Exercício depois do parto: duas horas por semana já fazem diferença

Um novo estudo assinado por 13 cientistas — sendo 12 mulheres e apenas um homem, vale destacar, — sugere que as novas mães devem fazer ao menos horas de exercícios com intensidade moderada a intensa por semana, como caminhada rápida e treino de fortalecimento muscular, nos primeiros três meses após o nascimento do bebê.

No período pós-parto, o risco de depressão, retenção de peso, distúrbios do sono, diabetes e doenças cardiovasculares aumenta, especialmente após complicações na gravidez. Mas faltam orientações claras sobre como se envolver adequadamente em atividades físicas nesse momento.

Para os especialistas, seguir a nova diretriz elaborada pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício, dentro das capacidades físicas de cada pessoa, pode trazer diversas melhorias para a saúde e bem-estar materno e infantil. As recomendações foram publicadas no British Journal of Sports Medicine.

No artigo, os pesquisadores também indicam o treinamento diário dos músculos do assoalho pélvico para reduzir o risco de incontinência urinária, além da adoção de medidas para melhorar a qualidade e a duração do sono, como a organização de rotinas.

“O exercício físico é muito importante em qualquer fase da vida adulta. Como sabemos, traz benefícios importantes, como saúde cardiovascular, prevenção de câncer, melhora de dores crônicas, do sono e da saúde mental, como redução de ansiedade e depressão”, resume o ortopedista João Polydoro, médico especialista em esporte do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Com as puérperas, que enfrentam um turbilhão de alterações físicas e hormonais, não é diferente.

“O movimento para elas terá os mesmos efeitos, incluindo um adicional de acelerar o aprimoramento aprimoramento corporal, principalmente em questões específicas, como o reforço muscular do assoalho pélvico, melhorias de incontinência urinária e prolapsos, e bem-estar mental, considerando que a depressão pós-parto afeta até 15% das mães recentes”, pontua Polydoro.

Por onde começar?

Com base nos achados, o painel de experts recomenda fortemente que, nas primeiras 12 semanas após o parto, as novas mães sem impeditivos físicos busquem uma mistura de atividades aeróbicas e de resistência.

Nesse contexto, vale investir em caminhadas rápidas, ciclismo e técnicas de fortalecimento muscular, por exemplo, por pelo menos 120 minutos por semana, distribuídos em quatro ou mais dias. Para quem apresenta questões específicas de saúde, é importante buscar orientação médica antes de começar, pontuam os autores.

“A cesárea, por exemplo, requer o aguardo da cicatrização adequada da incisão e a parada do sangramento vaginal. É preciso avaliar a dor muscular e a demanda nutricional, que está aumentada devido ao gasto energético da amamentação. Já no parto natural, a perda de sangue pela vagina também deve ser levada em consideração”, detalha o médico.

O prazo de espera pode variar, de acordo com as condições particulares de saúde e de como se deu o andamento da gestação.

“Um período interessante a considerar para início de atividades pode ser de 15 dias depois do parto natural. Apesar de parecer pouco, a atividade iniciada também será compatível com o período”, frisa.

“Uma recomendação geral é iniciar com caminhadas leves, evoluindo para passos rápidos em ritmo que se consegue conversar, e exercícios leves de fortalecimento com foco na musculatura lombar, porém sem sobrecarregar”, acrescenta Polydoro.

O especialista recomenda a progressão gradual para treinos de resistência muscular, desde que esteja tudo certo com a cicatrização das feridas e parada do do sangramento vaginal.

Como driblar a exaustão?

Vamos combinar que as benesses de se colocar o corpo em ação já são amplamente conhecidas. Mas como fazer para encaixar mais esse compromisso em meio ao cansaço do puerpério?

“Não vale a pena sacrificar o sono para treinar, se você não estiver descansado, isso pode ser prejudicial. A privação de sono pode causar alterações físicas e hormonais, comprometendo a saúde da mulher”, alerta o médico.

Nesse contexto, entra o papel da rede familiar — algo fundamental para qqualquer puérpera.

“O apoio paterno pode ser tanto na divisão de tarefas, para que a mulher possa descansar e ter um sono adequado, quanto no incentivo à prática esportiva, caminhando e executando os exercícios juntos, ou ficando com o bebê para que a mãe treine”, destaca Polydoro.

