Hospital Alemão Oswaldo Cruz mostra que é possível reduzir impacto ambiental e custos em parceria com fornecedores

Instituição desenvolveu sistema de logística reversa para descarte de embalagens

São Paulo, 05 de agosto, de 2024 – Em conjunto com seus parceiros, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz avança em projetos estratégicos de sustentabilidade. Com o objetivo de diminuir a produção de resíduos e melhorar a gestão desses materiais, a Instituição desenvolveu um Programa Logística Reversa (PLR), que inclui a coleta e reutilização de embalagens de produtos químicos e uso de recipientes retornáveis. Em nove anos, 32 toneladas de plástico foram recicladas por conta do sistema.

O setor de suprimentos sempre foi importante para o Hospital, mas cada vez temos assumido em posição estratégica, permitindo que pauta essenciais caminhem de forma consistente. Se há alguns anos a sustentabilidade era um tema secundário, hoje não existe negociação sem que a pauta ESG faça parte e seja determinante”, explica Leonisa Scholz Obrusnik, diretora de Suprimentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Em todo ano de 2023 foram recolhidos 591 kg de embalagens plásticas. Somente no primeiro semestre de 2024 foram 361 kg, ou seja, 61% de todo o montante recolhido no ano passado. A utilização de embalagens retornáveis evitou a geração de 1,5 tonelada de resíduos.

Entre as evoluções recentes, o Hospital adequou minutas e documentos para se tornarem mais aderentes às práticas ESG, realizou o mapeamento dos fornecedores estratégicos, incorporou questões relacionadas no formulário de pesquisa e qualificação de fornecedores, além de prever a necessidade de levantamento de certificações e documentos que atestem as práticas indicadas pelos fornecedores.

O Programa Logística Reversa, por exemplo, tem como meta diminuir o impacto ambiental e otimizar seus custos operacionais. Atualmente, a instituição atua em duas frentes, reciclagem de embalagens e caixas retornáveis.

Para facilitar o trabalho, a separação dos materiais acontece em sacos de lixos transparentes onde os diversos setores dispensam as embalagens vazias. Regularmente os parceiros recolhem esses materiais que são enviados à reciclagem. 

Também como parte do sistema de logística reversa, o Hospital ampliou o projeto para caixas retornáveis, o que reduziu o uso excessivo de materiais como papelão, isopor e gelo.  Em 30 meses, de dezembro de 2021 a maio de 2024, cerca de 400 kg de papelão deixaram de ser utilizados na Instituição.

No momento da entrega dos produtos, eles são colocados em caixas de plástico retornáveis, reduzindo os resíduos gerados pela instituição. 

Essas medidas demonstram um avanço significativo no planejamento estratégico voltado para a agenda ESG do Hospital, além de posicionar a instituição como um exemplo de como a colaboração entre parceiros pode resultar em benefícios ambientais e econômicos”, disse a diretora de Suprimentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Leonisa Scholz Obrusnik.

Pesquisadores implantam pela primeira vez coração totalmente artificial em paciente nos EUA

Um coração totalmente artificial feito de titânio foi implantado pela primeira vez com sucesso em um paciente nos Estados Unidos na semana passada. Chamado de Coração Artificial Total (TAH, da sigla em inglês), o aparelho é da BiVACOR, uma empresa de dispositivos médicos em fase de pesquisa clínica, e o procedimento foi realizado com médicos e pesquisadores do Instituto do Coração do Texas (THI). Tanto a empresa quanto o instituto divulgaram que a cirurgia para implantação do TAH foi um sucesso.

O implante faz parte da primeira pesquisa com o dispositivo em humanos para o estudo de viabilidade inicial apresentado à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora equivalente à Anvisa nos Estados Unidos. Segundo comunicado do instituto em que o procedimento foi realizado, outras quatro implantações do TAH serão feitas e inscritas nessa pesquisa.

Por enquanto, o dispositivo não deve ser utilizado permanentemente como um substituto do coração. A ideia, na verdade, é que ele seja usado por pessoas que precisam de um transplante de coração enquanto esperam um órgão compatível. Foi o que acontece com o paciente a receber o dispositivo. Ele fez o implante no dia 9 de julho, ficou oito dias com o aparelho e, no dia 17, conseguiu um órgão doado e passou pelo transplante.

