Comer rápido pode elevar o risco de diabetes

Essa ligação foi encontrada em estudo com milhares de homens

Com base em um banco de dados de mais de 15 mil homens de 40 a 74 anos, cientistas japoneses categorizaram esses indivíduos de acordo com a velocidade com que se alimentavam. Em cinco anos, 620 desenvolveram diabetes.

Cruzando as informações, os estudiosos repararam que os comedores mais acelerados corriam um risco 35% maior de encarar a doença.

Para a endocrinologista Tarissa Petry, do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), trata-se de um achado que dá o que pensar, mas ainda não conclusivo.

“É que os próprios voluntários relatavam se comiam rápido ou não”, nota, frisando que nem sempre essa percepção é fidedigna. “O ideal, agora, é realizar uma pesquisa mais controlada, em que o tempo da alimentação seja de fato cronometrado”, argumenta.

Segundo pesquisa, comer depressa pode contribuir para o surgimento do diabetes Foto: Reprodução/Internet

A teoria faz sentido

Embora a pesquisa não permita cravar que comer rápido provoca diabetes, Tarissa reconhece que há hipóteses plausíveis para associar a pressa à mesa à maior propensão à doença.

“Acredita-se que quem come rápido demora mais para sentir saciedade. Aí, acaba ingerindo um volume maior do que precisa”, raciocina a endocrinologista.

Esse é um processo que facilita o ganho de peso e, se houver predisposição, sobe o risco de o diabetes tipo 2 aparecer.

Treino para desacelerar
Atitudes que ajudam a ter mais calma diante dos alimentos:

– Apoie os talheres à mesa a cada garfada;
– Do aroma à textura, saboreie o prato;
– Nada de celular ou TV enquanto está comendo;
– Reserve uns 30 minutos para ficar à mesa;
– Comece a refeição pela salada.

Por: Thaís Manarini
Fonte: Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP)

Diabetes: doença crônica que afeta 16 milhões é também fator de risco para Covid-19

São Paulo, 22 de junho de 2021 – Segundo o Atlas de 2019 da International Diabetes Federation, o Brasil tem 16.8 milhões de pessoas com diabetes, ocupando o 5º lugar no ranking mundial. A estimativa para 2045 é de 20 milhões. E inevitavelmente, por conta de todo efeito que a doença causa no sistema imunológico e processo inflamatório, pessoas com diabetes estão sempre no grupo de risco de pandemias e infecções virais, como é o caso da Covid-19, que já dura mais de 15 meses no Brasil.

“Pessoas com diabetes e obesidade, que geralmente estão associadas, foram as mais predispostas à forma grave e mortalidade por Covid-19, independentemente da idade. O binômio ‘diabesidade’ é a real pandemia do século e se não tratada adequadamente serão sempre as mais suscetíveis em pandemias futuras” explica o coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Ricardo Cohen.

Em um estudo publicado na SOARD (Surgery for Obesity and Related Diseases) em janeiro deste ano, envolvendo 339 pacientes infectados pelo coronavírus que foram hospitalizados em Wenzhou, na China, a presença de diabetes foi associada a um risco cerca de quatro vezes maior da forma grave de Covid-19.

Durante a pandemia de gripe H1N1, a obesidade e o diabetes também foram diretamente relacionados com maior mortalidade pela infecção.

“No Brasil, essas doenças sozinhas já são responsáveis por mais de 70% das mortes, principalmente por causas cardiovasculares, como infartos e derrames. O que observamos é que enfrentamos essas duas epidemias há décadas, sem grandes estratégias para combatê-las”, diz o médico.

Médicos, instituições e a Organização Mundial da Saúde apontam a preocupação com o controle de doenças crônicas e progressivas, enquanto o mundo ainda enfrenta a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

“Muitos casos podem ter se agravado ainda mais durante o isolamento social. É importante salientar que estamos falando de uma doença silenciosa, podendo levar anos para manifestar sintomas, e as pessoas não devem negligenciar sua saúde. Além do uso correto das medicações já prescritas, o retorno ao médico é fundamental para ajustes necessários, a fim de manter a doença sob controle”, comenta a endocrinologista Dra. Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Nos últimos anos, novos medicamentos surgiram e ampliaram as opções para o tratamento do diabetes. Entre os fármacos que podem ser indicados estão os análogos do hormônio GLP-1 e os inibidores da SGLT-2. Uma nova geração de insulinas também tem melhorado a posologia para os pacientes. Porém, mesmo com essas novas associações de medicações, a adesão não é fácil, segundo a endocrinologista. “A maioria tem dificuldades em tomar medicações corretamente e manter o estilo de vida saudável”, explica.

Em 2019, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, já apontava que 44,8% da população geral relataram praticar atividade física por tempo inferior ao recomendado pela OMS, de 75 a 150 minutos por semana, e apenas 34,3% afirmaram consumir regularmente frutas e verduras. “Podemos ter uma piora ainda maior desses hábitos, por conta de todo estresse causado pela pandemia.

As pessoas devem manter ou retomar urgentemente a prática de atividade física, ter uma alimentação saudável e ficar de olho nas taxas de glicemia. Em caso de qualquer alteração, deve-se procurar atendimento médico”, orienta Dra. Tarissa.

O Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz cita que entre 60 a 70% dos pacientes com o diabetes tipo 2 não apresentam controle glicêmico adequado. “Vivemos há anos uma epidemia global do diabetes, uma doença crônica e progressiva.

Para os pacientes cuja doença não consegue ser controlada só com medicamentos ou insulina, a melhor opção é a cirurgia metabólica. Com a pandemia, podemos ter um aumento de pessoas que necessitem do tratamento cirúrgico”, diz Dr. Ricardo Cohen.

Benefícios da cirurgia metabólica

A cirurgia metabólica é definida como qualquer intervenção sobre o tubo digestivo que tem como finalidade o controle do diabetes tipo 2. Os resultados podem ser detectados já a curto prazo, já que entre 70% a 80% dos pacientes que são submetidos ao procedimento cirúrgico não precisam mais utilizar a insulina para manter o tratamento da doença, e um número significante de pacientes pode diminuir o número de medicações ou mesmo não necessitar mais de medicamentos por via oral. Além de tudo isso, os pacientes tem perda de peso significante, controle do colesterol e da pressão arterial e redução de complicações renais e fundamentalmente diminuição do risco de eventos e mortalidade cardiovascular, que é o grande objetivo do controle da “diabesidade”.

Uma pesquisa do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, publicado na Jama Surgery em 2020, avaliou 100 pacientes e apontou que a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz para impedir a progressão da doença renal crônica precoce em pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade O estudo detectou a remissão da albuminúria (perda da proteína albumina na urina, indicador de insuficiência renal) em 82% após a cirurgia metabólica (bypass gástrico em Y de Roux) e em 54,6% dos pacientes após tratamento clínico, com as melhores medicações atualmente disponíveis.

