Especialistas alertam para o perigo da obesidade e o estigma social da doença

São Paulo, 09 de outubro de 2020 – A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um em cada oito adultos no mundo apresentam algum grau de obesidade. A entidade prevê ainda que, em 2025, esse número chegue a 700 milhões e 2,3 milhões de pessoas ao redor do globo apresentem sobrepeso.

Já no Brasil, segundo os dados divulgados pela Pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, a taxa de obesidade dos brasileiros cresceu 10% entre 2006 e 2018, passando de 11,8% para 19,8%, de acordo com levantamento do ano passado.

Segundo a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os maus hábitos alimentares dos brasileiros contribuem muito para o crescimento da obesidade, interferindo também na prevalência de outras comorbidades como o diabetes e a hipertensão.

“O consumo de bebidas adoçadas e refrigerantes, assim como outras guloseimas ricas em açúcares e gorduras, aumentou muito no país nos últimos anos. Isso pode ter contribuído para o crescimento da população com obesidade”, explica.

Apontada pela OMS como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, a obesidade é diagnosticada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico da obesidade em adultos, o parâmetro mais utilizado é o do IMC (Índice de Massa Corporal).

Consideram-se portadoras de obesidade as pessoas com IMC superior a 30. Já as que têm IMC entre 25 e 29,9 são portadoras de sobrepeso. O IMC é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado (IMC = Peso ÷ Altura × Altura).

”O aumento de peso em si pode causar sobrecarga das articulações com degeneração precoce das cartilagens (artrose), limitações de movimento e dores crônicas”, explica a endocrinologista. “Além disso, quando o depósito de gordura acontece principalmente na região abdominal (gordura visceral), o que é mais comum em homens, mulheres após a menopausa, e principalmente em quem tem predisposição genética, esta gordura é extremamente inflamatória e pode levar a doenças graves como diabetes, hipertensão arterial, esteatose hepática (gordura no fígado) e infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame), responsáveis pela mortalidade precoce desta população”.

Estigma da obesidade

Além das complicações e doenças associadas a obesidade, os pacientes que enfrentam a doença também sofrem com um estigma social ainda enraizado na sociedade. Um estudo publicado no início deste ano no periódico científico de alto impacto Nature Medicine e assinado por mais de 100 instituições no mundo, incluindo o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, mostrou que o preconceito contra a obesidade pode comprometer a saúde, dificultando o acesso aos tratamentos adequados, afetando o convívio social e prejudicando a saúde mental.

O coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Ricardo Cohen, explica que uma das grandes barreiras para o acesso ao tratamento adequado dessas enfermidades é a estigmatização e preconceito contra os portadores da doença. “Parte do público e mesmo alguns profissionais da saúde ainda enxergam a obesidade como um estilo de vida inadequado ou até mesmo más escolhas, os quais geram incontáveis problemas para o indivíduo”, explica o cirurgião bariátrico.

Evidências científicas comprovam ainda que esse estigma pode causar prejuízos físicos e psicológicos, e indicam que a probabilidade de procurar e receber cuidados adequados é menor nas pessoas afetadas pelo preconceito. O indivíduo com obesidade costuma ser visto como preguiçoso, guloso, sem força de vontade ou autodisciplina, e está mais vulnerável ao estigma do peso em ambientes como o trabalho, instituições de ensino e até durante os atendimentos médicos.

Obesidade e a Covid-19

Já se sabe, desde o começo da pandemia, que a obesidade é um fator de risco importante para complicações da Covid-19. Como aponta o estudo publicado em agosto deste ano, no periódico científico Obesity Reviews, ondeos quase 400 mil pacientes estudados, sendo eles pacientes com obesidade e infectados com o novo coronavírus, apresentaram o dobro de chance de precisarem de intervenções médicas, e 74% dessa fatia tiveram risco aumentado de serem admitidos em UTIs.

Tratamentos para a obesidade

Existem quatro medicamentos aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratamento de obesidade. “É importante que todos saibam que obesidade é doença e, portanto, exige tratamento. A mudança do estilo de vida é fundamental no processo de perda e manutenção do peso, mas as medicações se fazem necessárias na maioria dos casos.

Quando o tratamento clínico da obesidade não traz os resultados esperados, a melhor opção é a cirurgia bariátrica. Estudos recentes comprovaram que o procedimento muda o paladar, controla a saciedade e transforma a relação de recompensa com a comida, motivando ainda mais a mudança de estilo de vida.

No Brasil, a cirurgia é liberada para pacientes com IMC igual ou superior a 40kg/m² ou IMC entre 35kg/m² e 40kg/m², desde que o paciente tenha comorbidades relacionadas à obesidade.Além disso, em pessoas com o IMC acima de 30 kg/m² e que apresentem diabetes descompensado apesar do tratamento clínico, a cirurgia metabólica também é permitida.

“Quanto mais a pessoa com obesidade espera para procurar tratamento, maior a chance de complicações associadas à doença, como quadros de hipertensão, diabetes, infarto e derrame. Além de um tratamento adequado, o ideal é unir esforços para investir na prevenção”, reforça a médica.

Confira abaixo dez dicas para prevenção da obesidade:

  1. Faça de cinco a seis refeições por dia, com intervalo de três horas entre elas, se você sente muita fome antes das grandes refeições;
  2. Adote uma dieta saudável, rica em frutas, legumes, verduras e cereais integrais;
  3. Evite comer frituras, massas, pães e doces em excesso;
  4. Evite alimentos industrializados e fast food;
  5. Troque o refrigerante por água;
  6. Pratique 30 minutos de exercício físico quatro a cinco vezes por semana. Lembre-se: antes de iniciar qualquer atividade é importante passar por avaliação médica;
  7. Evite comer sentado em frente à TV, mexendo no celular ou no computador. A pessoa pode acabar perdendo o controle do que está comendo e ingerindo o alimento muito rápido, demorando mais para saciar a fome;
  8. Utilize mais vezes a escada, ao invés de elevador. Isso aumenta a queima de calorias;
  9. Não faça compras de alimentos nos supermercados antes das refeições e com fome. Isso evita a compra de alimentos mais calóricos;
  10. Durma pelo menos oito horas por dia. A privação de sono provoca impacto no apetite, na fome e no gasto energético.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Diabetes tipo 2 cresce a cada ano no Brasil

São Paulo, 26 de junho de 2020 – De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), no período entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes tipo 2 passou de 5,5% para 7,4%. O Brasil tem cerca de 16,8 milhões de pessoas com a doença, mais de 14 milhões com tipo 2, ocupando o 6º lugar no ranking. A estimativa para 2045 é de que 20 milhões de pessoas terão diabetes no Brasil, segundo o último Atlas do Diabetes da International Diabetes Federation (2019).

A endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Tarissa Petry, aponta que o aumento de casos e de diagnósticos são consequência do crescimento do sedentarismo, maus hábitos alimentares e da obesidade, doença relacionada ao diabetes. De acordo com a Vigitel, dois em cada 10 brasileiros tem obesidade e mais da metade dos brasileiros está com sobrepeso (55,4%). “Vivemos uma pandemia do diabetes e da obesidade. A maioria das pessoas com diabetes não têm o controle da doença, que além de gerar problemas cardiovasculares e insuficiência renal, pode ser fatal. O que pode levar o paciente à morte não é a só a descompensação da glicose no sangue, mas principalmente suas complicações”, explica.
O Diabetes Mellitus tipo 2 tem origem na resistência insulínica, que acontece quando o organismo não consegue mais usar adequadamente a insulina, hormônio que controla a entrada de glicose nas células, sobrecarregando o pâncreas. Ao longo do tempo, esse quadro causa a falência do órgão, que vai deixando de produzir o hormônio, levando ao diagnóstico deste tipo da doença, que é a principal causa de novos casos de cegueira, derrames cerebrais, infarto do miocárdio, amputações de membros, insuficiência renal e transplante renal no mundo.

DIABETES EM TEMPOS DE COVID-19

As pessoas que vivem com a enfermidade também estão dentro do grupo de risco de alguns vírus respiratórios, como o da pandemia atual, o SARS-CoV-2 causador do Covid-19, já que a hiperglicemia compromete a resposta imune do organismo, dificultando o combate às infecções. “Pessoas que já têm a doença há algum tempo e complicações associadas, assim como o descontrole glicêmico, estão mais suscetíveis a evoluir para a forma grave do Covid-19. Por isso é primordial fazer o tratamento do diabetes corretamente”, comenta Dra. Tarissa.

Essa suscetibilidade acontece, pois, as infecções virais podem aumentar a inflamação do organismo da pessoa com a doença, principalmente quando o diabetes está associado à obesidade, que é uma doença inflamatória de tecidos. Outra maneira do vírus infectar e proliferar no organismo é por meio da ligação à enzima conversora de angiotensina 2, do qual pacientes com diabetes têm maior expressão em células alveolares, miocárdio, rim e pâncreas, o que pode favorecer o aumento da letalidade do Covid-19. Especialistas publicaram na New England Journal of Medicine a hipótese de que a Covid-19 também pode desencadear o diabetes em pessoas saudáveis e agravá-lo em quem já é portador da doença.

Dados internacionais, publicados em revistas médicas, mostram que mais de 60% das internações em Nova Iorque, nos EUA, eram de pessoas com obesidade e próximo a 50%, de pessoas com diabetes. Na Itália, dois terços dos pacientes com Covid-19 internados em UTIs tinham diabetes. Especialistas apontam a importância de se investir em estratégias de controle da disseminação do diabetes, assim como da obesidade, para que em futuras pandemias, evite-se a alta ocupação de leitos em hospitais.

TRATAMENTO

Nos últimos anos, novos medicamentos surgiram e ampliaram as opções para o tratamento desta enfermidade. Entre os fármacos que podem ajudar no tratamento estão os análogos do hormônio GLP-1 e os inibidores da SGLT-2. Uma nova geração de insulinas também tem melhorado a posologia para os pacientes.
Mesmo com essas novas associações de medicações e insulinas é fundamental que o paciente siga o tratamento. “A adesão não é fácil, pois trata-se de uma doença crônica e progressiva, com muitas comorbidades. A maioria tem dificuldades em tomar medicações corretamente e manter o estilo de vida saudável”, aponta a endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“Quando já diagnosticado, dependendo da gravidade, o diabetes pode ser controlado com a realização de atividade física e adoção de estilo de vida e alimentação saudável, mesma fórmula que evita o desenvolvimento da doença. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose. Durante o tratamento é preciso acompanhar os índices de pressão arterial e glicemia e qualquer outra alteração que a doença possa causar”, diz a endocrinologista.

Quando o tratamento clínico não consegue controlar adequadamente o diabetes, uma opção é a cirurgia metabólica. Atualmente, no Brasil, o procedimento é autorizado em casos de IMC acima de 30 kg/m², desde que o diabetes não esteja controlado com o melhor tratamento clínico disponível. Após a cirurgia, o índice de remissão da doença chega de 70 a 80% dos casos, com suspensão ou diminuição da medicação.

Estudo publicado recentemente na Jama Surgery, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, aponta que a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz na remissão de complicações renais em pessoas com diabetes tipo 2. A primeira avaliação feita em dois anos, de um estudo com cinco anos de acompanhamento, detectou a remissão da albuminúria (perda da proteína albumina na urina e importante indicador de insuficiência renal), em 54,6% dos pacientes após tratamento médico e 82% após a cirurgia metabólica por bypass gástrico em Y de Roux.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Estudo publicado na Jama Surgery aponta que cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz na remissão de complicações renais em pessoas com diabetes tipo 2

Pesquisa do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz comparou os efeitos do tratamento cirúrgico e melhor tratamento clínico em pacientes com diabetes tipo 2, associada à doença renal crônica em fase inicial e IMC entre 30 e 35.

São Paulo, 22 de junho de 2020 – A cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz para pausar a progressão da doença renal crônica precoce em pacientes com diabetes tipo 2, é o que aponta pesquisa inédita do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, publicado na Jama Surgery, uma das principais revistas científicas do mundo. O estudo randomizado é o primeiro que tem como objetivo comparar a cirurgia metabólica e o melhor tratamento clínico para pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 que tenham IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 35 (obesidade grau 1), com alterações microvasculares, como as doenças renais.