Como funciona

O Coração Artificial Total é uma bomba de sangue feita de titânio que funciona como uma centrífuga. Segundo Fabio Gomes, cardiologista e coordenador de práticas médicas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, isso significa que o dispositivo faz rotações como uma hélice e impulsiona o sangue para frente, em vez de bombeá-lo.

Ele tem um modo que é um fluxo com pulsatilidade, ou seja, ele acelera e desacelera e vai gerando ondas de pulso, que é o melhor jeito de entregar sangue também, sem passar pelo bombeamento”, comenta. Mesmo sendo um dispositivo pequeno, o TAH pode fornecer fluxo sanguíneo suficiente para um homem adulto que pratica exercícios físicos, segundo o instituto texano.

Para isso, o aparelho utiliza tecnologia magnética, a mesma usada em trens de alta velocidade. No TAH, o rotor, estrutura que impulsiona o sangue, fica suspenso em um campo magnético, sem encostar nas paredes do dispositivo. Por isso, ele sofre menos com desgaste que outros.

Se você tiver uma frequência cardíaca de 70 batimentos por minuto, então 70 vezes vai ter que bater aquele coraçãozinho por minuto. Ao longo do dia, dos anos, a durabilidade é muito comprometida. Então, a ideia do BiVACOR é trazer algo que vai rotacionar sem atrito”, explica o cardiologista.

Com o fluxo de sangue gerado, ele substitui os dois ventrículos, diferente das outras opções de assistentes ventriculares que existem e cobrem apenas um dos lados do coração.

Ele vai tanto imitar a saída do ventrículo esquerdo para a (artéria) aorta, que é o sangue que vai pro corpo todo, quanto do ventrículo direito para a (artéria) pulmonar, que vai pro pulmão”, afirma Gomes.

Em comunicado, o Instituto do Coração do Texas afirma que o dispositivo é feito para homens e mulheres com insuficiência cardíaca biventricular grave ou em casos de insuficiência cardíaca univentricular em que o suporte do dispositivo de assistência ventricular esquerda não é recomendado. “Geralmente, é um paciente grave, que tem uma insuficiência cardíaca, que está num choque cardiogênico”, explica Gomes.

Segundo o cardiologista, existem três tipos diferentes de indicação de uso dos dispositivos de assistência ventricular. A primeira é como ponte de transplante, objetivo do TAH, em que a implantação de um aparelho é feita para que o paciente consiga esperar uma doação de órgão.

A segunda é chamada de ponte para decisão. “Eu não sei se esse paciente vai precisar ou não de um transplante, mas ele está muito grave e eu preciso que ele fique vivo, que os órgãos recebam sangue adequadamente”, explica o cardiologista. Em alguns casos, a doença do paciente é tratada, o coração se recupera e ele fica livre do transplante.

Já a terceira indicação é de uso como ponte para alta. Isso significa que a pessoa precisa do transplante, mas provavelmente não conseguirá por ter um tipo sanguíneo ou outras incompatibilidades muito relevantes. “Então ele vai de alta com o dispositivo”, diz Gomes. Já existem algumas opções disponíveis, mas o problema é a durabilidade dos aparelhos – o que parece ser resolvido pela nova tecnologia do Coração Artificial Total da BiVACOR.

De acordo com o médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, isso seria fantástico. “Num mundo de escassez de órgãos, você teria a possibilidade de devolver esses pacientes para casa sem precisar do transplante”, opina.

Segundo Gomes, os órgãos para transplantes são mais escassos em outros países, como os Estados Unidos, do que no Brasil. Ainda assim, existem 407 pessoas aguardando um transplante de coração no País, de acordo com a lista atualizada do Ministério da Saúde.

Estudo global busca criar definição clara para obesidade e transformar tratamentos

Apesar de acometer mais de 1 bilhão de pessoas, segundo análise global publicada no periódico The Lancet, a obesidade ainda carece de uma “identidade” clara — seja nas plataformas de pesquisa, na percepção social ou até mesmo no setor de saúde. Esse contexto tem motivado especialistas a enfatizar a definição de obesidade como uma patologia crônica, e não apenas como um problema que pode desencadear doenças.

