Crescimento da próstata: hospital de SP usa pela 1ª vez técnica menos invasiva; veja como funciona

Sem sangramento ou necessidade de internação, Rezum envolve uso de vapor de água e é opção para tratar problema; custo alto e risco maior de recidiva são desvantagens do método.

Uma técnica inovadora que usa vapor de água (Rezum) para tratar a hiperplasia (aumento) benigna de próstata foi usada pela primeira vez no Brasil na última quinta-feira, 22, segundo o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os três pacientes foram submetidos ao procedimento não invasivo em São Paulo.

Com menos chance de “perda” da ejaculação (ejaculação retrógrada), sem os riscos do sangramento ou necessidade de internação, o Rezum é opção para quem que não quer passar pelas cirurgias “tradicionais”. É uma alternativa também para quem não se adaptou às medicações.

Embora tenha menos efeitos colaterais e riscos, a chance de recidiva é maior e custa de R$ 16 mil a R$ 17 mil. Esse valor, por ora, precisa sair do bolso do paciente, pois não há cobertura dos planos de saúde.

“Cabe muito bem para o paciente que quer fazer cirurgia mais simples para resolver o problema e não quer ficar tomando remédio”, afirma Carlo Passerotti, coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Fachada do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, pioneiro na aplicação de técnica inovadora com vapor de água (Rezum) para tratar a hiperplasia benigna de próstata Foto: Divulgação

O que é a hiperplasia prostática benigna? A próstata é uma glândula que só homens têm. Fica na frente do reto, abaixo da bexiga, “abraçada” na parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A função dela é produzir um líquido que compõe o sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

Em jovens, a próstata pesa cerca de 20 gramas e é do tamanho de uma ameixa. Com a idade, ela cresce (hiperplasia), mas isso não representa um problema em si (“benigna”). Alguns homens são assintomáticos. Mas ela pode ter repercussões na micção (ato de urina) e, se não tratada, pode ter complicações sérias na bexiga e nos rins.

Segundo Daniel Moser, supervisor da Disciplina de hiperplasia benigna da Sociedade Brasileira de Urologia, os sintomas mais frequentes são dificuldade para urinar; jato fraco; sensação de que não esvaziou totalmente a bexiga; gotejamento após “terminar o xixi”; e levantar à noite para ir ao banheiro.

A hiperplasia afeta mais da metade dos homens com mais de 50 anos, segundo o Ministério da Saúde. O apresentador de TV Raul Gil, de 85 anos, passou por uma cirurgia neste mês após diagnóstico de hiperplasia

Conforme manual da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), disponível na biblioteca virtual da Universidade Aberta do SUS, o risco de um homem precisar tratar sintomas do aumento prostático é de 30%; Já a probabilidade de precisar do tratamento cirúrgico é de 10%.

Não é incomum que pacientes apresentem a hiperplasia e o câncer de próstata, mas os dois quadros são diferentes. “A hiperplasia acontece no meio da próstata e o câncer, na periferia. É como se fosse uma mexerica: o câncer acontece do lado de fora, e a hiperplasia, no gomo”, explica Passerotti.

Tratamento

Seja porque os sintomas aparecem gradativamente ou por medo de potenciais efeitos colaterais do tratamento, os pacientes costumam demorar para buscar diagnóstico e passam a adaptar a vida aos sintomas. “O jovem, ao comprar passagem de avião, escolhe a janela para ver a paisagem. Se tem mais idade, a próstata começa a dificultar ( a micção ), e ele compra no corredor para ir ao banheiro”, diz Passerotti.

A demora em buscar diagnóstico e tratamento pode levar a complicações sérias na bexiga, com infecções recorrentes e surgimento de cálculo. Também pode comprometer os rins – em casos mais graves, há insuficiência renal. “A bexiga perde a contratividade, o poder de esvaziar a urina”, afirma Moser.

Antes do Rezum, logo após o diagnóstico, eram apresentadas duas opções ao paciente: tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Alguns precisam de ambos.

Segundo Passerotti, são usados dois tipos de medicação no Brasil. “Um que relaxa a próstata pra urinar mais fácil, o alfabloqueador; e um tratamento que usa um bloqueador de uma enzima, a 5-alfa-redutase, que faz murchar a próstata”.

Os principais efeitos colarerais são disfunção erétil, “perda” da ejaculação (o paciente não ejacula mais o líquido e, por isso, alguns não sentem prazer) e hipotensão postural (tontura por baixar a pressão). Como não trata a causa, o paciente pode precisar usar os remédios indefinidamente.

Já em relação à cirurgia, há vários tipos. A mais realizada no Brasil, conforme Moser, chama-se RTU da próstata (procedimento minimamente invasivo), que funciona para glândulas que não chegaram a 80 gramas. Nas “maiores”, o procedimento é a prostatectomia aberta (cirurgia aberta).

“Os riscos da RTU são sangramento intraoperatório; intoxicação hídrica, que o paciente tem absorção do fluido que é utilizado na cirurgia. Isso pode gerar diminuição dos níveis de sódio na corrente sanguínea; e estreitamento do canal da urina, a estenose da uretra”, acrescenta o médico. “Na cirurgia aberta, tem um problema com a incisão, que é a dor no pós-operatório e risco de perda sanguínea aumentada”.

Como é o método Rezum?

Passerotti, do Oswaldo Cruz, explica que no método Rezum, é introduzida uma câmera de vídeo pela uretra do paciente, por onde é injetado na próstata um vapor de água a mais de 100°C. Ao entrar em contato com o tecido prostático, cuja temperatura é de 36°C, provoca um equilíbrio térmico e o tamanho da glandula é reduzido em até 48%.

O procedimento é ambulatorial (pode ser feito em consultório) e não exige internação. Leva por volta de 5 minutos e cerca de uma hora e meia depois, o paciente já pode ir para casa.

O procedimento é indolor. O paciente precisa apenas ser sedado, sem necessidade de anestesia geral. Após o procedimento, ele precisa usar sonda por alguns dias e pode sentir desconforto. “Arde depois que o paciente começa a urinar, quando tira a sonda. Pode gerar um pouco desconforto por causa da “queimadura” ( desidratação da próstata com o Rezum ). É uma área que não se consegue deixar em repouso.”

Segundo o urologista do Oswaldo Cruz, o paciente pode precisar usar a medicação alfabloqueadora por curto período de tempo para maior alívio dos sintomas da hiperplasia. Mas, um ou dois meses depois, já pode deixar os remédios de lado.

Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado, o Rezum já é usado nos Estados Unidos, para pesquisa, há cerca de cinco ou seis anos, de acordo com Passerotti. Por lá, foi considerado “promissor” e um possível “ponto de inflexão” no tratamento da hiperplasia.

“O tratamento da HBP (sigla da hiperplasia benigna) sintomática pode estar atingindo um ponto de inflexão. Novos procedimentos minimamente invasivos parecem oferecer a homens adequadamente selecionados os benefícios de alívio significativo e duradouro dos sintomas e um perfil de efeitos colaterais que compete bem com a terapia médica”, escreveu Granville Lloyd, do departamento de Urologia da Escola de Medicina da Universidade do Colorado (EUA), em editorial que acompanhou a publicação de estudo sobre os testes da terapia, na revista científica The Journal of Urology

Além da rapidez do procedimento e da não necessidade de internação, um dos grandes trunfos do Rezum é a redução do risco de ejaculação retrógrada. Segundo Passerotti, enquanto nas cirurgias a esse risco ultrapassa os 90%, com a técnica que usa vapor, a mesma taxa fica entre 5% e 10%.

“Ejaculação retrógrada incomoda muito o paciente, porque ele ‘goza” normal, mas não sai líquido. E tem alguns pacientes que associam essa não saída de líquido à falta de prazer”, afirma.

Outra vantagem é o não sangramento, que pode ocorrer nas cirurgias. “O risco (de precisar) de transfusão é quase zero”, destaca Passerotti. Embora não haja contraindicação absoluta, em pacientes que apresentem uma próstata com mais de 80 gramas, o resultado não é o mesmo e o alívio dos sintomas pode ser menor, afirma.

Desvantagens

Apesar de destacar que a técnica traz avanços importantes, como a chance menor de “perda” da ejaculação e o não sangramento, Moser vê a aplicação do Rezum como uma alternativa à medicação, mas não à cirurgia. “Metade dos pacientes vão ter de refazer ( o procedimento ) em cinco ou seis anos”.

Além disso, segundo ele, a eficácia das cirurgias na recuperação dos parâmetros urinários (fluxo, por exemplo) é um pouco melhor. Em questão de alívio de sintomas, se equiparam.

Conforme o estudo que baseou a aprovação da técnica, a chance de um paciente precisar repetir o procedimento em cinco anos é de 4,4%. Conforme explica Passerotti, por se tratar de terapia nova, o efeito de longo prazo ainda é incerto. “Em dez anos, não temos os dados ainda”. Ele pondera que a necessidade de reaplicação provavelmente será “um pouco maior” do que a de outros tratamentos.

Outra desvantagem é o custo. Segundo Passerotti, o tratamento custa entre R$16 mil e R$ 17 mil. Ele, porém, afirma que o valor não difere tanto de outros procedimentos. O problema é que, por ser terapia nova, ainda não há cobertura pelos convênios particulares.

Opção para o SUS?

A inclusão do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) pode ajudar a lidar com as longas filas de pacientes que aguardam cirurgia, na visão de Passerotti. “Esse tratamento vai ser extremamente importante no SUS, porque é um tratamento simples e rápido. Há uma fila no SUS de quase três a quatro anos para tratar hiperplasia/. 60% dos pacientes que chegam no SUS com o problema estão sondados, ou seja, chegaram no limite”.

Moser, porém, destaca que a chance de precisar repetir o tratamento é um ponto a ser levado em conta. “Resolve a fila por cinco anos e, depois, vai ter a fila toda de novo”, pondera.

Síndrome metabólica pode ser uma das causas de impotência

A síndrome metabólica pode ser descrita como um conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam suas chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Esse conjunto de condições médicas incluem obesidade, pressão alta e níveis elevados de açúcar no sangue e colesterol. Essas condições podem afetar a saúde urológica do homem e aumentar o risco de disfunção erétil, diminuir a produção de testosterona e acelerar o crescimento da próstata.

Dr. Bruno Benigno, um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz e fundador da Clínica Uro Onco, explica como vários fatores estão relacionados à síndrome no homem. “A má qualidade do sono desestrutura todo eixo metabólico do paciente, o que significa que, como ele não dorme bem, o cortisol (hormônio da inflamação) sobe. Esse cortisol alto faz com que que ele fique com os níveis de açúcar desregulados no sangue. Ou seja, ele tem maior propensão de desenvolver um pré-diabetes e diabetes. E como ele está cansado cronicamente, acaba ingerindo mais carboidratos (açúcar) para conseguir sanar essa falta de energia. Isso piora ainda mais a situação dele, pois o cortisol alto somado ao excesso de consumo de açúcar, tende a piorar a saúde urológica.

Benigno explica que a primeira conexão acontece porque o desenvolvimento do diabetes ajuda a provocar um entupimento precoce das artérias de todo o corpo e, em particular, do pênis. Logo, aumenta também o risco desse homem ter disfunção erétil.

A segunda conexão acontece quando os níveis crônicos de stress – em particular os níveis de cortisol e sono de má qualidade – fazem com que o cérebro estimule menos o testículo a produzir testosterona. Logo, esse homem pode ter uma queda de testosterona com a queda de libido.

De acordo com o urologista, ainda há uma terceira ligação muito importante entre a síndrome e a saúde urológica. “Com a síndrome, o eixo metabólico fica totalmente descontrolado e alguns hormônios são produzidos em ritmos diferentes, como a insulina, o que acelera também o crescimento da próstata. A insulina pode funcionar como um estimulador do crescimento acelerado da próstata”, diz. O médico ainda alerta que a obesidade também é um fator importante na síndrome metabólica e pode afetar a função sexual. A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões em todo o mundo estarão acima do peso, sendo 700 milhões de obesos.

O diagnóstico leva em conta as características clínicas (presença dos fatores de risco) e dados laboratoriais. Basta a associação de três fatores para diagnosticar a síndrome metabólica. Quase todos os componentes da síndrome são inimigos ocultos porque não provocam sintomas, mas representam fatores de risco para doenças cardiovasculares graves. Por isso, é importante controlar e tratar as condições que compõem a síndrome metabólica, a fim de prevenir o desenvolvimento de doenças urológicas. Isso pode ser feito através da adoção de hábitos saudáveis, como exercitar-se regularmente, ter uma alimentação saudável e manter um peso adequado para sua altura e idade.

Dr. Bruno Benigno Desde 2017 é um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), é fundador da Clínica Uro Onco em São Paulo, é especialista no tratamento do câncer do sistema urinário (masculino e feminino) e sistema reprodutor masculino, no tratamento do câncer de próstata, rim, bexiga, testículos e cálculos do sistema urinário. Tem subespecialização em Cirurgia Robótica, Laparoscopia e Terapia Focal (HIFU).