As doenças microvasculares são aquelas que danificam os pequenos vasos dos olhos (retinopatia), rins e nervos (neuropatia). Já os danos renais causados pelo diabetes demoram mais tempo a serem percebidas pelos pacientes. O monitoramento regular dos níveis de proteína presentes na urina é fundamental para evitar a evolução destas complicações que podem levar ao comprometimento total dos rins. A primeira avaliação feita em dois anos, de um estudo com cinco anos de acompanhamento, detectou a remissão da albuminúria (perda da proteína albumina na urina e importante indicador de insuficiência renal), em 54,6% dos pacientes após tratamento médico e 82% após a cirurgia metabólica por bypass gástrico em Y de Roux.

Segundo o Dr. Ricardo Cohen, autor principal do estudo e coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o diabetes é uma doença crônica e progressiva, e o paciente com lesão renal inicial geralmente evolui para diálise, transplante renal e tem risco de complicações cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). “A remissão de mais de 80% da albuminúria e das lesões renais, com o tratamento cirúrgico significa evitar a progressão da doença e consequentemente diálise e transplante de rins. O estudo comprova que em dois anos, os pacientes operados têm muito menos chance de apresentarem essas complicações, enquanto os pacientes com os melhores medicamentos apresentam uma melhora, mas não estancam o avanço de possíveis danos renais irreversíveis e seus riscos associados”, avalia o cirurgião.

A pesquisa contou com a participação de 100 pacientes, acompanhados por cinco anos, sendo que 50% foi submetido à cirurgia metabólica e a outra metade teve acesso aos medicamentos mais modernos e eficazes disponíveis para o tratamento clínico do diabetes.

“Este é o primeiro estudo que utiliza a melhor medicação disponível e tem como foco analisar os desfechos renais. Atualmente há 12 estudos mundiais que comparam tratamento cirúrgico e clínico, mas o foco deles é o controle glicêmico, em pacientes com IMC superior à 35”, explica Dr. Ricardo Cohen. A triagem para o estudo de pessoas com IMC entre 30 e 35, foi um fator fundamental, já que a maioria da população com diabetes no mundo sofre de obesidade grau I ou sobrepeso.

A análise feita pelo Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz ainda mostra que em ambos grupos o índice glicêmico foi controlado, mas isso não interfere no dano renal, o mais grave das comorbidades provocadas pelo diabetes. Outros resultados do estudo também apontaram que a cirurgia metabólica ainda traz mais benefícios em relação ao controle e normalização da hemoglobina glicada, colesterol, triglicérides, pressão arterial e alteração de qualidade de vida. A cirurgia também teve o desfecho mais indicado em relação a descontinuação de medicamentos para pacientes com diabetes tipo 2, já que os doentes operados diminuíram em cinco vezes suas medicações. O número médio de agentes farmacológicos para controle metabólico foram seis no melhor tratamento médico e um após a cirurgia metabólica.

“Em dois anos, a hemoglobina glicada foi reduzida em 2,2% em pacientes com tratamento clínico e 2.6% nos cirúrgicos. O resultado é surpreendentemente bom e mostra a importância dessas novas medicações. Porém, o diabetes é uma doença progressiva e também de difícil adesão ao tratamento, por isso, nota-se uma piora depois de um tempo de acompanhamento nos índices metabólicos, enquanto a cirurgia amputa a evolução das complicações, alcançando 44,5% de pacientes com remissão da doença”, analisa o coordenador do estudo.

Os pacientes cirúrgicos alcançaram as metas da American Diabetes Association de colesterol LDL em comparação com o melhor grupo de tratamento médico, 72% vs 52%. A meta de triglicerídeos de 150 mg/dL foi alcançada por 41% dos pacientes do grupo clínico e por 81% dos pacientes operados. A variação do peso também foi outro achado importante, menos de 5% dos pacientes que usou os medicamentos alcançaram 15% de perda de peso corporal, enquanto no grupo de pacientes operados o percentual foi de 95%.

Impactos econômicos

Atualmente, no Brasil, mais de 80.000 pacientes precisam de diálise decorrente do diabetes, custando US$ 350 milhões por ano. Para que os brasileiros com diabetes e doença renal crônica precoce se beneficiassem do tratamento, seria preciso oferecer apenas 100 cirurgias metabólicas extras por ano, com custo de U$3.000,00 por paciente, gerando uma economia de US$ 150.000,00 para o sistema de saúde, para cada pessoa que possivelmente poderia desenvolver complicações renais e precisar de diálise. Enquanto, a cirurgia seria paga em menos de 2 anos.

“Espera-se que, à medida que saímos da epidemia do COVID-19, o sistema de saúde seja reorganizado para trazer o máximo de benefício aos pacientes, usando estratégias clinicamente comprovadas e econômicas, e que futuramente, em outras pandemias, desafoguem UTIs e leitos de internação, já que trata-se de um grupo de risco”, esclarece Dr. Ricardo Cohen.

O que é cirurgia metabólica

Cirurgia metabólica é definida como qualquer intervenção do tubo digestivo, que tem como finalidade o controle do diabetes do tipo 2, com ou sem medicação por meio de mecanismos independentes da perda de peso, e também secundariamente por perda de peso. No caso do estudo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a técnica utilizada é a do o bypass gástrico (ou Y de Roux), que consiste em fazer o grampeamento do estômago e o desvio do intestino inicial para alterar o trânsito de alimentos. Com o procedimento, a perspectiva é que os sintomas nos pacientes regridam parcialmente ou totalmente.

Link estudo: https://jamanetwork.com/journals/jamasurgery/article-abstract/2766660

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza live sobre a relação da obesidade e do diabetes com a Covid-19

Transmissão será conduzida pelo médico Dr. Ricardo Cohen, referência em cirurgia metabólica no país

São Paulo, 16 de junho de 2020 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio do seu Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, transmite nesta sexta-feira, 19, às 16h30, a live “Pandemia: Obesidade e Diabetes encontram a Covid-19”. O encontro virtual será na página oficial do Hospital no Linkedin. Para assistir, basta acessar a página.

A live será conduzida pelo coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, o cirurgião bariátrico Dr. Ricardo Cohen, e pela endocrinologista Dra. Tarissa Petry. Os especialistas irão abordar sobre pontos importantes que devem ser levados em conta quando o assunto é o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus ligados as comorbidades obesidade e diabetes.

Na ocasião, Dr. Ricardo Cohen, que também é coordenador da pós-graduação em Cirurgia Bariátrica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, irá tirar as principais dúvidas sobre a importância deste procedimento no combate à obesidade, uma doença crônica e progressiva, mesmo em tempos de pandemia.

