Chocolatinho pode? Saiba como manter crianças pequenas saudáveis na Páscoa

A Páscoa está chegando e, com ela, a dúvida eterna: afinal, criança pode comer chocolate? Saiba quando é seguro introduzir o doce, quais os cuidados necessários e como manter a saúde dos pequenos em dia

O coelhinho da Páscoa está saindo da toca e as prateleiras dos supermercados estão lotadas de ovos de chocolate. Esse é um dos momentos em que surge a clássica dúvida entre as pessoas que cuidam de crianças: “Será que já posso oferecer chocolate?”.

Diante de tantas opiniões, o melhor a ser feito é falar sobre o assunto sem terrorismo nutricional. Até porque, neste caso, trata-se de uma data especial, ou seja, é uma exceção, um momento para criar memórias afetivas com as crianças.

A seguir, especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o consumo do doce por crianças.

A partir de qual idade a criança pode comer chocolate?

Segundo Andrea Bottoni, médico nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a idade mínima ideal para o consumo de doces é de dois anos. Mas, se possível, o mais saudável é adiar até o fim da primeira infância, aos três anos.

Essa indicação existe porque alimentos ricos em açúcar e gordura podem impactar o desenvolvimento do paladar, o metabolismo e a saúde bucal dos pequenos.

Como introduzir o chocolate na alimentação infantil?

Se você está pensando: “Meu filho já tem dois anos, e agora? Tá tudo liberado?”. A resposta é: não. É preciso cautela.

O nutrólogo trouxe algumas dicas de como começar a introdução do chocolate na alimentação da criança. Veja a seguir:

  • Prefira chocolates com mais cacau: os com 70% a 80% são mais saudáveis, pois contêm menos açúcar e aditivos;
  • Ofereça pequenas porções: assim, é possível acostumar o paladar da criança sem exageros;
  • Fique de olho na quantidade: o consumo excessivo pode levar ao sobrepeso e a desconfortos gastrointestinais;
  • Equilíbrio é tudo: o chocolate pode fazer parte da dieta, desde que dentro de um padrão alimentar saudável e variado, rico em frutas, legumes e verduras.

O que a cor diz sobre os chocolates?

Ao observar, é fácil notar que aqueles com mais cacau têm um tom mais escuro de marrom. Quanto mais claro o chocolate, maior a quantidade de leite e açúcar em sua composição. Por isso, a recomendação é optar pelas versões mais amargas possíveis (como 70% a 80% de cacau), para garantir mais compostos antioxidantes e menos aditivos.

Além disso, o chocolate amargo já foi associado a benefícios à saúde. Um estudo recente da Harvard T.H. Chan School of Public Health, por exemplo, conectou a guloseima à prevenção do diabetes tipo 2.

Segundo Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o chocolate amargo é rico em flavonoides — antioxidantes naturais que combatem os radicais livres, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce, melhorar a elasticidade da pele e protegê-la contra danos causados pela poluição e radiação solar. “Tem, inclusive, ação anti-inflamatória”, pontua.

Tanto a promoção da saúde quanto a prevenção de doenças dependem, evidentemente, não apenas de um alimento ou de nutrientes específicos, mas de um padrão na alimentação, de hábitos alimentares”, acrescenta Bottoni.

Quais os efeitos do excesso de chocolate nas crianças?

O consumo exagerado de doces, sem uma rotina alimentar equilibrada com frutas, legumes e vegetais coloridos, pode levar ao sobrepeso.

Uma outra preocupação é que a frequência do consumo de chocolate pode causar uma espécie de “monotonia alimentar”, segundo o nutrólogo. Isso acontece quando a criança começa a recusar outros alimentos e a preferir apenas doces.

