Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza live sobre a relação da obesidade e do diabetes com a Covid-19

Transmissão será conduzida pelo médico Dr. Ricardo Cohen, referência em cirurgia metabólica no país

São Paulo, 16 de junho de 2020 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio do seu Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, transmite nesta sexta-feira, 19, às 16h30, a live “Pandemia: Obesidade e Diabetes encontram a Covid-19”. O encontro virtual será na página oficial do Hospital no Linkedin. Para assistir, basta acessar a página.

A live será conduzida pelo coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, o cirurgião bariátrico Dr. Ricardo Cohen, e pela endocrinologista Dra. Tarissa Petry. Os especialistas irão abordar sobre pontos importantes que devem ser levados em conta quando o assunto é o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus ligados as comorbidades obesidade e diabetes.

Na ocasião, Dr. Ricardo Cohen, que também é coordenador da pós-graduação em Cirurgia Bariátrica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, irá tirar as principais dúvidas sobre a importância deste procedimento no combate à obesidade, uma doença crônica e progressiva, mesmo em tempos de pandemia.

Sobre o Dr. Ricardo Cohen – coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Graduado em Medicina em 1984 e doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (1996). Atualmente, é coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012). Presidente do 21º Congresso Mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Doenças Metabólicas (IFSO, na sigla em inglês) que aconteceu em setembro de 2016 no Rio de Janeiro.

Sua área de atuação é principalmente nos seguintes temas: diabetes mellitus tipo 2 e cirurgias bariátrica e metabólica. É membro do Comitê Executivo da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade (IFSO), membro honorário da Sociedade Espanhola de Cirurgia da Obesidade e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 100 artigos e nove livros.

Sobre Tarissa Petry – Endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Doutora em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Pesquisadora do Instituto de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz na área de Diabetes e Cirurgia Metabólica.

Pós-graduação em Cirurgia Bariátrica

Coordenada pelo Dr. Ricardo Cohen, a pós-graduação tem como foco principal a seleção e tratamento adequado de pessoas com obesidade e suas doenças associadas, como o diabetes tipo 2. Com duração de 10 meses, a especialização pretende formar os alunos no atendimento diário dos pacientes em pré-operatório e pós-operatório, com uma equipe multidisciplinar de profissionais de excelência na área da saúde.

O programa é desenvolvido uma vez por mês, durante quatro dias, no próprio Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. Os alunos também poderão acompanhar cirurgias e terão todo o apoio adequado da equipe multidisciplinar do Centro, além de aulas e discussões dos principais tópicos, para que quando terminado o curso, o aluno sinta-se preparado para o tratamento dos pacientes portadores de obesidade.

Para mais informações sobre o curso e inscrições, acesse o site: https://www.fecs.org.br/pos-graduacao/cirurgia-bariatrica-e-metabolica/

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação

Gerência de Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

OBESIDADE versus CÂNCER

Conversamos com duas especialistas do centro especializado em obesidade e diabetes e do centro especializado em oncologia do hospital para entender a perigosa relação entre esses dois problemas de saúde.

Estar acima do peso é um problema atualmente associado a pelo menos 13 tipos de câncer. Um indivíduo que apresenta IMC (índice de massa corpórea) acima de 25 deve ficar alerta, principalmente se tiver histórico de doenças metabólicas, como diabetes, ou câncer. “Esse paciente pode apresentar uma gordura visceral, ou seja, a distribuição de gordura ruim. A liberação de enzimas de atividade inflamatória pode levar ao desenvolvimento de câncer”, explica a Dra. Lívia Porto, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. De acordo com a revista Scientific American, a obesidade mais do que duplica o risco das formas mais comuns de câncer de esôfago. A ocorrência da doença está diretamente relacionada ao refluxo – pesquisas recentes apontam que 70% das pessoas obesas sofrem com os ácidos presentes no estômago que voltam pelo esôfago em vez de seguir o fluxo normal da digestão. “O obeso tem um risco muito grande de doença do refluxo, o que acaba aumentando as chances de desenvolver câncer de esôfago. O tipo associado ao refluxo é o adenocarcinoma, mais comum no finalzinho do esôfago, já na transição com o estômago”, diz a oncologista clínica Dra. Renata D’Alpino, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital. Em entrevista à LEVE, as duas especialistas discutem o tema com mais profundidade. Confira a seguir.

“Obesidade é uma doença e seu tratamento é necessário para que a pessoa se veja livre do refluxo, do diabetes e da hipertensão arterial” – Dra. Lívia Porto

Dra. Renata: Quando há um refluxo, o conteúdo do estômago fica retornando constantemente para o esôfago e agride a mucosa. Isso se torna uma inflamação que propicia o desenvolvimento de câncer de esôfago. Por isso a gente fala que existe essa associação entre a doença do refluxo e o risco de desenvolvimento de câncer de esôfago.

Dra. Lívia: Essa é uma das questões relaciona – das à obesidade. Devido ao aumento da pressão intra-abdominal causada pela gordura visceral, há um aumento do risco de refluxo. É como se estivesse apertando o estômago e aumentando, assim, as chances desse fluido ácido retornar para o esôfago.

Dra. Renata: Vários tipos. Câncer de intestino, colo e reto, câncer de rim, de fígado. Nas mulheres, câncer de endométrio, que é a parte de dentro do útero, e câncer de ovário. Hoje, por exemplo, sabe-se que a principal causa de cirrose nos Estados Unidos é o acúmulo de gordura no fígado, e essa é a principal causa de desenvolvimento de câncer de fígado no país.

Dra. Lívia: Além do sobrepeso, que é acima de 25, a gente classifica como obeso grau 1 acima de 30 de IMC; grau 2 acima de 35; e grau 3 acima de 40. A classificação é importante porque a partir dela é possível prever as chances de risco de o paciente desenvolver essas doenças, pois, quanto maior o grau de obesidade, mais severo é o acúmulo de gordura e, assim, maiores as chances de desenvolver uma doença metabólica.

Dra. Renata: Há ainda outros fatores que podem fazer com que a pessoa com obesidade tenha risco de câncer. Nas mulheres, por exemplo, existe um acúmulo maior de estrogênio por causa da quantidade excessiva de gordura, o que pode aumentar o risco de câncer de endométrio e de câncer de mama. Outra relação é a resistência à insulina que existe no paciente obeso. A insulina no nosso corpo funciona como um fator de crescimento tanto para células normais quanto para células cancerígenas, então é como se houvesse um estímulo para as células se replicarem, e isso pode levar ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

Dra Lívia: Quando há aumento da gordura no abdômen, essa resistência insulínica é ainda maior. E a hiperinsulinemia, que é um hormônio anabolizante, mas não de anabolismo de músculo, termina fazendo esse estímulo tecidual de maneira inadequada.

Dra Lívia: No Brasil, hoje, temos 40% da população obesa, e isso significa que é preciso ficar de olho não só nas doenças clássicas relaciona – das à obesidade, como diabetes e hipertensão ou colesterol alto, mas também nessas relacionadas à oncologia.