Sobre o Dr. Ricardo Cohen – coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Graduado em Medicina em 1984 e doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (1996). Atualmente, é coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012). Presidente do 21º Congresso Mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Doenças Metabólicas (IFSO, na sigla em inglês) que aconteceu em setembro de 2016 no Rio de Janeiro.

Sua área de atuação é principalmente nos seguintes temas: diabetes mellitus tipo 2 e cirurgias bariátrica e metabólica. É membro do Comitê Executivo da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade (IFSO), membro honorário da Sociedade Espanhola de Cirurgia da Obesidade e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 100 artigos e nove livros.

Sobre Tarissa Petry – Endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Doutora em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Pesquisadora do Instituto de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz na área de Diabetes e Cirurgia Metabólica.

Pós-graduação em Cirurgia Bariátrica

Coordenada pelo Dr. Ricardo Cohen, a pós-graduação tem como foco principal a seleção e tratamento adequado de pessoas com obesidade e suas doenças associadas, como o diabetes tipo 2. Com duração de 10 meses, a especialização pretende formar os alunos no atendimento diário dos pacientes em pré-operatório e pós-operatório, com uma equipe multidisciplinar de profissionais de excelência na área da saúde.

O programa é desenvolvido uma vez por mês, durante quatro dias, no próprio Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. Os alunos também poderão acompanhar cirurgias e terão todo o apoio adequado da equipe multidisciplinar do Centro, além de aulas e discussões dos principais tópicos, para que quando terminado o curso, o aluno sinta-se preparado para o tratamento dos pacientes portadores de obesidade.

Para mais informações sobre o curso e inscrições, acesse o site: https://www.fecs.org.br/pos-graduacao/cirurgia-bariatrica-e-metabolica/

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Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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OBESIDADE versus CÂNCER

Conversamos com duas especialistas do centro especializado em obesidade e diabetes e do centro especializado em oncologia do hospital para entender a perigosa relação entre esses dois problemas de saúde.

Estar acima do peso é um problema atualmente associado a pelo menos 13 tipos de câncer. Um indivíduo que apresenta IMC (índice de massa corpórea) acima de 25 deve ficar alerta, principalmente se tiver histórico de doenças metabólicas, como diabetes, ou câncer. “Esse paciente pode apresentar uma gordura visceral, ou seja, a distribuição de gordura ruim. A liberação de enzimas de atividade inflamatória pode levar ao desenvolvimento de câncer”, explica a Dra. Lívia Porto, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. De acordo com a revista Scientific American, a obesidade mais do que duplica o risco das formas mais comuns de câncer de esôfago. A ocorrência da doença está diretamente relacionada ao refluxo – pesquisas recentes apontam que 70% das pessoas obesas sofrem com os ácidos presentes no estômago que voltam pelo esôfago em vez de seguir o fluxo normal da digestão. “O obeso tem um risco muito grande de doença do refluxo, o que acaba aumentando as chances de desenvolver câncer de esôfago. O tipo associado ao refluxo é o adenocarcinoma, mais comum no finalzinho do esôfago, já na transição com o estômago”, diz a oncologista clínica Dra. Renata D’Alpino, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital. Em entrevista à LEVE, as duas especialistas discutem o tema com mais profundidade. Confira a seguir.

“Obesidade é uma doença e seu tratamento é necessário para que a pessoa se veja livre do refluxo, do diabetes e da hipertensão arterial” – Dra. Lívia Porto

Dra. Renata: Quando há um refluxo, o conteúdo do estômago fica retornando constantemente para o esôfago e agride a mucosa. Isso se torna uma inflamação que propicia o desenvolvimento de câncer de esôfago. Por isso a gente fala que existe essa associação entre a doença do refluxo e o risco de desenvolvimento de câncer de esôfago.

Dra. Lívia: Essa é uma das questões relaciona – das à obesidade. Devido ao aumento da pressão intra-abdominal causada pela gordura visceral, há um aumento do risco de refluxo. É como se estivesse apertando o estômago e aumentando, assim, as chances desse fluido ácido retornar para o esôfago.

Dra. Renata: Vários tipos. Câncer de intestino, colo e reto, câncer de rim, de fígado. Nas mulheres, câncer de endométrio, que é a parte de dentro do útero, e câncer de ovário. Hoje, por exemplo, sabe-se que a principal causa de cirrose nos Estados Unidos é o acúmulo de gordura no fígado, e essa é a principal causa de desenvolvimento de câncer de fígado no país.

Dra. Lívia: Além do sobrepeso, que é acima de 25, a gente classifica como obeso grau 1 acima de 30 de IMC; grau 2 acima de 35; e grau 3 acima de 40. A classificação é importante porque a partir dela é possível prever as chances de risco de o paciente desenvolver essas doenças, pois, quanto maior o grau de obesidade, mais severo é o acúmulo de gordura e, assim, maiores as chances de desenvolver uma doença metabólica.

Dra. Renata: Há ainda outros fatores que podem fazer com que a pessoa com obesidade tenha risco de câncer. Nas mulheres, por exemplo, existe um acúmulo maior de estrogênio por causa da quantidade excessiva de gordura, o que pode aumentar o risco de câncer de endométrio e de câncer de mama. Outra relação é a resistência à insulina que existe no paciente obeso. A insulina no nosso corpo funciona como um fator de crescimento tanto para células normais quanto para células cancerígenas, então é como se houvesse um estímulo para as células se replicarem, e isso pode levar ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

Dra Lívia: Quando há aumento da gordura no abdômen, essa resistência insulínica é ainda maior. E a hiperinsulinemia, que é um hormônio anabolizante, mas não de anabolismo de músculo, termina fazendo esse estímulo tecidual de maneira inadequada.

Dra Lívia: No Brasil, hoje, temos 40% da população obesa, e isso significa que é preciso ficar de olho não só nas doenças clássicas relaciona – das à obesidade, como diabetes e hipertensão ou colesterol alto, mas também nessas relacionadas à oncologia.

Dra. Renata: Existe um dado bem concreto de que 40% dos casos de câncer hoje nos Estados Unidos são decorrentes da obesidade. Então imagine que é um número bastante expressivo – muitos pacientes com câncer desenvolveram a doença por causa do excesso de peso.

