Gastrite eosinofílica: o que é, sintomas e tratamento

Índice de conteúdo Quem convive com a gastrite sabe que ela pode gerar sintomas bastante incômodos.

E entre os tipos da condição, existe um mais raro e menos conhecido: a gastrite eosinofílica . Saiba mais sobre o assunto a seguir:

Afinal, o que é a gastrite eosinofílica?

De acordo com o Dr Rafael Bandeira, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a gastrite eosinofílica é “um tipo raro de gastrite que, apesar de não ter uma patogênese ainda muito bem estabelecida, está associada a quadros alérgicos, como asma rinite e eczema”.

Segundo o Manual MSD, a condição também pode se originar de uma reação do corpo a infestação por nematelmintos (lombrigas).

Existem, inclusive, outras doenças eosinofílicas do trato digestivo: esofagite, enterite e colite eosinofílicas, por exemplo. “A mais comum e conhecida delas é a esofagite, que acomete cerca de 60 a cada 100 mil pessoas e é marcada principalmente por queixas de entalos e sintomas semelhantes à doença do refluxo gastroesofágico”, complementa o especialista.

No caso da gastrite eosinofílica, ocorre o acúmulo exagerado de eosinófilos (células responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e outros agentes infecciosos) na parede do estômago, o que resulta em inflamação do local.

Quais os principais sintomas?

O médico explica que o quadro clínico pode ser muito inespecífico. Contudo, os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia.

Diagnóstico da gastrite eosinofílica

“O diagnóstico se dá com a realização de biópsias durante a endoscopia, que demonstram uma gastrite com grande número de células inflamatórias chamadas de eosinófilos”, explica o Dr Rafael Bandeira.

Tem cura? Como é feito o tratamento?

O curso da doença pode se apresentar como surto único (cerca de 40% dos casos); evoluir com sintomas recorrentes (períodos de crises e remissões) em também 40% das pessoas; ou com sintomas crônicos (persistentes por mais de 6 meses) em 20% dos pacientes.

“O tratamento irá depender de cada caso. Pacientes com doença leve podem ser tratados inicialmente com sintomáticos, ao passo que os demais necessitam de terapia mais agressiva. A retirada empírica dos antígenos alimentares mais comumente implicados como potenciais alérgenos é uma opção válida, mas deve ser feita em acompanhamento com profissional. Em alguns casos, pode ser necessário uso de corticoides e medicamentos que reduzem a imunidade”, finaliza o médico.

DOENÇA DE CROHN | CURIOSIDADES SOBRE…

A Doença de Crohn é uma condição crônica e inflamatória que afeta o sistema digestivo. Ela pode ocorrer em qualquer parte do trato gastrointestinal.

Se você está interessado em saber mais sobre, assista o novo episódio da série “5 curiosidades sobre…” com o Dr. Rafael Bandeira, gastroenterologista em nosso hospital.

PEDRA NA VESÍCULA | 5 CURIOSIDADES SOBRE…

A formação de cálculos na vesícula biliar, conhecida como pedra na vesícula, é uma condição gastrointestinal bastante comum em todo o mundo, especialmente entre as mulheres.
 
Se você quer saber mais sobre esse assunto, não pode perder o novo episódio da série “5 Curiosidades sobre…”, que traz como convidado o Dr. Paulo Barros, cirurgião do aparelho digestivo em nosso hospital. 

Aparelho digestivo

O Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um centro de referência no diagnóstico e tratamento de doenças do aparelho digestivo.

O centro conta com uma equipe de especialistas renomados, que atuam em diversos núcleos, de forma integrada, para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.

Além da excelência da equipe médica e assistencial, o centro possui os mais avançados tratamentos e tecnologia de ponta, para garantir o melhor resultado possível para cada paciente.

O centro está comprometido com a preservação da saúde e qualidade de vida de seus pacientes, desde a prevenção até casos que envolvam medicina de alta complexidade.