Dra. Renata: Existe um dado bem concreto de que 40% dos casos de câncer hoje nos Estados Unidos são decorrentes da obesidade. Então imagine que é um número bastante expressivo – muitos pacientes com câncer desenvolveram a doença por causa do excesso de peso.

“O obeso tem um risco muito grande de doença do refluxo, o que acaba aumentando as chances de desenvolver câncer de esôfago” – Dra. Renata D’Alpino

Dra. Lívia: Existe uma ideia equivocada de que pessoas com obesidade não precisam usar a medicação porque a solução só depende deles. Obesidade é uma doença e seu tratamento é necessário para que a pessoa se veja livre do refluxo, do diabetes e da hipertensão arterial.

Dra. Renata: Qualquer coisa fora do normal, uma dor que não passa, emagrecimento repentino, uma alteração de hábito intestinal, ou a mulher que apalpou um nódulo na mama, um sangramento vaginal. São sinais que podem ocorrer tanto em uma pessoa com sobrepeso quanto em uma pessoa sem e podem estar ligados ao risco do desenvolvimento de câncer.

Dra. Lívia: A prevenção é o tratamento da obesidade, principalmente procurar melhorar a distribuição de gordura corporal e mudar o tipo de alimento que o paciente consome. Substituir os carboidratos simples por uma alimentação mais rica em gordura boa e proteína, por exemplo. Além disso, independentemente da questão da perda de peso, a prática de exercícios físicos ajuda a reduzir a resistência insulínica, que aumenta as chances de desenvolvimento de câncer. Bastam atitudes simples, como ir ao trabalho a pé ou deixar o carro em casa e usar o transporte público.

Dra. Renata: A cirurgia bariátrica representa a chance de uma perda mais eficaz de peso nesses pacientes, e isso leva à diminuição do risco de diversos tipos de câncer ao longo do tempo. A cirurgia também funciona como prevenção.

Dra. Lívia: É preciso uma multidisciplinaridade para tratar a obesidade, porque ela não é só ambiental, nem só comportamental, nem só decorrente do estilo de vida. A obesidade é uma doença que se retroalimenta, e isso envolve alterações de hormônios intestinais, alterações inflamatórias e resistência insulínica. Acredito que o aumento de pessoas com obesidade está relacionado ao ambiente em que a gente vive e por ser uma doença que se retroalimenta. Precisamos, então, ampliar o olhar sobre o problema e entender todos os fatores que o influenciam, não apenas para tratar a obesidade, mas para preveni-la.

O QUE É COMIDA PARA VOCÊ?

Evitar o desperdício, ter mais atenção à saúde e se preocupar com o futuro do planeta. Esses são alguns dos motivos que estão transformando a nossa alimentação.

Há mais de cinco anos, quando era voluntária em uma ONG de proteção animal, Isadora Attab passou por um processo de descoberta e transformação.

“Percebi que era bastante hipócrita da minha parte continuar comendo alguns animais enquanto me preocupava com a vida e a saúde de outros. O cachorro não é tão diferente da vaca”, diz ela.

Começava aí, em 2014, sua dieta vegetariana. “Foram três anos sem comer carne para, só depois, começar a transição para o veganismo”, lembra ela.

Hoje, Isadora não come nenhum derivado animal e nem consome outros produtos de tais origens como cosméticos testados em animais e tecidos provenientes deles, como seda, couro e lã, entre outros.

A história de Isadora tem se tornado cada vez mais frequente e representa, hoje, uma fatia significativa da população. De acordo com a pesquisa mais recente do Ibope sobre o tema, de 2018, cerca de 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa um número absoluto de quase 30 milhões de pessoas – mais gente do que toda a população do Chile ou da Austrália – e um crescimento de 75% em relação às últimas estatísticas, de 2011.

Quando o assunto é veganismo, não existem dados apenas sobre esse estilo de vida, mas, de acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), um bom parâmetro seriam os dados comparativos com países em que tais levantamentos já foram feitos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 50% da população vegetariana se diz também vegana. No Reino Unido, o número cai para 33%. Tomando como comparativo o valor menor para não correr o risco de inflar esse comportamento, de acordo com a SVB, no Brasil, deve haver cerca de 7 milhões de veganos.

“Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala para, depois, acabarem no lixo”

MUDAM-SE OS TEMPOS
Mas por que tanta gente tem deixado a carne de lado e investido em uma alimentação baseada em vegetais? “Para mim, envolve muito mais coisas do que a comida. É sobre ter autonomia e soberania alimentar, para que as pessoas não precisem depender desse sistema que oprime os bichos”, defende Isadora.

“Entender que, se plantarmos e colhermos, teremos condições muito melhores para nos alimentar e sobreviver. Porque a gente come um monte de coisa que não é comida: microplásticos, produtos processados, etc.

O veganismo em que eu acredito é esse, muito mais do que falar de benefícios para o meu corpo e a minha saúde. Ele é muito mais amplo e muito mais coletivo.” Os benefícios de reduzir – ou retirar – o consumo de carne da alimentação são uma realidade. Isadora lembra que, ao adotar uma dieta vegetariana, sentiu de imediato melhoras em sua digestão, disposição geral e até uma mudança na textura da pele e do cabelo.

“Um dos princípios da dieta vegana é a saudabilidade e a variabilidade dos alimentos. E, assim como qualquer dieta que tenha esses dois conceitos como base, será saudável e terá um impacto direto e muito positivo em nosso corpo”, explica a nutricionista Cláudia Stéfani Marcilio, coordenadora de pesquisa clínica do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A mudança de hábito da população também tem causado uma transformação no cardápio de muitos restaurantes.

O chef Fabio Vieira, que comanda as casas Micaela e Mixto Gastrobar, ambas em São Paulo, fez questão de dar atenção especial a esse assunto na hora de montar seus menus. “No Micaela, a gente sempre consegue adaptar os pratos para vegano e vegetariano. No Mixto, tenho dado muito foco para saladas. Estamos num momento em que se tem discutido muito sobre a questão das carnes. Então tenho feito muitos legumes assados, verduras também. O público pede cada vez mais.” Fabio ainda dá preferência para orgânicos e alimentos não industrializados em sua gastronomia. “Não temos a questão do orgânico em 100% dos pratos, mas eu uso o máximo que posso.

Pela quantidade que o pequeno produtor entrega, pode ser uma forma de evitar o desperdício”, explica. Esse é outro ponto levado a sério: todos os alimentos são embalados a vácuo – assim, se forem descongelados, por exemplo, podem ser recongelados sem problemas – e os talos e aparas são quase sempre utilizados para fazer caldos ou mesmo incluídos como acompanhamento nas receitas. “Percebo que o orgânico acaba durando mais e, quando você vai recebendo aos poucos, evita que alguns produtos sejam comprados em larga escala e depois vão para o lixo”, completa o chef, trazendo à luz uma discussão fundamental atualmente: o desperdício de alimentos. Na América Latina, são desperdiçados, anualmente, 127 milhões de toneladas de alimentos – sendo mais da metade desse volume frutas e verduras –, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Só no Brasil, são 41 kg de alimentos por pessoa desperdiçados todos os anos. E o problema do desperdício também afeta severamente o meio ambiente: descartar alimentos de modo inadequado prejudica o ar e o solo com substâncias poluentes. O paradoxo do desperdício encontra-se em uma das questões mais graves que o planeta enfrenta: a fome. De acordo com a FAO, cerca de 821 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. Só na América Latina e no Caribe, quase 40 milhões de pessoas vivem subalimentadas.