“A remissão de mais de 80% da albuminúria e das lesões renais a partir do tratamento cirúrgico significa evitar a progressão da doença e, consequentemente, reduzir a necessidade de fazer diálise e transplante de rins, além de diminuir fatores de risco que podem levar a infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, avalia o Dr. Cohen.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Aparelho Digestivo. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4,5 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Estudo publicado na Jama Surgery aponta que cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz na remissão de complicações renais em pessoas com diabetes tipo 2

Pesquisa do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz comparou os efeitos do tratamento cirúrgico e melhor tratamento clínico em pacientes com diabetes tipo 2, associada à doença renal crônica em fase inicial e IMC entre 30 e 35.

São Paulo, 22 de junho de 2020 – A cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz para pausar a progressão da doença renal crônica precoce em pacientes com diabetes tipo 2, é o que aponta pesquisa inédita do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, publicado na Jama Surgery, uma das principais revistas científicas do mundo. O estudo randomizado é o primeiro que tem como objetivo comparar a cirurgia metabólica e o melhor tratamento clínico para pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 que tenham IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 35 (obesidade grau 1), com alterações microvasculares, como as doenças renais.

As doenças microvasculares são aquelas que danificam os pequenos vasos dos olhos (retinopatia), rins e nervos (neuropatia). Já os danos renais causados pelo diabetes demoram mais tempo a serem percebidas pelos pacientes. O monitoramento regular dos níveis de proteína presentes na urina é fundamental para evitar a evolução destas complicações que podem levar ao comprometimento total dos rins. A primeira avaliação feita em dois anos, de um estudo com cinco anos de acompanhamento, detectou a remissão da albuminúria (perda da proteína albumina na urina e importante indicador de insuficiência renal), em 54,6% dos pacientes após tratamento médico e 82% após a cirurgia metabólica por bypass gástrico em Y de Roux.

Segundo o Dr. Ricardo Cohen, autor principal do estudo e coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o diabetes é uma doença crônica e progressiva, e o paciente com lesão renal inicial geralmente evolui para diálise, transplante renal e tem risco de complicações cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). “A remissão de mais de 80% da albuminúria e das lesões renais, com o tratamento cirúrgico significa evitar a progressão da doença e consequentemente diálise e transplante de rins. O estudo comprova que em dois anos, os pacientes operados têm muito menos chance de apresentarem essas complicações, enquanto os pacientes com os melhores medicamentos apresentam uma melhora, mas não estancam o avanço de possíveis danos renais irreversíveis e seus riscos associados”, avalia o cirurgião.

A pesquisa contou com a participação de 100 pacientes, acompanhados por cinco anos, sendo que 50% foi submetido à cirurgia metabólica e a outra metade teve acesso aos medicamentos mais modernos e eficazes disponíveis para o tratamento clínico do diabetes.

“Este é o primeiro estudo que utiliza a melhor medicação disponível e tem como foco analisar os desfechos renais. Atualmente há 12 estudos mundiais que comparam tratamento cirúrgico e clínico, mas o foco deles é o controle glicêmico, em pacientes com IMC superior à 35”, explica Dr. Ricardo Cohen. A triagem para o estudo de pessoas com IMC entre 30 e 35, foi um fator fundamental, já que a maioria da população com diabetes no mundo sofre de obesidade grau I ou sobrepeso.

A análise feita pelo Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz ainda mostra que em ambos grupos o índice glicêmico foi controlado, mas isso não interfere no dano renal, o mais grave das comorbidades provocadas pelo diabetes. Outros resultados do estudo também apontaram que a cirurgia metabólica ainda traz mais benefícios em relação ao controle e normalização da hemoglobina glicada, colesterol, triglicérides, pressão arterial e alteração de qualidade de vida. A cirurgia também teve o desfecho mais indicado em relação a descontinuação de medicamentos para pacientes com diabetes tipo 2, já que os doentes operados diminuíram em cinco vezes suas medicações. O número médio de agentes farmacológicos para controle metabólico foram seis no melhor tratamento médico e um após a cirurgia metabólica.

“Em dois anos, a hemoglobina glicada foi reduzida em 2,2% em pacientes com tratamento clínico e 2.6% nos cirúrgicos. O resultado é surpreendentemente bom e mostra a importância dessas novas medicações. Porém, o diabetes é uma doença progressiva e também de difícil adesão ao tratamento, por isso, nota-se uma piora depois de um tempo de acompanhamento nos índices metabólicos, enquanto a cirurgia amputa a evolução das complicações, alcançando 44,5% de pacientes com remissão da doença”, analisa o coordenador do estudo.

Os pacientes cirúrgicos alcançaram as metas da American Diabetes Association de colesterol LDL em comparação com o melhor grupo de tratamento médico, 72% vs 52%. A meta de triglicerídeos de 150 mg/dL foi alcançada por 41% dos pacientes do grupo clínico e por 81% dos pacientes operados. A variação do peso também foi outro achado importante, menos de 5% dos pacientes que usou os medicamentos alcançaram 15% de perda de peso corporal, enquanto no grupo de pacientes operados o percentual foi de 95%.

Impactos econômicos

Atualmente, no Brasil, mais de 80.000 pacientes precisam de diálise decorrente do diabetes, custando US$ 350 milhões por ano. Para que os brasileiros com diabetes e doença renal crônica precoce se beneficiassem do tratamento, seria preciso oferecer apenas 100 cirurgias metabólicas extras por ano, com custo de U$3.000,00 por paciente, gerando uma economia de US$ 150.000,00 para o sistema de saúde, para cada pessoa que possivelmente poderia desenvolver complicações renais e precisar de diálise. Enquanto, a cirurgia seria paga em menos de 2 anos.

“Espera-se que, à medida que saímos da epidemia do COVID-19, o sistema de saúde seja reorganizado para trazer o máximo de benefício aos pacientes, usando estratégias clinicamente comprovadas e econômicas, e que futuramente, em outras pandemias, desafoguem UTIs e leitos de internação, já que trata-se de um grupo de risco”, esclarece Dr. Ricardo Cohen.

O que é cirurgia metabólica

Cirurgia metabólica é definida como qualquer intervenção do tubo digestivo, que tem como finalidade o controle do diabetes do tipo 2, com ou sem medicação por meio de mecanismos independentes da perda de peso, e também secundariamente por perda de peso. No caso do estudo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a técnica utilizada é a do o bypass gástrico (ou Y de Roux), que consiste em fazer o grampeamento do estômago e o desvio do intestino inicial para alterar o trânsito de alimentos. Com o procedimento, a perspectiva é que os sintomas nos pacientes regridam parcialmente ou totalmente.