“O obeso tem um risco muito grande de doença do refluxo, o que acaba aumentando as chances de desenvolver câncer de esôfago” – Dra. Renata D’Alpino

Dra. Lívia: Existe uma ideia equivocada de que pessoas com obesidade não precisam usar a medicação porque a solução só depende deles. Obesidade é uma doença e seu tratamento é necessário para que a pessoa se veja livre do refluxo, do diabetes e da hipertensão arterial.

Dra. Renata: Qualquer coisa fora do normal, uma dor que não passa, emagrecimento repentino, uma alteração de hábito intestinal, ou a mulher que apalpou um nódulo na mama, um sangramento vaginal. São sinais que podem ocorrer tanto em uma pessoa com sobrepeso quanto em uma pessoa sem e podem estar ligados ao risco do desenvolvimento de câncer.

Dra. Lívia: A prevenção é o tratamento da obesidade, principalmente procurar melhorar a distribuição de gordura corporal e mudar o tipo de alimento que o paciente consome. Substituir os carboidratos simples por uma alimentação mais rica em gordura boa e proteína, por exemplo. Além disso, independentemente da questão da perda de peso, a prática de exercícios físicos ajuda a reduzir a resistência insulínica, que aumenta as chances de desenvolvimento de câncer. Bastam atitudes simples, como ir ao trabalho a pé ou deixar o carro em casa e usar o transporte público.

Dra. Renata: A cirurgia bariátrica representa a chance de uma perda mais eficaz de peso nesses pacientes, e isso leva à diminuição do risco de diversos tipos de câncer ao longo do tempo. A cirurgia também funciona como prevenção.

Dra. Lívia: É preciso uma multidisciplinaridade para tratar a obesidade, porque ela não é só ambiental, nem só comportamental, nem só decorrente do estilo de vida. A obesidade é uma doença que se retroalimenta, e isso envolve alterações de hormônios intestinais, alterações inflamatórias e resistência insulínica. Acredito que o aumento de pessoas com obesidade está relacionado ao ambiente em que a gente vive e por ser uma doença que se retroalimenta. Precisamos, então, ampliar o olhar sobre o problema e entender todos os fatores que o influenciam, não apenas para tratar a obesidade, mas para preveni-la.

O QUE É COMIDA PARA VOCÊ?

Evitar o desperdício, ter mais atenção à saúde e se preocupar com o futuro do planeta. Esses são alguns dos motivos que estão transformando a nossa alimentação.

Há mais de cinco anos, quando era voluntária em uma ONG de proteção animal, Isadora Attab passou por um processo de descoberta e transformação.

“Percebi que era bastante hipócrita da minha parte continuar comendo alguns animais enquanto me preocupava com a vida e a saúde de outros. O cachorro não é tão diferente da vaca”, diz ela.

Começava aí, em 2014, sua dieta vegetariana. “Foram três anos sem comer carne para, só depois, começar a transição para o veganismo”, lembra ela.

Hoje, Isadora não come nenhum derivado animal e nem consome outros produtos de tais origens como cosméticos testados em animais e tecidos provenientes deles, como seda, couro e lã, entre outros.

A história de Isadora tem se tornado cada vez mais frequente e representa, hoje, uma fatia significativa da população. De acordo com a pesquisa mais recente do Ibope sobre o tema, de 2018, cerca de 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa um número absoluto de quase 30 milhões de pessoas – mais gente do que toda a população do Chile ou da Austrália – e um crescimento de 75% em relação às últimas estatísticas, de 2011.

Quando o assunto é veganismo, não existem dados apenas sobre esse estilo de vida, mas, de acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), um bom parâmetro seriam os dados comparativos com países em que tais levantamentos já foram feitos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 50% da população vegetariana se diz também vegana. No Reino Unido, o número cai para 33%. Tomando como comparativo o valor menor para não correr o risco de inflar esse comportamento, de acordo com a SVB, no Brasil, deve haver cerca de 7 milhões de veganos.

“Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala para, depois, acabarem no lixo”

MUDAM-SE OS TEMPOS
Mas por que tanta gente tem deixado a carne de lado e investido em uma alimentação baseada em vegetais? “Para mim, envolve muito mais coisas do que a comida. É sobre ter autonomia e soberania alimentar, para que as pessoas não precisem depender desse sistema que oprime os bichos”, defende Isadora.

“Entender que, se plantarmos e colhermos, teremos condições muito melhores para nos alimentar e sobreviver. Porque a gente come um monte de coisa que não é comida: microplásticos, produtos processados, etc.

O veganismo em que eu acredito é esse, muito mais do que falar de benefícios para o meu corpo e a minha saúde. Ele é muito mais amplo e muito mais coletivo.” Os benefícios de reduzir – ou retirar – o consumo de carne da alimentação são uma realidade. Isadora lembra que, ao adotar uma dieta vegetariana, sentiu de imediato melhoras em sua digestão, disposição geral e até uma mudança na textura da pele e do cabelo.

“Um dos princípios da dieta vegana é a saudabilidade e a variabilidade dos alimentos. E, assim como qualquer dieta que tenha esses dois conceitos como base, será saudável e terá um impacto direto e muito positivo em nosso corpo”, explica a nutricionista Cláudia Stéfani Marcilio, coordenadora de pesquisa clínica do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A mudança de hábito da população também tem causado uma transformação no cardápio de muitos restaurantes.

O chef Fabio Vieira, que comanda as casas Micaela e Mixto Gastrobar, ambas em São Paulo, fez questão de dar atenção especial a esse assunto na hora de montar seus menus. “No Micaela, a gente sempre consegue adaptar os pratos para vegano e vegetariano. No Mixto, tenho dado muito foco para saladas. Estamos num momento em que se tem discutido muito sobre a questão das carnes. Então tenho feito muitos legumes assados, verduras também. O público pede cada vez mais.” Fabio ainda dá preferência para orgânicos e alimentos não industrializados em sua gastronomia. “Não temos a questão do orgânico em 100% dos pratos, mas eu uso o máximo que posso.