Confira alguns dos serviços oferecidos pelo Centro Especializado em Aparelho Digestivo:

  • Diagnóstico e tratamento de doenças do esôfago, estômago, intestinos, pâncreas, fígado e vias biliares;
  • Cirurgias do aparelho digestivo;
  • Endoscopia digestiva alta e baixa;
  • Colonoscopia;
  • Retosigmoidoscopia;
  • Exames de imagem do aparelho digestivo;
  • Nutrição enteral e parenteral;
  • Cuidados paliativos.

Exames

É um exame complementar que identifica alterações na pressão dentro do canal e analisa a propulsão, contração e coordenação dos movimentos do órgão e de seus músculos (esfíncteres superior e inferior).

Indicação:

  • Disfagia (dificuldade de engolir alimentos sólidos e líquidos) com causa obscura: acalasia, esclerodermia, espasmo difuso do esôfago, hipertensão do esfíncter inferior do esôfago, esôfago em quebra-nozes, entre outras;
  • Avaliação da doença do refluxo gastroesofagiano;
  • Dor torácica de origem não-cardíaca;
  • Excluir doenças sistêmicas com possível envolvimento esofágico.

Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao ácido gástrico.

Indicação:

  • Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.

Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao refluxo do conteúdo gástrico sendo ele refluxo de ácido, não ácido e de gás.

Indicação:

  • Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.

Exame que estuda o ânus por meio da avaliação da pressão dos esfíncteres interno e externo do ânus, sua capacidade e sensibilidade, além do reflexo neural responsável pela movimentação do intestino.

Indicação:

  • Constipação intestinal;
  • Incontinência fecal;
  • Fissura anal.

O exame usa a medida do hidrogênio da respiração para diagnosticar certas condições que desencadeiam sintomas gastrointestinais e que podem estar associados ao excesso do gás no intestino. Por meio do exame é possível detectar intolerância à lactose, à frutose, ao sorbitol e à xilose, além da síndrome do supercrescimento bacteriano.

Indicação:

  • Supercrescimento bacteriano de intestino delgado;
  • Síndromes de má digestão de carboidratos;
  • Avaliar as condições associadas a distensão abdominal.

Equipes multidisciplinares

Nossas equipes multidisciplinares são compostas por médicos, cirurgiões, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos altamente qualificados, todos especializados em distúrbios do sistema digestivo. Eles trabalham em conjunto para oferecer a você o atendimento mais completo e personalizado.

 Nosso centro é subdividido em sete núcleos especializados:

  • Núcleo de Esôfago e Estômago;
  • Núcleo de Vias Biliares e Pâncreas;
  • Núcleo de Fígado;
  • Núcleo de Hérnia;
  • Núcleo de Gastroenterologia;
  • Núcleo de Coloproctologia e Intestinos;
  • Núcleo de Cirurgia do Aparelho Digestivo.

Homem toma 12 latas de energético e tem pancreatite aguda; qual relação?

O excesso de consumo de energético pode trazer diversos riscos à saúde , como arritmias (aumento desordenado da frequência cardíaca) e picos hipertensivos.

Mas a ingestão de bebida parece trazer consequências graves para outras partes do corpo.

O médico e youtuber norte-americano Bernard Hsu, que compartilha casos atendidos por ele ou colegas de profissão, contou a história de um homem que bebeu 12 latas de energético em 10 minutos e quase morreu

Como consequência, o youtuber desenvolveu uma pancreatite aguda, uma inflamação que acomete o pâncreas, um órgão do trato digestório, que fica atrás do estômago, próximo das alças intestinais. Ele é responsável pela produção de vários hormônios como insulina e pancreatina, e enzimas que digerem a comida.

O paciente, identificado apenas como “JS”, era um jogador de video games de 36 anos. Ele foi internado após sentir fortes dores abdominais e chegar vomitando ao pronto-socorro, quando foi diagnosticado com a doença.