Link estudo: https://jamanetwork.com/journals/jamasurgery/article-abstract/2766660

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é o único brasileiro no comitê científico em Congresso Mundial de terapias para o tratamento do diabetes tipo 2

Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes participa de um dos mais importantes congressos mundiais sobre diabetes

São Paulo, 5 de abril de 2019 – Entre os dias 8 e 10 de abril, acontece o 4º Congresso Mundial de Terapias Intervencionistas para o Tratamento do Diabetes Tipo 2 (WCITD), no Hilton Midtown, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. O evento tem como objetivo reunir os principais especialistas do mundo para discutir as descobertas mais recentes sobre as cirurgias metabólica e bariátrica e novas terapias para o tratamento da doença.

O coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Ricardo Cohen, é um dos membros do comitê científico e, junto com outros médicos e cientistas de renome internacional irá discutir novos procedimentos cirúrgicos e intervenções baseadas em dispositivos para obesidade e diabetes.

Doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo, Dr. Ricardo Cohen é coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atua, principalmente, nos seguintes temas: diabetes mellitus tipo 2 e cirurgias bariátrica e metabólica. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012), o médico é presidente do capítulo latino americano e membro do comitê executivo da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade (IFSO), membro honorário da Sociedade Espanhola de Cirurgia da Obesidade e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica?(American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 100 artigos e nove livros.

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Pessoas com diabetes podem aproveitar festas de final de ano, mas é importante ficar alerta com os excessos para não afetar a glicemia

Especialistas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas de como pacientes com diabetes podem aproveitas as ceias sem descuidar da saúde

São Paulo, 19 de dezembro de 2018Com a chegada do mês de dezembro, os momentos de confraternização são mais frequentes. Regadas de pratos tradicionais, as ceias de Natal e Réveillon têm uma fartura de opções e pratos considerados mais calóricos. O equilíbrio na ingestão de comidas pelas pessoas com diabetes nestas ocasiões permite participar das festas sem privações.

De acordo com a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o que mais impacta na glicemia é a quantidade de carboidrato consumida e não somente o tipo. “Nenhum alimento deve ser consumido em excesso. Por isso, variar os alimentos sem exagerar na quantidade é a melhor opção. Não há necessidade de proibir certo tipo de sobremesa, desde que haja controle na quantidade a ser consumida. Também não adianta escolher o arroz integral e comer em quantidade exagerada, por exemplo”.

Porém, há certos alimentos que ajudam a manter um bom controle da glicemia, como alimentos ricos em fibras que retardam a absorção de carboidratos, como verduras, legumes e carboidratos integrais. Ao cardápio ainda pode ser acrescentado proteínas de boa qualidade como carnes magras (peru e lombo de porco) e proteínas vegetais (lentilha, soja, grão de bico) em forma de salada ou incorporadas ao arroz.

A alimentação preponderantemente composta de carboidratos simples, como pães, massas, biscoitos e açúcares, eleva a glicemia, uma vez que esse tipo de alimento é consumido e absorvido rapidamente pelo organismo, aumentando a taxa de glicose no sangue em um curto período de tempo. Geralmente estes picos glicêmicos não apresentam sintomas, mas podem causar sede e turvação visual. Dessa forma, é importante manter a monitorização da glicemia e avaliar o efeito desses alimentos nos valores de glicemia.

Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, a cautela é necessária para todos de forma geral, independente da presença ou não do diabetes. Porém, as pessoas com diabetes devem ter uma preocupação a mais, pois o álcool é uma bebida com calorias vazias, ou seja, sem benefício para a saúde e o seu consumo pode interferir no controle glicêmico. Consequentemente, bebidas alcoólicas associadas a opções açucaradas, como caipirinha, batidas e coquetéis são mais prejudiciais.

“O ideal é sempre evitar a bebida alcóolica. Caso a bebida seja ingerida, é importante que ela seja acompanhada de refeições. A hidratação e o controle da glicemia antes, durante e após a ingestão do álcool também devem ser intensificados”, afirma a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Para desfrutar de bebidas saborosas e aproveitar as festas tranquilamente a nutricionista dá dicas de drinks práticos sem álcool.

Coquetel sem álcool

  • 500 ml de água com gás
  • 1 limão espremido
  • 1 xícara de chá de suco de maracujá ou abacaxi
  • Folhas de hortelã

Em um liquidificador, bata todos os ingredientes. Sirva em copos old fashioned com gelo e decore com as folhas de hortelã.

Piña Colada

  • 1 dose de suco de abacaxi
  • 1 dose de leite de coco
  • 1 colher de sopa de creme de leite
  • Pedras de gelo

Misture todos os ingredientes em uma coqueteleira e bata até obter uma mistura homogênea. Sirva em um copo longo.

Drink de Morango

  • 4 morangos
  • 1 dose de água com gás
  • 10 ml de suco de limão siciliano
  • 4 folhas de sálvia
  • Pedras de gelo
  • Adoçante a gosto (opcional)

Bater os ingredientes em liquidificador e servir em um copo longo.

A endocrinologista Dra. Tarissa Petry relembra que as orientações para o período de festas devem ser adotadas durante todo o ano. “Se usarmos datas comemorativas como desculpa, isso vai acontecer o ano todo. A saúde não permite abusos em decorrência de comemorações”.

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Diabetes e férias: como se preparar para se divertir e manter a glicemia controlada?

São Paulo, 14 de dezembro de 2018 – Sair de férias requer preparo e planejamento. No caso de pessoas com diabetes os cuidados vão mais além para que o índice glicêmico permaneça nos níveis ideais. É essencial que a medicação seja conservada de maneira adequada para não comprometer a efetividade do tratamento e o planejamento da viagem.

Devido à demora do processo de cicatrização nos casos de diabetes mal controlado, a atenção aos ferimentos deve ser redobrada. Os cuidados com os pés são fundamentais, principalmente, para os que já convivem com a doença há muitos anos ou têm a glicemia constantemente descontrolada. Usar calçados confortáveis e evitar andar descalço são medidas preventivas a serem adotadas.

Com a quebra da rotina os horários das refeições e o cardápio disponível sofrem alterações. Segundo Tarcila Ferraz de Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alimentação saudável é indicada para pacientes com ou sem a doença, bem como a hidratação com bebidas que não impactam o controle glicêmico. “A preferência é por águas aromatizadas com rodelas de frutas (maçã, laranja, limão) ou com ervas e especiarias, como hortelã e canela em pau. Os picolés recomendados são a base de água e frutas, se possível sem adição de açúcar”.

A nutricionista alerta para o consumo exagerado da água de coco, devido à interferência na glicemia. Cada 240ml tem em média 10g de carboidrato, logo, não deve ser consumida de forma exagerada, em substituição à água natural. “A água de coco interfere nos valores de glicemia como se estivéssemos ingerindo uma fruta, portanto pode entrar no planejamento alimentar em substituição a um horário de fruta e não em substituição a água”, afirma a especialista.

Quanto à alimentação saudável, algumas recomendações podem ser seguidas para que o paciente possa fazer escolhas assertivas e mais saudáveis.