Em 2017, uma em cada nove pessoas foi vítima da fome. Em uma relação que se retroalimenta, o problema também encontra suas raízes nas questões ambientais, como as mudanças climáticas – segundo a FAO, entre as principais causas do avanço da subnutrição estão, além dos conflitos armados e das crises econômicas, as variações do clima e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes. A estimativa é a de que, em 2017, 83% das perdas e dos danos à agricultura tenham sido causados por secas em todo o mundo, e 17% por inundações. Vale ressaltar, ainda, que a desnutrição não está apenas na falta de comida, mas também na má alimentação, que acarreta na obesidade, outro problema de ordem global já considerado uma epidemia. O mesmo relatório da FAO mostrou que 672 milhões de pessoas são obesas no mundo – o que equivale a mais de uma em cada oito.

O crescimento acelerado da obesidade é um fator bastante preocupante, principalmente entre crianças. Na América Latina e no Caribe, são 3,9 milhões de meninas e meninos com sobrepeso. É o segundo maior percentual de crianças com excesso de peso no mundo. Além disso, nessas regiões, cerca de um em cada quatro habitantes são considerados obesos.

“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência”

MUDAM-SE AS VONTADES
Ainda que a discussão seja, de fato, muito mais ampla do que o que colocamos no nosso prato, é geralmente na comida que as pessoas começam a investir quando querem fazer uma mudança de estilo de vida.

E essa é também uma das formas mais interessantes e eficazes de evitar algumas das doenças que mais matam no país. Coordenador nacional do PURE (The Prospective Urban Rural Epidemiology) no Brasil, estudo que acompanha, há 12 anos, mais de 300 mil pessoas em quase 30 países diferentes, o Dr. Álvaro Avezum, cardiologista e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, aponta para um adoecimento sistêmico na população mundial causado, em grande parte, pelos maus hábitos alimentares. “A alimentação não saudável, ao lado do colesterol alto, da pressão alta e da obesidade abdominal, representa metade dos principais motivos que levam aos infartos e acidentes vasculares cerebrais.

Isso significa que muitos deles poderiam ser evitados sem precisarmos de nenhum novo conhecimento técnico ou científico”, alerta o especialista. O PURE é um estudo populacional que avalia a associação do comportamento (estilo de vida) dos indivíduos ao longo do tempo, meio ambiente, genética, entre outros fatores, ao risco de adoecimento da população (eventos cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, renais, morte cardiovascular, por câncer e por outras causas).

Em relação aos questionários e hábitos alimentares pesquisados com os participantes, alguns resultados mostraram a importância de prestarmos grande atenção ao que ingerimos. “Quanto maior o consumo de frutas e vegetais, menor o risco de morte. A pessoa aumenta sua sobrevida só de fazer essa modificação na alimentação”, diz o Dr. Álvaro. Em relação ao consumo de carboidratos e de gorduras, a curva é inversa, ou seja, o primeiro aumenta as taxas de mortalidade e o segundo (exceto gorduras trans) reduz essas taxas.

Outro ponto importante de reforçar é que, aqui no Brasil, temos uma diversidade de alimentos gigantesca que está a favor de quem quer diminuir ou excluir o consumo das carnes e dos alimentos ultraprocessados (biscoitos, misturas para bolo, temperos instantâneos, molhos prontos, salgadinhos, nuggets etc.) do cardápio ou simplesmente adotar uma alimentação mais saudável e balanceada.

“O clássico arroz com feijão é, por si só, um prato bastante completo do ponto de vista nutricional”, reforça Cláudia, que é também assistente de coordenação do protocolo populacional do estudo PURE. “É importante que, ao adotar um padrão alimentar sem carnes e derivados animais, por exemplo, a pessoa tenha os devidos cuidados para que não falte nenhum nutriente essencial, buscando o acompanhamento de um nutricionista e/ou profissional especializado, e que essa modificação aconteça pela crença nos benefícios e na filosofia disso, não apenas pelo modismo”, pontua.

“A vida nos grandes centros fez com que a gente parasse de apreciar a alimentação e a encarasse, no dia a dia, apenas como sobrevivência. Quantas refeições nós fazemos sem nem pensar sobre o que estamos comendo?”, pergunta ele.

A lógica do fast food como o conhecemos, aplicada às grandes cadeias de lanchonetes, tem se tornado vigente em todos os campos da alimentação. Italiano, o Dr. Andrea está no Brasil há 24 anos e, além de especialista no assunto, é um apaixonado por comida. Depois de muito investir em sua formação acadêmica, ele também decidiu estudar o conceito de mindful eating, teoria que acredita no impacto positivo até mesmo na saúde quando temos atenção plena no momento em que estamos nos alimentando.

“Comer é algo extremamente importante por uma questão bioquímica, para nos manter vivos, mas é também um ritual, um momento de autocuidado. Se a gente come sempre correndo, sempre preocupado com o que virá depois ou com o que acabamos de fazer, ou distraído por barulhos excessivos, a tela da TV ou do celular, vamos fazer isso no automático, sem prestar atenção e sem curtir aquele momento”, diz.

“Para mim também tem sido um desafio, mas encaro como algo positivo. Às vezes, preciso almoçar em 15 minutos, mas, por mais curto que seja o tempo, é fundamental estar presente naquele ato.”

Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove VII Simpósio Transdisciplinar do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes

São Paulo, 30 de maio de 2019 – No dia 27 de julho, das 8h às 17h15, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza o VII Simpósio Transdisciplinar do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. O evento é capitaneado pelo coordenador do Centro, Dr. Ricardo Cohen, junto a endocrinologista Dra. Tarissa Beatrice Petry, a nutricionista Tarcila Campos e a enfermeira Regina Marcelina da Silva, e tem como temas principais as cirurgias metabólica e bariátrica.

Entre as discussões estão os pré e pós-operatórios dos procedimentos e suas particularidades, além da apresentação de caso clínico com interpretação de exames, definição da técnica cirúrgica e preparo pré-operatório, seguido de transmissão ao vivo da cirurgia. Riscos cirúrgicos, complicações, abordagem psicológica e comportamentos aditivos também serão alguns dos assuntos abordados. Além disso, o evento terá a transmissão de aulas com especialistas internacionais que abordarão novas perspectivas da utilização da cirurgia metabólica.