Mas qual a relação entre o energético e o pâncreas? De acordo com Maira Marzinotto, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), ainda não há tantos estudos na literatura médica que relacionem consumo de energético com pancreatite aguda, como ocorreu com o paciente.

Marzinotto explica que, quando há relatos de casos sobre o assunto, geralmente, há consumo excessivo da bebida. “O que a gente acredita é que, com os energéticos cada vez mais aprimorados, com novos estimulantes, essas substâncias possam deflagrar o processo de pancreatite, assim como alguns medicamentos e como o próprio álcool já faz”, afirma.

As causas mais comuns da doença envolvem pedra na vesícula, excesso de álcool, hipertrigliceridemia, comum em pacientes com obesidade , que têm colesterol alto, causas autoimunes ou hereditárias.

“Algumas dessas substâncias — é difícil dizer ao certo qual delas, pois há muitas—, como aminoácidos e cafeína, podem predispor o processo de pancreatite, mas normalmente quando o consumo ocorre em excesso”, diz. “Do que temos de relatos de caso, não há nada falando de pessoas que consomem quantidades pequenas ou moderadas da bebida.”

Os sintomas da pancreatite aguda e o que fazer Entre os sinais mais frequentes estão: náusea, vômito, forte dor abdominal (principalmente na parte superior) que, às vezes, alcança as costas. A gastroenterologista explica ainda que a doença é considerada uma emergência e que é fundamental procurar um atendimento médico.

“Se o diagnóstico é confirmado, normalmente, conduzimos o paciente para internação”, diz. O tratamento envolve suporte clínico, com soro na veia e medicamentos para dor. “É mais esperar o organismo resolver”, afirma a médica.

Por fim, Marzinotto reforça a importância de evitar os excessos com a bebida. “O consumo de energético está aumentando e, possivelmente, veremos mais casos como esse. As pessoas devem ter parcimônia. Não pode sair bebendo assim. Elas devem ter o mesmo cuidado que já é feito com o álcool e gordura, por exemplo.”

Quem tem pedra na vesicula tem que operar?

Quem tem pedra na vesícula tem que operar?

As pedras da vesícula não são naturalmente expelidas pelo corpo e devem ser retiradas cirurgicamente, junto com o órgão, para evitar problemas de saúde.

Qual a especialidade para pedra na vesícula?

Suspeitas da pedra na vesícula Identificando os sintomas supracitados, deve-se procurar um gastroenterologista para fazer os exames. Deste modo é possível ter um diagnóstico e detectar o seu problema. O ultrassom, geralmente é o mais comum para detectar a pedra na vesícula.

Como fazer a retirada da vesícula biliar?

Há duas maneiras de realizar a retirada da vesícula biliar: pela cirurgia convencional ou pela laparoscopia. A primeira é mais invasiva, tendo em vista que o abdômen do paciente é perfurado para realizar o processo de retirada do órgão.

Qual a função da vesícula biliar?

Nelson Liboni, Cirurgião do Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, responde as principais dúvidas sobre o órgão e sobre o cálculo biliar, também conhecido como pedra na vesícula. Qual a função da vesícula biliar? A vesícula é fundamental no processo de digestão.

Quais são os sintomas da cirurgia da vesícula?

A cirurgia da vesícula só deve ser feita nos pacientes que têm sintomas. Quais são? Índice Sintomas Cálculos biliares Cirurgia Sintomas Empachamento (má digestão) após comer gordura e fritura; Dor embaixo do fígado à direita e embaixo da costela a direita, chamada cólica biliar. Dores no meio do estômago, próximo a costela. Cálculos biliares

Quais são os sintomas dos cálculos biliares?

Os cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedras na vesícula, podem causar náuseas, vômitos, desconforto abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, gases, inchaço, sensação de gosto amargo e dores de cabeça. Alguns pacientes também sentem cólicas e dores pontuais nas costas, enquanto outros passam anos sem apresentar nenhum sintoma.

