NOVEMBRO AZUL: Preconceito e saúde mental masculina são barreiras na busca por diagnóstico e tratamento de câncer de próstata

Campanha Novembro Azul leva conscientização sobre câncer de próstata e cuidados de saúde do homem

São Paulo, 31 de outubro de 2024 – O preconceito e a falta de cuidados com a saúde mental estão entre as principais barreiras para que homens busquem diagnóstico e tratamento para doenças que acometem esse público, como o câncer de próstata. Acompanhamento psicológico e psiquiátrico e incentivos para que os mais jovens se habituem a procurar ajuda médica mais cedo estão entre as ações elencadas por especialistas que podem ajudar a mudar esse cenário.

O tumor de próstata é o tipo de câncer que mais causa a morte de homens no país — são cerca de 16 mil óbitos por ano, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Estimativas da instituição apontam o surgimento de aproximadamente 72 mil novos casos da doença por ano em 2024 e 2025. 

Os números, porém, podem não contar a história completa da doença no Brasil, uma vez que há muita subnotificação, dizem especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O preconceito está atrelado a características específicas da própria investigação do quadro, como o exame de toque retal”, diz o Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, coordenador do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Para ele, o exame, que permite detectar alterações na próstata, causa rejeição por levantar questionamentos sobre virilidade e masculinidade. 

De uma maneira geral, estamos, hoje, muito menos machistas e preconceituosos com relação à sexualidade masculina do que já fomos, mas ainda há comportamentos que refletem o preconceito”, acrescenta.

As consequências do tratamento, como as possíveis implicações sexuais, também colaboram para essa reação negativa.

Para o psiquiatra, campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, que mobiliza organizações de diversos segmentos para sensibilizar a população com relação ao câncer de próstata e aos cuidados da saúde masculina, ajudaram a diminuir a recusa pelo exame de toque e pela busca de outros cuidados médicos nos últimos anos. 

Mas ainda há um impacto significativo desse preconceito em pessoas mais velhas, que é o grupo de risco para o câncer de próstata”, afirma Oliveira Neto. Para evitar o mesmo problema com as novas gerações, o médico diz que educar os mais jovens a entrar em contato com os médicos mais cedo, levando-os a cuidarem mais ativamente da própria saúde, pode ajudar a prevenir problemas graves no futuro.

Outra causa apontada pelos especialistas para essa rejeição é que, no passado, os procedimentos eram mais invasivos e os efeitos colaterais eram mais prevalentes. Hoje, novas técnicas, como a cirurgia robótica, ajudaram a diminuir o desconforto do tratamento e a aumentar a qualidade de vida dos pacientes em recuperação, ressalta o médico.

Segundo o Dr. Carlo Passerotti, urologista e cirurgião do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o uso da cirurgia robótica na especialidade trouxe benefícios como diminuição de incontinência urinária e impotência sexual, além de uma recuperação mais rápida após o procedimento. 

O receio que muitos homens têm do resultado de uma consulta ou um exame é outro fator que pode gerar sofrimento e que faz com que muitos diagnósticos sejam feitos tardiamente, diz o Dr. Ariel Kann, head do Centro Especializado em Oncologia Clínica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A descoberta do tumor feita em estágios mais avançados diminui as chances de sucesso de tratamento. 

O homem tende a negligenciar um pouco a saúde e, muitas vezes, a mulher ou as filhas atuam como sentinelas, contando ao médico os sinais que percebem, como a urina fora do vaso ou mudanças na forma de andar e se sentar. Como médicos, prestamos atenção ao que elas falam”, conta o médico.

Percebemos que este homem é o líder da família, tenta não demonstrar fraqueza e pensa que precisa estar sempre forte. Assim, a revelação vem por uma filha ou pela esposa”, acrescenta. “A primeira mensagem é: não espere ter sintomas para ter um diagnóstico de câncer de próstata. Quando surgem sintomas, a situação é mais grave”, completa. 