“O movimento, além de ser bom para o físico, também melhora os relacionamentos interpessoais. O casal pode conversar e até fazer caminhada com o carrinho de bebê adequado”, acrescenta.

Como foi feito o estudo?

Para chegar às diretrizes, os pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, se profundaram em evidências de 574 estudos.

O grupo avaliou um conjunto de fatores, envolvendo lesões, redução da qualidade ou quantidade do leite materno, depressão e ansiedade, incontinência urinária medo de movimento, fadiga e baixo crescimento e desenvolvimento infantil.

Os autores defendem que as orientações são relevantes para quem deu à luz recentemente, independentemente do status de amamentação, gênero, origem cultural, deficiência ou status socioeconômico.

Março Amarelo – Mês Mundial de Conscientização da Endometriose

Identificação tardia da endometriose impacta saúde física e emocional das mulheres

Novo Centro Especializado do Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece diagnóstico preciso e abordagem integrada, reduzindo tempo de espera e sofrimento das pacientes

 A endometriose é uma condição ginecológica crônica e progressiva que, segundo o Ministério da Saúde, afeta entre 5% e 15% das mulheres em idade fértil (12 a 49 anos) no Brasil, comprometendo a qualidade de vida de milhares de pessoas. Apesar de sua alta incidência, a doença ainda enfrenta desafios significativos para ser identificada, podendo levar mais de sete anos até uma confirmação. 

A dificuldade em obter um diagnóstico resulta em um ciclo de sofrimento físico e psicológico, levando muitas mulheres a enfrentarem dores incapacitantes, dificuldades reprodutivas e impactos emocionais severos.

Diante desse cenário e da necessidade de evitar a peregrinação por diferentes especialistas, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz criou o Centro Especializado em Endometriose, voltado à detecção e ao tratamento da condição. A equipe multidisciplinar inclui ginecologistas, cirurgiões, especialistas no manejo da dor, nutricionistas e psicólogos. O novo centro se destaca pelo uso de tecnologia avançada, proporcionando maior precisão na identificação da enfermidade e permitindo tratamentos personalizados, reduzindo o tempo de espera por uma resposta definitiva e um plano terapêutico eficaz.

O Dr. Rogério Felizi, ginecologista e coordenador da unidade, destaca que a ausência de um diagnóstico precoce compromete não apenas a evolução do quadro clínico, mas também a saúde mental da paciente. “A demora na identificação da endometriose tem um impacto emocional imenso. Muitas mulheres passam anos ouvindo que a dor é normal, que se trata apenas de uma cólica menstrual ou até frases como ‘depois do casamento melhora’. Esse descaso contribui para um sofrimento psicológico que poderia ser evitado com mais informação e acesso a especialistas preparados”, afirma.

A endometriose ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, podendo afetar órgãos como ovários, intestino grosso, bexiga, apêndice e vagina. Entre os principais sintomas estão dores pélvicas intensas, alterações gastrointestinais, ciclos menstruais irregulares e, em muitos casos, infertilidade, atingindo cerca de 40% das pacientes brasileiras, de acordo com o Ministério da Saúde.

No entanto, devido à falta de conhecimento sobre a doença e à ausência de um protocolo claro para sua identificação, muitas pacientes passam anos realizando exames e consultas sem uma resposta definitiva. Isso contribui para o agravamento dos sintomas e pode comprometer o bem-estar feminino em diferentes aspectos.

Além das complicações físicas, o impacto emocional da endometriose é profundo. Mulheres que convivem com dores crônicas e incertezas sobre seu estado de saúde frequentemente desenvolvem quadros de ansiedade e depressão. A irregularidade dos sintomas, somada à falta de compreensão social sobre a doença, pode levar ao isolamento, afetar relações interpessoais e prejudicar a vida profissional. A dificuldade em engravidar, uma das possíveis consequências, também representa um grande abalo psicológico.

Com a criação do Centro Especializado, o hospital busca transformar essa realidade, oferecendo uma abordagem inovadora e integrada para o tratamento da endometriose. Além do uso de tecnologia avançada desde a detecção até a cirurgia, a unidade se diferencia pelo atendimento humanizado e pela criação de planos terapêuticos personalizados. Esse modelo permite que as pacientes recebam um cuidado abrangente, considerando não apenas os aspectos físicos da doença, mas também seu impacto emocional e social.