Por que comer rápido faz mal? Hábito aumenta risco de diabetes e obesidade

Você saboreia as refeições com calma ou devora a comida? Se costuma comer correndo, saiba que você terá propensão a ficar obeso e desenvolver síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco que aumentam os riscos de desenvolver doenças cardíacas.

AVC e diabetes . É o que mostra um estudo da Associação Americana do Coração, publicado em 2018.

Pesquisadores da Universidade Hiroshima, no Japão, acompanharam 642 homens e 441 mulheres ao longo de cinco anos, identificando-os como comedores lentos, normais ou rápidos. O resultado mostrou que 11,6% daqueles que comiam mais rápido desenvolveram síndrome metabólica, bem acima dos índices observados nos outros dois grupos —6,5% entre os de velocidade média e 2,3% entre os mais lentos.

Quando comemos muito rápido, tendemos a exagerar, já que não nos sentimos saciados, o que é, inclusive, um risco aumentado de ganho de peso. “Demora cerca de 15 a 20 minutos para que o seu estômago envie um sinal ao seu cérebro de que está cheio, indicando que já não é preciso mais comida. Portanto, ao comer rapidamente, dificultamos a transmissão desses sinais de saciedade, fazendo com que se consuma mais calorias”, afirma Rafael Bandeira, gastroenterologista do Centros Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O cardiologista Takayuki Yamaji, que liderou o estudo japonês, explica que isso também causa variações no nível de glicose que podem levar a uma resistência à ação da insulina (responsável por regular o açúcar no sangue), o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio.

Comedores mais rápidos também podem ter mais refluxo do que os mais lentos. Pesquisadores pediram a voluntários saudáveis que comessem uma refeição de 690 calorias em cinco ou 30 minutos em dias alternados e depois os monitoraram por duas horas. Foi observado que aqueles que comiam mais rápido tinham 12,5 episódios de refluxo em comparação com 8,5 naqueles que comiam mais devagar.

Outro fator prejudicial à saúde é que ao comer de forma acelerada, engolimos mais ar, o que pode causar inchaço e gases. “Além disso, mastigar corretamente ajuda a quebrar os alimentos em partículas menores, auxiliando na digestão e evitando engasgos”, destaca Bandeira.

Como comer mais devagar

Para muitos de nós, apressar as refeições tornou-se natural. Quebrar esse hábito exige, portanto, um esforço consciente. A seguir, o especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz sugere algumas ações para ajudar a desacelerar e saborear bem a comida:

  • Dê tempo suficiente. Faça das refeições um item prioritário na sua agenda, reservando pelo menos 20 minutos para cada refeição;
  • Esteja concentrado. Evite falar ao telefone, desligue a televisão e desencoraje o uso de dispositivos eletrônicos durante as refeições;
  • Mastigue os alimentos cerca de 20 a 30 vezes antes de engolir;
  • Corte mais os alimentos e dê mordidas menores para ajudar a diminuir o ritmo, facilitar a mastigação e fazer com que a refeição dure mais;
  • Abaixe o garfo após cada mordida, evitando entrar em um ritmo de robô;
  • Quando começar a comer, tente recrutar todos os sentidos para realmente notar o aroma, sabor, textura e outras propriedades sensoriais dos alimentos.

Maio Roxo traz alerta às doenças inflamatórias intestinais

São Paulo, 24 de maio de 2021 – Neste mês é celebrada a campanha Maio Roxo com o objetivo de conscientizar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs).

Segundo o Ministério da Saúde, as enfermidades que mais afetam os órgãos intestinais são: doença de Crohn e retocolite ulcerativa, responsáveis por 95% dos casos. No mundo, há uma tendência de aumento de novos casos das DIIs a cada ano, segundo a Dra. Bruna Vailati, coloproctologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De acordo coma a especialista, esse fato se dá por conta do estilo de vida da sociedade contemporânea, onde as pessoas tendem a optar por uma dieta rica em alimentos industrializados e ultra processados, com baixo consumo de alimentos in natura.