Segundo os estudiosos na área, a indefinição dificulta diagnósticos e tratamentos precisos, além de perpetuar estigmas e preconceitos.

Durante o International Congress on Obesity (ICO), realizado em São Paulo de 26 e 29 de junho, a Comissão do Lancet para Definição e Diagnóstico da Obesidade Clínica anunciou que está conduzindo um estudo global focado na criação de uma definição clara para a obesidade — doença frequentemente associada a resultados de escolhas individuais. O anúncio foi feito pelo Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo. “A forma como a obesidade é definida hoje é muito abrangente, o que não funciona para nossos propósitos atuais“, destacou o médico.

De acordo com o Dr. Ricardo, a falta de uma definição precisa gera dificuldades, como a confusão entre estratégias de prevenção e tratamento, acesso inadequado a tratamentos baseados em evidências e concepções errôneas sobre obesidade e sua reversibilidade, além da pouca compreensão sobre a complexidade metabólica e biológica da patologia. “Toda a sociedade está confortável com o cenário em que vivemos hoje, porque, no imaginário comum, as pessoas são culpadas por terem obesidade. Uma prova disso é a aceitação social das chamadas ‘soluções mágicas’, como as dietas da moda, ou a ideia de que a doença está associada a comer muito e se exercitar pouco”, disse o Dr. Ricardo, enfatizando os danos que esse tipo de percepção pode gerar à saúde mental dos pacientes.

A dificuldade em estabelecer a “identidade” da obesidade, na visão do médico, está relacionada ao fato de a sua definição como fator de risco fala mais alto, mesmo que a obesidade tenha critérios para ser considerada uma doença, como patofisiologia e mecanismos etiológicos bem definidos. Essa contradição é evidente, considerando que outros problemas de saúde, como diabetes e transtorno depressivo, são considerados doenças com base nos mesmos critérios. Isso, segundo o Dr. Ricardo, é uma barreira sustentada não apenas pela sociedade, mas também pelo setor da saúde, já que ainda existem profissionais que não têm clareza sobre a definição da doença.

Além dos estigmas e preconceitos que desconsideram o fato de o metabolismo funcionar de maneira única em cada indivíduo, o resultado desse conflito entre os conceitos de doença e fator de risco é a ausência de uma ciência própria e sintomas estabelecidos. Isso contribui para que os tratamentos disponíveis não sejam voltados para a obesidade em si, mas para a profilaxia de doenças secundárias, como diabetes e hipertensão arterial. Como exemplo, o Dr. Ricardo citou o caso de um paciente com fadiga, gonalgia e osteólise que, mesmo sem conseguir realizar suas atividades diárias, não recebe o acompanhamento necessário. “Se ele tivesse diabetes, poderia ter acesso a tratamento, porque diabetes é uma doença e precisa ser tratada. Mas, como a obesidade não o é, o paciente precisou voltar para casa.

Em uma tentativa de reverter esse cenário, a pesquisa da comissão do Lancet, cuja divulgação está prevista para este ano, também tem o objetivo de criar critérios claros para o diagnóstico tanto em adultos quanto em crianças e adolescentes. Inspirada por disciplinas médicas que têm critérios diagnósticos bem estabelecidos, como reumatologia e psiquiatria, a pesquisa consolidou 18 critérios para adultos e 14 para a população pediátrica.

Além disso, o estudo redefine os resultados esperados dos tratamentos, define a remissão clínica da obesidade e propõe recomendações claras para prática clínica e políticas de saúde pública. O objetivo final, segundo o Dr. Ricardo, é transformar globalmente o espectro de tratamento da obesidade e ampliar o acesso aos cuidados necessários. “Nosso plano é estabelecer a obesidade como uma doença para que as estratégias de política de saúde, a sociedade em geral e os tratamentos passem a ter um olhar mais cuidadoso para esse problema. Isso, além de tudo, é uma forma de minimizar os danos causados pelo estigma e o preconceito”, concluiu o médico.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz impulsiona inovação em saúde com Programa de Eficiência

Iniciativa melhora a experiência do paciente com a metodologia “lean six sigma”, além de gerar economia de R$13,4 milhões

São Paulo, 24 de junho de 2024 – No segundo semestre de 2023, Hospital Alemão Oswaldo Cruz gerou economia de R$ 13,4 milhões com a implementação do “Programa de Eficiência”. A iniciativa surgiu com o propósito de aprimorar a eficiência operacional, excelência do cuidado e a experiência do paciente por meio da adoção de práticas inovadoras e melhorias contínuas nos processos de trabalho e rotina. Dentro desse escopo, foram identificadas cinco áreas com oportunidades de aprimoramento: giro de leitos, administração de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), transição do cuidado do paciente pelo ambiente hospitalar, organização das horas de trabalho dos colaboradores e a melhoria dos processos de pesquisa.