Dicas práticas para uma Páscoa mais equilibrada e saudável

O segredo é o equilíbrio. Afinal, a Páscoa é um momento de celebração entre familiares e amigos. Para que essa data continue sendo leve e saudável, preparamos algumas dicas especiais:

  • Fracione os ovos de Páscoa: em vez de entregar tudo de uma vez, separe pequenas porções para oferecer ao longo dos dias;
  • Coma junto e com atenção: sentar com a criança e fazer desse momento algo prazeroso e sem culpa ajuda a desenvolver uma boa relação com os alimentos;
  • Evite usar o doce como recompensa: isso pode criar uma associação emocional com o chocolate, favorecendo o consumo compulsivo no futuro;
  • Equilibre com alimentos saudáveis: incentive o consumo de frutas e alimentos naturais antes ou após o chocolate.
  • O mais importante é lembrar que o chocolate não precisa ser um vilão. Ele pode, sim, fazer parte de uma infância saudável, desde que com moderação, equilíbrio e muito afeto envolvido.

Suplemento Psyllium  

O que você precisa saber antes de aderir à moda do psyllium

De tempos em tempos, surge um novo suplemento queridinho nas academias. Mas, antes de aderir às novidades, é preciso conhecer um pouco mais sobre o que está em jogo. A estrela da vez é o psyllium, que está sendo chamado de “Ozempic natural“. Mas será que é mesmo?

O psyllium é uma fibra alimentar solúvel de origem vegetal e ganhou o apelido de versão natural do medicamento para obesidade por estar sendo associado à perda de peso e ao controle do apetite — uma promessa tentadora, especialmente com a popularização de medicamentos como a semaglutida (substância presente no Ozempic), usados sob prescrição médica no tratamento da obesidade e diabetes.

Para esclarecer se essa promessa é real, ouvimos a nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ela afirma: “Isso se trata de propaganda enganosa. O psyllium tem um efeito discreto na saciedade, e não existe nenhum alimento ou suplemento que apresente a mesma atuação da semaglutida.

Derivado da casca das sementes da planta Plantago ovata, o psyllium forma um gel ao ser misturado com líquidos, aumentando o bolo fecal e melhorando o funcionamento do intestino. Além disso, sua viscosidade pode atrasar o esvaziamento gástrico, promovendo uma maior sensação de saciedade.

Qual a real finalidade do psyllium?

Apesar da distorção nas redes sociais, o psyllium tem, sim, aplicações positivas na rotina alimentar, sempre com orientação profissional. Segundo a nutricionista Thaís Sarian, ele pode ajudar no controle da glicemia e do colesterol, além de regular o intestino. “O gel que é formado também pode ajudar a retardar a digestão e a absorção dos carboidratos, o que pode ser útil para pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo”, explica.

Na cozinha, o psyllium também se mostra versátil: pode ser adicionado à composição de pães, bolos e panquecas, especialmente entre pessoas que seguem dietas com restrição de glúten.

Alerta da especialista

O uso inadequado do suplemento pode trazer riscos. “Se consumido sem água suficiente, pode agravar a prisão de ventre ou até causar obstrução intestinal. Em excesso, pode provocar gases, cólicas e ainda atrapalhar a absorção de medicamentos”, alerta a nutricionista.

A lista de contraindicações é significativa: pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, crianças com menos de seis anos, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou com dificuldades no controle do diabetes.

Escute a profissional

A obesidade é uma doença e precisa ser tratada com seriedade. Nenhum alimento ou suplemento, por si só, é capaz de promover perda de peso de forma isolada. Por isso, é sempre importante contar com o acompanhamento de uma equipe médica e assistencial capacitada para o manejo adequado da condição”, finaliza Thaís Sarian.

Suplemento alimentar, Psyllium, é mesmo o “Ozempic natural”?

Nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explica os riscos e benefícios por trás da tendência das redes sociais

São Paulo, 01 de abril de 2025 –  O suplemento psyllium, fibra alimentar solúvel de origem vegetal, tem ganhado cada vez mais destaque nas redes sociais de influenciadores fitness e perfis que tratam de temas voltados à nutrição. Apelidado por muitos como “Ozempic natural”, o produto vem sendo associado à perda de peso e ao controle do apetite, uma promessa tentadora, especialmente com a popularização de medicamentos como a semaglutida (substância presente no Ozempic) usados sob prescrição médica no tratamento da obesidade e diabetes.