O evento é voltado para médicos, nutricionistas, enfermeiros, educadores físicos, residentes e estudantes das áreas interessadas. Membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, profissionais do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e estudantes têm desconto no investimento do evento. Os valores e a programação completa podem ser conferidos em: http://www.ccmew.com/haoc7/

Serviço:
VII Simpósio Transdisciplinar do Centro de Obesidade e Diabetes
Data: 27 de julho de 2019
Horário: 8h às 17h15
Local: Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Rua 13 de maio nº 1.815, Torre E – 1ºSubsolo – Auditório
Inscrições: http://www.ccmew.com/haoc7/

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Saiba como não exagerar na alimentação durante a Páscoa

Nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes dá dicas sobre como aproveitar os nutrientes dos peixes, alimento tradicional da celebração, e como consumir chocolates sem excessos

São Paulo, 12 de abril de 2019 – No menu de Páscoa do brasileiro, os chocolates e os pratos especiais com peixes, como o tradicional bacalhau, não podem faltar. Porém, esta época do ano é um período em que as pessoas podem cometer muitos excessos com a alimentação. No caso do consumo do chocolate, a nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarcila Campos, alerta que a quantidade deve ser moderada, uma vez que o chocolate tem taxas altas de calorias, açúcares, tanto do açúcar branco (sacarose) como da frutose, tipo de açúcar encontrado no cacau, e gorduras, que podem elevar os níveis do mau colesterol. “É importante ter cautela na quantidade, na frequência do consumo, e estar atento a composição nutricional dos chocolates escolhidos”, diz a especialista.

Pessoas com diabetes não precisam consumir apenas a versão diet, que apesar de não conter açúcar (sacarose) pode ter em sua composição outros tipos de carboidratos e, em algumas versões, maior quantidade de gordura, tornando-se mais calórica. Também devem estar atentos a ingestão diária de carboidratos, que somados ao consumo de chocolates, pode impactar o controle da glicemia. Quem faz uso de insulina para dar cobertura nas refeições, deve ajustar a dose de acordo com a quantidade do carboidrato a ser ingerido conforme prescrição do seu nutricionista. A recomendação também vale para pessoas que não tem a doença.

“Para amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia, ele deve ser consumido em pequenas porções após refeição, como sobremesa. A presença de outros nutrientes de alimentos na refeição anterior a esse doce, como os ricos em fibras encontradas em leguminosas, legumes e folhas verde-escuras, faz com que a absorção não seja tão imediata e não eleve tão bruscamente a taxa glicêmica”, explica a nutricionista.

Outra dica importante para as pessoas que não resistem ao doce, além da moderação, é estarem atentos aos rótulos dos produtos, já que 25 gramas de chocolate ao leite, que equivale a uma barra pequena, têm em média 13 gramas de carboidratos. “A porção de carboidrato contida em 25g de chocolate tem o mesmo teor de carboidratos de uma fruta média, uma fatia de pão de forma, um copo de leite integral ou uma colher de açúcar”, comenta a especialista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital.

A nutricionista sugere dividir o chocolate em pequenas porções e reservá-las em algum recipiente ou no papel alumínio para ser consumido eventualmente. A melhor opção são os chocolates amargos, principalmente os que contêm 70% ou 80% de cacau. Veja abaixo algumas opções e suas propriedades, e opte por uma escolha mais saudável.

  • Chocolate Amargo (51 a 85% de cacau): Contém grãos da fruta torrados, sem adição de leite, com pouca adição de açúcar. Tipo mais rico em antioxidantes, que auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial. Mesmo com tantas propriedades devem ser consumidos com moderação: 25 gramas
  • Chocolate meio amargo (35% a 50% de cacau): Sua composição varia do fabricante, podendo o sabor amargo ser mais suavizado pela presença do açúcar. Também tem antioxidantes, mas em dose menor do que o amargo. No entanto, é uma opção muito boa para aqueles que não apreciam o sabor forte do amargo.
  • Ao Leite: Contém cerca de 30% de cacau, os 70% restantes são açúcar, manteiga de cacau, mais de 12% de leite, soro lácteo, emulsionante e aromas. Parte da massa de cacau é substituída por leite em pó, resultando em um sabor mais adocicado. A quantidade consumida deve ser de no máximo 25 gramas.
  • Chocolate branco: Apresenta um alto teor de gordura saturada em sua composição. É produzido a partir da manteiga de cacau, leite e açúcar. Muitas vezes, a manteiga de cacau é quase totalmente substituída por gordura vegetal hidrogenada, a de pior qualidade biológica. Sendo assim, não traz benefícios para a saúde e deve ser consumido com bastante moderação.
  • Chocolate Diet: É composto por massa e manteiga de cacau, leite em pó e adoçantes (sorbitol, sacarina, sucralose ou aspartame). Apesar de não conter açúcar em sua composição, o chocolate diet apresenta alto teor de gordura, adicionada pela indústria para melhora do sabor, contribuindo para o aumento de peso, portanto, influenciando no controle glicêmico.
  • Chocolate de Soja: Ideal para veganos e pessoas com intolerância alimentar. A quantidade recomendada deve ser igual a 25 gramas.
  • Alfarroba: O sabor é semelhante ao do chocolate amargo. Essa vagem tem sido utilizada como substituta do cacau e alternativa para intolerantes à lactose ou celíacos. Quando torrada e moída, é transformada em uma farinha que pode ser utilizada no lugar do cacau no preparo de alguns doces.

Invista no peixe

Outra tradição muito comum na semana da Páscoa é o consumo de pratos com peixes no feriado da Paixão de Cristo. Segundo a nutricionista, além de saboroso, o consumo de peixe é muito nutritivo e deveria estar no cardápio dos brasileiros com maior frequência, durante todo o ano. “O peixe conta com uma grande quantidade de minerais, entre eles o cálcio, fósforo, iodo e cobalto, e são também fonte das vitaminas A, D e B”.

Outro benefício do peixe é o Ômega3, que diminui os riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC), as taxas de triglicérides e colesterol total no sangue, e ainda ajuda a controlar a pressão arterial e tem ação anti-inflamatória. A Sardinha, por exemplo, é um peixe mais em conta para bolso do consumidor, e uma das opções mais ricas em Ômega3.

Peixes em versões assadas, grelhadas ou cozidas, acompanhados de legumes, verduras e carboidratos de boa qualidade – arroz integral, batata cozida, farofa de quinoa, etc -, são as melhores opções. É necessária atenção a quantidade consumida dos carboidratos para não exceder as recomendações prescritas pelo seu nutricionista. Evite também preparações a base de queijos, molho branco e creme de leite pois dessa forma, o prato fica mais gorduroso e consequentemente mais calórico.

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Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é o único brasileiro no comitê científico em Congresso Mundial de terapias para o tratamento do diabetes tipo 2

Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes participa de um dos mais importantes congressos mundiais sobre diabetes

São Paulo, 5 de abril de 2019 – Entre os dias 8 e 10 de abril, acontece o 4º Congresso Mundial de Terapias Intervencionistas para o Tratamento do Diabetes Tipo 2 (WCITD), no Hilton Midtown, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. O evento tem como objetivo reunir os principais especialistas do mundo para discutir as descobertas mais recentes sobre as cirurgias metabólica e bariátrica e novas terapias para o tratamento da doença.

O coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Ricardo Cohen, é um dos membros do comitê científico e, junto com outros médicos e cientistas de renome internacional irá discutir novos procedimentos cirúrgicos e intervenções baseadas em dispositivos para obesidade e diabetes.

Doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo, Dr. Ricardo Cohen é coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atua, principalmente, nos seguintes temas: diabetes mellitus tipo 2 e cirurgias bariátrica e metabólica. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012), o médico é presidente do capítulo latino americano e membro do comitê executivo da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade (IFSO), membro honorário da Sociedade Espanhola de Cirurgia da Obesidade e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica?(American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 100 artigos e nove livros.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Pessoas com diabetes podem aproveitar festas de final de ano, mas é importante ficar alerta com os excessos para não afetar a glicemia

Especialistas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas de como pacientes com diabetes podem aproveitas as ceias sem descuidar da saúde

São Paulo, 19 de dezembro de 2018Com a chegada do mês de dezembro, os momentos de confraternização são mais frequentes. Regadas de pratos tradicionais, as ceias de Natal e Réveillon têm uma fartura de opções e pratos considerados mais calóricos. O equilíbrio na ingestão de comidas pelas pessoas com diabetes nestas ocasiões permite participar das festas sem privações.

De acordo com a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o que mais impacta na glicemia é a quantidade de carboidrato consumida e não somente o tipo. “Nenhum alimento deve ser consumido em excesso. Por isso, variar os alimentos sem exagerar na quantidade é a melhor opção. Não há necessidade de proibir certo tipo de sobremesa, desde que haja controle na quantidade a ser consumida. Também não adianta escolher o arroz integral e comer em quantidade exagerada, por exemplo”.

Porém, há certos alimentos que ajudam a manter um bom controle da glicemia, como alimentos ricos em fibras que retardam a absorção de carboidratos, como verduras, legumes e carboidratos integrais. Ao cardápio ainda pode ser acrescentado proteínas de boa qualidade como carnes magras (peru e lombo de porco) e proteínas vegetais (lentilha, soja, grão de bico) em forma de salada ou incorporadas ao arroz.

A alimentação preponderantemente composta de carboidratos simples, como pães, massas, biscoitos e açúcares, eleva a glicemia, uma vez que esse tipo de alimento é consumido e absorvido rapidamente pelo organismo, aumentando a taxa de glicose no sangue em um curto período de tempo. Geralmente estes picos glicêmicos não apresentam sintomas, mas podem causar sede e turvação visual. Dessa forma, é importante manter a monitorização da glicemia e avaliar o efeito desses alimentos nos valores de glicemia.

Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, a cautela é necessária para todos de forma geral, independente da presença ou não do diabetes. Porém, as pessoas com diabetes devem ter uma preocupação a mais, pois o álcool é uma bebida com calorias vazias, ou seja, sem benefício para a saúde e o seu consumo pode interferir no controle glicêmico. Consequentemente, bebidas alcoólicas associadas a opções açucaradas, como caipirinha, batidas e coquetéis são mais prejudiciais.

“O ideal é sempre evitar a bebida alcóolica. Caso a bebida seja ingerida, é importante que ela seja acompanhada de refeições. A hidratação e o controle da glicemia antes, durante e após a ingestão do álcool também devem ser intensificados”, afirma a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, do Centro Especializado de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Para desfrutar de bebidas saborosas e aproveitar as festas tranquilamente a nutricionista dá dicas de drinks práticos sem álcool.

Coquetel sem álcool

  • 500 ml de água com gás
  • 1 limão espremido
  • 1 xícara de chá de suco de maracujá ou abacaxi
  • Folhas de hortelã

Em um liquidificador, bata todos os ingredientes. Sirva em copos old fashioned com gelo e decore com as folhas de hortelã.

Piña Colada

  • 1 dose de suco de abacaxi
  • 1 dose de leite de coco
  • 1 colher de sopa de creme de leite
  • Pedras de gelo

Misture todos os ingredientes em uma coqueteleira e bata até obter uma mistura homogênea. Sirva em um copo longo.

Drink de Morango

  • 4 morangos
  • 1 dose de água com gás
  • 10 ml de suco de limão siciliano
  • 4 folhas de sálvia
  • Pedras de gelo
  • Adoçante a gosto (opcional)

Bater os ingredientes em liquidificador e servir em um copo longo.

A endocrinologista Dra. Tarissa Petry relembra que as orientações para o período de festas devem ser adotadas durante todo o ano. “Se usarmos datas comemorativas como desculpa, isso vai acontecer o ano todo. A saúde não permite abusos em decorrência de comemorações”.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Diabetes e férias: como se preparar para se divertir e manter a glicemia controlada?

São Paulo, 14 de dezembro de 2018 – Sair de férias requer preparo e planejamento. No caso de pessoas com diabetes os cuidados vão mais além para que o índice glicêmico permaneça nos níveis ideais. É essencial que a medicação seja conservada de maneira adequada para não comprometer a efetividade do tratamento e o planejamento da viagem.

Devido à demora do processo de cicatrização nos casos de diabetes mal controlado, a atenção aos ferimentos deve ser redobrada. Os cuidados com os pés são fundamentais, principalmente, para os que já convivem com a doença há muitos anos ou têm a glicemia constantemente descontrolada. Usar calçados confortáveis e evitar andar descalço são medidas preventivas a serem adotadas.

Com a quebra da rotina os horários das refeições e o cardápio disponível sofrem alterações. Segundo Tarcila Ferraz de Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alimentação saudável é indicada para pacientes com ou sem a doença, bem como a hidratação com bebidas que não impactam o controle glicêmico. “A preferência é por águas aromatizadas com rodelas de frutas (maçã, laranja, limão) ou com ervas e especiarias, como hortelã e canela em pau. Os picolés recomendados são a base de água e frutas, se possível sem adição de açúcar”.

A nutricionista alerta para o consumo exagerado da água de coco, devido à interferência na glicemia. Cada 240ml tem em média 10g de carboidrato, logo, não deve ser consumida de forma exagerada, em substituição à água natural. “A água de coco interfere nos valores de glicemia como se estivéssemos ingerindo uma fruta, portanto pode entrar no planejamento alimentar em substituição a um horário de fruta e não em substituição a água”, afirma a especialista.

Quanto à alimentação saudável, algumas recomendações podem ser seguidas para que o paciente possa fazer escolhas assertivas e mais saudáveis.