Tratamento e Informação

O tratamento pode envolver medicamentos hormonais, acompanhamento clínico e, em casos mais avançados, procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. No entanto, o sucesso da terapia depende, sobretudo, de uma identificação precoce. A atuação do hospital nesse campo representa um avanço para a saúde feminina, proporcionando acesso mais rápido ao diagnóstico e a opções terapêuticas eficazes.

De acordo com o Dr. Felizi, a conscientização ainda é um dos maiores desafios no Brasil. Muitas mulheres convivem com os sintomas sem sequer saber que possuem essa condição. A ampliação do acesso à informação e a promoção de campanhas educativas são medidas essenciais para mudar esse cenário e garantir que mais pacientes busquem e recebam o tratamento adequado. Para isso, é fundamental que ginecologistas, médicos generalistas e demais profissionais da saúde estejam capacitados para reconhecer os sinais da endometriose e encaminhar as pacientes a especialistas.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz reafirma seu compromisso com a saúde da mulher por meio de um modelo assistencial próprio, oferecendo atendimento especializado e de alta confiabilidade, que considera a complexidade da endometriose e suas múltiplas implicações. Além disso, investe constantemente em tecnologia para garantir diagnósticos ágeis e tratamentos de excelência, incluindo robôs de última geração para procedimentos cirúrgicos. O Centro Especializado representa um passo essencial para ampliar o acesso das mulheres a cuidados especializados.

SAÚDE MULHERES 40 + | SAÚDE + INCLUSIVA

A saúde da mulher acima dos 40 anos merece uma atenção especial, pois nesse período ocorrem mudanças importantes, como alterações hormonais, maior risco de doenças cardiovasculares e perda de densidade óssea.

No episódio de hoje da série “Saúde mais inclusiva”, a Dra. Anne Kristine Cavalcante Pereira, ginecologista, fala sobre o papel da mulher 40+ na sociedade e os cuidados essenciais para cuidar bem da saúde. Para saber mais, acesse: http://bit.ly/418Rf9L

Resp. Técnico: Haggeas da Silveira Fernandes CRM: 71855

Jogos Olímpicos podem inspirar prática de exercícios e público feminino tem fator especial para entrar nessa tendência

Atividades regulares podem ser aliadas das mulheres durante menopausa; especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explica vantagens dos esportes

São Paulo, 22 de julho de 2024 – A partir do dia 26 de julho, os olhos do mundo estarão voltados para os Jogos Olímpicos Paris 2024, evento que celebra o espírito competitivo e inspira pessoas de todas as idades a se envolverem no universo esportivo. Entre os espectadores, estão as mulheres, que podem encontrar nos esportes, além de entretenimento, um aliado durante o climatério e a menopausa.

O climatério é um período em que a mulher passa pela transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva. Uma fase marcada pela diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, o climatério começa a se manifestar na quarta década de vida da mulher.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estimam que cerca de 29 milhões de mulheres brasileiras encontram-se no climatério, a fase que antecede a menopausa. São mulheres que enfrentam mudanças hormonais e físicas que podem afetar sua qualidade de vida e bem-estar. Já a menopausa corresponde a última menstruação. Após 12 meses sem menstruar a mulher entrou oficialmente na menopausa.

Segundo a Dra. Anne Pereira, ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, não existe a comprovação científica de que o exercício físico atue diretamente nos sintomas da menopausa, mas há evidências que a prática regular de atividades pode minimizar complicações de saúde associadas a esse período.

“Durante e depois da menopausa, as mulheres tendem a perder massa muscular devido à redução na produção da progesterona e do estrogênio, importantes hormônios femininos e acumular gordura abdominal. A queda na produção do estrogênio aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Então, praticar exercícios regularmente e ter uma alimentação saudável contribui para prevenir ganho de peso e o aparecimento de doenças crônicas”, explicou a especialista.

Modalidades como corrida, natação e caminhada não apenas melhoram a condição cardíaca, reduzindo a pressão arterial, mas também impactam positivamente o metabolismo dos lipídios, aumentando o HDL, o chamado colesterol bom, e diminuindo o LDL, conhecido como colesterol ruim.

A queda na produção de estrogênio durante a menopausa está associada à osteoporose, que aumenta o risco de acidentes e fraturas.