Para possibilitar a detecção precoce, a recomendação é que homens de 50 anos ou mais façam todos os anos os exames de toque retal e PSA – teste de sangue que pode detectar alterações na próstata. Homens de algum grupo de risco, como os que têm histórico familiar da doença e pessoas negras, devem iniciar o rastreio aos 45 anos, explica Passerotti.

Quando o diagnóstico é feito ainda nos estágios iniciais da doença, as chances de cura chegam a 90%. 

Durante o tratamento, um cuidado multidisciplinar, que conta com profissionais como psicólogos, psiquiatras e fisioterapeutas, pode aliviar o sofrimento do paciente e garantir maior qualidade de vida. 

É muito comum o desenvolvimento do transtorno de ajustamento, ou de adaptação, em um quadro oncológico. Diante de uma nova realidade imposta, não desejada, as repercussões em relação ao futuro, à finitude, impactam diretamente a saúde mental do indivíduo”, afirma Oliveira Neto. Assim, exacerbação de sintomas de humor e ansiedade podem aparecer. 

Essa população tem um risco maior de surgimento de desenvolvimento de quadros psíquicos. Isso deve ser acompanhado, porque prejudica diretamente o tratamento clínico. Pacientes com depressão tendem a ficar mais tempo em internação em decorrência do câncer”, conclui.

SETEMBRO AMARELO: CONECTANDO PESSOAS E PROMOVENDO A SAÚDE MENTAL | LEVE TALKS

A saúde mental é um tema que merece nossa atenção durante todo o ano. Pensando nisso, convidamos você a assistir ao novo episódio do Leve Talks, um encontro onde nossos especialistas debateram a importância da conscientização sobre a campanha Setembro Amarelo, autocuidado, apoio psicológico, saúde no ambiente de trabalho, além do espaço que a nossa plateia teve para compartilhar suas experiências e esclarecer dúvidas.

Neste episódio contamos com o time de especialistas:

  • Dr. Alaor Carlos – Psiquiatra (Moderador)
  • Dr. Felipe Liger – Médico Emergencista
  • Dr. José Domingos Neto – Gerente em Saúde Ocupacional

E se você quiser saber mais sobre o assunto e conferir outros temas para cuidar melhor da sua saúde, acesse o LEVE COM VOCÊ: https://bit.ly/3V4dMmI

Resp. Técnico: Haggeas da Silveira Fernandes CRM: 71855

SETEMBRO AMARELO

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Tudo às claras: o que você precisa saber sobre o comportamento suicida!

Com dor física ou emocional constante, com sentimentos como impotência, desesperança e tristeza profunda sempre presentes, viver se torna um fardo pesado demais. Para essas pessoas, o caminho é um só: o CUIDADO!
E nesse longo processo, diversos fatores são importantes para pacientes, familiares e para a sociedade em geral. E tudo começa pelo conhecimento e pelas discussões claras sobre o tema.

Vamos começar? Repitam junto: o suicídio é um fenômeno humano deliberado, complexo e multifatorial EVITÁVEL!

Suicídio não é uma doença, mas está fortemente ligado a transtornos mentais

O primeiro pensamento que devemos ter em relação ao comportamento suicida é que o indivíduo está enfrentando algum tipo de dificuldade ou sofrimento. O ato suicida está fortemente associado a diversos transtornos mentais, que têm em comum a interferência na capacidade de leitura crítica sobre a realidade e no controle sobre os impulsos.

Os transtornos mais comuns incluem depressão, transtorno afetivo bipolar, dependência química, transtornos de personalidade (especialmente antissocial e borderline) e esquizofrenia.

No entanto, não existe uma verdade absoluta. Pessoas em situações de vulnerabilidade pessoal, econômica ou social, combinadas com outros fatores biopsicossociais, podem ser suficientes para desencadear uma crise suicida.

O que leva uma pessoa ao suicídio? Confira a resposta de dois especialistas:

Essa não é uma resposta simples porque não há uma única causa que leve ao suicídio. No entanto, uma emoção comum compartilhada pelas pessoas que tentam ou cometem suicídio é o sentimento de desesperança. Trata-se da incapacidade de enxergar qualquer propósito ou razão para continuar vivo diante de um sofrimento vivido.” – Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, Head do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.