Para o Dr. Daniel Nakagawa, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ter uma data para alertar sobre as DIIs é de extrema importância, uma vez que “essas disfunções ainda são desconhecidas por grande parte da população.

Há pessoas que consideram os sintomas dessas doenças vexatórios, por conta da falta de informação e do pouco que se é dito e explicado sobre o tema. Dessa forma, ter uma data para aumentar a visibilidade das doenças inflamatórias intestinais é fundamental”, diz.

Doença de Crohn e retocolite ulcerativa

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são doenças multifatoriais que apresentam sintomas e tratamento similares guiados pela gravidade e localização das patologias. A retocolite ulcerativa é uma inflamação crônica restrita ao revestimento interno do intestino grosso, inicia pelo reto (parte final do intestino) e se estende de forma contínua por uma área que varia em cada paciente.

Já a doença de Crohn pode comprometer qualquer parte do trato gastrointestinal, que vai da boca ao ânus, de forma descontínua, ou seja, atinge áreas doentes intercaladas com áreas saudáveis e pode comprometer todas as camadas da parede do intestino. “A região que mais é atingida pela doença de Crohn é o final do intestino fino e o intestino grosso”, explica a Dra. Bruna.

As doenças inflamatórias intestinais não têm fatores definidos para desenvolvimento, que variam desde fatores genéticos, hábitos alimentares e alteração da flora bacteriana do intestino do paciente. Podem acometer desde crianças a idosos, com mais frequência em adultos jovens, na faixa entre 20 a 40 anos de idade.

Os principais sintomas são dores abdominais, diarreia (muitas vezes com sangue, muco ou pus), constipação, febre, perda de peso e fraqueza. Os pacientes também podem apresentar lesões no ânus, dores nas articulações, inflamações oculares, lesões na pele e alterações no fígado.

Por conta dos fatores de risco indefinidos, a especialista explica que não há como garantir ações específicas para a prevenção das doenças. No entanto, o tabagismo é um dos hábitos que está associado ao desenvolvimento e à piora dos sintomas da doença de Crohn e que deve ser evitado.

Tratamento

“Novas drogas como os imunossupressores e imunobiológicos estão constantemente surgindo, aumentando o arsenal terapêutico contra as patologias”, comenta Dr. Daniel Nakagawa. Os tratamentos medicamentosos da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa se baseiam em imunossupressores e imunobiológicos.

Além dos remédios administrados por via oral, medidas comportamentais como ter uma nutrição adequada, evitar anti-inflamatórios e manter hábitos de vida saudáveis são importantes”, complementa.

Quando o paciente não responde de forma satisfatória ao tratamento clínico e medicamentoso, procedimentos cirúrgicos são indicados. “Nem todo paciente precisa de cirurgia, os procedimentos são individualizados e dependem da gravidade e extensão da doença, assim como dos sintomas e condições clínicas de cada um”, comenta a Dra. Bruna Vailati.

“Em ambas as patologias, o procedimento consiste na extração do órgão inflamado. No entanto, no caso da doença de Crohn, mesmo que o segmento doente seja removido, a inflamação pode surgir em outras áreas. Ou seja, a cirurgia não cura a doença e os pacientes devem continuar com o acompanhamento clínico e com o tratamento medicamentoso. Já na retocolite, a remoção dos intestinos elimina toda a parte doente e há maior chance de o paciente não apresentar mais inflamações”, diz a cirurgiã.

Os especialistas explicam que as doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas é possível, na maioria dos casos, ter o controle dos sintomas e prevenir novas crises. Portanto, em caso de suspeita, é fundamental que o paciente procure atendimento médico imediato para realizar o diagnóstico de forma precoce.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Aparelho Digestivo. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4,5 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação:

Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

VESÍCULA E CÁLCULO BILIAR

A vesícula é fundamental no processo de digestão e tem a função de armazenar a bile, substância produzida pelo fígado. Dr. Nelson Liboni, Cirurgião do Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, responde as principais dúvidas sobre o órgão e sobre o cálculo biliar, também conhecido como pedra na vesícula.