Fundamentado nos conceitos da Lean Six Sigma, metodologia de excelência operacional que analisa e afere dados para a solução de questões complexas relacionadas ao desperdício e variabilidade dos processos, o “Programa de Eficiência” foi desenvolvido para atender necessidades institucionais, com o objetivo de melhorar a qualidade de atendimento, reduzir custos sem comprometer qualidade, aumentar a eficiência e produtividade operacional, além de fomentar ainda mais a cultura de inovação no ambiente hospitalar. Esta estratégiafoi fundamental para alcançar os resultados positivos, simbolizando um avanço significativo no compromisso do Hospital com a inovação e a excelência no atendimento.

Destaques do Primeiro Ciclo

Os resultados do primeiro ciclo do Programa de Eficiência, trouxeram melhorias significativas tanto na produtividade operacional quanto na experiência do paciente.

Um dos principais avanços foi na otimização no giro de leitos. Enfrentando o desafio de acelerar admissões e altas para reduzir o tempo de espera dos pacientes, o Hospital adotou estratégias que incluíram: aprimorar a precisão das previsões de alta, agilizar a liberação de leitos e realizar treinamentos intensivos com as equipes assistenciais. Como resultado, além da economia de recursos financeiros, houve redução de 47% no tempo de liberação de leitos pela enfermagem, melhorando consideravelmente a experiência dos pacientes e a eficiência do Hospital.

Na esfera da Transição do Cuidado, o Hospital se dedicou a aprimorar o processo de transferência de pacientes entre as Unidades de Internação e o Centro de Diagnóstico por Imagem. A padronização de processo e a definição clara de papéis e responsabilidades garantiram o transporte mais seguro, aperfeiçoamento no registro de transferências e  definição de prazos para controle de todo o processo, assegurando a continuidade do cuidado aos pacientes.

Além disso, houve uma atenção especial na gestão de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME). A eficiência operacional no gerenciamento desses materiais resultou em uma simplificação relevante na gestão de OPMEs e trouxe uma economia de R$ 11,8 milhões de agosto a dezembro de 2023, contribuindo para elevar o desempenho financeiro.

A administração do saldo de banco de horas dos colaboradores também foi impactada positivamente com a implementação do Programa de Eficiência. Houve, em média, redução de 41% no saldo de horas em áreas críticas, com pico de 77% de redução em um dos setores, trazendo economia nos custos relacionados a horas extras, além de proporcionar melhor qualidade de vida e desempenho aos colaboradores. O projeto continua em 2024, focado em observar oportunidades de automação na gestão de pessoas e visando o impacto positivo contínuo no saldo de banco de horas.

Outro impacto relevante foi identificado nos processos de pesquisa relacionados ao Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, gerando um retorno financeiro de R$ 1,7 milhão no período. A maior eficiência no processo ajuda a impulsionar o avanço científico, reforçando a nossa vocação social de contribuir com o desenvolvimento da saúde para além da nossa Instituição, compartilhando nosso conhecimento e nossas práticas.

Com base no sucesso do primeiro ciclo, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz planeja dar continuidade ao “Programa de Eficiência”, ampliando para mais cinco projetos ainda em 2024.

O coordenador de Inovação e Saúde Digital do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Renan Minin de Mori, destaca a importância de incorporar a metodologia Lean Six Sigma nos projetos. “Adotar essa metodologia é mais do que uma estratégia operacional, é um compromisso com a excelência. Ao focarmos em melhorias contínuas, não só aprimoramos nossos processos e a jornada dos colaboradores, mas, o mais importante, elevamos o nível de cuidado que oferecemos aos nossos pacientes”, explica.