Por ser um fenômeno multifatorial, não é possível identificar apenas uma causa para esse comportamento. O suicídio resulta de uma complexa interação de fatores psicológicos, biológicos, culturais e socioambientais. Assim, quando falamos de suicídio, estamos falando da consequência final de um processo que se desenvolveu ao longo da vida de uma pessoa, acumulando fatores ao longo do tempo.” – Rafael Brito, Psicólogo Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Ou seja, não é possível determinar uma única causa, assim como na maioria das doenças. Os questionamentos sobre o comportamento suicida muitas vezes são carregados de certezas e pré-conceitos sem embasamento seguro e consistente.

O suicida não necessariamente quer morrer

Embora o desfecho seja evidente, a resposta para essa pergunta é tão complexa quanto o caminho que leva a esse ato tão definitivo. O comportamento suicida está geralmente associado a algum tipo de sofrimento — seja físico, psíquico, social, existencial ou espiritual. Para a pessoa nessa situação, esse sofrimento é percebido como intenso, insuportável, irremediável ou interminável.

Como a percepção da realidade dessa pessoa fica distorcida, ela não consegue enxergar soluções ou oportunidades de mudança. Sem vislumbrar alternativas, a única forma que parece haver para acabar com a dor é o suicídio. Assim, a tentativa de suicídio é, muitas vezes, uma tentativa de eliminar o sofrimento, não necessariamente de acabar com a própria vida.

Ele só quer chamar a atenção?

O comportamento suicida como uma tentativa de chamar a atenção é um dos maiores mitos sobre o tema. Qualquer pessoa que apresente sinais comportamentais ou fatores de risco merece um olhar mais atento e, em muitos casos, uma avaliação em saúde mental. Na dúvida, procure um profissional especializado”, orienta Rafael Brito.

Suicida não avisa!

Estamos lidando com um ato complexo, onde não é possível estabelecer padrões universais entre as pessoas que cometem suicídio. Segundo o psicólogo Rafael Brito, é totalmente possível que uma pessoa com comportamento suicida passe despercebida aos olhos menos atentos. Por isso, é crucial estar alerta aos sinais comportamentais e procurar ajuda quando necessário.

A “cura” do comportamento suicida

Tradicionalmente, referimos cura como a eliminação completa de uma doença ou condição, restaurando o indivíduo à sua saúde plena. No entanto, quando falamos de suicídio, a definição de cura se torna mais complexa e abrangente,” explica o Dr. Alaor Neto.

Segundo o especialista, não existe uma “cura” no sentido de eliminar completamente o risco de uma nova tentativa ao longo de toda a vida. O suicídio é um fenômeno multifatorial, influenciado por diversos fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Mesmo com tratamento e acompanhamento adequados, o risco nunca é totalmente eliminado. “A cura, neste contexto, refere-se à garantia de uma melhoria na qualidade de vida e à redução do sofrimento,” complementa o médico.

Tratamento para o comportamento suicida

Assim como tudo relacionado ao tema, o tratamento adequado é definido de acordo com cada paciente e situação. Utilização de medicamento, internação, seja domiciliar ou hospitalar, acompanhamento em tempo integral e restrição ao acesso a meios potenciais para o suicídio são algumas das condutas adotadas no caso.

Em comum está o acompanhamento psicológico e psiquiátrico, que tem o objetivo de auxiliar a pessoa a desenvolver mecanismos de enfrentamento de seus problemas, corrigir o funcionamento neuroquímico do cérebro (se houver constatação de alteração), além de construir uma rede de apoio sólida, tratar os transtornos mentais subjacentes e encontrar significado e propósito na vida.

Papel das pessoas próximas

As pessoas próximas têm um papel fundamental na prestação de suporte à pessoa com comportamento suicida, seja na prevenção, no tratamento ou na pós-ocorrência. Os amigos e familiares são geralmente a parte mais importante da rede de suporte, podendo auxiliá-la em suas diferentes demandas. O importante é perceber que cada pessoa tem necessidades diferentes, e o suporte precisa adaptar-se a essas necessidades. Não se deve impor valores ou soluções pessoais, mesmo com a intenção de ajudar. O paciente com comportamento suicida precisa de acolhimento e empatia, não soluções imediatas,” define Rafael.