Pela quantidade que o pequeno produtor entrega, pode ser uma forma de evitar o desperdício”, explica. Esse é outro ponto levado a sério: todos os alimentos são embalados a vácuo – assim, se forem descongelados, por exemplo, podem ser recongelados sem problemas – e os talos e aparas são quase sempre utilizados para fazer caldos ou mesmo incluídos como acompanhamento nas receitas. “Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala e depois vão para o lixo”, completa o chef, trazendo à luz uma discussão fundamental atualmente: o desperdício de alimentos. Na América Latina, são desperdiçados, anualmente, 127 milhões de toneladas de alimentos – sendo mais da metade desse volume frutas e verduras –, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Só no Brasil, são 41 kg de alimentos por pessoa desperdiçados todos os anos. E o problema do desperdício também afeta severamente o meio ambiente: descartar alimentos de modo inadequado prejudica o ar e o solo com substâncias poluentes. O paradoxo do desperdício encontra-se em uma das questões mais graves que o planeta enfrenta: a fome. De acordo com a FAO, cerca de 821 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. Só na América Latina e no Caribe, quase 40 milhões de pessoas vivem subalimentadas.

Em 2017, uma em cada nove pessoas foi vítima da fome. Em uma relação que se retroalimenta, o problema também encontra suas raízes nas questões ambientais, como as mudanças climáticas – segundo a FAO, entre as principais causas do avanço da subnutrição estão, além dos conflitos armados e das crises econômicas, as variações do clima e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes. A estimativa é a de que, em 2017, 83% das perdas e dos danos à agricultura tenham sido causados por secas em todo o mundo, e 17% por inundações. Vale ressaltar, ainda, que a desnutrição não está apenas na falta de comida, mas também na má alimentação, que acarreta na obesidade, outro problema de ordem global já considerado uma epidemia. O mesmo relatório da FAO mostrou que 672 milhões de pessoas são obesas no mundo – o que equivale a mais de uma em cada oito.

O crescimento acelerado da obesidade é um fator bastante preocupante, principalmente entre crianças. Na América Latina e no Caribe, são 3,9 milhões de meninas e meninos com sobrepeso. É o segundo maior percentual de crianças com excesso de peso no mundo. Além disso, nessas regiões, cerca de um em cada quatro habitantes são considerados obesos.

“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência”

MUDAM-SE AS VONTADES
Ainda que a discussão seja, de fato, muito mais ampla do que o que colocamos no nosso prato, é geralmente na comida que as pessoas começam a investir quando querem fazer uma mudança de estilo de vida.

E essa é também uma das formas mais interessantes e eficazes de evitar algumas das doenças que mais matam no país. Coordenador nacional do PURE (The Prospective Urban Rural Epidemiology) no Brasil, estudo que acompanha, há 12 anos, mais de 300 mil pessoas em quase 30 países diferentes, o Dr. Álvaro Avezum, cardiologista e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, aponta para um adoecimento sistêmico na população mundial causado, em grande parte, pelos maus hábitos alimentares. “A alimentação não saudável, ao lado do colesterol alto, da pressão alta e da obesidade abdominal, representa metade dos principais motivos que levam aos infartos e acidentes vasculares cerebrais.

Isso significa que muitos deles poderiam ser evitados sem precisarmos de nenhum novo conhecimento técnico ou científico”, alerta o especialista. O PURE é um estudo populacional que avalia a associação do comportamento (estilo de vida) dos indivíduos ao longo do tempo, meio ambiente, genética, entre outros fatores, ao risco de adoecimento da população (eventos cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, renais, morte cardiovascular, por câncer e por outras causas).

Em relação aos questionários e hábitos alimentares pesquisados com os participantes, alguns resultados mostraram a importância de prestarmos grande atenção ao que ingerimos. “Quanto maior o consumo de frutas e vegetais, menor o risco de morte. A pessoa aumenta sua sobrevida só de fazer essa modificação na alimentação”, diz o Dr. Álvaro. Em relação ao consumo de carboidratos e de gorduras, a curva é inversa, ou seja, o primeiro aumenta as taxas de mortalidade e o segundo (exceto gorduras trans) reduz essas taxas.

Outro ponto importante de reforçar é que, aqui no Brasil, temos uma diversidade de alimentos gigantesca que está a favor de quem quer diminuir ou excluir o consumo das carnes e dos alimentos ultraprocessados (biscoitos, misturas para bolo, temperos instantâneos, molhos prontos, salgadinhos, nuggets etc.) do cardápio ou simplesmente adotar uma alimentação mais saudável e balanceada.

“O clássico arroz com feijão é, por si só, um prato bastante completo do ponto de vista nutricional”, reforça Cláudia, que é também assistente de coordenação do protocolo populacional do estudo PURE. “É importante que, ao adotar um padrão alimentar sem carnes e derivados animais, por exemplo, a pessoa tenha os devidos cuidados para que não falte nenhum nutriente essencial, buscando o acompanhamento de um nutricionista e/ou profissional especializado, e que essa modificação aconteça pela crença nos benefícios e na filosofia disso, não apenas pelo modismo”, pontua.

“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência. Quantas refeições nós fazemos sem nem pensar sobre o que estamos comendo?”, pergunta ele.

A lógica do fast food como o conhecemos, aplicada às grandes cadeias de lanchonetes, tem se tornado vigente em todos os campos da alimentação. Italiano, o Dr. Andrea está no Brasil há 24 anos e, além de especialista no assunto, é um apaixonado por comida. Depois de muito investir em sua formação acadêmica, ele também decidiu estudar o conceito de mindful eating, teoria que acredita no impacto positivo até mesmo na saúde quando temos atenção plena no momento em que estamos nos alimentando.

“Comer é algo extremamente importante por uma questão bioquímica, para nos manter vivos, mas é também um ritual, um momento de autocuidado. Se a gente come sempre correndo, sempre preocupado com o que virá depois ou com o que acabamos de fazer, ou distraído por barulhos excessivos, a tela da TV ou do celular, vamos fazer isso no automático, sem prestar atenção e sem curtir aquele momento”, diz.

“Para mim também tem sido um desafio, mas encaro como algo positivo. Às vezes, preciso almoçar em 15 minutos, mas, por mais curto que seja o tempo, é fundamental estar presente naquele ato.”

Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove VII Simpósio Transdisciplinar do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes

São Paulo, 30 de maio de 2019 – No dia 27 de julho, das 8h às 17h15, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza o VII Simpósio Transdisciplinar do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. O evento é capitaneado pelo coordenador do Centro, Dr. Ricardo Cohen, junto a endocrinologista Dra. Tarissa Beatrice Petry, a nutricionista Tarcila Campos e a enfermeira Regina Marcelina da Silva, e tem como temas principais as cirurgias metabólica e bariátrica.