– Evite jejum prolongado;

– Inicie as refeições por saladas cruas;

– Enfeite os pratos com frutas (evitar as frutas em calda, pois são ricas em açúcar);

– Inclua cereais integrais;

– Substitua farofas por farofas de soja;

– Preferira preparações assadas, grelhadas e cozidas;

– Evite os molhos à base de maionese;

– Dê preferência às ervas finas como tempero;

– Evite excessos na escolha da sobremesa. Escolher um tipo;

– Evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Em circunstâncias em que o viajante ficará um longo período sem comer, recomenda-se realizar um lanche rápido e saudável, como frutas e iogurte para evitar a hipoglicemia. Além dos medicamentos ministrados, a atividade física é uma aliada no controle glicêmico, sendo parte do tratamento e deve ser mantida mesmo quando a pessoa está longe de casa.

Em se tratando de medicações, aqueles com diabetes tipo 1, portanto dependentes de insulina, devem medir a glicemia cerca de quatro vezes ao dia. “Caso com a nova rotina o paciente descompense a glicemia, e seja usuário de insulina, pode haver necessidade de ajuste. Nas férias, as pessoas costumam se movimentar mais, apesar de se alimentar mais. Portanto, muitas vezes este ajuste não é necessário”, esclarece Dra Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como armazenar a insulina

O armazenamento correto dos vidros de insulina durante o deslocamento é crucial para que o conteúdo não se torne ineficiente. “Por um período de até sete dias é permitido transportar em condições não-refrigeradas. Para tanto, devem ser seguidas recomendações médicas e nutricionais”, explica a endocrinologista, que também dá algumas dicas:

– Evite exposição dos frascos ao calor excessivo (acima de 40ºC), como no porta-luvas de carros;

– Use sempre veículo com isolamento térmico;

– Nunca exponha os frascos de insulina diretamente ao Sol;

– Sempre que possível, o transporte da medicação deve ser feito no período noturno, quando não há a exposição à luz solar;

– Não congele o produto;

– Não transporte a insulina com gelo seco;

– Se a insulina estiver em um carro, procure estacioná-lo na sombra;

– Em viagem de avião, não despache os frascos com a bagagem, pois a baixa temperatura do compartimento de cargas pode congelar a insulina. A medicação deve ser transportada junto com a bagagem de mão, dentro da aeronave;

– Coloque os frascos de insulina em bolsa térmica ou caixa de isopor;

– Caso não tenha bolsa térmica ou isopor, leve o frasco em bolsa comum junto a você.

Ao chegar no destino, deve-se armazenar os frascos de insulina na geladeira. Caso estejam lacrados, a recomendação é mantê-los entre 2ºC a 8ºC. Se estiverem sendo utilizados, na ausência de geladeiras, podem também ser mantidos em temperatura ambiente (de 15ºC a 30ºC) por, no máximo, um mês, em local fresco, sem incidência de luz e oscilações de temperatura, como próximo ao filtro de água. Mantidos dessa forma o consumo deve ser feito em até seis meses.

Para evitar exposições a temperaturas inferiores a 2ºC e consequente congelamento e perda de efeito, o local mais adequado para armazenar insulinas em geladeira doméstica são as prateleiras do meio para baixo do refrigerador, ou na gaveta de verduras. A porta da geladeira não é indicada, pois com as frequentes oscilações de temperaturas provocadas pela abertura constante do eletrodoméstico pode danificar a insulina. Se for aplicar a insulina, o indicado é retirá-la da geladeira com 15 a 30 minutos de antecedência para evitar o desconforto e irritação da pele.

O paciente com diabetes deve manter a rotina da ingestão dos medicamentos orais mesmo quando fizer viagens longas ou quando há diferença de fuso horário para evitar esquecimentos. Nestes casos, o que as especialistas recomendam é que o medicamento seja levado na bagagem de mão. Os pacientes diabéticos devem estar sempre vigilantes ao controle do índice glicêmico para desfrutarem de uma viagem tranquila.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Novos medicamentos auxiliam a combater o diabetes tipo 2, que impacta 14 milhões de brasileiros

São Paulo, 9 de novembro de 2018 – De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o diabetes melitus tipo 2 atinge 425 milhões de pessoas pelo mundo. O Brasil ocupa o 4º lugar dentre os países com maior número de incidência da doença, com estimativa de 14 milhões. Nos últimos anos, novos medicamentos surgiram e ampliaram as opções para o tratamento desta enfermidade.

Entre os fármacos que podem ajudar no tratamento da doença estão os análogos do hormônio GLP-1 e os inibidores da SGLT-2, além de uma nova geração de insulinas. “Mesmo com essas novas associações de medicações e insulinas é fundamental que o paciente siga o tratamento. A adesão não é fácil”, explica o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O diabetes tipo 2 é a principal causa de novos casos de cegueira, derrames cerebrais, infarto do miocárdio, amputações de membros, insuficiência renal e transplante renal no mundo. “O que pode levar o paciente a morte não é a descompensação da glicose no sangue, mas sim suas complicações”.

Como agem os novos medicamentos?

Os fármacos análogos do hormônio GLP-1, – são injetáveis e fazem com que a medicação aja em receptores do organismo, melhorando a produção de insulina. Aumentam a saciedade, ajudam no controle da pressão arterial e melhora a esteatose hepática. Uma destas drogas, a liraglutida, já se mostrou eficaz na diminuição da mortalidade por eventos cardiovasculares. A liraglutida é a única aprovada para tratar também a obesidade.

Outro grupo de novos fármacos são os inibidores da SGLT-2, que aumentam a eliminação da glicose pela urina, melhoram o controle glicêmico e favorecem a perda de peso, além de reduzir o risco cardiovascular. As medicações são em comprimidos.

A combinação de insulina e análogos de GLP-1 na mesma injeção (caneta), é uma ferramenta terapêutica também recentemente disponível. A vantagem destas medicações, além da comodidade da aplicação conjunta, é o melhor controle da glicemia antes e após as refeições. Por ter doses menores de insulina, diminuem a chance de ganho peso, efeito colateral indesejado.

Uma nova geração de insulinas também tem melhorado a posologia para os pacientes. Elas têm ação ‘ultralenta’. Portanto, reduzem as chances de hipoglicemia, com efeito de 24 horas ou mais. Enquanto as mais ‘antigas’ tem menor duração.

E quando o tratamento clínico não dá certo?

A adesão ao tratamento é fator fundamental para seu sucesso. De acordo com diversas pesquisas, seguir o tratamento à risca é uma dificuldade de pacientes de doenças crônicas, como o diabetes. “Cerca de 70% dos portadores de diabetes tem dificuldades em tomar medicações e manter o estilo de vida saudável”, afirma Dr. Ricardo Cohen. Contar com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por endocrinologistas, nefrologistas, cardiologistas, nutricionistas, cirurgiões, e psicólogos e/ou psiquiatras também são peças chave no controle da doença.