Mas será que essa comparação faz sentido? “Isso se trata de propaganda enganosa. O psyllium tem um efeito discreto na saciedade, mas não existe nenhum alimento ou suplemento que apresente a mesma atuação da semaglutida”, esclarece a nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A semaglutida, sempre acompanhada sob prescrição médica para tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, tem seu funcionamento baseado em imitar o GLP-1, hormônio produzido naturalmente pelo intestino que age em áreas do cérebro responsáveis por controlar a fome e a sensação de saciedade.

“Estamos falando de um medicamento com ação farmacológica, prescrito em situações específicas e que exige acompanhamento médico. Comparar esse tratamento ao uso de um suplemento como o psyllium, que tem outro propósito e efeitos bem mais limitados, é um erro”, alerta a nutricionista.

Derivado da casca das sementes da planta Plantago ovata, o psyllium forma um gel ao ser misturado com líquidos, aumentando o bolo fecal, e melhorando o funcionamento do intestino. Além disso, sua viscosidade pode atrasar o esvaziamento gástrico, dando maior sensação de saciedade.

O psyllium ainda pode ser um aliado na saúde

Apesar da distorção nas redes sociais, o psyllium tem sim aplicações positivas na rotina alimentar, sempre com orientação profissional. Segundo a nutricionista, ele pode ajudar no controle da glicemia e do colesterol, além de regular o intestino. “O gel que é formado também pode ajudar a retardar a digestão e absorção dos carboidratos, o que pode ser útil para pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo”, explica.

Na cozinha, o psyllium também se mostra versátil: pode entrar na composição de pães, bolos e panquecas, especialmente entre pessoas que seguem dietas com restrição de glúten.

Riscos do uso indiscriminado

É sempre preciso cautela. Thaís alerta que o uso inadequado do suplemento pode trazer riscos: “se consumido sem água suficiente, pode agravar a prisão de ventre ou até causar obstrução intestinal. Em excesso, pode provocar gases, cólicas e ainda atrapalhar a absorção de medicamentos”.

Além disso, ele é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, crianças com menos de seis anos, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou que têm dificuldade no controle do diabetes.

Para quem busca emagrecer, o recado da nutricionista é claro: “a obesidade é uma doença e precisa ser tratada com seriedade. Nenhum alimento ou suplemento, por si só, é capaz de promover perda de peso de forma isolada. Por isso, é sempre importante contar com o acompanhamento uma equipe médica e assistencial capacitada para o manejo adequado da condição”, reforça a nutricionista.

O alerta vem em boa hora, diante de um cenário em que modismos virais muitas vezes ganham mais espaço do que orientações profissionais.

Cozinha do Hospital Alemão Oswaldo Cruz recebe PIN 4 do Selo Green Kitchen

Compromisso com o planeta e a saúde dos pacientes vai do cultivo de ervas em uma horta exclusiva ao prato servido sem aditivos

Novembro de 2024 – A cozinha do Hospital Alemão Oswaldo Cruz tem elevado o padrão de sustentabilidade em suas operações, evidenciando o compromisso da instituição com a saúde e o meio ambiente. Desde 2013, o Hospital se destaca com o selo Green Kitchen, um reconhecimento voltado para práticas de alimentação sustentável. Com um avanço significativo, a cozinha atingiu a pontuação PIN 4, refletindo sua contínua evolução e empenho na promoção de um ambiente mais ecológico.

Guiada pela filosofia de “servir à vida”, a cozinha valoriza cada etapa do processo, desde a produção própria de molhos e refeições até a colheita de temperos frescos de uma horta exclusiva dentro do Hospital. O molho de tomate, por exemplo, é preparado na própria cozinha, sem conservantes ou aditivos, garantindo um sabor autêntico e saudável para os pacientes. Já os temperos, como hortelã e cebolinha, são colhidos diariamente no quinto andar do Hospital, trazendo frescor e qualidade aos pratos. Esses detalhes são reflexos do compromisso com uma alimentação mais natural e nutritiva, sem recorrer a industrializados e com foco em ingredientes saudáveis e sustentáveis.