Eles só descobriram câncer de próstata por insistência das esposas

Wagner Zerbinatti, 64, aposentado, descobriu há alguns anos que tem uma doença autoimune chamada polimiosite, e de lá para cá começou a cuidar mais da própria saúde.

Mesmo assim, foi só após casar-se novamente, em 2021, e por insistência da esposa, que ele procurou um urologista.

“Com a descoberta de minha doença autoimune, há oito anos, passei a ir ao médico uma vez ao ano. A polimiosite é uma doença mais forte que a fibromialgia , e por complicações de uma tuberculose que não apresentou sintomas, perdi um dos pulmões. Inicialmente, os médicos tentaram retirar apenas metade deste pulmão, mas não resolveu e eu precisei de uma segunda cirurgia para retirada total do órgão”, relembra o aposentado.

A polimiosite é uma doença inflamatória autoimune que compromete a musculatura. O impacto de um período de internação mais curto e com o paciente menos tempo de cama sempre é bastante favorável a uma melhor recuperação, sobretudo em quem tem comorbidades.

“Apesar de ter trabalhado mais de 30 anos na área de saúde ocupacional, dando palestras sobre Aids e câncer, depois de ficar viúvo acabei descuidando da saúde”, diz Wagner.

O diagnóstico de câncer de próstata veio logo depois da visita ao urologista, e felizmente sua história tem um final feliz. Também por iniciativa da esposa, Wagner encontrou o médico que realizaria a cirurgia robótica recomendada para seu caso de associação do câncer com doença autoimune.

“Apesar de ser cuidadoso com a saúde desde 2014, e deste histórico de doença, o diagnóstico do câncer de próstata me deixou bastante abatido e preocupado com o futuro. Minha esposa é mais detalhista e tomou cuidados que eu não pensaria em tomar, como ler comentários sobre profissionais de saúde e procedimentos. Sem ela, talvez eu tivesse continuado com a primeira opção de tratamento, e não sei se teria tido o mesmo sucesso”, recorda Wagner.

“Ela sugeriu que eu ouvisse uma segunda opinião, e assim cheguei ao procedimento cirúrgico que permitiu que em 20 dias eu retomasse minha vida sexual”, continua o aposentado.

”Poderia estar ainda sem o diagnóstico” O administrador João Batista Lopes Azevedo Junior, 38, também procurou o médico por insistência da esposa. Durante o pré-natal, Lívia, a esposa, tomou a iniciativa de pedir ao médico guias do convênio para o marido realizar exames de rastreamento.

“De acordo com os protocolos médicos, não tinha ainda idade para exame de toque ou ressonância magnética, e se não fosse a investigação profunda incentivada pela minha esposa, possivelmente estaria ainda sem o diagnóstico e o câncer poderia ter avançado de forma agressiva”, lembra João.

Bruno Benigno, oncologista e um dos chefes da urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), comprova isso todos os dias nos agendamentos de consultas.

Segundo a percepção dele, 47% das consultas são agendadas por um terceiro (esposa, companheiro, filhos, amigos), sendo que 80% delas são feitas por mulheres, sejam elas as esposas, mães, filhas ou irmãs. Dos pacientes de Bruno, 86,3% são homens.

E para mulheres que muitas vezes têm jornada dupla e tripla, é bastante cansativo, já que cada pessoa deve ter autoconsciência da própria saúde e saber que cuidados são necessários.

Avanços da medicina e adoecimento em silêncio O câncer de próstata é o mais incidente no homem, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão . De 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram devido à doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. Os dados são do Ministério da Saúde.

Os números mostram um ligeiro aumento da mortalidade por câncer de próstata em 2021 quando comparado aos dois anos anteriores. Ainda não se sabe se é um fato isolado ou reflexo de um aumento em decorrência da pandemia, quando muitos tratamentos e acompanhamentos acabaram sendo impactados.

A doença em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem manifestar dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil , presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), os exames iniciais para detecção precoce do câncer de próstata compreendem a dosagem de PSA (antígeno prostático específico), através de exame de sangue , e o toque retal. A biópsia é solicitada quando o médico desconfia de que há algo errado ao analisar exames. Em 2020, foram registradas no Brasil 1.888 biópsias; em 2021, 34.673; e até agosto deste ano, mais de 27 mil.

O risco de câncer de próstata aumenta com a idade. Outros fatores de risco são histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; ser homem negro ou obeso. As recomendações gerais para a prevenção são controle do tabagismo , atividade física e nutrição saudável, além de controle do peso e redução do uso do álcool.

Após os 75 anos, a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) recomenda que somente homens com perspectiva de vida maior do que dez anos façam avaliação da próstata através de exames. Essas orientações quanto à idade valem quando não houver sintomas. Se houver, a procura pelo urologista deve ser feita o mais breve possível.

Com maior conhecimento sobre o câncer de próstata, métodos melhores para identificar o risco de cada paciente e exames de imagem mais sofisticados, médicos conseguem tomar decisões mais acertadas de tratamento.

Muitos diagnósticos são feitos a partir de alterações na consistência dessa glândula, o que é percebido através do exame de toque. A radioterapia a cada dia fica mais precisa, e com isso muitos pacientes podem se beneficiar de um tratamento completo em menor número de sessões e com menor taxa de efeitos adversos.

Ao contrário do que a maioria dos homens pensa, nem todos os casos de câncer de próstata precisam ser operados. Após uma biópsia confirmando que existe câncer na próstata, os tumores são hoje classificados em cinco grandes grupos.

Para a maioria dos tumores 1 e alguns 2, o início do tratamento pode incluir somente uma vigilância controlada, que será feita pelo urologista com exames clínicos, laboratoriais e de imagem, sem que isso promova perda de tempo no tratamento ou menor chance de cura em caso de progressão da doença. A definição pelo protocolo de tratamento e acompanhamento é feita individualmente, conforme o caso do paciente.

“Avanços no campo da cirurgia minimamente invasiva como as plataformas robóticas, embora ainda pouco acessíveis, trazem menos complicações e uma recuperação mais rápida”, explica o professor Markus Gifoni, oncologista clínico e professor da UFC (Universidade Federal do Ceará).

Medo quase unânime Uma grande preocupação dos homens após o diagnóstico de um tumor na próstata é a disfunção erétil. Existem alterações da função sexual, mas a maioria dos pacientes operados tem sua função erétil preservada, embora possa levar alguns meses para obter-se essa recuperação.