Quando o tratamento clínico não consegue controlar adequadamente o diabetes, uma opção é a cirurgia metabólica. Atualmente no Brasil, o procedimento é autorizado em casos de IMC acima de 30 kg/m², desde que o diabetes não esteja controlado com o melhor tratamento clínico disponível. Após a cirurgia, o índice de remissão da doença chega de 70 a 80% dos casos, com suspensão ou diminuição da medicação.

O objetivo da cirurgia é controlar o diabetes e outros componentes da síndrome metabólica, como hipertensão e lípides (colesterol e triglicérides), através de mecanismos que independem da perda de peso, chamados de efeitos antidiabéticos diretos da cirurgia. “A perda de peso consequente é bem-vinda e melhora ainda mais os benefícios a longo prazo”, completa o especialista.

O que é o Diabetes?

O Diabetes Mellitus tipo 2 tem origem na resistência insulínica, que acontece quando o organismo não consegue mais usar adequadamente a insulina, hormônio que controla a taxa de glicemia nas células, sobrecarregando o pâncreas. Ao longo do tempo, as células produtoras de insulina vão sofrendo ‘morte celular’, até que o pâncreas não consegue dar conta de produzir o hormônio em quantidade suficiente e a glicemia sobe.

Já o Diabetes tipo 1, geralmente é diagnosticado na infância ou na adolescência e acontece quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, comprometendo a liberação da insulina e aumentando assim os níveis de glicose no sangue.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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EPIDEMIA SILENCIOSA

Estima-se que 46% das pessoas com diabetes nem sequer imaginam que convivem com a doença, que só cresce em todo o mundo. Sem tratamento, pode causar danos irreversíveis. Descoberta no início e com acompanhamento adequado, pode ser controlada. Entenda como está o cenário do diabetes hoje no brasil e lá fora e as novas perspectivas da medicina em tratamento e prevenção

É comum, em encontros de família, ouvir comentários sobre a saúde dos mais próximos. É o primo diagnosticado recentemente com diabetes ou a cunhada que acordou com “a vista embaçada”, foi ao médico e descobriu que a glicemia estava alta. Situações que, cada vez mais recorrentes, preocupam os profissionais da saúde. “O crescimento da incidência do diabetes e da obesidade configura uma epidemia de grandes proporções”, alerta o Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, em 2030, 438,7 milhões de pessoas terão a doença. Nos dias atuais, 422 milhões convivem com o diabetes – destes, 14 milhões são brasileiros.

É o equivalente a 6,9% da população brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. O dado é do Censo de 2013, o que significa que esse número hoje é ainda maior. “Tais informações ganham dimensão ainda mais alarmante se considerarmos que quase 50% desses indivíduos não sabem que têm a doença”, diz a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Hospital. “Significa que apenas metade dos pacientes foi diagnosticada e pode ser tratada. Nos outros, o problema avança silencioso.” Fora de controle, a doença é a principal causa de cegueira, derrame cerebral, infarto do miocárdio, amputações de membros, insuficiência renal e transplante renal no mundo. No Brasil, o número de mortes associado às suas complicações cresceu 12% entre 2010 e 2016. No período, foram 406 mil mortes relacionadas à doença, segundo o Ministério da Saúde.

ENTENDENDO O DIABETES

Na prática, falta informação. Pouca gente sabe que o diabetes evolui lentamente até instaurar um caos metabólico no corpo. Aliás, a questão é anterior – pouca gente sabe com precisão o que é a doença. “O diabetes mellitus é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo excesso de glicose no sangue”, explica o Dr. Cohen, responsável por vários estudos científicos que modificaram o manejo de pacientes com obesidade e diabetes no Brasil.

Basicamente, existem dois tipos de diabetes. O tipo 1, de origem autoimune, em que o corpo é incapaz de fabricar insulina. Isso obriga à reposição do hormônio. Cerca de 10% dos diabéticos estão nesse grupo.

Já o diabetes tipo 2 está, em geral, associado ao estilo de vida, principalmente à obesidade, e é o mais comum, acometendo cerca de 90% dos pacientes com a doença. “O diabetes tipo 2 está associado ao aumento da gordura visceral ou abdominal. Essa gordura produz substâncias inflamatórias que levam a um aumento da resistência à ação da insulina nas células”, pontua o Dr. Cohen. A insulina é fundamental para a glicose circulante no sangue entrar nas células, onde será transformada em energia. “Por causa da resistência à insulina, o organismo precisa fabricar uma quantidade cada vez maior desse hormônio, gerando um processo lento de morte das células que o produzem no pâncreas”, explica o médico.

Expansão rápida

  • Em 1980, 108 MILHÕES de pessoas no mundo tinham diabetes
  • Em 2014, estimavam-se 422 MILHÕES de pessoas com a doença
  • Em 2030, a estimativa é de que o número de diabéticos tenha aumentado em mais de 50%

Fonte: OMS

A epidemia no Brasil

  • Em 2006, a doença acometia 5,5% da população total. Em 2016, segundo estimativas, passou a fazer parte da vida de 8,9% dos brasileiros.
  • Entre 2006 e 2017, o número de homens diagnosticados com a doença cresceu 54%. No mesmo período, o diabetes cresceu 28,5% entre as mulheres. No entanto, há mais mulheres com a doença do que homens.

Fonte: Vigitel/MS

NOVAS DESCOBERTAS

Nos últimos anos, a revolução digital que está transformando o mundo contribuiu também para melhorar o acompanhamento do diabetes. Um dos avanços mais interessantes para facilitar a vida do paciente é o sensor subcutâneo para monitoramento da glicemia, lançado há cerca de dois anos. ”É um sensor que fica colado no braço por cerca de 15 dias seguidos, diminuindo a necessidade de picar as pontas dos dedos”, descreve a Dra. Tarissa. Pesquisas recentes mostram que o dispositivo colabora para a estabilização da glicemia em níveis adequados e ajuda a prevenir as oscilações de glicemia (como a hipo e a hiperglicemia), diminuindo o risco de complicações. Estão em desenvolvimento, ainda, lentes de contato para medir a glicemia continuamente e sensores subcutâneos com duração prevista de 12 meses. 

Mais uma novidade foi o lançamento de uma bomba de infusão de insulina para pessoas com diabetes tipo 1, conectada a um sensor que mede a glicose no subcutâneo e envia o resultado diretamente para o dispositivo. A bomba monitora a evolução da glicose para calcular a infusão de insulina no intervalo entre as refeições e suspende a infusão de insulina ao detectar risco de hipoglicemia. 

Os aplicativos para smartphones também têm sido um grande aliado na luta contra a doença: passa de mil o número de apps disponíveis para diabéticos. Boa parte se destina ao gerenciamento do diabetes e à adesão dos pacientes às intervenções propostas pelo médico. Muitos outros trazem dietas, receitas, programas de exercícios e educação sobre a doença. “A tecnologia digital pode colaborar muito para o controle do diabetes se o paciente fizer o acompanhamento com um especialista”, esclarece a endocrinologista. 