Nosso objetivo é oferecer uma jornada completa ao paciente e colaborador, sendo assim a alimentação faz parte desse processo. Quando podemos juntar qualidade, sustentabilidade e saúde isso se torna ainda mais especial e importante”, afirma Joyce Rebouças Passos, diretora executiva de operações do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A sustentabilidade também se reflete na redução de embalagens descartáveis, com a maioria das refeições sendo servida em porcelana e vidro para pacientes e colaboradores, minimizando o uso de plástico.

Outro diferencial é a seleção criteriosa dos ingredientes, como por exemplo o atum certificado, que assegura a preservação dos ecossistemas marinhos. “Cada detalhe conta na construção de um hospital que olha para o futuro,” reforça Joyce.

A Green Kitchen Hospital Alemão Oswaldo Cruz representa um exemplo inspirador de como o cuidado com o paciente e o compromisso com o meio ambiente podem caminhar juntos, tornando-se uma referência em ESG no setor de saúde.

Granola: mistura é nutritiva, mas é preciso escolher bem para garantir os benefícios; entenda

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas – e a uva-passa reina.

Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

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Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.
Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

Comidas de Festa Junina para quem tem diabetes: veja algumas dicas

Para muitos brasileiros, estamos na época mais saborosa do ano. Isso porque milho, canjica, pinhão, paçoca e fubá estão entre os pratos típicos mais queridos do país. No entanto, a festa, que para muitos é a hora certa de se empanturrar, exige alguns cuidados por parte de quem tem diabetes ou está tratando outras doenças.

Nesta época, pessoas que tratam do diabetes, devem ficar atentas para não exagerarem na hora de comer. Contudo, conselho também vale para quem não enfrenta a doença, como alerta a nutricionista Tarcila Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Pratos típicos para quem tem diabetes

É possível desfrutar de delícias, como o pé-de-moleque, a canjica e a cocada e, mesmo assim, manter a glicose controlada. Não há restrição, a moderação é o segredo. Se planeja ir a uma festa junina e corre o risco de comer além do recomendável, uma opção é reduzir ou substituir o pão, o arroz ou a batata nas refeições anteriores“, explica a especialista.

Para os pacientes que se alimentam com base na contagem de carboidratos é possível fazer adequações na dosagem da insulina de acordo com a quantidade de carboidratos no prato típico escolhido, segundo Tarcila. Isso vale para os doces com açúcar, como para os dietéticos, ressalta a nutricionista.

Os pacientes com meta fixa de carboidratos por refeição devem trabalhar com substituições e tentar manter a quantidade de carboidratos prescrita pelo nutricionista fazendo substituições“, afirma Tarcila.

Dicas de substituições

Antes de ir à festa, a especialista recomenda fazer uma refeição leve. “Chegar à festa com fome é caminho certo para ingerir além do necessário“, diz a profissional. Além disso, é possível renunciar a um ou outro doce saboroso de forma consciente. Isto é, comer apenas o que realmente tiver vontade e não porque a oferta é grande. Para a nutricionista, esta é uma sábia decisão.

Tarcila dá algumas dicas de substituições durante as Festas Juninas que, no entanto, valem também para o dia a dia:

  • O arroz e o macarrão podem ser trocados por milho cozido, batata doce, pamonha, canjica, pipoca, cuscuz nas principais refeições ou nos lanches intermediários;
  • A canjica, além de colaborar para a saciedade, é o melhor substituto para o chocolate quente. Se for possível, preferir versões de doces e canjicas diet.

Ela lembra que o preparo dos quitutes nas festas é rico em açúcares, carboidratos e gorduras. Por isso, é preciso realizar a monitorização glicêmica e os ajustes de insulina de acordo com a prescrição médica.

Vai contar carboidratos? Veja aqui a quantidade deles em alguns quitutes juninos:

  • Pé de moleque (20g) = 14g de carboidratos
  • Pipoca doce (25g) = 15g de carboidratos
  • Bolo de fubá (70g) = 33g de carboidratos
  • Canjica (180ml) = 36g de carboidratos
  • Paçoca (30g) = 20g de carboidratos
  • Milho verde espiga (65g) = 18g de carboidratos
  • Pinhão (1 unidade ou 10g) = 5g de carboidratos

Cuidados para pacientes oncológicos

Para quem faz tratamento oncológico e hemodiálise, também é necessário tomar uma série de cuidados. Segundo a nutricionista Cássia Carvalho do Centro Especializado em Oncologia, receitas que levam muita farinha branca e açúcar, ou outros ingredientes industrializados, podem sofrer alterações.