Qual a função da vesícula biliar?

A vesícula é fundamental no processo de digestão. Ela tem a função de armazenar a bile – substância produzida pelo fígado – que ajuda a processar os alimentos gordurosos.

Quais os sintomas apresentados pelos pacientes com problemas na vesícula?

Os cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedras na vesícula, podem causar náuseas, vômitos, desconforto abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, gases, inchaço, sensação de gosto amargo e dores de cabeça. Alguns pacientes também sentem cólicas e dores pontuais nas costas, enquanto outros passam anos sem apresentar nenhum sintoma.

Qual o tratamento para os cálculos biliares (pedras na vesícula)?

O tratamento clínico tem demonstrado resultados insatisfatórios, por isso é recomendada a colecistectomia, uma cirurgia para retirar a vesícula biliar, em geral feita via vídeo laparoscopia ou robótica. O método é seguro e a recuperação do paciente é rápida, podendo voltar às atividades profissionais e esportivas, em média, após 5 ou 6 dias.

Quais as complicações podem acontecer sem a cirurgia?

Os pacientes não operados correm o risco de 30 a 50% de sofrerem complicações graves como, por exemplo:

– Colecistite aguda – ocorre quando um cálculo (pedra) obstrui o ducto cístico causando inflamações e acúmulo de pus (empiema ou abcessos), peritonite (inflamação do peritônio, tecido que reveste a parede interna do abdômen e cobre a maioria dos órgãos da região abdominal) ou mucocele (acúmulo de muco);

– Fístulas (perfurações) para o intestino delgado ou cólon causando obstrução intestinal (íleo biliar), sangramento e infecções; coledocolitíase (cálculos no ducto que transporta a bile); colangite e papilites (inflamação das vias biliares) e pancreatite (inflamação no pâncreas). A mortalidade nesses casos é de 7 a 15%.

O paciente não apresenta sintomas, apesar de ter cálculo vesicular. Quais os riscos de não operar?

O tratamento, tanto para quem apresenta sintomas quanto para quem não apresenta, é a remoção cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia). Os pacientes que adiam muito esse procedimento correm o risco da piora do quadro e de ter que se submeter à cirurgia de emergência, sem a assistência e os acompanhamentos de doenças cardíacas, diabetes, entre outros, que poderiam ter sido feitos em uma cirurgia planejada, tornando-se um procedimento de risco, em especial para os idosos.

Em quais casos a cirurgia não é indicada?

Somente pacientes com contraindicações clínicas graves, como doenças cardiovasculares e cirrose hepática devem ser tratados clinicamente, utilizando remédios, sendo submetidos à cirurgia somente no caso de complicações.

No caso de gestantes, a situação deve ser estudada e discutida. Em 50% dos casos, as pacientes já apresentavam sintomas ou sabiam da doença, mas não realizaram a cirurgia antes de engravidarem. A retirada da vesícula deve ser realizada apenas quando o tratamento clínico não apresenta efeito ou devido à gravidade do caso. As cirurgias são mais seguras se feitas no segundo trimestre de gestação. Quando feita eletivamente, a mortalidade materna é baixa e a fetal, de cerca de 5%. No entanto, quando operadas em caráter de urgência, a mortalidade materna alcança 15% e a do feto, 60%.

Após a cirurgia, quais os cuidados devem ser tomados?

Nos dias seguintes à cirurgia é importante que o paciente siga as orientações médicas corretamente. O corpo passará por um processo de adaptação para funcionar sem a vesícula, por isso é recomendável que a alimentação seja balanceada e com baixo teor de gordura. A maioria dos pacientes que é submetida à colecistectomia tem uma vida normal após a cirurgia, mas alguns sintomas como gases e fezes amolecidas podem aparecer após a ingestão de alimentos gordurosos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através do exame de ultrassom. É importante que o médico investigue também patologias associadas como gastrite e úlceras utilizando a endoscopia, para que sejam tratadas em conjunto e haja alívio dos sintomas digestivos.