A última década tem sido rica em avanços também no setor farmacológico. Foram desenvolvidas novas drogas, como um grupo de substâncias que imitam o hormônio GLP-1, produzido naturalmente pelo intestino delgado quando a comida passa por ele. Ministrados por meio de injeções subcutâneas, os remédios dessa categoria, como a liraglutida e a dulaglutida, desencadeiam uma série de efeitos no organismo que ajudam a controlar o diabetes e a enfrentar a obesidade – estimulam o pâncreas a produzir mais insulina, tornam mais lento o esvaziamento do estômago e aumentam a sensação de saciedade. Uma nova versão desses medicamentos, com duração semanal (a semaglutida), deve ser lançada no Brasil em breve. E aguarda-se, para um futuro próximo, a liberação do primeiro medicamento desse grupo por via oral. 

Outra classe de remédios que tem colaborado com o controle glicêmico, segundo os médicos, é a dos inibidores da enzima SGLT2. As substâncias desse grupo, na forma de comprimidos, têm nomes como empagliflozina e canagliflozina. Seu principal efeito é aumentar a excreção da glicose na urina, o que melhora o controle do diabetes e favorece a perda de peso, mesmo que modesta. “Ambas as classes de drogas demonstraram diminuição da mortalidade secundária a eventos cardiovasculares”, atesta o Dr. Cohen.

“O trabalho conjunto de especialistas de diferentes áreas eleva muito as chances de sucesso do paciente no manejo da doença”

Dr. Ricardo Cohen,
coordenador do Centro Especializado em Obesidade
e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

A VÁRIAS MÃOS

Estratégias de controle que combinam medicamentos orais e injetáveis, mudanças no estilo de vida e a importância do cuidado multidisciplinar foram os temas mais frequentes durante o 78º Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), o maior encontro mundial sobre o tema, realizado no final de junho em Orlando, nos Estados Unidos. Na prática, a abordagem multidisciplinar é uma aliada fundamental na batalha contra o diabetes e também contra a obesidade. “O trabalho conjunto de endocrinologistas, cardiologistas, nefrologistas, nutricionistas, enfermeiras, psicólogos, psiquiatras e cirurgiões eleva muito as chances de sucesso do paciente no manejo da doença”, enfatiza o Dr. Cohen. Também se fala em ampliar as categorias do diabetes para aprimorar o diagnóstico e em personalizar a prescrição. “Hoje, sabemos que a doença se apresenta de modo particular em cada um e a resposta aos medicamentos varia bastante entre pacientes com o mesmo tipo de diabetes”, observa a nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Tão importante quanto a atenção multidisciplinar é a adesão do paciente ao tratamento. “Não existe milagre. As pessoas têm que mudar os hábitos. Cada um deve buscar entender por que sabota a dieta, quais são seus erros, o impacto que isso tem no controle glicêmico”, orienta a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, também do Hospital, alertando sobre a importância de manter o autocuidado. Afinal, não adianta se medicar corretamente, se exercitar e sair da dieta. O mesmo vale para quem pratica atividades físicas e cuida da alimentação, mas esquece de tomar os remédios. O esforço se perde. 

O empresário Rogério Raso, 65 anos, de São Paulo, está entre os pacientes que conseguiram ajustar a rotina para enfrentar a doença, revelada há 15 anos durante um check-up anual. Ele modificou a alimentação, aderiu a um plano semanal de atividade física e ao uso correto de medicamentos. “Hoje, minha saúde é muito melhor. Baixei a glicemia e voltei às corridas de rua incentivado pelos especialistas”, relata o empresário, que sabe que não pode relaxar a vigilância. “A cada seis meses, vou à endocrinologista e à cardiologista, faço exames, tomo todos os remédios. Também sigo um rígido controle alimentar, com o apoio da família.”

Coma certo

A nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, listou dicas importantes para controlar a dieta e prevenir o diabetes. Anote:

  • Dieta com muita restrição de carboidrato não funciona a longo prazo. É mais adequado aprender quais são os melhores alimentos para manter a glicemia nos eixos. Para orientações individualizadas, procure sempre um nutricionista.
  • Atenção na hora de comprar alimentos diet ou light. O iogurte light, por exemplo, tem menos gordura, porém algumas marcas podem conter bastante açúcar. Isso confunde o consumidor que precisa controlar a ingestão de calorias e carboidratos. Na dúvida, sempre confira o rótulo.
  • Embutidos como o peito de peru têm muitos aditivos químicos e sal. Isso faz diferença no equilíbrio alimentar a longo prazo. Troque por frango desfiado ou atum em lata.
  • Alimentos processados com alta durabilidade fora da geladeira têm muitos conservantes e podem conter bastante açúcar. Evite bolos prontos, sucos de caixinha e biscoitos.
  • Pães integrais ou tapiocas recheadas com uma proteína, por exemplo, tornam mais lenta a elevação da glicemia. Equilibre o consumo de carboidrato com o de proteína.

OUTROS CAMINHOS CONTRA O DIABETES

Quando as medidas clínicas não produzem o efeito necessário, entram em cena as soluções cirúrgicas. Foi o que aconteceu com o analista de sistemas Antônio Carlos de Oliveira Silva, 52 anos, de São Paulo. “Minha batalha começou dois anos antes de ser operado, em 2013, quando tive uma paralisia facial e os médicos disseram que havia 90% de chance de o problema estar associado ao diabetes”, conta ele, que, já tomando insulina e outros remédios, não conseguia fazer os ponteiros da balança saírem dos 118 quilos. Um dia, ouviu no rádio sobre a cirurgia do diabetes e resolveu marcar consulta com um especialista.

Em 2015, por indicação médica, Antônio Carlos foi submetido a uma cirurgia metabólica, realizada pelo método conhecido por bypass gástrico ou gastroplastia em Y de Roux. Como o objetivo central dessa intervenção é controlar o diabetes, pode ser feita em pessoas com índice de massa corpórea (IMC)* a partir de 30, desde que o paciente não responda ao tratamento clínico e tenha diabetes tipo 2 não controlado. A operação consiste em desviar a primeira porção do intestino delgado e diminuir parcialmente o estômago. Esse procedimento não tem objetivos de restrição mecânica para a ingestão de alimentos, sua intenção é desencadear mudanças metabólicas, como a liberação de hormônios que, por sua vez, aumentam a liberação de insulina, aumentar a saciedade e ativar mecanismos que “avisam” o fígado para produzir menos glicose. Outros efeitos benéficos são a melhora da composição da flora intestinal e da circulação da bile (fluido fabricado no fígado que atua na emulsificação das gorduras). Tudo isso promove um cenário metabólico favorável ao manejo do diabetes. A perda de peso é também importante, mas considerada um efeito secundário da cirurgia metabólica. “Minha vida mudou completamente. Eliminei 35 quilos, tenho energia, não tomo mais remédios e já corri três meias maratonas”, conta Antônio Carlos, que hoje dá atenção redobrada à alimentação e aos exercícios. “Para manter os resultados e não recuperar o peso, não se pode baixar a guarda”, ensina.