A farinha branca pode ser substituída pela integral, o açúcar por adoçantes. As receitas devem sofrer adaptação, mas sem impactar tanto”, afirmou a nutricionista.“, afirmou a nutricionista.

Doces com leite ou creme de leite na receita, por exemplo, podem fazer substituições usando leite desnatado, de amêndoas ou de soja, que têm percentual menor de gordura, explica Cassia.

No entanto, se o paciente segue a dieta em seu cotidiano e não tem sintomas do tratamento, como náuseas, diarreia, ele pode fazer uma exceção e comer uma comida típica de festa junina.

Pontualmente ele pode consumir. Se não é da rotina, se ele é saudável no dia a dia, pode comer na festa. As comidas juninas são ‘confort food’, trazem memórias afetivas, o que também é importante para o paciente em tratamento contra o câncer“, diz Cassia.

O nutricionista Lucas Oliveira Monção, que também atua no Centro Especializado em Oncologia, lembra que pessoas com câncer devem ter ainda outro tipo de cuidado.

Pacientes oncológicos são imunossuprimidos e por isso devem ter cuidado com a higienização do local onde os alimentos foram preparados e como foi a preparação. Eles também devem evitar alimentos crus e de onde a procedência é duvidosa. Quem passa por quimioterapia também deve evitar embutidos“, afirmou o nutricionista.

Aprenda a fazer escolhas alimentares inteligentes nas festas juninas

Junho começou há poucos dias e o mês, além de marcar as épocas mais frias do ano, vem com as comemorações tradicionais da festa junina, com quermesses, decorações, músicas e danças típicas, brincadeiras e, principalmente, comida em fartura.

Os pratos que normalmente são servidos nessa ocasião são, em sua maioria, feitos com itens que remetem às zonas rurais, como milho, amendoim e pinhão, por exemplo, e também seguem modos de preparo tipicamente caipiras – que também se mesclam às práticas indígenas -, que são deliciosos, mas quando consumidos em excesso podem fazer mal à saúde.

Opções saudáveis

Quando o assunto é saúde, restrição nunca é a melhor opção. Comer se preocupando excessivamente com a quantidade de calorias que um alimento oferece ou simplesmente não comer traz grandes malefícios e interfere diretamente na qualidade de vida, por isso o ideal é que as refeições tenham de tudo, mas de forma equilibrada.

Nutricionistas em entrevista na matéria ‘Pamonha, canjica, caldo: quanto comidas de festa junina atrapalham a dieta?’, por Giovanna Castro, também orientam a fazer escolhas inteligentes quando possível, como optar por bebidas sem álcool, por exemplo.

Reduzindo o açúcar

Doces são uma parte fundamental das delícias juninas, e entre os clássicos estão pé-de-moleque, paçoca, curau, pamonha, canjica etc. Todos eles envolvem ingredientes ricos em gordura e, principalmente, açúcar, por isso uma boa forma de consumir menos é optando por bolos.

Tarcila Campos, nutricionista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, orienta, ainda, a preferir versões sem calda, que continua tendo açúcar na massa, mas em taxas significativamente menores. Boas apostas são os bolos de milho e fubá.

Preparando bolos em casa

Outra ótima opção é preparar bolos em casa, em especial receitas que exigem pouco ou nada de açúcar. Em nosso caderno existem opções muito saborosas e fáceis de preparar, como bolo de frutas sem açúcar, bolo de laranja sem glúten, brownie sem açúcar e bolo de tapioca.

Polêmica do arroz: alho e cebola fazem mal à saúde, como diz vídeo viral?

Um vídeo que viralizou nas redes sociais afirma que fazer refogados com alho e cebola prejudica a absorção de nutrientes. Autora da publicação, a padeira e cozinheira Nanda Benitez diz que o preparo com os alimentos causa fermentação no intestino, o que levaria a desequilíbrios com consequências nutricionais.