Sinais de comportamento suicida em cada um

Dr. Alaor faz uma pergunta: “A forma como hoje me sinto é a maneira como sempre levei minha vida?” Segundo ele, com a resposta a esse questionamento é possível perceber em si mesmo o risco suicida, ligado à percepção de um estado não natural de vivência de suas emoções em relação à própria história.
Além disso, é importante ficar atento a:

  • Sentimentos de desesperança, desamparo e desespero;
  • Impulsividade e uso abusivo de substâncias;
  • Preocupação ou desejo com a própria morte;
  • Alteração nos níveis de atividade;
  • Mudanças repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Variação nos hábitos alimentares ou de sono;
  • Diminuição do rendimento escolar ou produtivo;
  • Comportamentos de risco ou autoagressão.


Todos são sinais de alerta que devem ser monitorados mais de perto.

Para encerrar

O suicídio, seja na forma de ideação ou tentativa, deve ser compreendido como um chamado por ajuda. As pessoas que tentam suicídio estão em grande sofrimento, e é um mito social dizer que quem tenta o suicídio não fala sobre o tema ou não avisa sobre o seu sofrimento; ao contrário, a pessoa sob maior risco suicida costuma abordar o assunto de forma mais recorrente, confessa sentir sentimentos de desesperança e culpa, e reforça uma visão negativa sobre o futuro e sobre si mesma,” – Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, Head do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O sofrimento mental pode ser paralisante, ou até mesmo gerar sentimentos incapacitantes como culpa ou vergonha. Pensamentos de que não existe solução possível para o problema também podem desmotivar a pessoa a procurar ajuda. Por isso, é importante contar com a rede de suporte em momentos de dificuldade. Oferecer suporte e acolhimento, com uma escuta atenta, empática e sem julgamentos, é essencial. Manter-se presente na vida da pessoa, propiciar espaços de descontração, lazer e autocuidado pode auxiliar na restauração da sensação de bem-estar e contribuir para a retomada da perspectiva de vida,” – Rafael Brito, Psicólogo Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Setembro Amarelo: programa criado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz para empresas identifica questões de saúde mental em trabalhadores

No Saúde Integral, o médico identifica se colaborador precisa de cuidados com seu bem-estar emocional

O Setembro Amarelo é dedicado à conscientização sobre saúde mental e a combater o estigma associado às questões do bem-estar emocional, além de alertar para o impacto global do suicídio, uma das principais causas de mortes evitáveis.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que cerca de 700 mil suicídios são registrados globalmente a cada ano, e a estimativa pode alcançar 1 milhão quando incluídos casos subnotificados. No Brasil, cerca de 14 mil pessoas cometem suicídio anualmente, o que equivale a uma média de 38 mortes diárias.

Diante desse cenário, é importante a sociedade se unir na promoção de uma maior compreensão e abertura em relação à saúde mental.

Neste contexto, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz criou há cinco anos o programa Saúde Integral, que une os princípios da atenção primária com a saúde ocupacional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do colaborador, reduzir as taxas de absenteísmo e os custos com saúde suplementar.

Voltado também para empresas e para operadoras de saúde, o programa consiste em um atendimento realizado por equipe multiprofissional, composta por médico da família, médico do trabalho, enfermeiro, além de psicólogos, ergonomista e assistente social.

O programa foca na promoção da saúde mental e ocupacional dentro das empresas, visando ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.

Percebemos a importância da questão, então todos os médicos de nossa equipe têm treinamento de saúde mental. Eles conseguem fazer o primeiro atendimento dos quadros de saúde mental e, dependendo da gravidade, são encaminhados a um psiquiatra, que também é da equipe. O médico também consegue fazer o acompanhamento desse atendimento”, explicou o Dr. José Domingos Neto, gerente em Saúde Ocupacional.

