Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a endoscopia é realizada a partir da introdução de uma câmera alocada na ponta de um aparelho, controlada por um especialista na realização do exame, possibilitando a análise do estômago e de parte do intestino.

Para tal realização, o médico afirma que, geralmente, são incluídos os exames de endoscopia digestiva alta, verificando esôfago, estômago e início do intestino delago, e a endoscopia digestiva baixa, ou colonoscopia, examinando reto, intestino grosse e final do intestino delgado.

Os exames são recomendados na prevenção de cânceres, ou se houver algum sintoma, como sangramentos, dor e queimação. A realização da endoscopia ajuda no diagnóstico de problemas como úlceras, refluxo e gastrites, completa a médica pós-graduada em endocrinologia, Lorena Balestra.

Os especiliastas alegam que o uso da sedação é recomendado para promover maior conforto ao paciente, que permanecerá imóvel durante o procedimento, e reduzindo a ansiedade, sem os reflexos naturais do corpo, que o aparelho digestivo teria com o aparelho na garganta. Assim, a falta de sedação pode dificultar a realização do exame e provocar uma falha no diagnóstico.

“Em algumas situações, a endoscopia pode ser feita sem sedação, geralmente quando o paciente prefere ou não pode receber sedativos devido a condições médicas. Isso pode ser desconfortável, mas é viável”, avalia Lorena. “É possível uma pessoa treinada fazer uma endoscopia em si mesma, como mostrado no vídeo, mas é raro. Geralmente, requer habilidades avançadas e treinamento específico, além de um bom entendimento da técnica e dos riscos envolvidos”.

Rossi lembra que, entre os riscos da realização do exame dessa maneira, além do desconforto, englobam a possibilidade de resultados incorretos, impactos emocionais ao se deparar com imagens que necessitem de maiores intervenções. Além disso, a endocinologista cita a coordenação e visibilidade limitados, podendo gerar lesões na mucose ou em órgãos.

Os médicos dizem que a recuperação após o exame costuma ser rápida. Quando há a sedação, é preciso o acompanhamento médico, checando sinais vitais, até que o paciente esteja desperto e seja capaz de engolir substâncias líquidas ou sólidas.

É preciso que haja um acompanhante adulto, pois o paciente pode ficar sonolento e incapaz de tomar decisões.

Como funciona o exame? Segundo o gastroenterologista Fauze Maluf Filho, da Comissão Científica da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), a endoscopia é um exame que observa o esôfago, o estômago e o duodeno (início do intestino delgado) por meio da inserção de um cano com uma câmera e uma lanterna acoplada. Além disso, ele possui um canal interno que permite a passagem de uma pinça caso seja necessário fazer biópsia de alguma área suspeita. O cano normalmente tem 9 milímetros de diâmetro e 1,3 metros de comprimento

Rezum chega ao Brasil como técnica promissora para tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata

Novo tratamento traz vantagens por ser minimamente invasivo, ter eficácia comprovada e preservar a função sexual. Técnica já existe há 8 anos nos EUA e beneficiou milhares de pacientes. Dr. Bruno Benigno, um dos médicos pioneiros certificados no País e que já disponibiliza o novo tratamento, explica as vantagens da terapia.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição comum entre os homens, principalmente após os 50 anos. À medida que a próstata cresce, ela pode comprimir a uretra, causando sintomas desconfortáveis e, em alguns casos, sérias complicações.

Até pouco tempo atrás, poucas opções de tratamento eram oferecidas e algumas, com efeitos bastante negativos para o paciente. “O REZUM é uma Terapia Minimamente Invasiva (TMI) que utiliza vapor de água para tratar o aumento benigno da próstata. O procedimento envolve a inserção de uma sonda na uretra do paciente e aplicação de vapor diretamente no tecido prostático afetado”, explica Dr. Bruno Benigno, um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz e um dos pioneiros no Brasil nesse tipo de tratamento.