Novo tratamento apresentado em congresso americano aponta aumento na sobrevida de pacientes com câncer de pulmão

Pesquisas em carcinoma de pequenas células estavam há cerca de 20 anos sem avanços significativos

São Paulo, 24 de junho de 2024 – Um estudo apresentado durante o Asco (Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica) 2024, que aconteceu no início de junho em Chicago (EUA), mostrou resultados promissores no tratamento do CPCP (Câncer de Pulmão de Células Pequenas) em estágio limitado. Aumentando em 22 meses a sobrevida dos pacientes.

Esse tipo de carcinoma, tratado tradicionalmente com quimioterapia e radioterapia, que representa cerca de 15% de todos os casos de câncer de pulmão, ficou cerca de 20 anos sem avanços significativos em pesquisas, segundo o oncologista Carlos Henrique Andrade Teixeira, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“São dados importantes e que foram bem comemorados no congresso já que são mais de duas décadas sem novidade nesse tópico”, acrescentou o especialista.

O estudo multicêntrico, intitulado “Adriatic”, que avaliou mais de 700 pessoas em quatro continentes: Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul apontou que os resultados do tratamento combinado de dois anos de imunoterapia com Durvalumabe, após quimioterapia e radioterapia apresentou melhora notável na sobrevida dos pacientes, passando de 33 para 55 meses, representando um ganho de quase dois anos para aqueles submetidos ao tratamento com o imunoterápico após quimioterapia e radioterapia.

O médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz ressaltou que, embora o medicamento já seja utilizado para outros tipos de tumores, é necessário apenas um ajuste na indicação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para sua utilização em pacientes com CPCP em estágio limitado.

“Esperamos que este processo seja rápido, diante da urgência dos pacientes e da importância dos resultados apresentados”, afirmou Teixeira.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o número estimado de casos novos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para o Brasil, para 2024 é de 32.560 casos, ocupando a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

O oncologista também lembrou que há também a necessidade de atualização da bula do medicamento pela Anvisa para contemplar seu uso em outras situações clínicas além do câncer de pulmão de pequenas células em estágio limitado.

Dados alarmantes

Mesmo sem ter sido apresentado como estudo, o aumento de casos de câncer de pulmão em não fumantes e em pacientes jovens foi assunto debatido durante o Asco.

Uma sessão do Congresso tratou o tema como emergente e, de acordo com o especialista, as causas para o surgimento desses casos em quem não fuma foram apontadas como histórico familiar de câncer, algumas mutações ativadoras do câncer, tabagismo passivo e a exposição a partículas poluentes dispersas na atmosfera.

“É fato que o câncer de pulmão pode aparecer em jovens e não fumantes, estamos ampliando nosso conhecimento para as causas neste subgrupo de pacientes, para agirmos de forma mais preventiva”.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz apresenta trabalhos sobre Avaliação de Tecnologias em Saúde em Congresso Internacional

Projetos fazem parte da atuação da instituição no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS

São Paulo, 21 de junho de 2024 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio do pilar de Responsabilidade Social, acaba de apresentar cinco trabalhos sobre Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no Health Technology Assessment International (HTAi), realizado em Sevilha, na Espanha.

Os trabalhos apresentados pelo Hospital estão relacionados à análise de custo-efetividade de medicamentos para tratamento de Doença Falciforme, câncer de próstata e câncer de pulmão, bem como dois trabalhos metodológicos sobre MAIC (Matching-Adjusted Indirect Comparison) e análise de sobrevida particionada. Esses trabalhos são viabilizados via PROADI-SUS, em parceria com o Ministério da Saúde.

Desde 2009, o Hospital atua na área pública como uma das Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência (ESRE) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde e desenvolve processos voltados à capacitação, gestão, incorporação de tecnologias pesquisas e assistência à saúde pública brasileira.

As análises dessas tecnologias e metodologias são necessárias para que o Ministério da Saúde avalie a eficácia, efetividade, segurança e aspectos econômicos da implementação dos temas na saúde pública e realize as atualizações nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do SUS para determinadas doenças.

A Avaliação de Tecnologias em Saúde é um instrumento fundamental para embasar a tomada de decisão, tanto política quanto clínica, dentro de um processo interdisciplinar sistemático com base em evidência científica.