“Exercícios de resistência, como musculação e pilates, ajudam a fortalecer os ossos, reduzindo o risco de perda óssea e fraturas”, diz Dra. Anne.

A ginecologista afirma que fazer exercícios regularmente pode ajudar a aliviar os sintomas da menopausa, como fogachos, distúrbios do sono, reduzir alterações de humor e ansiedade.

“A liberação de endorfina durante o exercício contribui para a sensação de bem-estar, e podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o humor”.

Segundo a ginecologista, estudos indicam que adultos fisicamente ativos têm menor predisposição para desenvolver depressão e experimentam melhorias na memória, concentração e função cerebral ao praticarem atividades físicas regularmente.

“Além dos benefícios físicos e mentais, o exercício regular promove independência, autoconfiança e sensação de controle sobre a própria saúde e bem-estar”, afirmou.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece e-book gratuito

Dia das Mães pode ser também data dedicada à conscientização para questões que muitas vezes são negligenciadas ou tratadas como tabus.

O Dia das Mães se aproxima e a data dedicada a homenagear e celebrar a maternidade em todas as suas formas também é importante para lembrar que cuidar da saúde das mulheres é uma forma poderosa de expressar amor e gratidão.

Há questões de saúde feminina que muitas vezes são negligenciadas ou tratadas como tabus, e uma delas é a menopausa. Este período de transição na vida de uma mulher pode ser marcado por transformações físicas e emocionais significativas.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 29 milhões de mulheres brasileiras encontram-se no climatério, a fase que antecede a menopausa. São mulheres que enfrentam mudanças hormonais e físicas que podem afetar sua qualidade de vida e bem-estar.

Para oferecer apoio e informação a essas mulheres, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz disponibiliza gratuitamente em seu site o e-book “Navegando pelas ondas imprevisíveis da Pré-Menopausa”.

No material, as leitoras encontrarão informações sobre esse período antes da fase que antecede a cessação completa da menstruação. Esta etapa é uma transição importante, que prepara o corpo da mulher para seu próximo ciclo de vida.

Oferecer informação e suporte durante a menopausa não é apenas um gesto de amor e cuidado, mas também um investimento no bem-estar e na qualidade de vida dessas mães.

A falta de informação, suporte e cuidado neste momento tão delicado e marcado por transformações para a maioria das mulheres pode ser um problema.

17 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2025, apontam dados

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, o câncer do colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres, sendo que pelo menos 6 mil brasileiras morrem a cada ano devido a doença. Além disso, o Ministério da Saúde estima que de 2023 a 2025, cerca de 17 mil pacientes sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV).

Apesar da alta incidência, ainda há muitas pessoas que não sabem como prevenir a doença: através da vacinação contra o HPV.De acordo com Giuseppe Coiro, ginecologista do Centro da Mulher, da Unidade Campo Belo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atualmente, a vacina é recomendada para meninas (de nove a 14 anos)e meninos (de 11 a 14 anos), e pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais, em ambos os sexos.

De acordo com Giuseppe Coiro, ginecologista do Centro da Mulher, da Unidade Campo Belo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atualmente, a vacina é recomendada para meninas (de nove a 14 anos)e meninos (de 11 a 14 anos), e pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais, em ambos os sexos.

Outra forma de prevenção é o uso de preservativos na relação sexual, já que a contaminação ocorre por esta via, além de proteger contra outras doenças.

“Além disso, o exame Papanicolau deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer”, aponta o médico.

Câncer de colo de útero: como surge?

Segundo Coiro, o câncer do colo do útero é um tumor que costuma ter desenvolvimento lento. “Na fase inicial, pode não apresentar sintomas. Já nos casos mais avançados, a doença mostra alguns sinais como o sangramento vaginal, principalmente durante ou após as relações sexuais, dores na região pélvica e na virilha, alterações urinárias e intestinais e secreção vaginal com odor desagradável”, aponta.

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV:

  • Carcinomas epidermóides, que infectam pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto em homens como em mulheres, e causa o aparecimento de verrugas no colo do útero;
  • Adenocarcinomas, que surgem a partir da infecção nas células da endocérvice, que é a parte interna do colo de útero. E temos ainda o carcinoma adenoescamoso, um tipo mais raro, que pode acontecer com o aparecimento de verrugas ou características mistas dos dois tipos anteriores.