Entre as discussões estão os pré e pós-operatórios dos procedimentos e suas particularidades, além da apresentação de caso clínico com interpretação de exames, definição da técnica cirúrgica e preparo pré-operatório, seguido de transmissão ao vivo da cirurgia. Riscos cirúrgicos, complicações, abordagem psicológica e comportamentos aditivos também serão alguns dos assuntos abordados. Além disso, o evento terá a transmissão de aulas com especialistas internacionais que abordarão novas perspectivas da utilização da cirurgia metabólica.

O evento é voltado para médicos, nutricionistas, enfermeiros, educadores físicos, residentes e estudantes das áreas interessadas. Membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, profissionais do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e estudantes têm desconto no investimento do evento. Os valores e a programação completa podem ser conferidos em: http://www.ccmew.com/haoc7/

Serviço:
VII Simpósio Transdisciplinar do Centro de Obesidade e Diabetes
Data: 27 de julho de 2019
Horário: 8h às 17h15
Local: Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Rua 13 de maio nº 1.815, Torre E – 1ºSubsolo – Auditório
Inscrições: http://www.ccmew.com/haoc7/

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa

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Maria Teresa Moraes ( mariateresa.moraes@conteudonet.com )
Alessandra Miranda ( alessandra.miranda@conteudonet.com )
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Saiba como não exagerar na alimentação durante a Páscoa

Nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes dá dicas sobre como aproveitar os nutrientes dos peixes, alimento tradicional da celebração, e como consumir chocolates sem excessos

São Paulo, 12 de abril de 2019 – No menu de Páscoa do brasileiro, os chocolates e os pratos especiais com peixes, como o tradicional bacalhau, não podem faltar. Porém, esta época do ano é um período em que as pessoas podem cometer muitos excessos com a alimentação. No caso do consumo do chocolate, a nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarcila Campos, alerta que a quantidade deve ser moderada, uma vez que o chocolate tem taxas altas de calorias, açúcares, tanto do açúcar branco (sacarose) como da frutose, tipo de açúcar encontrado no cacau, e gorduras, que podem elevar os níveis do mau colesterol. “É importante ter cautela na quantidade, na frequência do consumo, e estar atento a composição nutricional dos chocolates escolhidos”, diz a especialista.

Pessoas com diabetes não precisam consumir apenas a versão diet, que apesar de não conter açúcar (sacarose) pode ter em sua composição outros tipos de carboidratos e, em algumas versões, maior quantidade de gordura, tornando-se mais calórica. Também devem estar atentos a ingestão diária de carboidratos, que somados ao consumo de chocolates, pode impactar o controle da glicemia. Quem faz uso de insulina para dar cobertura nas refeições, deve ajustar a dose de acordo com a quantidade do carboidrato a ser ingerido conforme prescrição do seu nutricionista. A recomendação também vale para pessoas que não tem a doença.

“Para amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia, ele deve ser consumido em pequenas porções após refeição, como sobremesa. A presença de outros nutrientes de alimentos na refeição anterior a esse doce, como os ricos em fibras encontradas em leguminosas, legumes e folhas verde-escuras, faz com que a absorção não seja tão imediata e não eleve tão bruscamente a taxa glicêmica”, explica a nutricionista.

Outra dica importante para as pessoas que não resistem ao doce, além da moderação, é estarem atentos aos rótulos dos produtos, já que 25 gramas de chocolate ao leite, que equivale a uma barra pequena, têm em média 13 gramas de carboidratos. “A porção de carboidrato contida em 25g de chocolate tem o mesmo teor de carboidratos de uma fruta média, uma fatia de pão de forma, um copo de leite integral ou uma colher de açúcar”, comenta a especialista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital.

A nutricionista sugere dividir o chocolate em pequenas porções e reservá-las em algum recipiente ou no papel alumínio para ser consumido eventualmente. A melhor opção são os chocolates amargos, principalmente os que contêm 70% ou 80% de cacau. Veja abaixo algumas opções e suas propriedades, e opte por uma escolha mais saudável.

  • Chocolate Amargo (51 a 85% de cacau): Contém grãos da fruta torrados, sem adição de leite, com pouca adição de açúcar. Tipo mais rico em antioxidantes, que auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial. Mesmo com tantas propriedades devem ser consumidos com moderação: 25 gramas
  • Chocolate meio amargo (35% a 50% de cacau): Sua composição varia do fabricante, podendo o sabor amargo ser mais suavizado pela presença do açúcar. Também tem antioxidantes, mas em dose menor do que o amargo. No entanto, é uma opção muito boa para aqueles que não apreciam o sabor forte do amargo.
  • Ao Leite: Contém cerca de 30% de cacau, os 70% restantes são açúcar, manteiga de cacau, mais de 12% de leite, soro lácteo, emulsionante e aromas. Parte da massa de cacau é substituída por leite em pó, resultando em um sabor mais adocicado. A quantidade consumida deve ser de no máximo 25 gramas.
  • Chocolate branco: Apresenta um alto teor de gordura saturada em sua composição. É produzido a partir da manteiga de cacau, leite e açúcar. Muitas vezes, a manteiga de cacau é quase totalmente substituída por gordura vegetal hidrogenada, a de pior qualidade biológica. Sendo assim, não traz benefícios para a saúde e deve ser consumido com bastante moderação.
  • Chocolate Diet: É composto por massa e manteiga de cacau, leite em pó e adoçantes (sorbitol, sacarina, sucralose ou aspartame). Apesar de não conter açúcar em sua composição, o chocolate diet apresenta alto teor de gordura, adicionada pela indústria para melhora do sabor, contribuindo para o aumento de peso, portanto, influenciando no controle glicêmico.
  • Chocolate de Soja: Ideal para veganos e pessoas com intolerância alimentar. A quantidade recomendada deve ser igual a 25 gramas.
  • Alfarroba: O sabor é semelhante ao do chocolate amargo. Essa vagem tem sido utilizada como substituta do cacau e alternativa para intolerantes à lactose ou celíacos. Quando torrada e moída, é transformada em uma farinha que pode ser utilizada no lugar do cacau no preparo de alguns doces.