A ejaculação, entretanto, fica permanentemente ausente. Existem vários critérios que podem antecipar uma maior chance de recuperar a função erétil e entre os mais importantes estão: idade mais jovem, tumores pequenos ao diagnóstico, presença de atividade sexual habitual antes do tratamento do tumor, ausência de comorbidades como diabetes hipertensão arterial e tabagismo, além de cirurgião capacitado.

A cirurgia robótica é uma estratégia que melhora os índices de complicacões associadas à prostatectomia radical, procedimento para retirada completa da próstata. Estudos mostram menor necessidade de transfusão sanguínea durante este procedimento operatório, além de menores taxas de disfunção erétil e de incontinência urinária, com recuperação mais rápida do que no procedimento convencional.

Autonomia é a chave “É fundamental ajudar meninos e adolescentes a entenderem que promover saúde e prevenir doenças é um papel que deve ser desempenhado por eles, pois este entendimento está ligado ao princípio da autonomia. Somente assim o próprio homem será capaz de cuidar de sua saúde ao longo da vida”, diz o psicólogo Vicente Sarubbi Junior, professor do curso de medicina da UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul).

Para Sarubbi Junior, homens costumam adoecer calados. “O homem prefere acreditar que é forte do que assumir que precisa de cuidados. Cuidar de si não é declarar fraqueza, pelo contrário, valorizar sua vida é o próprio significado de força.”

O acesso à informação também é defendido pelo professor Gifoni. “A educação específica sobre saúde do homem com informações de qualidade, que promove a quebra de preconceitos e se traduz num melhor conhecimento da população, é fundamental. Quanto mais bem informadas as pessoas estiverem, maior vai ser a proporção de pessoas que adota as práticas preventivas e de cuidados com a saúde”,

Obesidade e diabetes podem causar disfunção erétil

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz destacam a importância do controle da obesidade e do diabetes para o desempenho sexual masculino

São Paulo, 16 de agosto de 2022 – A obesidade e o diabetes tipo 2 atingem diretamente o sistema cardiovascular e estão intimamente ligados à disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual. No Brasil, a obesidade afeta 26,8% da população, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já o diabetes atinge mais de 16 milhões de pessoas no país, conforme dados divulgados pelo Atlas da Federação Internacional de Diabetes.

De acordo com a Dra. Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a disfunção sexual masculina é, em muitos casos, um sintoma do diabetes, da obesidade ou das duas patologias associadas. Quando o diabetes interfere no desempenho sexual, isso ocorre porque a doença causa uma série de alterações vasculares e sensitivas que comprometem a circulação dos vasos sanguíneos, inclusive da região genital. “Para que o homem consiga manter uma ereção, o sangue deve fluir para o pênis. No entanto, o diabetes tipo 2 interfere nessa vascularização causando dificuldade ou incapacidade de manter a ereção peniana rígida o suficiente para atingir uma atividade sexual satisfatória”, explica a especialista. Portanto, fazer o controle dos níveis glicêmicos e o tratamento adequado para o diabetes, reflete também na saúde sexual masculina.

No caso da obesidade, a disfunção erétil pode ser psicológica ou hormonal. “Alguns homens, quando estão acima do peso, acabam ficando inseguros, abalados, deprimidos e frustrados. E claramente esses sentimentos interferem no desempenho sexual”, assegura e complementa: “Devemos também ficar atentos aos desequilíbrios hormonais que a obesidade traz, a enzima aromatase, encontrada na gordura, que transforma a testosterona em hormônio feminino, fazendo com que o homem perca hormônio masculino quando está acima do peso. Quanto mais gordura, mais ela será convertida em hormônio feminino e maior a dificuldade de ereção”, esclarece a Dra. Tarissa. Nesse caso, o controle do peso com acompanhamento médico é o primeiro passo para recuperar o bom desempenho sexual.

A médica destaca ainda que pessoas com mais de 60 anos, podem confundir disfunção sexual causada pelo diabetes ou obesidade com uma disfunção causada pelo avançar da idade. “Quando o homem é mais velho acaba achando que é normal ter disfunção sexual e pode não ser bem isso. Então, procurar um médico é sempre a melhor forma de detectar e tratar as causas da doença e voltar a ter disposição sexual”, reforça.

Cuidados com os medicamentos facilitadores de ereção

Apesar de não haver estudos brasileiros que determinem e relacionem a obesidade e o diabetes tipo 2 com a disfunção erétil, trabalhos recentes publicados, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos revelam, respectivamente, que 16% e 25% dos pacientes desses países com diabetes sofrem também de disfunção sexual. Para o Dr. Alexandre Danilovic, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, esses dados refletem igualmente a realidade do nosso país. “O que observamos na prática clínica é que cerca de 40% dos homens com mais de 40 anos enfrentam algum tipo de disfunção erétil. E por entendermos que a disfunção sexual é um marcador clínico para doenças cardiovasculares, muitas vezes ligada ao diabetes ou ao excesso de peso, alertamos para a necessidade de procurar ajuda médica”, adverte o especialista.

O Dr. Danilovic chama a atenção para a utilização desenfreada de medicações para o tratamento da disfunção erétil. “Os inibidores da 5-fosfodiesterase (5-PDE), facilitadores de ereção, são bastante seguros e eficientes, mas é importante que o paciente com diagnóstico inicial procure um urologista para uma avaliação, com verificação hormonal e exames cardiológicos para a utilização desses medicamentos com segurança, além de descobrir através do diagnóstico as causas reais do problema”, diz.

Ambos os especialistas asseguram que os tratamentos da obesidade e do diabetes melhoram o desempenho sexual em casos de disfunção e enfatizam também a importância de fazer uma avaliação médica periódica, com exames para o controle da glicose e da pressão arterial e buscar manter um estilo de vida saudável, com prática de atividade física e alimentação balanceada.

CÂNCER E SEXUALIDADE

Preocupações com a doença e reações ao tratamento podem abalar a vida sexual, mas conversa franca e apoio profissional ajudam a superar os desafios

O diagnóstico de câncer vai muito além de um retrato médico. Pode causar feridas emocionais e, muitas vezes, abre um abismo também na vida conjugal do paciente. Porém, o câncer não é o fim de tudo. Pode ser derrotado com o tratamento correto. E o casal também tem tudo para se fortalecer nesse período.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz vai além da saúde física do paciente e olha para ele como um todo. “Quem enfrenta um câncer encontra obstáculos psicológicos e físicos. Muitas vezes, o diagnóstico promove uma situação de angústia e depressão, o que reduz a libido”, diz o Dr. Ricardo Caponero, do Centro Especializado em Oncologia da instituição.