Com técnicas operatórias semelhantes à da cirurgia metabólica, a bariátrica é direcionada à perda de peso e controle das doenças associadas, como hérnia de disco, refluxo gastroesofágico, apneia do sono, entre mais de 20 patologias. Podem fazer a bariátrica pessoas com IMC acima de 35 e que já tenham uma dessas doenças ou com IMC acima de 40, ambos os casos com falha de tratamento clínico. Os principais ganhos são a perda de peso, a melhora da qualidade e da expectativa de vida. Foi o caso de Nilzete Francisca Barreto Santana, 45 anos. Com 1,54 cm de altura, ela pesava 93 quilos e, apesar de tentativas anteriores, não conseguia diminuir o peso e já apresentava doenças como pré-diabetes, esteatose hepática e refluxo gastroesofágico. A ajuda veio pelas mãos do marido, o analista de telefonia Reginaldo, que marcou consulta com a nutricionista do time que o atendia para controlar o colesterol, que estava acima de 230 mg/dl. “Após recomendação médica, optei pela cirurgia e não me arrependo”, conta, um ano mais tarde. “Me sinto menos ansiosa no dia a dia e não tenho mais a fome de antes. A autoestima melhorou e pude realizar um sonho antigo, que era treinar corrida ao lado do meu marido e participar de uma maratona.”

“Para manter os resultados e não recuperar o peso, não se pode baixar a guarda”

ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRA SILVA

O analista de sistemas foi submetido à cirurgia metabólica; perdeu 35 quilos, adotou um estilo de vida mais saudável e ativo e parou de tomar medicamentos

Diagnóstico correto

Detectar a doença e seu estágio é simples – e fundamental para chegar ao tratamento adequado O diabetes pode ser diagnosticado por meio de exames de sangue que avaliam a concentração de glicose no sangue. Um deles é a glicemia de jejum.

O outro é a hemoglobina glicada. Conheça os valores de referência:

LIVRE DE DIABETES

Quando a glicemia de jejum estiver abaixo de 100 mg/dL ou a hemoglobina glicada for menor do que 5,7%, os resultados são considerados normais. A avaliação pode ser repetida a cada um ou dois anos. PRÉ-DIABETES Quando a glicemia de jejum estiver entre 100 e 125 mg/dL, o paciente já é considerado prédiabético. Os valores da hemoglobina glicada ficam entre 5,7% e 6,4%. É uma fase assintomática em que os valores estão acima do normal e abaixo do corte de diagnóstico do diabetes propriamente dito. Hoje, o pré-diabetes já é considerado uma doença, com prescrição de dieta, exercícios físicos e medicamentos. Estudos populacionais mostram que 5% a 10% dos indivíduos pré-diabéticos se convertem em diabéticos a cada ano. O risco de diabetes para quem tem pré-diabetes é cinco vezes maior do que para as pessoas que possuem glicemia de jejum normal.

DIABETES

O indivíduo pode ser considerado diabético quando o resultado do exame de sangue colhido pela manhã, em jejum, apontar níveis de glicemia iguais ou maiores do que 126 mg/dL. Nesse caso, o diagnóstico precisa ser confirmado pela repetição do teste em outro dia.

Também são consideradas diabéticas as pessoas com glicemia igual ou superior a 200 mg/dL em qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições.

O teste de hemoglobina glicada revela os níveis médios de glicose no sangue durante os dois ou três meses anteriores, que é o tempo de vida dos glóbulos vermelhos (a hemoglobina). O diabetes é diagnosticado quando a hemoglobina glicada atinge a porcentagem de 6,5%.

ANTES QUE TUDO ACONTEÇA

Além do foco no diagnóstico precoce e, consequentemente, no controle da doença, outra preocupação dos especialistas no caso de diabetes tipo 2 é a prevenção. “O ideal é impedir que a doença se instale”, diz a nutricionista Thaís. Nesse sentido, além de tentar estabelecer um estilo de vida saudável, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 40 anos e aquelas que estão acima do peso, têm hipertensão ou histórico familiar de diabetes façam exames de sangue para medir a glicemia regularmente. Graças ao aumento do número de pessoas que têm feito exames para avaliar a glicemia, os pesquisadores notaram um contingente muito grande de pessoas em situação de pré-diabetes, fase já caracterizada como uma doença, mas ainda reversível (saiba mais no quadro ao lado).

Logo no início, quando o organismo começa a desenhar as variações que resultarão no diabetes, ainda dá para superar a ameaça. “Nessa fase, é possível controlar adequadamente o quadro com dieta, medicamentos e pelo menos 150 minutos de exercícios semanais. Reduzir 5% a 10% do peso já tem efetividade na prevenção do diabetes”, ensina a nutricionista Tarcila. Depois que se manifesta, o diabetes tem apenas controle e pode haver remissão completa, mas ainda não há cura. “Quando a gente é mais jovem, não leva o risco muito a sério. Precisamos repensar o modo como cuidamos da saúde e investir conscientemente na prevenção”, diz o analista de sistemas Antônio Carlos de Oliveira Silva. Fica a dica!

“Optei pela cirurgia e não me arrependo. Meus filhos acham que estou menos ansiosa e minha autoestima aumentou”

NILZETE FRANCISCA BARRETO SANTANA
Incentivada pelo marido, Reginaldo (ao lado dela na foto), realizou a cirurgia bariátrica

Previna-se

  • Quem apresenta taxas de hemoglobina glicada compatíveis com pré-diabetes ou diabetes deve investir em uma dieta balanceada, com poucos carboidratos, exercícios três vezes por semana e medicação, caso orientado pelo especialista
  • A redução entre 5% e 10% do peso total pode ter grande impacto nas taxas de glicemia
  • Fazer 150 minutos de exercícios por semana é eficiente na prevenção do diabetes

Novas estratégias para o tratamento do diabetes tipo 2 é tema do II Simpósio Transdisciplinar em Obesidade, Diabetes, Cirurgia Bariátrica e Metabólica

São Paulo, 17 de novembro de 2016 – O Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove, no dia 26 de novembro (sábado), o II Simpósio Transdisciplinar em Obesidade, Diabetes, Cirurgia Bariátrica e Metabólica, voltado a profissionais e estudantes da saúde.

O tema do evento, “Novas estratégias para o tratamento do diabetes tipo 2”, reunirá profissionais do Hospital para discutir a prevenção e as complicações, bem como as novas estratégias para o tratamento clínico e cirúrgico da doença, além da importância da integração da equipe assistencial no cuidado intra-hospitalar. “O Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial no número de portadores de diabetes, com mais de 14 milhões de pessoas acometidas pela doença, das quais 76% estão mal controladas pelas melhores terapias clínicas”, explica o Dr. Ricardo Cohen coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Pela manhã, serão discutidos os últimos resultados de trabalhos clínicos sobre as novas drogas para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 e os seus benefícios, além de debater como a monitorização da glicemia pode ser uma estratégia para mobilizar o paciente a aderir ao tratamento, grande problema em portadores de doenças crônicas como o diabetes do tipo 2. Neste bloco, também será reforçada a importância de evitar as complicações macrovasculares, que podem aumentar em até quatro vezes o risco da mortalidade por doença cardiovascular, e as complicações microvasculares, que podem gerar danos na visão, nos rins e membros.