Os cálculos biliares são todos iguais?

Existem dois tipos de cálculos biliares: os de colesterol e os pigmentares.

Os de colesterol representam 80% dos casos. O colesterol faz parte da composição normal da bile, junto com a água e os sais biliares, entre outros elementos. Ele não é solúvel em água e para ser excretado na bile é necessário que se associe com a lecitina e os sais biliares. Quando, por algum motivo, há um desequilíbrio nessa associação, pode formar-se o cálculo biliar. Toda essa síntese é complexa e muito estudada, mas ainda não foi completamente compreendida pela medicina. Um dos casos para a mudança dessa concentração da bile é a chamada “vesícula preguiçosa”, quando há uma diminuição do esvaziamento do órgão.

Já os pigmentares podem ser negros ou marrons e são mais comuns em países asiáticos. Eles representam um terço dos cálculos que aprecem durante a infância e aparecem quando o organismo produz um nível anormal de bilirrubina (pigmento que dá cor à bile e é produzido quando as hemácias do sangue são quebradas) decorrente de doenças hemolíticas como anemia hemolítica, esferocitose, anemia falciforme, talassemia ou por mobilidade reduzida (hipomotilidade) da vesícula, cirrose hepática, nutrição endovenosa (parenteral) prolongada e infecção biliar.

As pedras da vesícula são iguais às pedras nos rins? Não. Tanto a composição quanto o tratamento são diferentes. As pedras na vesícula são compostas por colesterol ou pigmentos, enquanto as renais têm em sua origem o acúmulo de cálcio, cistina, estruvita ou ácido úrico. O tratamento também difere, já que os cálculos vesiculares não são expelidos como os renais.

Quais fatores contribuem para o aparecimento do cálculo vesicular?

Os fatores mais comuns são:

  • Hereditariedade: fator importante, pesquisas mostram incidências duas vezes maiores em parentes de primeiro grau;
  • Idade: apesar de poder aparecer em qualquer fase da vida, as chances aumentam com o passar dos anos.;
  • Sexo: mulheres são mais suscetíveis à doença – quatro vezes mais do que os homens – em especial as que estão no climatério (menopausa), as que utilizam anticoncepcionais e as gestantes;
  • Obesidade: em especial por causa da maior concentração de colesterol na bile;
  • Cirurgias como as de obesidade mórbida (redução do estômago);
  • Doenças como Crohn, porfiria, fibrose cística do pâncreas, lesão da medula espinhal, cirrose hepática e diabetes por obesidade;
  • Uso de medicamentos: para hiperlipedemias (colesterol alto) e estrógenos. Diuréticos estão sendo estudados;
  • Dieta: alimentação rica em açúcares e gorduras favorece o aparecimento dos cálculos.​

ENGRENAGEM PERFEITA

Você sabe qual é o caminho que a comida percorre assim que entra pela sua boca? A seguir, contamos as principais etapas da nossa digestão, processo espetacular e fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Confira!

Quando bate aquela vontade de comer alguma coisa gostosa, não é só um desejo que estamos satisfazendo. Comemos para crescer, renovar as células e desenvolver o nosso corpo. Para isso, fazemos funcionar uma das engrenagens mais complexas e harmônicas da nossa constituição humana: o sistema digestivo, ou digestório, como também é chamado. “É o momento em que o nosso organismo faz a absorção dos nutrientes dos alimentos”, resume o Dr. Ricardo Barbuti, especialista em gastroenterologia. Da boca, a comida cai no estômago e segue por um longo tubo de 10 a 12 metros de comprimento rumo ao destino final. O sistema também conta com órgãos coadjuvantes, como fígado e pâncreas, que produzem enzimas para reduzir as porções que serão absorvidas pelas células e outras partículas desnecessárias que serão descartadas no fim do processo. Conheça a seguir as principais etapas dessa jornada fantástica.

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