Ele ainda pontua os benefícios da nova terapia, que é um tratamento minimamente invasivo e traz menos chance de “perda” da ejaculação (a chamada ejaculação retrógrada), sem os riscos do sangramento ou necessidade de internação. “O Rezum é opção para quem que não quer passar pelas cirurgias tradicionais. É uma alternativa também para quem não se adaptou às medicações”, completa.

As vantagens não param por aí. Benigno lembra que o Rezum proporciona um menor tempo de recuperação, tem menor risco de complicações em comparação com a cirurgia tradicional, pode ser feito em regime ambulatorial e ainda traz menor desconforto pós-operatório. “Os resultados têm eficácia comprovada, como o alívio dos sintomas urinários associados à HBP, redução do tamanho da próstata, melhora do fluxo urinário e redução da necessidade de medicamentos para HBP”.

De acordo com o urologista, um dos maiores benefícios da nova técnica é a preservação da função sexual, já que a terapia diminui o risco de disfunção erétil em comparação com a cirurgia tradicional e preserva os nervos responsáveis pela função erétil. “É a técnica com menor risco de ejaculação retrógrada (20%) em comparação com as outras técnicas (que chegam a até 80%)”.

Uma das poucas desvantagens que existem está relacionada ao preço. Como é uma terapia que acaba de chegar ao Brasil, ainda não é coberta por convênios ou pelo sistema público de saúde. Existem apenas 8 máquinas no Brasil, sendo 4 em São Paulo.

O urologista lembra que é fundamental a avaliação médica individualizada para determinar a melhor opção de tratamento para cada paciente. “É preciso conversar com seu médico especialista sobre o REZUM e outras alternativas disponíveis para escolher a abordagem mais adequada à sua condição”.

Dr. Bruno BenignoDesde 2017 é um dos chefes de Urologia do Centro de Oncologia e do Centro de Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), é fundador da Clínica Uro Onco em São Paulo, é especialista no tratamento do câncer do sistema urinário (masculino e feminino) e sistema reprodutor masculino, no tratamento do câncer de próstata, rim, bexiga, testículos e cálculos do sistema urinário. Tem subespecialização em Cirurgia Robótica, Laparoscopia e Terapia Focal (HIFU).

Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza tratamento inédito para hiperplasia prostática benigna

Procedimento pioneiro realizado no país reduz para 10% a chance de pacientes terem ejaculação retrógrada; em cirurgia convencional índice chega a 90%

São Paulo, 26 de junho de 2023 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é pioneiro no país a realizar o tratamento de hiperplasia benigna de próstata a técnica utilizando vapor de água (Rezum®). O método consiste na utilização da água, em forma de vapor, a mais de 100°C, para reduzir o tamanho da próstata. Este procedimento é indicado a pacientes com quadro de Hiperplasia Benigna da Próstata e diminui drasticamente as chances de ejaculação retrógrada, situação comum entre 80% e 90% dos homens submetidos às cirurgias convencionais para hiperplasia.

Por meio da nova tecnologia, já difundida nos Estados Unidos e agora aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser utilizada no Brasil, é introduzida uma câmera de vídeo pelo canal da urina do paciente, por onde é injetado diretamente na próstata, um vapor de água a mais de 100°C. Ao entrar em contato com o tecido prostático, cuja temperatura é de 36°C, provoca-se um equilíbrio térmico e o tamanho da próstata é reduzido em até 48%. O procedimento apresenta resultados duradouros, com taxa de reincidência de 4,4% em 5 anos, independente da faixa etária.

A hiperplasia da próstata é caracterizada pelo aumento da glândula com o envelhecimento masculino, e ocorre em todos os homens, a depender da idade somente. A partir da quarta década de vida muitos homens apresentam crescimento prostático, que evolui com o avanço da idade. Sendo que praticamente 100% dos homens terão, se atingirem os 90 anos, explica o coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Carlo Passerotti.