Temos tantas deficiências nutricionais, que nem sabemos de onde é que vêm. A gente fica tomando um monte de vitamina e continua doente. Se você não tem a absorção que tem que ter no intestino, por causa dos ‘bichos’ que estão desequilibrados, você nunca fica bem, nunca cura de muita coisa. Muitas vezes, é a cebola que está causando. Nanda Benitez, em vídeo que viralizou nas redes sociais

Os “bichos” a que se refere são microrganismos que habitam a flora intestinal (microbiota) e formam uma colônia de fungos e bactérias. A microbiota se alimenta do que comemos e algumas coisas, incluindo o alho e a cebola, levam à formação de gases (por isso são conhecidos como alimentos fermentadores).

Mas isso não é motivo para deixar de comer alho e cebola, segundo nutricionistas ouvidos por VivaBem. Sobretudo porque a fermentação dessa pequena quantidade dos alimentos é natural.

Cientificamente, é verdade dizer que a cebola e o alho são fermentados e levam à produção de gases. Mas essa lista de alimentos é grande e a gente não pode colocar a cebola e o alho como vilões“, alerta Rachel Freire, que fez pós-doutorado na Escola Médica de Harvard (EUA). “Gases, quando em uma microbiota saudável e em quantidade normal, fazem parte de boa saúde do intestino.

Freire considera excessivo quem consome, por exemplo, bife muito acebolado em muitas refeições do dia e com grande frequência. “Não vejo problema para uma pessoa saudável usar [alho e cebola] para temperar, em pouca quantidade“, diz.

A informação até tem um fundo científico, mas precisa tomar cuidado com a interpretação disso e como as pessoas trazem para realidade de todo mundo, quando pode ser a realidade de uma minoria da população com alguma doença. Rachel Freire, nutricionista

A boa saúde do intestino (e por consequência do restante do corpo) não é definida só pela ausência de alimentos fermentadores. É preciso adotar hábitos como:

  • Manter uma alimentação equilibrada
  • Limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e adoçantes
  • Praticar exercício físico
  • Beber bastante água e pouco álcool

Não dá para condenar alho ou cebola enquanto a gente está falando de uma abrangência muito maior“, completa Freire.

Alguém deve evitar alho e cebola?

Pessoas saudáveis não têm restrição de consumo. Qualquer corte na alimentação deve ser feita com indicação de um nutricionista. “A restrição é algo complexo e não pode ser avaliada de forma generalista, como no vídeo. A correlação precisa avaliar todos individualmente“, destaca a nutricionista Andrea Visintainer, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP).

Nunca podemos falar que algum alimento causa ou melhora algum sintoma de forma isolada, temos que avaliar a alimentação como um todo e também se a pessoa tem doenças prévias, em que o risco de má absorção intestinal é maior. Andrea Visintainer, nutricionista

Quem apresenta desequilíbrio intestinal (disbiose) merece atenção. Um dos principais sintomas são gases frequentes com mau cheiro.

Pessoas com condições intestinais, como doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, pacientes pós-bariátrica e quem passou por ressecção intestinal devem avaliar as escolhas com um nutricionista, pelo risco de terem má absorção dos nutrientes.

Quem tem síndrome do intestino irritável, por exemplo, pode fazer um tratamento sem ingerir alimentos fermentáveis, além de outros grupos. Mas essa é uma dieta específica para momentos de crise.

O que são anti-nutrientes

Problemas de absorção estariam associados a outro mecanismo dos alimentos, segundo Freire: a presença de substâncias anti-nutrientes, específica de alguns grupos de vegetais.

Esses compostos reduzem a absorção de vitaminas e nutrientes, mas isso não significa que você precisa deixar de consumi-los. Afinal, há muitas propriedades importantes para a saúde. Para se ter ideia, as substâncias estão presentes em alimentos como brócolis, feijão, soja, lentilha e até algumas castanhas.

Isso faz parte da diversidade da alimentação, não é ruim. É verdade que existe a interação, mas não necessariamente gera deficiência nutricional“, afirma Freire.

Beber leite de soja pode aumentar mama em homens?