De acordo com o médico, profissional com mestrado em oncologia molecular, existem situações em que a vida está ameaçada e o prazer da recompensa pela atividade sexual fica reduzido. “A fragilidade física pode ser imaginária ou real. Durante o tratamento pode ocorrer diminuição da capacidade imunológica ou alterações nas mucosas, causando uma fragilidade real”, analisa.

O diálogo é a palavra-chave na retomada da vida conjugal. O especialista pontua que é importante perceber que esses estados podem ser transitórios. “Alguém que está com muitas náuseas após uma quimioterapia pode não ter disposição para uma relação sexual naquele dia, mas a náusea vai ser passageira.”

É preciso, segundo o especialista, que os parceiros passem a prestar mais atenção ao outro e valorizem mais o carinho, a cumplicidade e a intimidade.

Falar sobre sexo ainda é uma situação incomum em uma consulta médica. “Durante um atendimento oncológico, mais do que inibição, o que ocorre é a mudança do foco para temas que parecem ter mais relevância, como o curso da doença, o prognóstico, os efeitos do tratamento”, conta o Dr. Ricardo. “O tratamento oncológico é sempre multiprofissional.” Com ou sem questões sexuais envolvidas, é sempre indicado ter acompanhamento psicológico, além de orientações de enfermagem e nutrição.

“Alguém que está com muitas náuseas após uma quimioterapia pode não ter disposição para uma relação sexual naquele dia, mas a náusea vai ser passageira”

Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

SABER OUVIR

O primeiro passo é saber escutar e fazer a pergunta certa. O profissional da oncologia precisa estar disposto a ouvir, sem preconceitos. “Quanto mais o médico se dispõe a escutar, maior a riqueza de detalhes da história e mais produtiva a interação com o paciente”, diz. “Mesmo os que não têm um relacionamento nesta fase estão preocupados em como poderão ter parceiros sexuais durante ou após a doença.”

O especialista lembra o caso de um jovem casal, juntos havia três anos, quando a mulher teve câncer de mama. Depois de discutidos todos os aspectos mais importantes em relação à doença e ao tratamento, o médico perguntou como estava a vida conjugal. A paciente disse que caminhava para a separação e que, depois da cirurgia, o marido não a procurava mais. Com o consentimento da paciente, o oncologista conversou com o marido. Ele havia dito sentir desejo, sim, mas que estava se contendo na fase difícil em que sua esposa estava recém-operada – e ainda fazendo quimioterapia. Por isso, estava dando a ela o tempo para se recuperar. “Só estava faltando o diálogo.”

Os especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz consideram necessário descobrir um “novo normal” em mudanças funcionais e na imagem corporal. Isso ocorre nas mulheres que têm a menopausa induzida pelo tratamento e é notado nos homens que trataram câncer de próstata e tiveram seus níveis de testosterona reduzidos. Sem se esquecer das intervenções cirúrgicas em órgãos sexuais.

Para oferecer um tratamento integrado, os profissionais do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz contam com suporte de psicologia, nutrição, farmácia clínica e toda uma equipe que faz reuniões clínicas diárias (“tumor board”) para trocar experiências e discutir dúvidas.

Com todo o apoio necessário do Hospital, a retomada da vida sexual pode envolver a descoberta de uma nova sexualidade pelo casal. E uma vida renovada durante e após o tratamento.

Conheça os mitos e verdades sobre o sêmen

O sêmen é uma secreção de cor branca amarelada produzida pelos homens para transportar espermatozoides até o óvulo feminino. Cerca de 15% do ejaculado é de espermatozoides, já o restante é formado por enzimas, ácido cítrico e líquidos produzidos pela próstata e vesículas seminais.

O que fazer quando chega a hora H? Engolir ou não o esperma?

Esta é uma questão que gera dúvidas e polêmica para muita gente. Há quem não goste da prática, sente nojo ou tem medo de pegar uma enfermidade, mas há também quem goste, sente prazer e até acredite fazer bem para a saúde. O urologista Dr. Danilo Galante explica todos os mitos e verdades sobre a prática:

É possível pegar doenças sexualmente transmissíveis ( DSTs) através do sêmen?

Verdade. Se o homem que ejacular for portador do vírus do HIV ou ureterite como gonorreia ou Clamídia, o parceiro ou parceira pode ser contaminado através do contato da secreção com a mucosa da boca. No caso de outras infecções, a chance de transmissão é pequena, pois o sêmen vai para o estômago. De qualquer forma, é fundamental ressaltar que para relações sexuais sem camisinha em que vai haver a ejaculação na boca, é indispensável que se tenha o mínimo de intimidade e conhecimento prévio sobre a pessoa, sempre sabendo que o risco existe.

É possível engravidar engolindo sêmen?

Mito. Mesmo que existam muitos espermatozoides na composição do sêmen, quando engolido, ele segue para o sistema digestivo, e não reprodutivo. Lá, eles morrem. Para que haja fecundação é necessário que o esperma entre em contato direto com os ovários e útero.

É possível alterar o gosto do sêmen?

Verdade. Alguns alimentos, quando ingeridos em grande quantidade e antes da relação sexual, podem sim causar alteração no sabor: algumas frutas, como o abacaxi, além do álcool, cigarro, alho, frituras e tudo o que tem um sabor intenso, picante ou amargo, podem afetar as características dos fluidos negativamente. Melhor evitá-los antes da relação sexual. Mas é válido lembrar que a mudança é pequena, ou seja, sêmen sempre terá gosto e cheiro de sêmen.

O sêmen é sujo ?

Mito. O sêmen não tem sujeira alguma, a não ser em casos de infecções, como a prostatite ou uretrite. Quando a situação é essa, há sintomas, como dor ao ejacular, mudança na coloração, sangue no sêmen, cheiro mais forte. Este ejacado obviamente não é recomendável que se engula, ou mesmo que se coloque na boca.

Engolir sêmen faz mal à saúde?

Mito. A não ser que o homem que ejacula esteja com alguma infecção, a ingestão de sêmen não faz mal à saúde, mas também não promove nenhum benefício.

Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery e doutorado na USP. Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/

Novembro Azul: Homens também devem se preocupar com a saúde

Diagnóstico precoce de câncer de próstata pode ser realizado em um check-up anual, aumentando as chances de cura

São Paulo, 31 de outubro de 2019 – Segundo o Ministério da Saúde, 70% dos homens brasileiros só vão ao médico por influência da família. A falta de procura por médico e principalmente um check-up anual, aumenta as chances de detecção de doenças em estágio avançado, como o câncer de próstata, do qual 20% dos casos são diagnosticados tardiamente e 25% dos pacientes morrem em decorrência da doença segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. No sentindo oposto, caso haja uma detecção precoce, as chances de cura chegam a 90%.

De acordo com o coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Carlo Passerotti, o check-up masculino é imprescindível para prevenção de doenças. “Os homens precisam se conscientizar sobre a importância de serem protagonistas de sua saúde. No caso do câncer de próstata, o acompanhamento médico preventivo é fundamental, além da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física que evitam a doença”, diz.

Alguns dos tumores de próstata podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, no entanto, se desenvolve lentamente, levando cerca de 15 anos para atingir 1 cm³.

Veja abaixo alguns Mitos e Verdades sobre o câncer de próstata:

O câncer de próstata é uma doença da terceira idade?
Mito – Embora três quartos do número de casos no mundo acometem homens acima dos 65 anos de idade, sete novos casos da doença surgem a cada hora. Portanto, homens de todas as idades devem ficar atentos aos fatores de risco, como os de origem negra, que tem mais chances de desenvolver a doença e aqueles que têm dois ou mais parentes com câncer de próstata, o que aumenta em dez vezes os riscos de ter este tipo de câncer. “O risco aumenta aproximadamente 11 vezes mais se o diagnóstico do pai ou do irmão tiver ocorrido antes dos 50 anos”, explica Dr. Passerotti. Para esses grupos, o ideal é começar a consulta periódica com urologista aos 45 anos.

O câncer de próstata não apresenta sintomas em fase inicial?
Verdade – Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

O toque retal é importante essencial para diagnóstico?
Verdade – Apesar de tabu entre os homens, o exame não causa dor. O diagnóstico do câncer de próstata é realizado por meio do exame clínico (toque retal) associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da biópsia prostática.

PSA baixo é sinal de que não tenho câncer de próstata?
Mito – O câncer de próstata está presente em 15% dos homens com níveis normais de PSA, e o teste é útil para diagnóstico. Porém, para se ter uma análise completa do caso, é importante o exame de toque retal e biópsia da próstata.

Câncer de próstata é o tipo de câncer que mais atinge homens?
Verdade – Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).

O aumento da próstata é sinal de câncer?
Mito – Quando o homem envelhece, sua próstata começa a aumentar. Esse processo é chamado de hiperplasia prostática benigna e não está relacionada ao câncer de próstata. “Nesses casos, é importante o acompanhamento médico, pois o problema pode incomodar e levar a complicações, como infecção urinária e insuficiência renal”, comenta Dr. Passerotti.

Cirurgias com robôs podem tratar câncer de próstata?
Verdade – A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende do tamanho e da classificação do tumor. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, um dos médicos com maior casuística em cirurgia robótica do País, as cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, entre elas, a cirurgia robótica. O procedimento é realizado com o auxílio de um robô que possibilita ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões. A incisão realizada no paciente também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.

Referência em diagnóstico e tratamento
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece o que há de mais moderno e eficaz em termos de medicina diagnóstica e tratamento. Conta com uma equipe multidisciplinar onde o paciente tem à sua disposição médicos urologistas, oncologistas, infectologistas, além de equipes de enfermagem, nutrição e psicólogos.

Além disso, conta com um Centro de Cirurgia Robótica composto por uma equipe de cirurgiões habilitados e amplamente qualificados para a realização de cirurgias robóticas, e conta com o robô Da Vinci SI, que oferece imagens FULL HD com resolução 1.080 pixels e permite que os acessos cirúrgicos sejam realizados apenas com uma incisão e de menor extensão, reduzindo desta forma o tempo de internação e permitindo ao paciente retomar suas atividades mais rapidamente.

A Instituição também conta com equipamentos de última geração para o diagnóstico cada vez mais precoce dos tumores prostáticos, como a ressonância magnética de 3 Tesla, aparelho que realiza exames até 25% mais rápida, além de contar com uma melhor resolução de imagens. O Hospital também tem como opção de exame, a biópsia com fusão de imagens, que une a imagem da ressonância com a do ultrassom, e que consegue localizar lesões bem pequenas, de 2-3 mm. Outro teste, mais moderno, é o PET-CT com marcador de PSMA, que auxilia na avaliação sistêmica e possibilita avaliar a localização da doença, ou seja, se o tumor encontra-se localizado somente na próstata.

Entre os tratamentos mais recentes também há o hipofracionamento da próstata. Trata-se de uma tecnologia de radioterapia – a de intensidade modulada ou IMRT – para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28 ou mesmo em somente 20 dias úteis. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos de terapia alvo.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, em 2019 a Instituição completou 122 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

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Diagnóstico precoce aumenta em mais de 90% as chances de cura dos casos de câncer de próstata

São Paulo, 31 de outubro de 2018 – O câncer de próstata é a neoplasia mais comum e a segunda maior causa de morte entre os homens brasileiros. Só neste ano, são estimados, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 68 mil casos novos. Apesar das importantes conquistas terapêuticas dos últimos anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia aproximadamente 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença.

Diante deste cenário o diagnóstico, acompanhamento e o tratamento adequado são as medidas de prevenção mais assertivas. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, Coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, tais condutas podem proporcionar mais de 90% de cura da doença e que homens diagnosticados com câncer de próstata em estágios iniciais possam terminar o tratamento mantendo a potência e a continência urinária.

“O diagnóstico precoce associado aos avanços tecnológicos, que permitem cirurgias menos invasivas, como os procedimentos robóticos, auxiliam com altas chances de cura e proporcionam mais qualidade de vida aos pacientes após os procedimentos” diz o Dr. Passerotti.

A partir dos 50 anos os homens, devem procurar seu médico de confiança e realizar o rastreamento do câncer de próstata por meio dos exames de toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da ressonância magnética e da biópsia prostática. Estudos mostram que homens da raça negra têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a mortalidade nesta população é três vezes maior que em homens brancos e amarelos.

A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Homens cujos parentes de primeiro grau (pai ou irmãos) diagnosticados com câncer de próstata têm o dobro de chances de desenvolverem a doença. Portanto, homens negros e aqueles com histórico familiar devem começar o rastreamento aos 40 anos.

O especialista também ressalta que apenas 20% dos tumores de próstata são casos avançados da doença e que apresentam metástases, quando o câncer atinge outras regiões do organismo, diferentes do órgão que originou a doença.