“Cerca de 20% dos homens a partir dos 50 anos tem o aumento do tecido que compromete o canal da uretra, dificultando ou impedindo a passagem da urina e o surgimento de infecções urinárias de repetição. Em condições normais, a próstata pesa 25 gramas, e aumentada, ela pode chegar até mais de quatro vezes esse tamanho”, diz.

As cirurgias endoscópicas convencionais, chamadas de raspagem (Ressecção Transuretral da Próstata – RTU) corrigem o problema da hiperplasia, mas em até 90% dos operados, o procedimento ocasiona ejaculação retrógrada, quando o esperma vai para a bexiga, ao invés de sair pela uretra, resultando na diminuição ou ausência de esperma durante o orgasmo. “A ejaculação retrógrada afeta significativamente a autoestima dos homens, que relacionam o fato da pouca ou nula ejaculação à impotência sexual. Com esse novo procedimento reduzimos para 10% os casos de ejaculação retrógrada”, explica o Dr. Passerotti.

Além de solucionar a hiperplasia e eliminar, quase que na totalidade dos casos a ejaculação retrógrada, a nova técnica também melhora importantes implicações ocasionadas pelo crescimento prostático benigno, a urgência urinária, o aumento da frequência, e em alguns casos, até a incontinência decorrente do aumento da próstata. Outro benefício do uso da tecnologia é que ela permite uma recuperação mais rápida do paciente. “O procedimento é seguro e extremamente rápido, sendo realizado em poucos minutos. Como o risco de sangramento é inferior a 1%, não há necessidade de internação, possibilitando dessa forma que o homem retome rapidamente às suas atividades rotineiras”, afirma o Dr. José Carlos Truzzi, Coordenador do Setor de Disfunções Miccionais do Centro de Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O especialista alerta ainda que nos dois primeiros meses após o procedimento, o paciente pode sentir algum desconforto e ardência ao urinar, mas que esses sintomas são transitórios e reversíveis.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz anuncia lançamento de Centro de Ciência para Longevidade

Unidade, que atuará em parceria acadêmica com instituições de pesquisa internacional, tem como objetivo antecipar soluções na área da saúde diante do envelhecimento, que deve alcançar 30% da população brasileira até 2040

São Paulo, 01 de junho de 2023 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos principais complexos hospitalares da América Latina, começa a operar neste primeiro semestre seu Centro de Ciência para Longevidade. A plataforma de pesquisa e soluções foi criada para gerar conhecimento baseado em evidências e financiar atividades relacionadas aos desafios de saúde decorrentes do envelhecimento da população brasileira, conectando parceiros de diferentes áreas do mercado. O Brasil é um dos países do mundo com a maior taxa de envelhecimento. Em 20 anos, pessoas com 60+ irão representar quase 30% da população nacional.

O Centro de Ciência para Longevidade será uma plataforma de pesquisa para consolidar e disseminar conhecimento público e educação acerca de fatores metabólicos, genéticos e cognitivos que afetam longevidade e um espaço de inovação em soluções colaborativas e novas tecnologias que prolongam a longevidade saudável. Para realização das atividades serão captados R$ 20 milhões em até cinco anos.

“Nosso intuito com esta iniciativa é analisar causalidade por meio da ciência e antecipar soluções que enderecem impactos econômicos, sociais e na saúde que surgirão em decorrência do crescimento da expectativa de vida da população. O gerenciamento de forma integrada e preventiva da saúde da sociedade diante do envelhecimento “em massa” é crítico para diminuir pressões crescentes de custo e aumentar a efetividade do cuidado. Precisamos aprender como se navega adequadamente o processo de envelhecimento humano para que qualidade de vida na maturidade esteja potencialmente ao alcance de todos”, afirma Carolina da Costa, diretora-executiva de Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Conforme o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) de 2018, 75% dos idosos brasileiros dependem unicamente do SUS para tratar de sua saúde. E 70% deles sofrem de alguma doença crônica, como diabetes, pressão arterial ou artrite. Alguns (30%) enfrentam duas ou mais doenças.