Embora possa trazer inúmeros benefícios aos seres humanos, a soja ainda é um alimento que enfrenta algumas polêmicas. Dentre essas, surgiu a ideia de que beber leite de soja pode aumentar a mama em homens.

Para desvendar se esta hipótese é mito ou verdade, reunimos aqui o que a ciência revela sobre o assunto. Entenda se o leite de soja seria mesmo responsável pelo surgimento de características femininas em homens, como seios e diminuição da testosterona.

O leite de soja pode aumentar os seios em homens?

Essa ideia de que tomar leite de soja poderia aumentar as mamas masculinas foi difundida nas redes sociais. No entanto, a ciência revela que isso não acontece e que não passa de mais uma lenda em torno de um alimento derivado da soja.

De acordo com um professor de nutrição preventiva em entrevista ao Washington Post, é altamente improvável que beber leite de soja promova o crescimento dos seios em homens. As preocupações sobre o efeito da soja nos homens provavelmente surgiram porque a soja e outras leguminosas contêm isoflavonas, que são fitoestrógenos, ou compostos de estrogênio estruturalmente semelhantes ao estrogênio humano.

No entanto, essas substâncias não são prejudicais, pois têm propriedades biológicas diferentes do estrogênio humano e não promovem efeitos maléficos do estrogênio no corpo. Dessa forma, os estudos e a maior parte de especialistas geralmente não apoiam a ideia de que beber leite de soja fará com que os homens desenvolvam seios ou experimentem quaisquer outros efeitos de feminização.

Muito pelo contrário, algumas pesquisas observaram que o alimento pode até proteger contra o câncer de próstata, revela o nutricionista Breno Lozi em um artigo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz:

“Vários estudos científicos demonstram que homens podem consumir a soja ou derivados sem receio. Nos homens, não se constataram quaisquer alterações na fertilidade ou na produção de hormônios masculinos. Ao contrário, algumas pesquisas observaram que a isoflavona poderia ter efeitos benéficos no sentido de proteger contra o câncer de próstata”, esclarece Lozi.

Vale lembrar que no caso das mulheres, o leite de soja também traz diversos benefícios como a redução efeitos adversos da menopausa, TPM e até perda da massa óssea.

Sem contraindicação do leite de soja

Outros profissionais também alertam sobre o fato de órgãos importantes de saúde nunca terem feito nenhum alerta, reforçando o fato de que o alimento não tem tal contraindicação no caso de homens.

É o que enfatiza o professor universitário David Jenkins, da Faculdade de Medicina Temerty na Universidade de Toronto, que recomenda a ingestão de soja aos seus pacientes de ambos os sexos, por acreditar que não tem efeitos prejudiciais. Além disso, considera que o leite de soja não traz riscos à saúde, pois nenhuma grande organização de saúde alertou sobre quaisquer perigos associados ao consumo de soja.

ALIMENTOS ZERO

Alimentos zero. Comer ou não comer, eis a questão.
Sem açúcar, sem lactose, sem glúten… Conversamos com a nutricionista Tarcila Campos, do nosso Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, para descobrir o que está por trás dos alimentos “zero”. E já adiantamos: comida saudável mesmo é comida de verdade
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Não faltam nas prateleiras dos mercados produtos que excluem determinados ingredientes – zero glúten, zero lactose, zero açúcar, entre outros. Mas o que isso quer dizer na prática? Esses alimentos são mesmo saudáveis? De acordo com Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a resposta é: depende. “É importante entender que a denominação zero, de acordo com a Anvisa, é usada quando aquele produto é literalmente zerado de tal nutriente ou substância”, ela explica. “Então não é porque zeramos um ingrediente que o alimento vai ser mais saudável, só estou o tornando mais seguro para quem tem uma determinada intolerância a ele, como pessoas com doença celíaca ou intolerantes à lactose”, explica.

Para a nutricionista, o velho hábito de ler o rótulo – e não se contentar apenas com o que propaga a embalagem – ainda é a melhor maneira de sabermos o que estamos ingerindo. “Quando lemos que tal produto tem zero gordura, zero açúcar ou zero sódio, é importante refletir: zerei tal substância e agora? O que sobrou nesse alimento?”, ela diz. Um bom exemplo é o chocolate diet: tira-se o açúcar da preparação, mas sua ausência é compensada com mais gordura, que é palatável. No final, entre um chocolate zero e um tradicional da mesma marca, a quantidade de carboidratos é provavelmente similar – ou seja, vale ponderar se há benefício na troca quando pensamos em controle glicêmico.