Tratamento para o tipo de câncer

“O câncer do colo do útero pode ser completamente curado se diagnosticado e tratado no estágio inicial. A doença costuma ser mais frequente na faixa etária de 30 a 39 anos e se torna mais comum entre 50 e 60 anos”, afirma o médico, ressaltando que, segundo levantamento da Fundação do Câncer, os tumores do colo do útero, em sua forma mais grave, acometem de 49 a cada 100 mil mulheres no no Brasil.

O tratamento do câncer de colo de útero, por sua vez, pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. A definição depende do estágio da doença. “Por isso a prevenção é o melhor remédio, manter as vacinas em dia, realizar exames de rotina e sempre procurar orientação médica, é muito importante para evitar este tipo de doença que, a cada ano, aumenta no país”, finaliza o ginecologista do Centro da Mulher.

17 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2025, apontam dados

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, o câncer do colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres, sendo que pelo menos 6 mil brasileiras morrem a cada ano devido a doença. Além disso, o Ministério da Saúde estima que de 2023 a 2025, cerca de 17 mil pacientes sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV).

Apesar da alta incidência, ainda há muitas pessoas que não sabem como prevenir a doença: através da vacinação contra o HPV. De acordo com Giuseppe Coiro, ginecologista do Centro da Mulher, da Unidade Campo Belo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atualmente, a vacina é recomendada para meninas (de nove a 14 anos)e meninos (de 11 a 14 anos), e pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais, em ambos os sexos.

Médico explica quais são as causas da doença e como o tratamento pode ser eficaz


De acordo com Giuseppe Coiro, ginecologista do Centro da Mulher, da Unidade Campo Belo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atualmente, a vacina é recomendada para meninas (de nove a 14 anos)e meninos (de 11 a 14 anos), e pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais, em ambos os sexos.

Outra forma de prevenção é o uso de preservativos na relação sexual, já que a contaminação ocorre por esta via, além de proteger contra outras doenças.

Além disso, o exame Papanicolau deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer”, aponta o médico.

Câncer de colo de útero: como surge?

Segundo Coiro, o câncer do colo do útero é um tumor que costuma ter desenvolvimento lento. “Na fase inicial, pode não apresentar sintomas. Já nos casos mais avançados, a doença mostra alguns sinais como o sangramento vaginal, principalmente durante ou após as relações sexuais, dores na região pélvica e na virilha, alterações urinárias e intestinais e secreção vaginal com odor desagradável”, aponta.

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV:

  1. Carcinomas epidermóides, que infectam pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto em homens como em mulheres, e causa o aparecimento de verrugas no colo do útero;
  2. Adenocarcinomas, que surgem a partir da infecção nas células da endocérvice, que é a parte interna do colo de útero. E temos ainda o carcinoma adenoescamoso, um tipo mais raro, que pode acontecer com o aparecimento de verrugas ou características mistas dos dois tipos anteriores.

Tratamento para o tipo de câncer

“O câncer do colo do útero pode ser completamente curado se diagnosticado e tratado no estágio inicial. A doença costuma ser mais frequente na faixa etária de 30 a 39 anos e se torna mais comum entre 50 e 60 anos”, afirma o médico, ressaltando que, segundo levantamento da Fundação do Câncer, os tumores do colo do útero, em sua forma mais grave, acometem de 49 a cada 100 mil mulheres no no Brasil.

O tratamento do câncer de colo de útero, por sua vez, pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. A definição depende do estágio da doença. “Por isso a prevenção é o melhor remédio, manter as vacinas em dia, realizar exames de rotina e sempre procurar orientação médica, é muito importante para evitar este tipo de doença que, a cada ano, aumenta no país”, finaliza o ginecologista do Centro da Mulher.

17 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2025, apontam dados

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, o câncer do colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres, sendo que pelo menos 6 mil brasileiras morrem a cada ano devido a doença. Além disso, o Ministério da Saúde estima que de 2023 a 2025, cerca de 17 mil pacientes sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV).

Apesar da alta incidência, ainda há muitas pessoas que não sabem como prevenir a doença: através da vacinação contra o HPV.

De acordo com Giuseppe Coiro, ginecologista do Centro da Mulher, da Unidade Campo Belo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atualmente, a vacina é recomendada para meninas (de nove a 14 anos) e meninos (de 11 a 14 anos), e pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais, em ambos os sexos.