O programa Saúde Integral que é vinculado à Diretoria de Pessoas, Sustentabilidade e Responsabilidade Social foi inspirado no modelo de gestão populacional adotado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz para os seus mais de 3.500 colaboradores. A iniciativa que foi premiada com o Global Healthy Workplace Awards, o mais importante prêmio em saúde e bem-estar populacional.

Atualmente o programa acompanha 12 mil colaboradores do Hospital e demais empresas que adquiriram o modelo de atendimento aos seus trabalhadores.

Uma pesquisa realizada dentro do programa mostrou que a participação em consultas remotas com psicólogos aumentou em 58%, de 2023 para 2024, refletindo um maior envolvimento dos colaboradores com seu bem-estar mental.

Além disso, uma análise comparativa dos custos entre atendimentos de pronto-socorro e consultas com médicos da família revela uma redução de 48% nos custos médios quando o atendimento é realizado pelo médico da família, no mesmo período.

Outro avanço é a redução de 19% no índice de atestados médicos entre colaboradores que participaram do programa, comparando o ano de 2024 com 2023, evidenciando a eficácia do cuidado contínuo na prevenção de doenças e promoção da saúde.

A integração com os médicos da família promovida pelo programa Saúde Integral, é um diferencial significativo. O especialista oferece um acompanhamento detalhado, abordando hábitos de vida e fatores de risco específicos. Essa colaboração resulta em uma abordagem mais personalizada e eficaz, especialmente em casos de doenças crônicas e saúde mental.

Setembro Amarelo: programa criado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz para empresas identifica questões de saúde mental em trabalhadores

No Saúde Integral, o médico identifica se colaborador precisa de cuidados com seu bem-estar emocional

São Paulo, 12 de setembro de 2024 – O Setembro Amarelo é dedicado à conscientização sobre saúde mental e a combater o estigma associado às questões do bem-estar emocional, além de alertar para o impacto global do suicídio, uma das principais causas de mortes evitáveis.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que cerca de 700 mil suicídios são registrados globalmente a cada ano, e a estimativa pode alcançar 1 milhão quando incluídos casos subnotificados. No Brasil, cerca de 14 mil pessoas cometem suicídio anualmente, o que equivale a uma média de 38 mortes diárias. 

Diante desse cenário, é importante a sociedade se unir na promoção de uma maior compreensão e abertura em relação à saúde mental.

Neste contexto, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz criou há cinco anos o programa Saúde Integral, que une os princípios da atenção primária com a saúde ocupacional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do colaborador, reduzir as taxas de absenteísmo e os custos com saúde suplementar.

Voltado também para empresas e para operadoras de saúde, o programa consiste em um atendimento realizado por equipe multiprofissional, composta por médico da família, médico do trabalho, enfermeiro, além de psicólogos, ergonomista e assistente social. 

O programa foca na promoção da saúde mental e ocupacional dentro das empresas, visando ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.

“Percebemos a importância da questão, então todos os médicos de nossa equipe têm treinamento de saúde mental. Eles conseguem fazer o primeiro atendimento dos quadros de saúde mental e, dependendo da gravidade, são encaminhados a um psiquiatra, que também é da equipe. O médico também consegue fazer o acompanhamento desse atendimento”, explicou o Dr. José Domingos Neto, gerente em Saúde Ocupacional.

O programa Saúde Integral que é vinculado à Diretoria de Pessoas, Sustentabilidade e Responsabilidade Social foi inspirado no modelo de gestão populacional adotado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz para os seus mais de 3.500 colaboradores. A iniciativa que foi premiada com o Global Healthy Workplace Awards, o mais importante prêmio em saúde e bem-estar populacional.

Atualmente o programa acompanha 12 mil colaboradores do Hospital e demais empresas que adquiriram o modelo de atendimento aos seus trabalhadores.

Uma pesquisa realizada dentro do programa mostrou que a participação em consultas remotas com psicólogos aumentou em 58%, de 2023 para 2024, refletindo um maior envolvimento dos colaboradores com seu bem-estar mental.

Além disso, uma análise comparativa dos custos entre atendimentos de pronto-socorro e consultas com médicos da família revela uma redução de 48% nos custos médios quando o atendimento é realizado pelo médico da família, no mesmo período. 