Invista no peixe

Outra tradição muito comum na semana da Páscoa é o consumo de pratos com peixes no feriado da Paixão de Cristo. Segundo a nutricionista, além de saboroso, o consumo de peixe é muito nutritivo e deveria estar no cardápio dos brasileiros com maior frequência, durante todo o ano. “O peixe conta com uma grande quantidade de minerais, entre eles o cálcio, fósforo, iodo e cobalto, e são também fonte das vitaminas A, D e B”.

Outro benefício do peixe é o Ômega3, que diminui os riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC), as taxas de triglicérides e colesterol total no sangue, e ainda ajuda a controlar a pressão arterial e tem ação anti-inflamatória. A Sardinha, por exemplo, é um peixe mais em conta para bolso do consumidor, e uma das opções mais ricas em Ômega3.

Peixes em versões assadas, grelhadas ou cozidas, acompanhados de legumes, verduras e carboidratos de boa qualidade – arroz integral, batata cozida, farofa de quinoa, etc -, são as melhores opções. É necessária atenção a quantidade consumida dos carboidratos para não exceder as recomendações prescritas pelo seu nutricionista. Evite também preparações a base de queijos, molho branco e creme de leite pois dessa forma, o prato fica mais gorduroso e consequentemente mais calórico.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é o único brasileiro no comitê científico em Congresso Mundial de terapias para o tratamento do diabetes tipo 2

Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes participa de um dos mais importantes congressos mundiais sobre diabetes

São Paulo, 5 de abril de 2019 – Entre os dias 8 e 10 de abril, acontece o 4º Congresso Mundial de Terapias Intervencionistas para o Tratamento do Diabetes Tipo 2 (WCITD), no Hilton Midtown, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. O evento tem como objetivo reunir os principais especialistas do mundo para discutir as descobertas mais recentes sobre as cirurgias metabólica e bariátrica e novas terapias para o tratamento da doença.

O coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Ricardo Cohen, é um dos membros do comitê científico e, junto com outros médicos e cientistas de renome internacional irá discutir novos procedimentos cirúrgicos e intervenções baseadas em dispositivos para obesidade e diabetes.

Doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo, Dr. Ricardo Cohen é coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atua, principalmente, nos seguintes temas: diabetes mellitus tipo 2 e cirurgias bariátrica e metabólica. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012), o médico é presidente do capítulo latino americano e membro do comitê executivo da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade (IFSO), membro honorário da Sociedade Espanhola de Cirurgia da Obesidade e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica?(American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 100 artigos e nove livros.

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Pessoas com diabetes podem aproveitar festas de final de ano, mas é importante ficar alerta com os excessos para não afetar a glicemia

Especialistas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas de como pacientes com diabetes podem aproveitas as ceias sem descuidar da saúde

São Paulo, 19 de dezembro de 2018Com a chegada do mês de dezembro, os momentos de confraternização são mais frequentes. Regadas de pratos tradicionais, as ceias de Natal e Réveillon têm uma fartura de opções e pratos considerados mais calóricos. O equilíbrio na ingestão de comidas pelas pessoas com diabetes nestas ocasiões permite participar das festas sem privações.

De acordo com a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o que mais impacta na glicemia é a quantidade de carboidrato consumida e não somente o tipo. “Nenhum alimento deve ser consumido em excesso. Por isso, variar os alimentos sem exagerar na quantidade é a melhor opção. Não há necessidade de proibir certo tipo de sobremesa, desde que haja controle na quantidade a ser consumida. Também não adianta escolher o arroz integral e comer em quantidade exagerada, por exemplo”.

Porém, há certos alimentos que ajudam a manter um bom controle da glicemia, como alimentos ricos em fibras que retardam a absorção de carboidratos, como verduras, legumes e carboidratos integrais. Ao cardápio ainda pode ser acrescentado proteínas de boa qualidade como carnes magras (peru e lombo de porco) e proteínas vegetais (lentilha, soja, grão de bico) em forma de salada ou incorporadas ao arroz.

A alimentação preponderantemente composta de carboidratos simples, como pães, massas, biscoitos e açúcares, eleva a glicemia, uma vez que esse tipo de alimento é consumido e absorvido rapidamente pelo organismo, aumentando a taxa de glicose no sangue em um curto período de tempo. Geralmente estes picos glicêmicos não apresentam sintomas, mas podem causar sede e turvação visual. Dessa forma, é importante manter a monitorização da glicemia e avaliar o efeito desses alimentos nos valores de glicemia.

Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, a cautela é necessária para todos de forma geral, independente da presença ou não do diabetes. Porém, as pessoas com diabetes devem ter uma preocupação a mais, pois o álcool é uma bebida com calorias vazias, ou seja, sem benefício para a saúde e o seu consumo pode interferir no controle glicêmico. Consequentemente, bebidas alcoólicas associadas a opções açucaradas, como caipirinha, batidas e coquetéis são mais prejudiciais.

“O ideal é sempre evitar a bebida alcóolica. Caso a bebida seja ingerida, é importante que ela seja acompanhada de refeições. A hidratação e o controle da glicemia antes, durante e após a ingestão do álcool também devem ser intensificados”, afirma a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Para desfrutar de bebidas saborosas e aproveitar as festas tranquilamente a nutricionista dá dicas de drinks práticos sem álcool.

Coquetel sem álcool

  • 500 ml de água com gás
  • 1 limão espremido
  • 1 xícara de chá de suco de maracujá ou abacaxi
  • Folhas de hortelã

Em um liquidificador, bata todos os ingredientes. Sirva em copos old fashioned com gelo e decore com as folhas de hortelã.

Piña Colada

  • 1 dose de suco de abacaxi
  • 1 dose de leite de coco
  • 1 colher de sopa de creme de leite
  • Pedras de gelo

Misture todos os ingredientes em uma coqueteleira e bata até obter uma mistura homogênea. Sirva em um copo longo.

Drink de Morango

  • 4 morangos
  • 1 dose de água com gás
  • 10 ml de suco de limão siciliano
  • 4 folhas de sálvia
  • Pedras de gelo
  • Adoçante a gosto (opcional)

Bater os ingredientes em liquidificador e servir em um copo longo.

A endocrinologista Dra. Tarissa Petry relembra que as orientações para o período de festas devem ser adotadas durante todo o ano. “Se usarmos datas comemorativas como desculpa, isso vai acontecer o ano todo. A saúde não permite abusos em decorrência de comemorações”.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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