Altitudes extremas podem causar arritmia cardíaca? Entenda

A arritmia cardíaca se caracteriza por uma sequência de batimentos cardíacos irregulares, sejam eles muito rápidos ou lentos

Arritmia cardíaca é uma condição que gera uma sequência de batimentos cardíacos irregulares. Os batimentos podem ficar mais rápidos ou mais lentos. Em alguns casos, a arritmia pode não apresentar sintomas e a irregularidade dos batimentos é identificada por exames. Entretanto, a condição pode causar dores no peito, cansaço, tontura, falta de ar, sudorese e desmaios.

O coração é um músculo que tem funcionamento autônomo e é estimulado pelo cérebro, e, através de fibras nervosas, ele contrai ou relaxa a musculatura. Então, a arritmia cardíaca é como se fosse um ‘curto-circuito’ nessa parte elétrica cardíaca, podendo fazer o coração bater mais rápido (taquicardias), ou mais devagar (braquicardias)”, explicou Helio Castello, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De acordo com a CNN, existem diferentes tipos de arritmia cardíaca. A fibrilação atrial, ou Afib, se caracteriza por batimentos rápidos e descoordenados. Entretanto, a condição pode ser temporária e terminar por conta própria. “Na fibrilação cardíaca, a frequência dos batimentos cardíacos é aumentada e esses batimentos estão em descompasso, ou seja, fora do ritmo habitual”, afirmou Castello. “Esse descompasso faz com que a contração cardíaca também não seja rítmica. Uma hora relaxa e outra contraí de uma forma mais forte, e isso leva ao risco de queda de pressão arterial e de formação de coágulos sanguíneos”.

O que a altitude influencia na saúde do coração?

A arritmia cardíaca, geralmente, acontece por conta de cardiopatias, mas outros fatores, como a altitude, podem influenciar a condição. “A altitude influencia a saúde do corpo todo, mas principalmente o aparelho cardiovascular e o aparelho respiratório”, justificou Castello. O especialista afirma que, quando vamos para um local com altitude elevada e não estamos acostumados, o corpo recebe menores doses de oxigênio. “Fica mais difícil de o oxigênio entrar no nosso corpo. Com isso, o cérebro entende que o coração precisa bater mais rápido para buscar esse oxigênio, exigindo mais do corpo e podendo levar à arritmia cardíaca”, afirmou o cardiologista.

O especialista ainda acrescentou que qualquer pessoa pode sofrer com a arritmia cardíaca. Isso porque, além da altitude, outros fatores aumentam o risco, como a má alimentação e o estresse. “É claro que, pessoas que já têm alguma cardiopatia, tem uma chance maior de ter arritmia. Além disso, quanto maior a idade, maior o risco porque existe o próprio envelhecimento natural do coração. Mas já atendi jovens de 13 e 14 anos com fibrilação atrial porque tomaram muito energético, por exemplo”, finalizou.

ARRITMIA CARDÍACA | 5 CURIOSIDADES SOBRE…

A arritmia cardíaca é uma condição em que ocorrem alterações no ritmo dos batimentos do coração. Ela pode causar sintomas como palpitações, tontura e falta de ar.

Se você está interessado em saber mais sobre, assista o novo episódio da série “5 Curiosidades sobre…” com a Dra. Carina Hardy, cardiologista em nosso hospital.

Homem toma 12 latas de energético e tem pancreatite aguda; qual relação?

O excesso de consumo de energético pode trazer diversos riscos à saúde , como arritmias (aumento desordenado da frequência cardíaca) e picos hipertensivos.

Mas a ingestão de bebida parece trazer consequências graves para outras partes do corpo.

O médico e youtuber norte-americano Bernard Hsu, que compartilha casos atendidos por ele ou colegas de profissão, contou a história de um homem que bebeu 12 latas de energético em 10 minutos e quase morreu

Como consequência, o youtuber desenvolveu uma pancreatite aguda, uma inflamação que acomete o pâncreas, um órgão do trato digestório, que fica atrás do estômago, próximo das alças intestinais. Ele é responsável pela produção de vários hormônios como insulina e pancreatina, e enzimas que digerem a comida.

O paciente, identificado apenas como “JS”, era um jogador de video games de 36 anos. Ele foi internado após sentir fortes dores abdominais e chegar vomitando ao pronto-socorro, quando foi diagnosticado com a doença.

Mas qual a relação entre o energético e o pâncreas? De acordo com Maira Marzinotto, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), ainda não há tantos estudos na literatura médica que relacionem consumo de energético com pancreatite aguda, como ocorreu com o paciente.