Outro avanço é a redução de 19% no índice de atestados médicos entre colaboradores que participaram do programa, comparando o ano de 2024 com 2023, evidenciando a eficácia do cuidado contínuo na prevenção de doenças e promoção da saúde.

A integração com os médicos da família promovida pelo programa Saúde Integral, é um diferencial significativo. O especialista oferece um acompanhamento detalhado, abordando hábitos de vida e fatores de risco específicos. Essa colaboração resulta em uma abordagem mais personalizada e eficaz, especialmente em casos de doenças crônicas e saúde mental.

Setembro Amarelo: especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre uso de medicamentos sem indicação médica que podem levar ao suicídio

Mês é dedicado à conscientização sobre prevenção de mortes que poderiam ser evitadas

O mês de setembro é dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio e à promoção da saúde mental. Neste ano, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!” e tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância de reconhecer sinais de risco e buscar ajuda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que são registrados mais de 700 mil suicídios no mundo por ano, com uma estimativa de que o número real possa ultrapassar 1 milhão por conta de subnotificações. No Brasil, a taxa de suicídios é de 14 mil casos anuais, o que equivale a uma média de 38 mortes por dia.

Segundo a OMS, quase 100% dos casos de suicídio estão associados a doenças mentais, muitas vezes não diagnosticadas ou tratadas inadequadamente. Portanto, a abordagem eficaz na saúde mental pode ser crucial na prevenção desses casos.

Há ainda casos em que a busca pela cura de uma condição de saúde ou doença também pode levar a casos de depressão.

Desde o ano passado a comunidade médica mundial mostra preocupação com efeitos colaterais de medicamentos para controle de diabetes e emagrecimento quando usados sem acompanhamento de especialistas.

Em agosto deste ano a Jama Network, revista da American Medical Association, publicou um estudo com dados da OMS, que identificou 107 casos de pensamentos suicidas associados ao uso da semaglutida, medicamento que atua simulando a ação do GLP-1, hormônio que regula a glicemia e a sensação de saciedade, usado para tratar diabetes e obesidade.

O estudo analisou mais de 36 milhões de casos de reações adversas e encontrou que parte deles associava o uso da semaglutida ao aumento de ideias de suicídio, especialmente em pacientes que também usavam
antidepressivos ou benzodiazepínicos. Em 62,5% dos casos, os sintomas desapareceram após a interrupção do medicamento.

Segundo o Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, head do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a preocupação é maior nos casos de pessoas que tomam o medicamento sem acompanhamento médico.

São pessoas que conseguem comprar o medicamento sem receita. Existe um grupo de risco dentro desses usuários sem acompanhamento médico, que na privação da alimentação, pode ter um efeito, que é a manifestação de pensamentos suicidas”, explicou o psiquiatra.

O especialista alerta para a necessidade de um monitoramento cuidadoso dos efeitos colaterais desses medicamentos. “Muitos desses remédios estão disponíveis sem receita médica e isso pode levar a um uso inadequado e potencialmente perigoso.

O estudo americano enfatiza a necessidade de regulamentação mais rígida e de acompanhamento médico rigoroso para evitar riscos adicionais à saúde mental.

O psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz também destacou a importância de políticas públicas eficazes para combater a crise na saúde mental na população em geral.

O Setembro Amarelo 2024 é uma oportunidade para reforçar a importância de estar atento aos sinais de alerta para o suicídio e de promover o acesso a informações e tratamentos adequados. A conscientização e a ação contínua são fundamentais para garantir que todos tenham o suporte necessário para enfrentar momentos de crise e optar pela vida.

ANSIEDADE | DOC RESPONDE

Você já se perguntou se o que sente é realmente ansiedade? Nem sempre é fácil diferenciar essa emoção de outras sensações, mas entender os sinais pode ajudar você a buscar o apoio certo.