A apresentação de trabalhos em congressos como o HTAi é importante porque provoca a troca de experiências entre gestores e especialistas em saúde pública de diversas partes do mundo, estimula a discussão metodológica com países que têm semelhanças e diferenças com o sistema de saúde brasileiro. Além disso, promove o debate sobre lacunas e avanços nos temas com pares de outras regiões.

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz participa do Congresso Internacional de Obesidade

Um dos principais evento sobre a doença, terá o Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, Dr. Ricardo Cohen, como palestrante

São Paulo, 21 junho de 2024  Estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que a obesidade, uma doença crônica e progressiva, deve comprometer a qualidade da saúde de cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo até 2035. Segundo dados do Vigitel de 2022 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico), atualmente 22,4% da população adulta do país apresenta obesidade. Até 2035, é esperado que esses números atinjam 41% dos adultos. Entre as crianças, já são 6,4 milhões com sobrepeso. 

Uma das oportunidades para a ampla abordagem do assunto é o Congresso Internacional de Obesidade (International Congress on Obesity – ICO), que neste ano acontece em São Paulo, entre os dias 26 e 29 deste mês.

Promovido pela Federação Mundial de Obesidade, o evento contará com a participação do Dr. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO) que no primeiro dia do evento é um dos palestrantes da sessão da Comissão Lancet sobre a definição de obesidade.  

No dia 27, o especialista abordará resultados de longo prazo e a segurança da cirurgia metabólica. Na sexta-feira, 28 de junho, o Dr. Ricardo Cohen coordena juntamente com a Dra. Ebaa Al Ozairi, do Dasman Diabetes Institute, do Kuwait, o simpósio IFSO-WOF – a Combinação de Medicamentos e Cirurgia, que entre outros temas abordará a aceitação dos tratamentos para a obesidade por parte dos pacientes. 

Classificada com como doença que em alguma circunstâncias precisa de tratamento, a obesidade pode ser um importante fator de risco para doenças não transmissíveis como diabete tipo 2, problemas cardiovasculares, hipertensão arterial, diferentes tipos de câncer e distúrbios do sono, a obesidade precisa ser discutida amplamente na sociedade contemporânea em busca de estratégias para reduzir seu avanço. 

“A obesidade, considerada uma importante epidemia do século 21, cresce de forma acelerada no Brasil. Recebemos eventos como esse, onde abordamos todos os aspectos que envolvem a doença, discutimos conceitos, aspectos emocionais, opções terapêuticas e cirúrgicas para o tratamento integral e personalizado é fundamental na busca pelos melhores desfechos aos pacientes”, afirma o Dr. Ricardo Cohen. 

Governo do Estado fortalece política de assistência à saúde da população sergipana com implantação de novos programas

As iniciativas contemplam cirurgias eletivas, serviços odontológicos, aeromédico e assistência aos pacientes por meio de tecnologias

Para garantir uma assistência de qualidade e célere à população, o Governo do Estado não mede esforços. Em pouco mais de um ano de gestão, cinco programas novos fazem a diferença na vida dos sergipanos. As iniciativas como cirurgias eletivas e oftalmológicas, avaliação odontológica, consultas com especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, bem como a diminuição do tempo resposta nas ocorrências de urgência e emergência com o serviço aeromédico estão à disposição da população.

O Opera Sergipe trouxe esperança para mais de 8 mil sergipanos. Lançado no dia 22 de julho de 2023, o programa foi criado com o objetivo de ampliar a oferta de cirurgias eletivas. Os pacientes que precisam realizar cirurgias, podem ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Carlos Alberto Santos, de 53 anos, paciente regulado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), elogiou a eficiência do programa em relação à marcação das cirurgias. “Eu sou do município de Cumbe e fiquei sabendo do Opera Sergipe por meio do rádio. Então não hesitei para marcar minha cirurgia de vesícula”, disse.

Carlos Alberto Santos – Já a paciente Adriana dos Santos, de 51 anos, realizou a cirurgia de histerectomia. “Fui encaminhada para fazer a cirurgia e foi a melhor coisa que me aconteceu. A equipe é maravilhosa, me deixou muito confiante em relação à recuperação da minha saúde, porque eu fiquei bastante nervosa com a notícia de que eu teria que fazer essa cirurgia. Mas agora que fiz meu procedimento estou muito feliz”, comemorou.