Marzinotto explica que, quando há relatos de casos sobre o assunto, geralmente, há consumo excessivo da bebida. “O que a gente acredita é que, com os energéticos cada vez mais aprimorados, com novos estimulantes, essas substâncias possam deflagrar o processo de pancreatite, assim como alguns medicamentos e como o próprio álcool já faz”, afirma.

As causas mais comuns da doença envolvem pedra na vesícula, excesso de álcool, hipertrigliceridemia, comum em pacientes com obesidade , que têm colesterol alto, causas autoimunes ou hereditárias.

“Algumas dessas substâncias — é difícil dizer ao certo qual delas, pois há muitas—, como aminoácidos e cafeína, podem predispor o processo de pancreatite, mas normalmente quando o consumo ocorre em excesso”, diz. “Do que temos de relatos de caso, não há nada falando de pessoas que consomem quantidades pequenas ou moderadas da bebida.”

Os sintomas da pancreatite aguda e o que fazer Entre os sinais mais frequentes estão: náusea, vômito, forte dor abdominal (principalmente na parte superior) que, às vezes, alcança as costas. A gastroenterologista explica ainda que a doença é considerada uma emergência e que é fundamental procurar um atendimento médico.

“Se o diagnóstico é confirmado, normalmente, conduzimos o paciente para internação”, diz. O tratamento envolve suporte clínico, com soro na veia e medicamentos para dor. “É mais esperar o organismo resolver”, afirma a médica.

Por fim, Marzinotto reforça a importância de evitar os excessos com a bebida. “O consumo de energético está aumentando e, possivelmente, veremos mais casos como esse. As pessoas devem ter parcimônia. Não pode sair bebendo assim. Elas devem ter o mesmo cuidado que já é feito com o álcool e gordura, por exemplo.”

Cirurgia simples evita acidente vascular cerebral em pacientes com arritmia cardíaca

São Paulo, 04 de junho de 2021 – Um estudo global multicêntrico e randomizado, publicado no The New England Journal of Medicine, liderado pela Universidade McMaster e sob coordenação no Brasil do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, indica que um procedimento cirúrgico simples pode reduzir em mais de um terço o risco de acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como derrame, em pacientes com fibrilação arterial, um dos tipos mais comuns de arritmia cardíaca. A intervenção se trata da oclusão (ou vedação) do apêndice atrial esquerdo – um tecido que pode reter sangue na câmara do coração e aumentar o risco de coágulos.

A pesquisa, também apresentada na conferência do American College of Cardiology no dia 15 de maio, é a maior sobre o tema, com acompanhamento de 4.811 pacientes com indicação de cirurgia cardíaca, como ponte de safena ou troca de válvula, e que tomam anticoagulantes, por quatro anos, em 27 países. 2.379 participantes passaram pelo procedimento de oclusão do apêndice e 2.391 pertenciam ao grupo de não oclusão, com idade média de 71 anos.

A pesquisa detectou que AVCs ou embolia sistêmica ocorrem três vezes mais em pacientes que não tiveram a intervenção cirúrgica. Quatro hospitais brasileiros participaram deste importante estudo. Um total de 92,1% dos avaliados passou pelo procedimento e, aos três anos, 76,8% continuaram com a anticoagulação oral.

“Isso trará um impacto positivo em milhares de pessoas em todo o mundo. Se o paciente tem fibrilação atrial e está se submetendo a uma cirurgia cardíaca, o cirurgião deve remover o apêndice atrial esquerdo, por ser uma configuração para a formação de coágulos.

O estudo mostra que isso é seguro e eficaz para a prevenção de Acidente Vascular Cerebral”, diz o Prof. Dr. Álvaro Avezum, um dos coordenadores do estudo e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A fibrilação atrial é comum especialmente em idosos e é responsável por cerca de 25% dos AVCs. Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas esse tipo mais frequente de arritmia cardíaca atinge aproximadamente 175 milhões de pessoas no mundo, a maioria acima dos 70 anos.

No Brasil, a estimativa é que mais de 2 milhões de brasileiros tenham a doença, que atinge os átrios, cavidades superiores do coração, e faz com que eles se contraiam sem compasso e tenha seus batimentos acelerados, passando a ter um ritmo irregular. Além disso, uma diminuição do fluxo de sangue pode acontecer na parte esquerda do átrio, levando à formação de coágulos de sangue, que pode cair na corrente sanguínea e bloquear as artérias que irrigam partes do cérebro, causando o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“Os resultados devem mudar a prática clínica de imediato, pois trata-se de um procedimento simples e rápido, com acréscimo de 10 minutos no tempo cirúrgico, e seguro para pacientes submetidos à cirurgia cardíaca que têm fibrilação atrial”, explica Avezum.