Neste recorte da nossa série Doc Responde, o Dr. Gabriel Okuda, psiquiatra do nosso hospital, explica de forma clara e objetiva como identificar se o que você está sentindo é ansiedade. Ele aborda os principais sintomas e dá dicas valiosas para reconhecer quando é hora de buscar ajuda. Confira o vídeo completo: https://bit.ly/4d4fT0S

Se precisar de apoio, agende uma consulta com nossos especialistas no link: https://bit.ly/4gjd2E1

Resp. Técnico: Haggeas da Silveira Fernandes CRM: 71855

O Impacto dos Transtornos Mentais na Sociedade

A ansiedade, a depressão e outros desafios de saúde mental estão em ascensão em escala global, situação que se intensificou durante e após a pandemia de covid-19. A procura por especialistas também está em alta e é nesse contexto que será inaugurado, na próxima segunda-feira, 10, o curso virtual de Capacitação de Socorristas em saúde mental.

É fundamental cuidar não apenas da saúde mental, mas também do bem-estar psicológico e emocional. Os cuidados mentais são essenciais para manter o equilíbrio e a qualidade de vida. Investir na saúde emocional é tão importante quanto cuidar do corpo. Lembre-se: a prevenção é a chave para uma vida plena e saudável.

Saúde Mental: Prioridade no Cenário Atual

A importância da saúde mental nunca esteve tão evidente quanto nos dias atuais. Com o aumento dos casos de sofrimentos mentais , é fundamental que sejam desenvolvidas iniciativas que promovam o bem-estar psicológico e emocional das pessoas. Nesse contexto, a iniciativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, se destaca por oferecer um curso voltado para profissionais interessados em identificar e apoiar situações de conflito causadas por transtornos mentais.

Capacitação e Cuidados com a Saúde Mental

Em sua terceira edição, o curso tem como objetivo capacitar os participantes para a prevenção do sofrimento mental em diversos ambientes, sejam eles coletivos, de trabalho ou familiares. Com uma carga horária de 16 horas ao longo de três semanas, os profissionais têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e adquirir ferramentas essenciais para lidar com questões relacionadas à saúde mental.

O Impacto dos Transtornos Mentais na Sociedade

Os transtornos mentais estão cada vez mais presentes em nossa sociedade, afetando a qualidade de vida de milhares de pessoas. Diante desse cenário, é fundamental que profissionais estejam preparados para identificar e oferecer suporte adequado a quem enfrenta desafios nessa área. A formação oferecida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz visa justamente preparar os participantes para lidar com essas questões de forma eficaz.

Um Novo Modelo de Treinamento em Saúde Mental

Baseada em um modelo de treinamento desenvolvido na Austrália e no Canadá, a iniciativa do hospital se destaca por abordar temas essenciais, como sustentabilidade emocional, segurança psicológica e gestão de conflitos. Os participantes têm a oportunidade de aprender sobre os impactos dos transtornos mentais, técnicas de intervenção e comunicação não violenta, contribuindo para um cuidado mais abrangente e eficaz nessa área.

Desafios e Oportunidades na Área da Saúde Mental

Com o aumento da demanda por cuidados em saúde mental, é fundamental que profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios que surgem nesse contexto. A formação oferecida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz se destaca como uma oportunidade única para adquirir conhecimentos e habilidades essenciais para atuar nessa área tão importante para o bem-estar da sociedade.

Investimento na Saúde Mental: uma Necessidade Atual

Diante do cenário atual, investir em saúde mental se torna não apenas uma necessidade, mas também uma prioridade. Com o aumento dos casos de transtornos mentais, é fundamental que sejam desenvolvidas iniciativas que promovam o cuidado e o apoio necessários para aqueles que enfrentam desafios nessa área. A formação oferecida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz representa um passo importante nesse sentido, capacitando profissionais e contribuindo para uma sociedade mais saudável e acolhedora.

Como cuidar da saúde mental durante os estudos para o Enem 2024

A preparação para as provas do Enem 2024 é um processo intenso para muitos estudantes. Milhões de candidatos farão o exame nos dias 3 e 10 de novembro e poderão utilizar suas notas para concorrer a vagas no ensino superior.

O processo de estudos para provas como a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares é permeado por diferentes fatores que podem afetar a saúde mental, tais como: ansiedade, autocobrança, cansaço e cobrança de familiares.