– Evite jejum prolongado;

– Inicie as refeições por saladas cruas;

– Enfeite os pratos com frutas (evitar as frutas em calda, pois são ricas em açúcar);

– Inclua cereais integrais;

– Substitua farofas por farofas de soja;

– Preferira preparações assadas, grelhadas e cozidas;

– Evite os molhos à base de maionese;

– Dê preferência às ervas finas como tempero;

– Evite excessos na escolha da sobremesa. Escolher um tipo;

– Evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Em circunstâncias em que o viajante ficará um longo período sem comer, recomenda-se realizar um lanche rápido e saudável, como frutas e iogurte para evitar a hipoglicemia. Além dos medicamentos ministrados, a atividade física é uma aliada no controle glicêmico, sendo parte do tratamento e deve ser mantida mesmo quando a pessoa está longe de casa.

Em se tratando de medicações, aqueles com diabetes tipo 1, portanto dependentes de insulina, devem medir a glicemia cerca de quatro vezes ao dia. “Caso com a nova rotina o paciente descompense a glicemia, e seja usuário de insulina, pode haver necessidade de ajuste. Nas férias, as pessoas costumam se movimentar mais, apesar de se alimentar mais. Portanto, muitas vezes este ajuste não é necessário”, esclarece Dra Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como armazenar a insulina

O armazenamento correto dos vidros de insulina durante o deslocamento é crucial para que o conteúdo não se torne ineficiente. “Por um período de até sete dias é permitido transportar em condições não-refrigeradas. Para tanto, devem ser seguidas recomendações médicas e nutricionais”, explica a endocrinologista, que também dá algumas dicas:

– Evite exposição dos frascos ao calor excessivo (acima de 40ºC), como no porta-luvas de carros;

– Use sempre veículo com isolamento térmico;

– Nunca exponha os frascos de insulina diretamente ao Sol;

– Sempre que possível, o transporte da medicação deve ser feito no período noturno, quando não há a exposição à luz solar;

– Não congele o produto;

– Não transporte a insulina com gelo seco;

– Se a insulina estiver em um carro, procure estacioná-lo na sombra;

– Em viagem de avião, não despache os frascos com a bagagem, pois a baixa temperatura do compartimento de cargas pode congelar a insulina. A medicação deve ser transportada junto com a bagagem de mão, dentro da aeronave;

– Coloque os frascos de insulina em bolsa térmica ou caixa de isopor;

– Caso não tenha bolsa térmica ou isopor, leve o frasco em bolsa comum junto a você.

Ao chegar no destino, deve-se armazenar os frascos de insulina na geladeira. Caso estejam lacrados, a recomendação é mantê-los entre 2ºC a 8ºC. Se estiverem sendo utilizados, na ausência de geladeiras, podem também ser mantidos em temperatura ambiente (de 15ºC a 30ºC) por, no máximo, um mês, em local fresco, sem incidência de luz e oscilações de temperatura, como próximo ao filtro de água. Mantidos dessa forma o consumo deve ser feito em até seis meses.

Para evitar exposições a temperaturas inferiores a 2ºC e consequente congelamento e perda de efeito, o local mais adequado para armazenar insulinas em geladeira doméstica são as prateleiras do meio para baixo do refrigerador, ou na gaveta de verduras. A porta da geladeira não é indicada, pois com as frequentes oscilações de temperaturas provocadas pela abertura constante do eletrodoméstico pode danificar a insulina. Se for aplicar a insulina, o indicado é retirá-la da geladeira com 15 a 30 minutos de antecedência para evitar o desconforto e irritação da pele.

O paciente com diabetes deve manter a rotina da ingestão dos medicamentos orais mesmo quando fizer viagens longas ou quando há diferença de fuso horário para evitar esquecimentos. Nestes casos, o que as especialistas recomendam é que o medicamento seja levado na bagagem de mão. Os pacientes diabéticos devem estar sempre vigilantes ao controle do índice glicêmico para desfrutarem de uma viagem tranquila.

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Como aproveitar as ceias das festas de fim de ano sem exageros?

São Paulo, 11 de dezembro de 2018 – Peru, pernil, farofa, rabanada e doces, muitos doces. As ceias de Natal e Réveillon costumam ser cheias de “tentações”, principalmente, para quem está na luta para começar a adotar uma alimentação saudável. Alguns resolvem adiar o início de uma vida mais saudável para depois e outros preferem não se privar das delicias das ceias, mas segundo a nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fernanda Maluhy, não é necessário passar vontade e ter preocupações exageradas no final de ano.

“É importante manter sempre um estilo de vida saudável. Na ceia pode provar de tudo um pouco, mas em quantidades moderadas. Isso não vai comprometer uma alimentação saudável e nem provocar mudanças no corpo de quem está tentando perder ou controlar peso”, explica a especialista.

O cuidado está em não usar como desculpa as datas festivas para prolongar por semanas os exageros com a comida. Para aqueles que não querem perder o controle e quem tem dificuldades para seguir uma dieta saudável, existem algumas alternativas para aproveitar o delicioso cardápio dessas celebrações de fim de ano.

De acordo com a especialista, durante as confraternizações é importante alimentar-se normalmente, mantendo a rotina alimentar. “Não adianta fazer jejum para comer em quantidades maiores apenas nessas ocasiões. Respeitar o seu organismo é muito importante para mantê-lo saudável”, diz. Para quem quer manter uma dieta leve e rica em nutrientes, as ceias de Natal e Ano Novo devem ser compostas de proteínas, como carnes, peixes e frango, legumes, verduras, saladas, oleaginosas e carboidratos com baixo índice glicêmico.

Iniciar a ceia pelas entradas, como saladas fartas com castanhas, queijos e proteínas, ajudam na questão da saciedade. Já o consumo de carboidratos refinados, inclusive as sobremesas, deve ser realizado com moderação.

Priorizar preparações caseiras, feitas com ingredientes naturais e temperos frescos e não industrializados ajudam muito a manter uma ceia nutritiva e saudável. Também é possível trocar as bebidas alcoólicas e refrigerantes por águas aromatizadas e sucos naturais. Para a sobremesa, a dica é uma só: comer em quantidades pequenas para provar de tudo um pouco e se possível começar pelas frutas.

A nutricionista reforça a importância de evitar o consumo de álcool. No entanto, se exagerou na bebida e bateu aquela ressaca, é essencial ter uma boa hidratação antes e durante as comemorações, consumir frutas ricas em sais minerais, verduras verde escuras, como a couve e o espinafre, que irão auxiliar no funcionamento do intestino, acelerando, assim, a desintoxicação do organismo.

Dicas para celíacos e intolerantes a lactose

Há algum tempo, pouco se falava em intolerância ou alergia alimentar. Porém, atualmente, todo mundo conhece alguma pessoa celíaca (alérgicos ao glúten, proteína do trigo) ou intolerante à lactose. Embora alguns casos sejam de predisposição genética, o desenvolvimento de diversos tipos de intolerância também pode estar associado ao alto consumo de alimentos processados e industrializados, pobres em nutrientes, alimentos geneticamente modificados.

O glúten está presente em alimentos derivados de farinha de trigo, como bolos e pães, macarrão, alguns doces, massas, biscoitos e até mesmo em bebidas, como cerveja e whisky. Já a lactose é o açúcar presente no leite e em seus derivados, como manteiga, queijo, creme de leite, leite condensado e iogurte.