Assim como o Opera, o Programa Enxerga Sergipe também recuperou a qualidade de vida de 2.745 pessoas que sofrem com o problema de catarata, como foi o caso da vendedora ambulante Mirabel da Paixão Chagas, de 53 anos, que viu a sua visão falhar após se descuidar do diabetes. Atividades como ler livros, assistir TV ou passear foram algumas tarefas cotidianas impedidas devido ao problema oftalmológico.

Opera Sergipe

“Sou uma mãe de família que, antes, resolvia as coisas sozinha e tudo mudou devido a catarata. Agora que realizei a cirurgia sou extremamente grata por voltar à vida normal. Agradeço especialmente ao Governo do Estado por essa iniciativa que não beneficiou só a mim, mas a todos que conviviam com o problema oftalmológico, e que agora conseguem ver tudo colorido, assim como eu”, relatou a vendedora.

O Enxerga Sergipe é uma parceria entre o Governo do Estado e os municípios sergipanos, contemplando as regiões de saúde de Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Propriá e Lagarto.

Avanço na saúde digital

Foi com o intuito de otimizar a assistência aos pacientes, que o projeto TeleNordeste foi pensado. Ele tem desenvolvido um papel fundamental no avanço da saúde digital, possibilitando cuidado médico especializado para a população por meio da modalidade de telemedicina.

Em Sergipe, foram realizadas até o momento 3.520 teleinterconsultas, saindo de 2% para 62% de atendimentos agendados, tornando o estado uma das referências dentro do programa na região Nordeste.

São oferecidas à população diversas especialidades como endocrinologia, neurologia adulto e pediátrica, psiquiatria adulto e pediátrica, enfermagem, medicina da família e da comunidade, nutrição, fisiatria, urologia e cardiologia, promovendo uma saúde de qualidade e acesso para todos.

O município de Areia Branca está entre os que aderiram ao programa, contribuindo, dessa forma, com a diminuição do tempo de espera do usuário, possibilitando o avanço na assistência médica especializada à população que aguardava uma consulta com especialista. Além disso, tem contribuído, também, para o fortalecimento da Atenção Primária e Especializada por meio da promoção à integralidade da rede. Dessa forma, o município conseguiu melhorar a qualidade da assistência e satisfação do usuário.

O projeto TeleNordeste faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), sendo executado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, demandado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), com apoio do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Prevenção e atenção à saúde

No que se refere ao serviço de prevenção e cuidado à saúde bucal, o programa Sorrir Sergipe tem desempenhado um trabalho atencioso à população. Com a avaliação odontológica, o Sorrir Sergipe já realizou mais de 1.670 atendimentos durante a ação itinerante ‘Sergipe é aqui’, do Governo do Estado, nos municípios sergipanos, a fim de promover a detecção precoce do câncer de cavidade oral, mais conhecido como câncer de boca.

Elielson Melo – O armador Elielson Melo, de 37 anos, foi um dos pacientes que passaram pelo serviço de avaliação odontológica no município de Gararu. Segundo ele, o Sorrir Sergipe ajudou muita gente que necessitava deste tipo de consulta. “Como fazia tempo que não cuidava da minha saúde bucal aproveitei a oportunidade para verificar se havia alguma alteração, mas graças a Deus tudo na normalidade, além de um atendimento bastante atencioso” destacou Elielson.

Atendimento de saúde bucal – Atendimento célere

Para garantir um atendimento rápido e eficiente à população, foi implantado, em maio de 2023, o serviço aeromédico por meio do Termo de Cooperação assinado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP). A iniciativa tem o objetivo de obter melhor tempo resposta nas ocorrências para aumentar as chances de sobrevida do paciente durante os atendimentos de urgência e emergência.

O serviço conta com um total de 29 profissionais, sendo 15 médicos e 14 enfermeiros emergencistas habilitados pelo estágio de qualificação para tripulação de voo. Foram mais de 100 atendimentos pelo serviço de resgate aeromédico ao longo do tempo de operacionalização, que possibilitou um atendimento ágil e eficaz nos atendimentos de urgência e emergência.