Nesse sentido, é fundamental, apontam especialistas, que os estudantes mantenham uma rotina equilibrada e que cuidem de sua saúde mental para chegar mais bem preparados no dia das provas.

O Brasil Escola conversou com o médico psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que compartilha dicas aos estudantes sobre cuidados com a saúde mental e como lidar com a ansiedade durante os estudos para o Enem 2024.

Cuidados com a saúde mental para o Enem 2024

Em maratonas de estudo, como acontece com o período de Enem e vestibulares, é fundamental que o estudante tenha uma rotina equilibrada. Não adianta ter uma falsa perspectiva de que longos tempos estudos são as melhores alternativas, já que isso acaba por sobrecarregar o estudante e até mesmo causar frustração quando não se atinge essa meta, aponta Gabriel Okuda.

Ao longo dos dias da semana, o aluno pode estabelecer uma rotina em que possa dividir seu tempo entre os conteúdos a serem estudados e atividades de lazer, de descanso, bem como de autocuidado.

Nesse planejamento, é possível organizar os conteúdos por prioridade, por dificuldade de entendimento, além da divisão por áreas de conhecimento e disciplinas. Saiba como montar um cronograma de estudos para o Enem 2024 aqui.

A família e amigos são pessoas imprescindíveis para formar uma rede de apoio aos vestibulandos, afirma Okuda. Para isso, é importante que essas pessoas compreendam o processo pelo qual o estudante está passando, para evitar cobranças exageradas e para deixá-lo mais confortável e acolhido durante este período.

O afeto e a empatia são muito bem-vindos. O psiquiatra sugere que a família deve estar atenta para dar suporte ao estudante sempre que for necessário diante da rotina e que ela não seja uma cobrança quanto ao desempenho nas provas.

Durante os momentos de estresse quanto aos estudos, os amigos costumam perceber essas mudanças comportamentais e podem ajudar o estudante ao ouvi-lo, ao conversar e entender o que está acontecendo, explica o médico.

O especialista comenta que este período de estudos para vestibulares é marcado pela transição da adolescência para a fase adulta. Com isso, a indecisão é um sentimento comum, já que há a pressão de escolha para uma área a ser seguida.

Como lidar com a ansiedade?

Para lidar com a ansiedade durante o processo do Enem ou nos momentos que antecedem a divulgação de resultados de processos seletivos, é primordial que o estudante tenha um hábito saudável de sono, enfatiza Gabriel.

Outro cuidado destacado pelo profissional é quanto à exposição de telas. Durante os estudos, os estudantes já acumulam uma grande quantidade de informações ao longo dos dias. Para evitar sobrecarga mental, é importante que o acesso aos dispositivos eletrônicos seja atenuado.

Entre as ações que contribuem para amenizar a ansiedade, estão:

  • Alimentação equilibrada;
  • Exercícios físicos;
  • Práticas de meditação, mindfulness.

Além disso, a orientação especializada contribui de maneira significativa em casos que o estudante esteja sendo afetado de forma mais intensa com a ansiedade e questões psicológicas.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz é reconhecido pela ONU por ações em prol da saúde mental

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma das instituições brasileiras que desenvolve ações em prol da saúde mental de seus colaboradores.

O reconhecimento faz parte do Movimento Mente em Foco, iniciativa do Pacto Global da ONU que destacam instituições que atuam no combate ao estigma em relação à saúde mental.

Foi a primeira vez que este tipo de prêmio foi realizado pelo Movimentos de Direitos Humanos da estratégia Ambição 2030 da ONU para reconhecer empresas que realizaram boas práticas de saúde corporativa.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é a única Instituição hospitalar entre os 58 ganhadores e conquistou destaque na categoria “Promover ações de incentivo à saúde mental a partir de demandas identificadas”.

O prêmio foi concedido em reconhecimento ao conjunto de fluxos operacionais e ações de apoio psicológico desenvolvidos para os cerca de 3,8 mil colaboradores ao longo dos últimos anos, alinhados à agenda ESG do Hospital.

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

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