Opções terapêuticas

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipamentos de última geração para o diagnóstico cada vez mais precoce dos tumores prostáticos, como a ressonância magnética de 3 Tesla, aparelho que realiza os exames até 25% mais rápido, além de contar com uma melhor resolução de imagens.

A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende principalmente do tamanho e da localização do tumor. As cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, inclusive por meio de procedimentos robóticos, que permitem ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões da próstata e consequentemente do tumor. A incisão realizada também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.

Entre os tratamentos mais recentes está também o hipofracionamento da próstata. Trata-se de uma tecnologia de radioterapia – a de intensidade modulada ou IMRT – para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28 ou mesmo em somente 20 dias úteis. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos de terapia alvo.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Homens não devem consumir? Saiba o que é mito e verdade sobre a soja

A soja ainda é um alimento cercado de mitos. Saiba alguns.

Apesar de oferecer muitos benefícios à saúde, alimento ainda é associado a polêmicas e tabus; descubra alguns deles

Na salada, no leite vegetal ou até mesmo no sanduíche: a soja está presente na alimentação dos brasileiros de muitas formas diferentes, todas igualmente nutritivas. Cultivada pela primeira vez há cerca de cinco mil anos, na Ásia, a soja é considerada uma excelente fonte de proteína vegetal, o que a torna ingrediente favorito de dietas veganas e vegetarianas.

Mas as vantagens não param por aí. Além do alto valor proteico, o grão oferece muitos benefícios à saúde de uma forma geral, como redução dos níveis do colesterol ruim, o LDL, manutenção da saúde óssea e também melhora do trânsito intestinal, graças à presença de fibras no alimento. E a melhor parte é que você pode consumir a soja como bem preferir, do café da manhã ao jantar.

“A soja é considerada um dos mais completos alimentos de origem vegetal e vem demonstrando seu valor para a saúde por conta do seu bom perfil nutricional. Por ser rica em nutrientes, proteínas e gorduras essenciais, como ômegas 3 e 6, além de possuir quantidades significativas de minerais, como cálcio, cobre, ferro, fósforo e zinco, e vitaminas do complexo B”, observa o nutricionista Breno da Silva Lozi, professor de Nutrição e Dietética no Centro de Ensino Enf-Ciência, em Minas Gerais.

Apesar das boas notícias, esse grão ainda é cercado por mitos e temores. Pensando em esclarecer o que é real e o que é boato quando o assunto é soja, o Minha Vida conversou com especialistas para desvendar algumas das principais dúvidas dos leitores em relação aos benefícios e melhores formas de consumo do alimento. Veja abaixo:

A soja é prejudicial para os homens?

As isoflavonas são compostos fitoquímicos presentes na soja que, nas mulheres, ajudam a reduzir efeitos adversos da menopausa, TPM e até perda da massa óssea.

Por isso, difundiu-se a ideia errônea de que a soja, nos homens, seria responsável pelo surgimento de características femininas, como seios e diminuição da testosterona. A ciência prova o contrário.

“Vários estudos científicos demonstram que homens podem consumir a soja ou derivados sem receio. Nos homens, não se constataram quaisquer alterações na fertilidade ou na produção de hormônios masculinos. Ao contrário, algumas pesquisas observaram que a isoflavona poderia ter efeitos benéficos no sentido de proteger contra o câncer de próstata”, esclarece o nutricionista Breno Lozi.

A soja previne doenças cardiovasculares?

Tudo começa com o fato de que a soja é rica em fibras do tipo solúveis e insolúveis, que reduzem a absorção de colesterol pelo organismo. Dessa forma, ela acaba prevenindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

“Este alimento funcional possui um papel preventivo e terapêutico em relação às doenças relacionadas ao coração. Quando consumida diariamente, a soja previne em até quatro vezes as doenças cardíacas nas mulheres. Os componentes da soja agem no controle do acúmulo de gordura nas artérias, auxiliando na redução do colesterol e o risco de doenças cardíacas”, afirma o nutricionista Breno Lozi.

A soja melhora o funcionamento do intestino?

Como atenta a nutricionista Fernanda Maluhy, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alimentação não se baseia apenas pela questão nutricional, ou seja, o paladar também é importante. Por isso, para quem gosta de soja, não há nenhuma contraindicação de consumi-la todos os dias, principalmente no caso de dietas veganas e vegetarianas.

A soja não deve ser consumida todos os dias?

Como atenta a nutricionista Fernanda Maluhy, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alimentação não se baseia apenas pela questão nutricional, ou seja, o paladar também é importante. Por isso, para quem gosta de soja, não há nenhuma contraindicação de consumi-la todos os dias, principalmente no caso de dietas veganas e vegetarianas.

“Sempre falo que não existe uma regra para todos os alimentos. Então, ela pode ser ingerida todos os dias, só depende da maneira como você a consome. Gosto muito dos alimentos que são derivados da soja e fermentados, como o tofu, por exemplo. Ele tem mais benefícios que a soja em si. O importante, na verdade, é o conjunto da alimentação, não só a soja. Não existe um alimento isoladamente que vai ser milagroso em um aspecto ou que vai te prejudicar”, pontua a especialista.

A soja faz mal na infância?

Na infância, é muito importante contar com a recomendação do pediatra, nutricionista ou nutrólogo sobre a quantidade de soja adequada para a criança em cada fase do desenvolvimento. Não há um consenso científico sobre os efeitos da soja em crianças, portanto, a recomendação dos especialistas é a de que não haja o consumo excessivo.

“A soja de fato possui muitos benefícios, mas as crianças devem consumi-la com muita moderação, já que o excesso deste alimento pode prejudicar o crescimento e proporcionar alterações hormonais. A soja possui fitoestrógeno, que é uma substância vegetal parecida com o estrógeno, o hormônio feminino. Os resultados ainda não determinaram um consenso científico, por isso a recomendação é não exagerar no consumo”, ressalta o nutricionista Breno Lozi.

A soja causa má digestão?

Em alguns casos, a soja pode estimular alguns desconfortos gastrointestinais, como dores na região abdominal e flatulência. De acordo com a nutricionista Fernanda Maluhy, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, isso ocorre devido à presença de um componente na soja, conhecido como fitato.

Para amenizar as reações causadas pelos fitatos da soja, a dica é investir na técnica de remolho, deixando os grãos ficam submersos na água por um determinado tempo. Isso vale também para outros tipos de leguminosas, como feijão e grão de bico.