Revolução na cardiologia: alta no mesmo dia para pacientes de angioplastia

Em uma verdadeira revolução no tratamento cardiológico, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, localizado em São Paulo, introduziu um protocolo capaz de permitir a alta hospitalar de pacientes submetidos a angioplastias no mesmo dia do procedimento. Essa novidade, que já se tornou um marco na saúde brasileira, tem o potencial de beneficiar aproximadamente 40% dos pacientes que passam por desobstruções das artérias coronárias no prestigiado Centro Especializado em Cardiologia da instituição.

Dr. Helio Castello, coordenador da hemodinâmica
A angioplastia, embora minimamente invasiva, tradicionalmente exige que o paciente permaneça no hospital por até 48 horas após a operação. O novo protocolo, apelidado de Same Day Discharge (Alta no Mesmo Dia), reduz significativamente este tempo sem comprometer a segurança e a eficácia do procedimento. A medida foi adotada após a equipe de cardiologistas hemodinamicistas do hospital vencer a 4ª edição do concurso de Melhoria e Inovação em Qualidade e Segurança do Paciente.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz lidera com protocolo que acelera a recuperação de pacientes após angioplastias
De acordo com o Dr. Helio Castello, coordenador da hemodinâmica do centro e autor principal do estudo, a chave para a alta no mesmo dia reside em uma avaliação cuidadosa e individualizada de cada paciente antes do procedimento. A seleção criteriosa assegura que apenas pacientes em condições estáveis, com suporte domiciliar adequado e que concordam com a alta precoce sejam considerados para o protocolo.

Entretanto, é importante salientar que nem todos são elegíveis para essa inovadora abordagem. Pacientes que apresentem complicações durante o procedimento, reações alérgicas, dores ou comorbidades significativas, como diabetes e hipertensão arterial descompensada, precisarão de uma observação mais prolongada.

A adesão a essa nova prática coloca o Brasil em linha com alguns dos mais importantes centros de referência em cardiologia ao redor do mundo, incluindo Europa e Estados Unidos, onde a alta no mesmo dia já é uma realidade.
Além disso, o acompanhamento pós-alta é rigoroso. Todos os pacientes que passam por angioplastias são monitorados remotamente pelas equipes médicas e assistenciais do centro por, no mínimo, 30 dias, com suporte telefônico e, em breve, através de um aplicativo dedicado.

Este avanço no Hospital Alemão Oswaldo Cruz não apenas promete melhorar significativamente a experiência do paciente, mas também otimiza a utilização de recursos hospitalares, destacando o compromisso da instituição com a inovação e a segurança do paciente.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza, nesta sexta-feira (08), evento sobre os avanços da Oncologia de Precisão

Especialistas debatem os 10 trabalhos científicos mais relevantes da área em evento híbrido gratuito

São Paulo, 07 de dezembro de 2023 – O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove, nesta sexta-feira (08), a edição anual do Top 10 Oncologia de Precisão. Trata-se de um evento que reúne os principais especialistas da área para discutir os trabalhos científicos mais relevantes dos últimos 12 meses. O evento será realizado no formato híbrido, com transmissão online e presencial, a partir do auditório do bloco E do Hospital, localizado na Rua Treze de Maio, 1.815, Bela Vista, São Paulo – SP.

O objetivo do encontro é atualizar os profissionais da saúde sobre os avanços da Oncologia de Precisão, abordagem que se vale de informações moleculares dos pacientes para personalizar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento de diferentes tipos de câncer.

As palestras contarão com a participação de dez speakers de várias regiões do Brasil. Eles apresentarão os dados de dez dos principais artigos científicos do último ano e o seu impacto nos atuais protocolos de tratamento de múltiplas neoplasias.

“Estamos entusiasmados em, mais uma vez, promover um espaço para discutir alguns dos avanços na área. É uma oportunidade para profissionais e interessados no tema acompanharem desdobramentos recentes de algumas das principais pesquisas em curso atualmente”, explica o oncologista clínico e coordenador do evento, Dr. Marcos André Costa.

O evento é uma realização do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC). As inscrições podem ser feitas pelo site: Link. Lembrando que os participantes terão certificado de participação e acesso a dez trabalhos discutidos, que ficarão disponíveis para revisão por 30 dias após a realização do evento. Por fim, os participantes poderão visitar a área com expositores, tanto no presencial quanto no ambiente virtual, onde poderão acessar novidades do mercado.

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