Diabetes e férias: como se preparar para se divertir e manter a glicemia controlada?

São Paulo, 14 de dezembro de 2018 – Sair de férias requer preparo e planejamento. No caso de pessoas com diabetes os cuidados vão mais além para que o índice glicêmico permaneça nos níveis ideais. É essencial que a medicação seja conservada de maneira adequada para não comprometer a efetividade do tratamento e o planejamento da viagem.

Devido à demora do processo de cicatrização nos casos de diabetes mal controlado, a atenção aos ferimentos deve ser redobrada. Os cuidados com os pés são fundamentais, principalmente, para os que já convivem com a doença há muitos anos ou têm a glicemia constantemente descontrolada. Usar calçados confortáveis e evitar andar descalço são medidas preventivas a serem adotadas.

Com a quebra da rotina os horários das refeições e o cardápio disponível sofrem alterações. Segundo Tarcila Ferraz de Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alimentação saudável é indicada para pacientes com ou sem a doença, bem como a hidratação com bebidas que não impactam o controle glicêmico. “A preferência é por águas aromatizadas com rodelas de frutas (maçã, laranja, limão) ou com ervas e especiarias, como hortelã e canela em pau. Os picolés recomendados são a base de água e frutas, se possível sem adição de açúcar”.

A nutricionista alerta para o consumo exagerado da água de coco, devido à interferência na glicemia. Cada 240ml tem em média 10g de carboidrato, logo, não deve ser consumida de forma exagerada, em substituição à água natural. “A água de coco interfere nos valores de glicemia como se estivéssemos ingerindo uma fruta, portanto pode entrar no planejamento alimentar em substituição a um horário de fruta e não em substituição a água”, afirma a especialista.

Quanto à alimentação saudável, algumas recomendações podem ser seguidas para que o paciente possa fazer escolhas assertivas e mais saudáveis.

– Evite jejum prolongado;

– Inicie as refeições por saladas cruas;

– Enfeite os pratos com frutas (evitar as frutas em calda, pois são ricas em açúcar);

– Inclua cereais integrais;

– Substitua farofas por farofas de soja;

– Preferira preparações assadas, grelhadas e cozidas;

– Evite os molhos à base de maionese;

– Dê preferência às ervas finas como tempero;

– Evite excessos na escolha da sobremesa. Escolher um tipo;

– Evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Em circunstâncias em que o viajante ficará um longo período sem comer, recomenda-se realizar um lanche rápido e saudável, como frutas e iogurte para evitar a hipoglicemia. Além dos medicamentos ministrados, a atividade física é uma aliada no controle glicêmico, sendo parte do tratamento e deve ser mantida mesmo quando a pessoa está longe de casa.

Em se tratando de medicações, aqueles com diabetes tipo 1, portanto dependentes de insulina, devem medir a glicemia cerca de quatro vezes ao dia. “Caso com a nova rotina o paciente descompense a glicemia, e seja usuário de insulina, pode haver necessidade de ajuste. Nas férias, as pessoas costumam se movimentar mais, apesar de se alimentar mais. Portanto, muitas vezes este ajuste não é necessário”, esclarece Dra Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como armazenar a insulina

O armazenamento correto dos vidros de insulina durante o deslocamento é crucial para que o conteúdo não se torne ineficiente. “Por um período de até sete dias é permitido transportar em condições não-refrigeradas. Para tanto, devem ser seguidas recomendações médicas e nutricionais”, explica a endocrinologista, que também dá algumas dicas:

– Evite exposição dos frascos ao calor excessivo (acima de 40ºC), como no porta-luvas de carros;

– Use sempre veículo com isolamento térmico;

– Nunca exponha os frascos de insulina diretamente ao Sol;

– Sempre que possível, o transporte da medicação deve ser feito no período noturno, quando não há a exposição à luz solar;

– Não congele o produto;

– Não transporte a insulina com gelo seco;

– Se a insulina estiver em um carro, procure estacioná-lo na sombra;

– Em viagem de avião, não despache os frascos com a bagagem, pois a baixa temperatura do compartimento de cargas pode congelar a insulina. A medicação deve ser transportada junto com a bagagem de mão, dentro da aeronave;

– Coloque os frascos de insulina em bolsa térmica ou caixa de isopor;

– Caso não tenha bolsa térmica ou isopor, leve o frasco em bolsa comum junto a você.

Ao chegar no destino, deve-se armazenar os frascos de insulina na geladeira. Caso estejam lacrados, a recomendação é mantê-los entre 2ºC a 8ºC. Se estiverem sendo utilizados, na ausência de geladeiras, podem também ser mantidos em temperatura ambiente (de 15ºC a 30ºC) por, no máximo, um mês, em local fresco, sem incidência de luz e oscilações de temperatura, como próximo ao filtro de água. Mantidos dessa forma o consumo deve ser feito em até seis meses.

Para evitar exposições a temperaturas inferiores a 2ºC e consequente congelamento e perda de efeito, o local mais adequado para armazenar insulinas em geladeira doméstica são as prateleiras do meio para baixo do refrigerador, ou na gaveta de verduras. A porta da geladeira não é indicada, pois com as frequentes oscilações de temperaturas provocadas pela abertura constante do eletrodoméstico pode danificar a insulina. Se for aplicar a insulina, o indicado é retirá-la da geladeira com 15 a 30 minutos de antecedência para evitar o desconforto e irritação da pele.

O paciente com diabetes deve manter a rotina da ingestão dos medicamentos orais mesmo quando fizer viagens longas ou quando há diferença de fuso horário para evitar esquecimentos. Nestes casos, o que as especialistas recomendam é que o medicamento seja levado na bagagem de mão. Os pacientes diabéticos devem estar sempre vigilantes ao controle do índice glicêmico para desfrutarem de uma viagem tranquila.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Data: 14/12/2018 Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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