Para os celíacos, a nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz indica a substituição da farinha de trigo na preparação de tortas, bolos, farofas e empanados, por outras, como a de aveia, fubá, mandioca, castanha ou amêndoas. O pudim, por exemplo, pode ganhar uma versão de tapioca. “Importante sempre ler o rótulo dos ingredientes, pois pode acontecer a contaminação cruzada durante processo de produção. Muitas pessoas não sabem que alguns alimentos podem conter glúten, como os tabletes de caldo de carne ou legumes, e temperos industrializados, que podem ser substituídos por opções naturais e mais saudáveis”, comenta.

Já para os intolerantes à lactose, atualmente, as gôndolas dos supermercados contam com versões de leites, manteigas, margarinas e queijos sem esse componente. Também existem os leites de coco, amêndoas e arroz que podem ser utilizadas no lugar do leite de vaca, comum em qualquer receita.

A especialista destaca que essas substituições são indicadas apenas para os celíacos e intolerantes à lactose. “Se não existe contraindicação médica, não tem porque retira-los da alimentação. Essas opções não são necessariamente mais saudáveis, apenas ajudam os intolerantes e alérgicos, que devem ter sempre acompanhamento de um especialista. Para os que não se encaixam nesse quadro, a palavra-chave é equilíbrio e moderação na alimentação”, completa Maluhy.

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EM BUSCA DO CORPO IDEAL

Na era dos perfis fitness nas mídias sociais, das soluções de emagrecimento massificadas e do corpo perfeito como meta de vida, a intensa jornada pela boa forma pode levar a comportamentos extremos e pouco saudáveis. Especialistas defendem que o corpo ideal é aquele que está ao nosso alcance possível.

Por Débora Rubin fotos Marcos Pacheco

Carolina Salgado

A cada verão, a história se repete: a vontade de entrar em forma faz com que os brasileiros tentem, no último minuto, reverter os maus hábitos de um ano inteiro. Dietas extremas, exercícios em dobro, suplementos e pílulas mágicas de emagrecimento entram na pauta do dia e anúncios com essas soluções milagrosas aparecem em todas as mídias. Quando o inverno chega, o plano de um ano da academia é deixado de lado e os quilos extras voltam. Muitos jogam a toalha. Para uma minoria, o gostinho da vida saudável torna-se um bom hábito. Para outros, pode se transformar em uma busca incessante e perigosa para a saúde. A jornalista e empreendedora Carolina Salgado, 37 anos, sabe o que é passar desse ponto e as consequências que a chamada corpolatria nome dado ao culto exagerado ao corpo pode trazer para toda a vida. Aos 19 anos, ela entrou em um ciclo obsessivo: queria ser magra e ter um corpo malhado. Passou, então, a tomar remédio para acelerar o metabolismo e a malhar todos os dias inclusive aos domingos de duas a cinco horas por dia.

Esse padrão de vida durou quase quatro anos. Do uso do estimulante, para dar energia e inibir o apetite, Carolina herdou crises de pânico. Do excesso de exercício, uma luxação na patela que a incomoda até hoje, 15 anos mais tarde. “Logo depois engravidei e fiquei muito tempo sem fazer exercício físico”, conta. “Voltei a treinar só após um longo período, mas tive que escolher atividades de menor impacto por causa do joelho.” Olhando para o passado com a devida distância, Carolina entende hoje que a obsessão com o corpo escondia diversas outras questões. Depois de viver com a mãe por toda a vida, ela tinha ido morar com pai, que era ausente. Para a jornalista, a solidão e a responsabilidade por si própria contribuíram para essa escolha. Naquele tempo, em que sua dieta era à base de barra de proteína e vitamina com leite desnatado, quando os resultados começaram a aparecer, ela continuava insatisfeita e seguia na malhação pesada. “Parecia que eu tinha sido abduzida”, recorda.

ESPELHOS DIGITAIS

Carolina viveu a paranoia em um tempo em que ainda não existiam as redes sociais. A TV e as revistas, no entanto, já cumpriam esse papel de manual do que as pessoas em especial as mulheres deveriam (ou ao menos deveriam querer) ser. Mas a situação piorou. “A internet democratizou a pressão pela busca do corpo perfeito”, diz a psicóloga Joana de Vilhena Novaes. Há mais de 20 anos pesquisando o tema, a professora da PUC-Rio, onde é coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza, explica que, com o Facebook e o Instagram, as pessoas passaram do papel de observadoras e admiradoras de celebridades para protagonistas. “Não se cobra mais que você siga a dieta da estrela da TV que saiu na capa da revista. Agora você tem que ser a estrela da sua rede e postar suas fotos fitness.” A massificação da exposição acirrou a necessidade de ser belo. O corpo, mais que nunca, tornou-se um capital, conceito usado por Joana. “A mensagem que fica é: só é feio quem quer ou você só é gordo porque não gerencia bem seu próprio corpo”, diz. “O que é bem perverso porque os corpos são muito diferentes entre si e, no caso da obesidade, por exemplo, os profissionais de saúde sabem que ela é multifatorial.” Quanto mais se cobra um corpo perfeito, mais a obesidade se torna uma epidemia um dos paradoxos dos tempos atuais. “Mais de 50% da população está com sobrepeso”, destaca a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A médica tem um hábito curioso: entrar em anúncios de remédios milagrosos e suspeitos nas redes sociais para ver quantas pessoas curtem e comentam. “É espantoso, vejo um monte de gente marcando outras pessoas”, conta. No dia a dia, em seu consultório, ela conta que recebe pacientes que também buscam soluções rápidas para emagrecer. A psicóloga Graça Maria de Carvalho Câmara, também do Hospital, sabe bem do que a Dra. Tarissa está falando. São anos lidando com pacientes que já tentaram de tudo e estão cansados da eterna pressão do verão: dietas da moda, remédios sem credibilidade, entre outros. “Fora o clássico: estou sem comer faz três dias e não emagreço”, diz a psicóloga. A busca pelo corpo perfeito, nas mãos de profissionais como Tarissa e Graça, vira a busca pelo corpo possível, com direito a escuta, acolhimento e ajuda no caminho do autoconhecimento. E vale anotar: a dobradinha clássica alimentação saudável e atividade física segue sendo imbatível.

BELEZA NA PONTA DA FACA

O Brasil é conhecido como o segundo país que mais faz intervenções cirúrgicas estéticas no corpo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, aponta um crescimento de 8% em cirurgias estéticas e de 390% em técnicas menos invasivas, como aplicação de toxina botulínica o famoso botox e preenchimentos de modo geral. Esses últimos representam quase a metade dos procedimentos. As mulheres são a maioria desse público. Viviane Angélica Mol, 31 anos, analista de seguros, é uma das brasileiras que optaram por, usando o jargão popular, entrar na faca. Frustrada por não conseguir perder a barriga, fruto de duas gestações, com dieta e academia, decidiu encarar a abdominoplastia e sonhava, em seguida, com uma lipoaspiração. Com 1,58 metro e 62 quilos, ela não tinha com o que se preocupar o IMC (índice de massa corporal) estava dentro do considerado saudável e não havia outros problemas de saúde como colesterol alto ou diabetes.