“Uma vez que a maioria da população ainda depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o conhecimento gerado no Centro deve ser compartilhado gratuitamente com o setor público e isso é parte de nossa vocação social. Tratar a Longevidade como campo de estudo e inovação é servir à uma vida plena, autônoma e saudável”, complementa Carolina.

Longevidade para todos

A realização de intervenções que modifiquem a qualidade de vida, a saúde mental e a cognição das pessoas, além do aumento da expectativa de vida, ajudando a população a viver mais, adoecer menos e ter menos impactos em função do envelhecimento, estão entre os objetivos dos trabalhos que serão desenvolvidos pelo Centro de Ciência para Longevidade, sempre com base em dados existentes, evidências científicas e novas informações que serão coletadas, por meio de pesquisas, e com foco nos pilares Consciência Metabólica, Mapeamento (Genético / Biomarcadores) de Vulnerabilidades e Mente Sã.

“Uma abordagem que englobe esses três pilares pode influenciar consideravelmente a jornada de envelhecimento de cada indivíduo”, aponta Dr. Alvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Esses pilares são validados cientificamente em estudos liderados pelo Hospital na América Latina em parceria com Populational Health Research Institute (PHRI), que realiza o Population Urban and Rural Epidemiology (PURE) maior estudo observacional mundial. Há 16 anos, por meio do estudo são acompanhados mais de 300 mil pacientes no mundo, mapeando fatores que afetam longevidade. “Esses conhecimentos podem ser compartilhados para analisar propostas de melhorias em longevidade e auxiliar na implementação de políticas públicas que contribuam no controle dos fatores de risco e na redução de mortes por diversos eventos evitáveis”, explica Avezum.

Desde 2008, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz atua na área pública como uma das Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência (ESRE) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde. Além disso, em fevereiro deste ano, a Instituição constituiu um Consórcio de Inovação em Saúde para a promoção de inovações tecnológicas na área da saúde, em parceria com o Insper e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), abrindo mais uma oportunidade de expandir seus serviços e seu compromisso com a saúde.

Colaboração científica internacional

Para ampliar a capilaridade e a promoção das pesquisas, o Centro de Ciência para Longevidade atuará em parcerias acadêmicas com grandes instituições internacionais, como o Instituto de Pesquisa em Saúde Populacional da Universidade de McMaster, do Canadá, e o Charité – Universitätsmedizin Berlin, um dos principais hospitais da Europa e sétimo colocado no ranking 2023 dos melhores hospitais do mundo realizado pela revista Newsweek.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz inaugura Centro Avançado de Treinamento Cirúrgico

Unidade, que recebeu R$ 10 milhões em doação, supre carência de oferta de programas de atualização e aperfeiçoamento no Brasil com uso de peças anatômicas; Cursos serão ministrados por especialistas de renome internacional do Hospital

São Paulo, 16 de fevereiro de 2023 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos principais complexo hospitalares da América Latina, inaugurou ontem (15/2), o Centro Avançado de Treinamento Cirúrgico. A unidade suprirá a carência do mercado brasileiro por programas de atualização e aperfeiçoamento na área.

Localizado no prédio da Faculdade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Centro Internacional de Pesquisa da instituição, na Avenida Paulista, 500, em São Paulo, a unidade vai oferecer treinamentos especializados, como ocorre em grandes centros internacionais de ensino e pesquisa de medicina.

“A oferta de programas deste tipo no Brasil é bastante restrita e normalmente os profissionais precisam recorrer a cursos realizados no exterior para treinamentos do gênero”, diz Dr. Rodrigo Perez, cirurgião do aparelho digestivo e coordenador do Núcleo de Coloproctologia e Intestinos do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital e um dos professores do Centro.