“Criar o hábito de ler rótulos é se conscientizar sobre a própria alimentação. E a regra aqui também é clássica: menos é mais. Quanto menos ingredientes, melhor”

Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

DISFARCE (IM)PERFEITO

Quando o assunto é alimentação com saúde, Tarcila também joga luz em uma questão cultural que movimenta essa indústria: a busca por tornar saudável um alimento que não é. “Se você quer comer um doce, coma. É melhor fazer o seu brigadeiro de panela e comer uma porção pequena do que se enganar que vai fazer um brigadeiro fit de whey protein. Brigadeiro fit de whey protein não é brigadeiro, é whey protein. Assim como espaguete de abobrinha não é espaguete, é abobrinha”, diz a nutricionista.

Além da tendência da transformação fit, existe também uma crença de que não há prazer em saborear um prato saudável, ou que as opções são limitadas. “A pessoa que quer se alimentar melhor não precisa resumir seu cardápio a saladas ou um prato de peito de frango com batata doce. É uma questão de fazer boas escolhas”, pontua Tarcila. “Está com vontade de comer um filé à parmegiana? Escolha uma carne magra, faça um molho de tomate caseiro, coloque uma fatia de muçarela e asse no forno. É uma opção gostosa e saudável.”

“Reduzir o açúcar nunca foi retórica para o aumento de consumo de adoçante. O ideal é aprendermos a apreciar o sabor natural dos alimentos, treinar o paladar com o amargo e o azedo”

Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

ORGANIZAÇÃO, EQUILÍBRIO E COMIDA DE VERDADE

Você já ouviu isso antes: quanto menos processados e ultraprocessados e mais alimentos in natura no seu prato, melhor. E provavelmente também já pensou: não tenho tempo para fazer comida fresquinha todo dia. Por isso, Tarcila ressalta que o segredo aqui é a organização. Planejar as refeições da semana e deixar tudo pronto ou pré-pronto preparado facilita a rotina e auxilia em uma alimentação adequada. Mais do que isso: ajuda a manter um (guarde esse termo) padrão nutricional saudável. “O padrão nutricional saudável é montado em cima das necessidades nutricionais do paciente e trabalhado com comida de verdade na qual nenhum alimento é vilão. Tem espaço para o doce no fim de semana, para o arroz com feijão que é a base da nossa alimentação, para o pão na chapa de manhã, basta estar dentro de um contexto organizado”, diz a nutricionista. “O problema é que, cada vez mais, a gente come o que dá, o que tem, quando dá. Tem dia que a pessoa toma café da manhã, tem dia que não, aí come cinco frutas num dia e nenhuma no outro. Como é que o corpo, que tem uma necessidade nutricional diária, vai conseguir se organizar dentro do que ele precisa?”

“Ficamos tentando encontrar alimentos vilões, quando, na verdade, a rotina não organizada é que é a grande vilã”

Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Nesse sentido, vale voltar um pouco ao que falamos acima: comer bem é – também – fazer boas escolhas. Isso inclui prestar atenção ao que, como, quando e quanto se come. E, claro, não se deixar enganar por embalagens atraentes. “Muita gente decide parar de comer glúten mesmo sem ter a doença celíaca, aí troca o pãozinho francês por um biscoito sem glúten extremamente industrializado, como se o glúten fosse mais nocivo do que qualquer outro ingrediente, como conservantes e corantes”, finaliza Tarcila.

PODCAST: O PERIGO DAS DIETAS RESTRITIVAS COM A CHEGADA DO VERÃO

Você sabia que 90 a 95% das pessoas que perdem peso rapidamente por meio de dietas muito restritivas voltam a engordar? Ouça o nosso podcast com a Tarcila Campos, nutricionista do nosso Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e fique atento aos riscos que as dietas restritivas e da moda causam à saúde.

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