Gagueira Tem Cura? Neurologista Explica Tratamento Da Condição

Interrupções involuntárias no fluxo da fala, incluindo repetições de sons, sílabas ou palavras, prolongamentos de sons e bloqueios. Assim se define a gagueira, nome popular para disfemia. Este é um distúrbio da fluência da fala que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, indica o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF).

Além disso, vale destacar que essas interrupções podem acompanhar tensões musculares e comportamentos secundários, como piscar de olhos ou movimentos faciais, explica Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Causas da condição

A gagueira pode ter origem em diversos fatores, sendo essa uma condição complexa. Segundo o neurologista, entre as causas estão aspectos genéticos, neurológicos e ambientais.

A condição é mais prevalente em crianças, especialmente entre os 2 e 6 anos de idade, período crítico para o desenvolvimento da linguagem. Estudos indicam que a gagueira afeta aproximadamente 5% das crianças, com uma prevalência maior em meninos do que em meninas. Embora muitos casos sejam resolvidos espontaneamente, cerca de 1% da população adulta continua a apresentar gagueira”, detalha o médico.

Impactos no dia a dia

A gagueira pode se dividir em diferentes níveis de severidade, variando de leve a grave. “A classificação é baseada na frequência e intensidade das disfluências, bem como no impacto emocional e comportamental sobre o indivíduo”, afirma Diogo.

O especialista ressalta ainda que a gagueira pode afetar significativamente a qualidade de vida e a autonomia do indivíduo, interferindo na comunicação eficaz e levando a sentimentos de frustração, ansiedade e baixa autoestima.

Em casos graves, pode limitar as oportunidades educacionais e profissionais, além de impactar negativamente as relações sociais e a participação em atividades cotidianas”, diz o médico. Para ele, a conscientização pública sobre a gagueira pode ajudar a reduzir o estigma associado à condição e promover um ambiente mais inclusivo para aqueles que vivem com gagueira.

Afinal, a gagueira tem cura?

Atualmente, não existe uma cura definitiva para a gagueira, mas há tratamentos eficazes que podem ajudar a gerenciar e reduzir os sintomas. O tratamento é geralmente multidisciplinar, envolvendo fonoaudiólogos, psicólogos e, em alguns casos, neurologistas.

As abordagens terapêuticas incluem técnicas de fluência, modificação da gagueira, terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, o uso de dispositivos eletrônicos que auxiliam na fluência”, diz Diogo.

Conforme o especialista, o tratamento é indicado principalmente quando a gagueira persiste além da infância, causa sofrimento significativo ou interfere nas atividades diárias e na comunicação. “A intervenção precoce é crucial para maximizar os resultados terapêuticos”, destaca.

Além disso, a pesquisa contínua é essencial para desenvolver novas intervenções e melhorar as existentes. “A compreensão e o apoio da família, amigos e educadores são fundamentais para o sucesso do tratamento”, finaliza o neurologista.

O impacto da poluição sonora no aparelho auditivo

O som de muitas pessoas falando, buzinas, sirenes, barulho do metrô… A exposição diária a todos esses ruídos pode ser muito nociva ao aparelho auditivo humano. Para um melhor controle da poluição sonora, algumas grandes cidades têm critérios específicos ou mesmo programas de fiscalização, como é o caso da iniciativa paulistana – Programa de Silêncio Urbano (PSIU), que determina os níveis máximos de ruído aceitáveis em área residencial (50 decibéis durante o dia e 45 à noite) e área industrial (70 decibéis durante o dia e 60 à noite).

Além de distúrbios urbanos, essa preocupação está relacionada aos impactos que esses ruídos causam às células localizadas na parte interna do ouvido, que, uma vez lesionadas, não se regeneram e o indivíduo vai perdendo a capacidade de audição com o passar do tempo. A capacidade de ouvir é o primeiro sentido a se desenvolver durante a formação do ser humano, ainda na gestação, e é fundamental na capacidade de comunicação. A maior parte dos distúrbios de comunicação é proveniente de problemas auditivos, causados principalmente pela exposição a sons intensos.

Os prejuízos para a audição variam de acordo com o tempo de exposição e intensidade aos ruídos, e podem causar, além da perda auditiva, dor de cabeça, cansaço, elevação da pressão arterial, perda de concentração e aumento dos níveis de cortisona e colesterol no sangue.

Segundo Dr. Mario Munhoz, coordenador do Centro de Otoneurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a melhor medida é evitar exposição intensa e prolongada a ruídos altos e muito barulho e, sempre que possível, usar abafadores de ruídos (protetores auriculares).

Curiosidades
• O decibel é a medida da intensidade sonora;
• Por ser uma relação logarítmica, pequeno aumento da quantidade de decibel significa grande aumento na pressão sonora. Por este motivo, quanto mais intenso for o som, menor o tempo de exposição. Assim, som de 80 dB permite exposição de 8 horas, ao passo que som de 100 dB permite exposição de apenas 5 minutos;
• Algumas pessoas, quando se encontram em silêncio quase absoluto, escutam um zumbido distante. Esse barulho pode ser um sinal de perda auditiva.

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store