No espaço, que recebeu investimento de R$ 10 milhões por meio de doação, serão ministrados cursos em diversas especialidades, por nomes representativos das diferentes especialidades cirúrgicas brasileiras, que fazem parte do corpo clínico Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“Para o Hospital, que há 125 anos tem o propósito de servir à vida, nossa missão é avançar na oferta de medicina de excelência amparada em conhecimento e tecnologia de ponta, traduzidos na capacitação de profissionais, desde início de carreira até a ultra especialização. Esse projeto expressa a estratégia das frentes de Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital do Hospital de fomentar uma comunidade de profissionais de saúde inovadores e motivados a aprender e a trocar experiências qualificadas no conhecimento científico, cujo foco é sempre o melhor para o paciente” afirma Carolina da Costa, diretora-executiva de Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Por meio de aulas teóricas e práticas, os profissionais da comunidade médica poderão aperfeiçoar técnicas cirúrgicas em peças anatômicas, o que possibilita não apenas a simulação, mas também a realização de procedimentos exatamente como são feitos nos centros cirúrgicos. As peças anatômicas utilizadas serão submetidas a um preparo específico e altamente especializado para conservar as características do tecido original, mimetizando de forma quase idêntica o procedimento realizado em pacientes.

O Centro Avançado de Treinamento Cirúrgico conta com dez mesas cirúrgicas, nas quais até dez peças poderão ser manipuladas ao mesmo tempo, por cerca 30 médicos (os números de peças e de médicos por curso variam, dependendo da especialidade oferecida), numa média de três profissionais por atividade. Este formato permite o treinamento prático com “hands-on”, com ensino qualificado e próximo à individualização do aprendizado. Haverá também cursos de simulação realística com tecnologia 5G e treinamentos virtuais.

Nesta primeira etapa, o Centro já tem programado cursos nas seguintes especialidades: aparelho digestivo, cabeça e pescoço, cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cirurgia hepatobiliar, cirurgia oncológica, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia vascular, coloproctologia, ginecologia, hérnia, mastologia, neurocirurgia, ortopedia, otorrinolaringologia e urologia. As primeiras turmas devem começar o treinamento em abril.

Até o final de 2023, a expectativa é capacitar cerca de 350 profissionais nos treinamentos oferecidos. O Centro está estruturado para trabalhar com um amplo espectro de profissionais, desde aluno de faculdades até ultra especialistas.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz e InCor participam do desenvolvimento de novo material para a correção cirúrgica de pectus excavatum

Casos de deformação na caixa torácica que só poderiam ser tratados por cirurgia aberta, agora, podem ser feitos com mais segurança para o paciente por meio de procedimento minimamente invasivo

São Paulo, 06 de fevereiro de 2023 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz participa de projeto de pesquisa desenvolvido na Divisão de Cirurgia Torácica do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), chefiada pelo Prof. Paulo M. Pego Fernandes, com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) da empresa de tecnologia médica Traumec, que desenvolveu novo material cirúrgico que amplia as possibilidades da cirurgia minimamente invasiva para a correção do pectus excavatum (PE). O PE é uma má-formação no crescimento das cartilagens do tórax que provoca deformação na caixa torácica e que impacta 1,2% da população e pode afetar órgãos, como o coração e os pulmões, a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com o Dr. Miguel Tedde, cirurgião torácico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do InCor e coordenador do projeto de pesquisa, o reparo minimante invasivo do pectus excavatum depende de se implantar próteses (barras metálicas) no tórax do paciente para corrigir a posição do osso esterno e das cartilagens. Até então, o material disponível era importado e não era adequado para quando se necessitava de mais de uma barra. “O novo material, desenvolvido por indústria nacional, além de permitir a utilização de uma ou mais barras metálicas, de acordo com a necessidade de cada paciente, tem um sistema de fixação que torna o procedimento muito mais seguro”, afirma.

Esse novo material, implantado com sucesso em 50 cirurgias realizadas no InCor durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa, já recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, já estão sendo realizadas cirurgias em pacientes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e em outros hospitais, uma vez que a tecnologia está disponível para todo o país.