“Os fitatos são conhecidos por diminuir a disponibilidade de diversos nutrientes, em particular o zinco (um mineral muito importante para o funcionamento do organismo, inclusive para a digestão de outros nutrientes) e o cálcio, diminuindo também a absorção de proteínas e aminoácidos. O ideal é deixar de molho em água de um dia para o outro para promover a fermentação natural. Somente o processo térmico não irá amenizar. Desta forma, a quantidade de fitatos é reduzida em cerca de 90%”, esclarece a especialista.

A soja diminui os sintomas da menopausa?

A menopausa é caracterizada pela queda dos hormônios estrogênio e progesterona no organismo feminino. A soja, por ser rica em isoflavonas, um tipo de fitoestrogênio, pode reequilibrar os níveis de hormônios no corpo da mulher, reduzindo os sintomas desagradáveis da menopausa.

“Por ser rica em isoflavonas e conter fitoestrogênio, a soja age como uma espécie de fonte natural de hormônios para a mulher que está começando a entrar na menopausa. A vantagem do consumo da soja nessas situações é que a substância presente nela não traz todos os efeitos colaterais perigosos do estrogênio sintético, sendo uma alternativa natural para amenizar os efeitos da menopausa. Os resultados do consumo regular da soja para a mulher na menopausa são: redução na alteração da libido e da lubrificação, diminuição no aumento de peso natural neste momento, redução do estresse, dentre outros”, afirma o nutricionista Breno Lozi.

A soja pode substituir a carne vermelha?

A soja é rica em proteínas de origem vegetal, sendo muito recomendada para pessoas que seguem uma dieta vegana ou vegetariana.

Porém, a carne vermelha conta com outras vitaminas que precisam ser repostas e que não são encontradas na soja, o que reforça a importância de uma dieta equilibrada e diversificada.

“Em termos dos aminoácidos essenciais, a soja pode, sim, substituir a carne vermelha. Ela é o único vegetal que tem todos os aminoácidos que existem na carne vermelha. Ela só não a substitui em relação a outros nutrientes, como as vitaminas como B12, principalmente”, explica a nutricionista Fernanda Maluhy.

A soja emagrece?

Apesar da ideia tentadora, não existe um único alimento capaz de queimar gorduras e reduzir medidas, infelizmente.

O segredo é adotar um estilo de vida diferente, combinando múltiplos fatores que favorecem o emagrecimento, e então aproveitar as vantagens da soja.

“O processo de emagrecer vai depender de um conjunto de mudanças e não apenas a inclusão ou exclusão de um alimento. Estudos científicos demonstram que dietas com a proteína do grão saciam mais em comparação àquelas que incluem apenas proteína animal. Não significa que você deve retirar do cardápio carne, frango e peixe, mas incluir a soja”, finaliza Breno Lozi.

Fique atento aos cuidados com a próstata

No Brasil, um elevado número de homens apresentam alterações na próstata. Porém, nem todas elas são malignas. O Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece quais são as patologias mais comuns e seus tratamentos.

Hiperplasia Prostática

Aos 40 anos de idade, aproximadamente 20% dos homens apresentam hiperplasia prostática benigna (HPB). Esse número aumenta progressivamente com a idade, sendo que aos 80 anos, 90% da população masculina terá HPB. Como a próstata envolve a uretra, quando ocorre um aumento dessa glândula, pode acarretar uma obstrução da uretra. Nem todo aumento da próstata leva à obstrução uretral, mas quando isso ocorre, deve ser tratado, pois pode evoluir com comprometimento da bexiga e dos rins. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os procedimentos cirúrgicos que permitem a redução da próstata são realizados com o moderno equipamento GreenLight. O aparelho permite uma terapia a laser menos agressiva, pois utiliza um procedimento mais rápido e seguro, praticamente sem sangramento, garantindo que possa retornar em poucos dias a suas atividades normais. O laser verde é aplicado na região da próstata através da via transuretal, dissolvendo o tecido que cresceu em excesso na glândula, promovendo a desobstrução da uretra.

Câncer de Próstata

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. A discussão sobre o câncer de próstata merece atenção especial: em contraste com a elevada incidência, percebe-se, por outro lado, altas taxas de cura dos pacientes quando a doença é detectada em fases iniciais.

As ocorrências do câncer de próstata aumentam com a idade, sendo que um em cada seis homens com mais de 50 anos e até metade dos que têm mais de 80 anos apresentam câncer de próstata.

Um fato curioso é que os índices da doença são 11 vezes mais comuns em norte-americanos do que em japoneses que residem no Japão. Essa frequência, contudo, iguala-se quando os japoneses passam a residir nos Estados Unidos, indicando que são fatores ambientais ou dietéticos, e não só a hereditariedade, os responsáveis pelo fenômeno.

Diferenças no consumo de gordura animal talvez expliquem essas variações geográficas, já que a ingestão de alimentos com alto teor de gordura é elevada nos países ocidentais e baixa nos orientais.

Além da dieta, quem possui antecedentes familiares de Câncer de Próstata tem maior chance de desenvolver a doença. Os riscos aumentam gradativamente quando um parente de 1º grau (pai ou irmão) é acometido pelo problema, aumentando a probabilidade, frequentemente, antes dos 50 anos.

O diagnóstico dos tumores é feito pelo toque da glândula assim como através da medida do PSA no sangue. Os exames são de extrema importância e precisam ser desmistificados para que os índices de diagnóstico precoce aumentem, chegando até 85-90% de cura.

Durante o exame, quando o médico detecta áreas de maior consistência na glândula e/ou elevação dos níveis séricos de PSA, os pacientes devem ser submetidos à biópsia da próstata. Na biópsia é retirada uma pequena quantidade do tecido prostático para ser analisado por um médico patologista, o que permite diagnosticar e orientar o paciente com relação ao tipo de tumor.

O tratamento dos casos de Câncer de Próstata leva em consideração o tamanho do tumor, grau histológico e condições gerais de saúde do paciente. Os tumores localizados inteiramente dentro da glândula nem sempre precisam ser tratados, mas se for necessário, pode-se recorrer à cirurgia ou à radioterapia.

Quando o câncer atinge os locais em volta da próstata costuma-se indicar tratamento radioterápico associado à terapêutica hormonal. Já quando o tumor se estende para outros órgãos, a doença é tratada com hormônios.

Como os fatores que modificam as células e seu funcionamento, tornando o tumor maligno, ainda não são conhecidos, recomenda-se alimentação com baixo teor de gordura animal, além da realização dos exames periódicos anuais.

Fonte: Dr. Luciano Nesrallah, urologista do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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