À tarde, a discussão terá como foco central a cirurgia metabólica como mais uma opção de tratamento para o diabetes tipo 2. A apresentação será conduzida pelo Dr. Ricardo Cohen, que é líder em pesquisas pioneiras, como a que comprovou a eficácia da cirurgia gastrointestinal para tratar diabetes tipo 2 em pacientes com obesidade grau 1.

Neste painel também serão debatidas questões, como os mecanismos de ação da cirurgia metabólica, seus resultados a curto e longo prazo e o seguimento pós-operatório. Os interessados em participar do simpósio devem realizar suas inscrições pelo link: http://www.ccmew.com/haoc2016. O valor da inscrição varia entre R$120 e R$200.

A programação completa pode ser conferida no link: http://www.evecon.com.br/ccm/_programacao/324.pdf.

Programação

08h30 – Abertura.
Palestrante: Dr. Ricardo Cohen.
Moderador: Dra. Claudia Ochiai.

08h45 – Novas drogas para o Diabetes Mellitus tipo 2.
Palestrante: Dra. Fernanda Gomes.

09h – Monitorização da Glicemia como ferramenta para adesão ao tratamento.
Palestrante: Enf. Regina da Silva.

09h15 – Metas do Tratamento Clínico.
Palestrante: Dra. Lívia Porto.

09h30 – Mitos e Verdades sobre os diferentes tipos de edulcorantes.
Palestrante: Nutricionista Cátia Guerbali.

09h45 – Debate.

10h05 – Coffee Break.


Mesa redonda

Moderador: Dra. Carmen Tzanno.

10h30 – Complicações Microvasculares.
Palestrante: Dra. Fernanda Gomes.

10h45 – Auto cuidado na Prevenção do Pé Diabético.
Palestrante: Enf. Regina da Silva.

11h – Síndrome do Pé diabético: Avanços no Tratamento.
Palestrante: Dra. Isa Dietrich.

11h15 – Complicações macrovasculares.
Palestrante: Dr. Germano Souza.

11h30 – Análise crítica dos novos estudos EMPAREG/LEADER.
Palestrante: Dra. Tarissa Petry.

11h45 – Debate.

12h05 – Almoço.


Mesa redonda

Moderador: Dra. Lívia Porto.

14h05 – Como aceitar e conviver com o Diabetes Mellitus.
Palestrante: Psicóloga Graça Camara.

14h20 – A experiência de um time no cuidado intra-hospitalar.
Palestrante: Enf. Tuigi Reis.

14h35 – Adesão ao Tratamento Nutricional: um desafio.
Palestrante: Nutricionista Tarcila de Campos.

14h50 – Benefícios do Exercício Físico.
Palestrante: Educador Físico. Marcos Caetano.

15h05 – Debate.

15h25 – Coffee Break.


Mesa redonda

Moderador: Dr. Fernando Pechy.

15h50 – Cirurgia Metabólica: o que é e quando indicar.
Palestrante: Dr. Pedro Caravatto.

16h05 – Mecanismos de ação da cirurgia metabólica.
Palestrante: Dra. Tarissa Petry.

16h20 – Resultados e durabilidade do efeito metabólico das cirurgias.
Palestrante: Dr. Ricardo Cohen.

16h35 – O seguimento pós-operatório da cirurgia metabólica é diferente da bariátrica?
Palestrante: Dra. Ana Carolina Calmon.

16h50 – Cirurgia metabólica no algoritmo do tratamento do diabetes tipo 2.
Palestrante: Dr. Ricardo Cohen.

17h05 – Debate.

17h30 – Encerramento.
Palestrante: Dr. Ricardo Cohen.


Serviço

II Simpósio Transdisciplinar em Obesidade, Diabetes, Cirurgia Bariátrica e Metabólica
Data: 26 de novembro de 2016 (sábado).
Local: Golden Tulip Paulista Plaza – Alameda Santos, 85 – Jardins – São Paulo.
Horário: das 8h30 às 17h45.
Mais informações pelos telefones (11) 3549-0332 e (11) 3549-0331.


Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos melhores centros hospitalares da América Latina, é referência em serviços de alta complexidade. Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital possui uma das maiores casuísticas do país e concentra seus esforços na busca permanente da excelência do atendimento integral, individualizado e qualificado ao paciente, além de investir fortemente no desenvolvimento científico, por meio da educação e da pesquisa. Com mais de 96 mil m² de área construída, o Hospital dispõe de 321 leitos de internação, 44 leitos instalados na Unidade de Terapia Intensiva, 22 salas de cirurgia e Pronto Atendimento 24 horas. Além disso, oferece uma das mais qualificadas assistências do país e corpo clínico renomado, para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitaloswaldocruz.org.br.


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Centro de Diabetes comemora os resultados positivos de nova metodologia

O primeiro grupo de pacientes do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz apresentou resultados que comprovam a eficácia da nova abordagem para o controle do diabetes implementada nos moldes da metodologia desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em apenas três semanas, os pacientes obtiveram redução de até 35% nos valores da glicemia média semanal e 42% nos valores de variabilidade glicêmica. “Todos esses pacientes se enquadraram na categoria de sucesso terapêutico”, comemora Dr. Augusto Pimazoni Netto, médico educador do Centro de Diabetes.

Com os resultados apresentados, inicia-se uma nova fase nas estratégias de educação e controle do diabetes para os pacientes que aderirem ao programa do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“Os excelentes resultados de nosso Programa de Educação e Controle do Diabetes são reflexo de uma ação integrada de profissionais de saúde de diferentes áreas, que atuam por meio de intervenções diagnósticas, terapêuticas e educacionais que produzem resultados clínicos significativos, aumentando a auto-estima e a adesão do paciente às recomendações recebidas”, diz Dr. Pimazoni.

Por oferecer ao paciente um acompanhamento regular interdisciplinar, o método permite o alcance do controle glicêmico em uma média de 3 a 4 semanas. “Esse resultado, usualmente, demora meses ou anos para ser atingido, pois os retornos médicos habituais oscilam entre 3 e 6 meses e, com este programa que prevê uma consulta semanal durante 4 semanas, o paciente recebe um acompanhamento mais abrangente de toda equipe interdisciplinar”, acrescenta o médico.

O relatório de desempenho clínico dos pacientes atendidos nos meses de março e abril de 2009 reflete o grande potencial de promoção da saúde do programa, contribuindo para a mudança dos hábitos de vida, compreensão da doença e manutenção do controle.

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