Segundo o cirurgião, há outras vantagens. Na primeira fase do estudo, o tempo de internação pós-cirurgia que era de sete dias passou para cinco. Já na segunda fase de trabalho, passou para quatro dias. “Casos que só poderiam ser tratados por cirurgia aberta, agora, podem ser corrigidos por meio da videotoracoscopia, com melhora da correção anatômica, menor tempo de internação e uma recuperação mais rápida”, assegura.

Outro ponto importante é que a parceria na pesquisa entre centros de excelência público e privado, como o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o InCor, com a indústria médica nacional possibilitaram que um produto desenvolvido em nosso meio possa substituir com vantagens um produto importado.

Congresso Brasil-Alemanha de Inovação e Sustentabilidade chega a sua 10ª edição

Maior evento de Inovação e Sustentabilidade entre o Brasil e Alemanha abordará temas essenciais para a construção de nosso futuro.

Nos dias 29 e 30 de setembro especialistas em inovação e sustentabilidade, dos setores privado, público e acadêmico, se reunirão durante o 10º Congresso Brasil-Alemanha de Inovação e Sustentabilidade, maior evento de inovação e sustentabilidade entre Brasil e Alemanha.

O tradicional evento do ecossistema de inovação será digital e gratuito. As inscrições já estão abertas.

“Nesta edição o tema central Shaping the Future: Green and Digital Transition nos ajudará a criar uma ampla plataforma de discussão sobre as principais tendências que estão transformando os negócios e a sociedade. Reunimos um time de especialistas do Brasil e da Alemanha para compartilhar insights a respeito da inovação como um poderoso agente de transformação econômica, ambiental e social”, explicou Bruno Vath Zarpellon, Diretor de Inovação e Sustentabilidade na Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo.

Manfredo Rübens, Presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e Presidente para a América do Sul na BASF; Antonio Lacerda, Líder do Comitê de Inovação da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e Vice-Presidente Sênior de Produtos Químicos e de Performance na BASF; e Heiko Thoms, Embaixador da Alemanha no Brasil, estão confirmados para abrir o evento.

Dividido em blocos, o primeiro dia do evento conta com o keynote speaker Ole Janssen, Vice-Diretor Geral de Política de Inovação e Tecnologia no Ministério de Economia e Proteção Climática (Bundesministerium für Wirtschaft und Klimaschutz – BMWK) palestrando sobre a visão estratégica para transição verde e digital.

ESG Data e Digitalização da Sustentabilidade, tecnologias focadas no incremento da qualidade de vida e produtividade do colaborador, também serão temas abordados no primeiro dia. O tema descarbonização também não ficará de fora e será abordado em palestras e painéis sobre a evolução do mercado de carbono na Alemanha, políticas de taxas sob geração de carbono da União Europeia, manufatura inteligente e matérias-primas renováveis.

No segundo dia de congresso, os participantes poderão acompanhar discussões sobre projetos inovadores de impacto social e ambiental viabilizados a partir de ecossistemas colaborativos.

José Borges Frias, Chefe de Inovação Corporativa na Siemens Brasil; Ornella Nitardi, Gerente de Inovação Aberta e Ecossistema Digital para a América do Sul na BASF; e Marcos Freire Gurgel, Diretor de Corporate Venture, Inovação Aberta e Jet Skis no iFood comporão um painel para discutir o conceito de inovação aberta como ferramenta para alavancar projetos de sustentabilidade.

O Metaverso como plataforma de inovação na experiência do cliente será um tema de destaque do evento, sendo discutido em um painel composto por Priscila Cruzatti de Oliveira, Gerente de Inovação e Saúde Digital no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Rafael Alves, Chefe de Rede Digital Enterprise para o Brasil na Siemens.

Digitalização no campo, Economia Circular e NFTs também compõem os temas a serem discutidos no segundo dia de evento.

A edição deste ano conta com o patrocínio das empresas BASF, Siemens, Bosch,e Lufthansa.

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