Viviane Mol

Era uma questão puramente estética, mas mexia com a autoestima e Viviane achou que era hora de encarar a cirurgia. “O médico acabou me convencendo a fazer ‘dois em um’ e mexer também no seio por um bom preço”, conta ela. O resultado agradou, mas trouxe outras questões. “Tenho sentimentos conflitantes: por um lado, fiquei feliz de me ver livre da barriga, por outro, olho para a cicatriz e sinto que tirei uma parte da minha história, da pós-gravidez”, diz. Isso sem contar os efeitos colaterais: ela ganhou um inchaço incômodo que ainda está sendo investigado e o peso, ao contrário de baixar, subiu mais três números no ponteiro da balança. Viviane ia fazer a lipoaspiração, mas desistiu. Segue na reeducação alimentar e na academia todos os dias. “A cirurgia plástica não é algo simples, deve ser pensada com calma e muito conversada com o profissional que fará o procedimento”, recomenda o Dr. Carlos Alberto Komatsu, cirurgião plástico que atende no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Todo o cuidado se justifica: o paciente precisa estar ciente dos riscos e da real necessidade da cirurgia ainda que seja para elevar a autoestima, o que não é pouca coisa. “Se algo está incomodando e impedindo a pessoa de viver sua plenitude, a cirurgia pode ser simples, mas causa um efeito enorme na vida dela”, defende o Dr. Komatsu.

FELIZ CORPO NOVO

Cada corpo é único, e é esse o olhar da Dra. Tarissa e da psicóloga Graça no Centro Especializado em Obesidade e Diabetes. Mas alguns balizadores são fundamentais na análise médica. “Sobrepeso, colesterol e diabetes são indícios que precisam ser avaliados com muita atenção”, diz a endocrinologista. “No entanto, há muita gente com sobrepeso que está com a saúde boa. Nesses casos, vale olhar como a gordura está distribuída pelo corpo porque é a visceral, a do abdômen, a que mais preocupa.” A maior parte dos pacientes atendidos no Centro tem entre 35 e 60 anos, mas um público crescente desperta a atenção das profissionais: os adolescentes. Com o corpo ainda em formação, correm mais riscos quando tomam pílulas com substâncias desconhecidas, hormônios, e fazem treinos forçados. “Hormônios podem fazer o eixo hormonal parar de funcionar, e o corpo entende que não é preciso mais fabricá-los. No caso dos homens, por exemplo, pode acontecer de parar de produzir testosterona e passar a fabricar estrogênio, desenvolvendo mamas”, explica a Dra. Tarissa. Para Graça, é muito importante, ao longo do processo terapêutico, entender o momento de aceitação de si próprio e os limites que cada um tem. Para isso, ela trabalha com etapas, tarefas, mudanças gradativas e muita paciência. “Não falamos em quilos, mas em montagem de prato, em escolhas, no prazer da atividade física e nas pequenas mudanças de hábito.” É um processo de desconstrução de que o corpo magro é o único saudável, e que a perda de peso gradual já pode promover muito mais qualidade de vida. Emagrecer traz bem-estar, energia e ajuda a reduzir as doenças associadas. Não há nada de errado em tentar ser uma pessoa mais saudável, o problema é quando saúde vira sinônimo de beleza. “Ao fundir os dois conceitos, temos uma série de problemas, entre eles o fato de que os próprios indicadores do que é saudável mudam. Quarenta anos atrás, uma pessoa com hábitos muito obsessivos poderia ser diagnosticada com algum tipo de transtorno de ordem psíquica. Hoje, ela é considerada um modelo a ser seguido”, explica a psicóloga Joana, da PUC-Rio. Toda essa pressão pesa muitas toneladas a mais nas costas das mulheres são elas as principais consumidoras de dietas milagrosas, de revistas com dicas fitness e das cirurgias. Isso porque, segundo Joana, a beleza faz parte da questão identitária social da mulher: ser bela é um atributo. Claro, os homens não estão livres dos julgamentos sociais e muitos sobem na esteira literalmente da eterna busca pelo corpão. Mas, sem dúvida, a cobrança que eles sofrem é bem menor.

Pedro Bressan

O consultor de TI Pedro Bressan, 30 anos, conta que sua vontade de ter uma vida mais saudável e se livrar de uma incômoda barriguinha veio de dentro, e não da pressão externa para ser magro e forte. “Não cheguei a ficar gordo, mas senti que estava barrigudo e sem energia para jogar bola”, diz ele, que criou uma rotina de atividade física e dieta balanceada aos 20 e poucos anos quando percebeu que estava se deixando levar pela sedentária e baladeira vida universitária. Praticante de crossfit, tênis, pilates e escaladas eventuais nos fins de semana, Pedro fez de tudo um pouco até achar os exercícios ideais. No início da transformação, consultou uma nutricionista que realizou o sonho de toda a vida de sua mãe: ensinou-o a comer salada. Hoje, ele leva marmita para o trabalho, reduziu o consumo de álcool, mas não abre mão da vida social. “Deixo para fazer um almoço ou jantar mais exagerado quando vou sair, encontrar amigos.” Foi fácil? “Não, em especial a parte da alimentação, mas, quando vira hábito, é difícil mudar”, diz ele, que não almeja virar o marombeiro da academia, mas também não quer mais ser o primeiro a se cansar na pelada com os amigos. Nada como seguir o caminho do equilíbrio.

QUANDO O EXCESSO DE SAÚDE VIRA DOENÇA

A obsessão por só se alimentar de forma saudável o tempo todo tem nome: ortorexia. E pode virar uma doença quando começa a comprometer a vida social e, principalmente, a saúde: a pessoa prefere não comer a consumir algo que não considera saudável. Isso pode levar a uma deficiência de nutrientes e, em consequência, à anemia e a doenças mais graves.

AS REGRAS DO CORPO SAUDÁVEL

  • Ter uma alimentação balanceada a maior parte do tempo, ou seja, a que inclui um equilíbrio de proteína, carboidrato e todos os nutrientes necessário
  • Dizer não ao sedentarismo: não passar muitas horas sentado e praticar atividade física são fundamentais para manter o peso dentro do ideal e a energia em dia
  • Conhecer bem o próprio corpo: entender que os biotipos são diferentes e que nem todo mundo vai ser magro ou forte é importante para evitar frustrações com dietas e exercícios
  • Conhecer bem a si mesmo: às vezes não é o corpo que é o problema, mas outras questões psicológicas que foram negligenciadas
  • Cultivar uma rotina equilibrada: dormir bem, ter atividades de lazer e não se martirizar quando quebrar a dieta ou faltar à academia
  • Beber muita água, principalmente no verão
  • Estar com os exames médicos em dia

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