Outra forma de prevenção é o uso de preservativos na relação sexual, já que a contaminação ocorre por esta via, além de proteger contra outras doenças.

Além disso, o exame Papanicolau deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer”, aponta o médico.

Segundo Coiro, o câncer do colo do útero é um tumor que costuma ter desenvolvimento lento. “Na fase inicial, pode não apresentar sintomas. Já nos casos mais avançados, a doença mostra alguns sinais como o sangramento vaginal, principalmente durante ou após as relações sexuais, dores na região pélvica e na virilha, alterações urinárias e intestinais e secreção vaginal com odor desagradável”, aponta.

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV:

  • Carcinomas epidermóides, que infectam pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto em homens como em mulheres, e causa o aparecimento de verrugas no colo do útero;
  • Adenocarcinomas, que surgem a partir da infecção nas células da endocérvice, que é a parte interna do colo de útero. E temos ainda o carcinoma adenoescamoso, um tipo mais raro, que pode acontecer com o aparecimento de verrugas ou características mistas dos dois tipos anteriores.

O câncer do colo do útero pode ser completamente curado se diagnosticado e tratado no estágio inicial. A doença costuma ser mais frequente na faixa etária de 30 a 39 anos e se torna mais comum entre 50 e 60 anos”, afirma o médico, ressaltando que, segundo levantamento da Fundação do Câncer, os tumores do colo do útero, em sua forma mais grave, acometem de 49 a cada 100 mil mulheres no Brasil.

O tratamento do câncer de colo de útero, por sua vez, pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. A definição depende do estágio da doença. “Por isso a prevenção é o melhor remédio, manter as vacinas em dia, realizar exames de rotina e sempre procurar orientação médica, é muito importante para evitar este tipo de doença que, a cada ano, aumenta no país”, finaliza o ginecologista do Centro da Mulher.

LEVE TALKS | O AMOR NA PRÉ E PÓS-MENOPAUSA

Convidamos todas vocês para acompanhar nossa terceira live especial de Mês das Mulheres, que acontece no dia 28/03 às 19h30! Desta vez o assunto é “O amor na pré e pós-menopausa: Impactos na sexualidade e cuidados que a mulher deve tomar em cada fase” e para falar sobre o tema contaremos com a presença das nossas especialistas:

  • Dra. Maria do Socorro Maciel, Mastologista (atuando como mediadora);
  • Dra. Flavia Zuccolotto, Psiquiatra;
  • Thais Marques, Fisioterapeuta;
  • Profa. Dra. Marair Sartori, Ginecologista.

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Legislação sobre laqueadura no Brasil traz mudanças e já está em vigor

A recente implementação da Lei 14.443/2022, aprovada pelo Senado brasileiro em 2022, introduz alterações importantes na regulamentação da laqueadura, um método cirúrgico de esterilização. Essas mudanças visam aumentar a autonomia das mulheres em relação ao planejamento familiar e proporcionar maior acesso aos direitos sexuais e reprodutivos.

A nova lei estabelece que a idade mínima para realizar a laqueadura é agora de 21 anos. Além disso, pessoas sem filhos, desde que tenham atingido essa idade mínima, estão aptas a optar pelo procedimento. Outra novidade é a permissão para quem tem pelo menos dois filhos vivos realizar a esterilização, independentemente da idade. A lei também aboliu a necessidade de autorização do cônjuge e permite que parturientes façam a laqueadura imediatamente após o parto, embora seja necessário um intervalo de 60 dias entre a manifestação da vontade e a realização da cirurgia.

O ginecologista Luiz Gustavo Cesário, coordenador da maternidade da Santa Casa de São José dos Campos, destaca que a laqueadura pode ser especialmente benéfica para mulheres cuja gravidez represente um risco elevado. Segundo ele, a lei representa um avanço no acesso aos direitos sexuais e reprodutivos, conforme definido pelo Ministério da Saúde. Mayra Boldrini, ginecologista do Hospital Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ressalta a importância da autonomia feminina trazida pela nova legislação, especialmente para mulheres sem filhos.

Ela também observa que realizar a laqueadura no momento do parto minimiza a necessidade de internação específica para a cirurgia, mas lembra que a paciente deve manifestar interesse com pelo menos 60 dias de antecedência.

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