Desde a década de 40, especialistas suspeitavam que coágulos poderiam se formar no apêndice esquerdo de pacientes com fibrilação atrial, e que faria sentido “remover” essa estrutura em pacientes que já eram submetidos a outras cirurgias cardíacas.

Além de provar a suspeita, o estudo caminha para outras pesquisas futuras para avaliar o procedimento de oclusão do apêndice por métodos menos invasivos, independentemente de outra indicação cirurgia.

“Anteriormente, tínhamos medicamentos para esta condição. Agora, podemos tratar a fibrilação atrial com medicamentos e cirurgia para garantir um melhor resultado para o paciente, quando este for submetido à cirurgia cardíaca por outra indicação. Este é um procedimento de baixo custo, sem quaisquer efeitos adversos de longo prazo”, afirma o diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Aparelho Digestivo. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4,5 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação:

Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Doença silenciosa, a arritmia cardíaca mata 300 mil brasileiros por ano

São Paulo, 12 de novembro de 2018 – As arritmias cardíacas, um conjunto de doenças que provocam alterações no ritmo cardíaco, acometem mais de 20 milhões de brasileiros e nos casos malignos podem levar à morte súbita. De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), elas matam 300 mil brasileiros por ano. Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a doença, que geralmente vem à tona somente quando atletas de alto rendimento morrem subitamente, foi estabelecido que 12 de novembro é o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita.

Segundo o cardiologista e arritmologista Pedro Veronese, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, arritmia é uma alteração na parte elétrica do coração. “Do ponto de vista de funcionamento, o músculo cardíaco pode até ser normal, ou seja, estruturalmente saudável, mas há uma disfunção na geração ou condução do estímulo elétrico”, esclarece.
Segundo o cardiologista, há vários tipos de arritmias cardíacas, algumas benignas, que não requerem tratamento específico; outras malignas, que apresentam risco de morte súbita. “Quando o paciente procura um especialista em arritmias cardíacas, ele geralmente quer saber duas coisas: qual o tipo de arritmia que ele tem e se há risco de morte súbita. “, explica o Dr. Veronese.

A prevenção é feita com o controle e tratamento de condições que predispõem às arritmias cardíacas e morte súbita, como por exemplo, pressão alta, diabetes, colesterol, tabagismo, abuso de álcool, entre outras. Além de morte súbita, algumas arritmias podem causar derrame (acidente vascular cerebral – AVC). A fibrilação atrial, por exemplo, é uma arritmia comum na prática clínica, principalmente nos pacientes com mais de 60 anos. Ela não costuma causar morte súbita cardíaca, mas, no entanto, pode produzir coágulos sanguíneos que se deslocam do coração para a cabeça, provocando um derrame.

A prevenção se destaca como a melhor opção no combate à morte súbita e, consequentemente, aumenta a qualidade e expectativa de vida do paciente. Para a população em geral, a partir dos 20 anos, recomenda-se realizar uma consulta para análise do histórico familiar, aferição da pressão arterial, mensuração do colesterol e glicemia, além da realização de exame físico completo para avaliação de possíveis alterações cardíacas e fatores de risco para arritmias cardíacas.

Com base nessas informações, o médico delineia medidas a serem adotadas pelo paciente. O aconselhamento geralmente privilegia um estilo de vida saudável com intensificação de atividade física, alimentação balanceada, controle da pressão arterial e de outros fatores de risco cardiovasculares. Em casos específicos, pode-se recomendar a interrupção de atividade física competitiva, a prescrição de medicamentos antiarrítmicos, de anticoagulantes, até a indicação de procedimentos invasivos como ablação por cateter ou implante de marcapassos cardíacos. “A recomendação para quem faz atividade física de forma competitiva é passar obrigatoriamente por uma avaliação cardiológica”, ressalta o Dr. Veronese.

Sintomas como palpitação, “falhas” e aceleração do coração são os mais comuns para sinalizar a presença da doença. Falta de ar e cansaço também podem ser provocados pelas arritmias e em alguns casos, a enfermidade pode até mesmo ser silenciosa. Portanto, deve-se estar atento aos fatores de risco como envelhecimento, pressão alta, diabetes, doenças da tireoide e coronária, drogas ilícitas, dentre outros.

Bebidas alcoólicas, energéticos, estimulantes e café em excesso podem levar à aceleração do coração. Essas substâncias ativam o sistema nervoso autonômico simpático, que inerva diretamente o coração, além de participar do controle da pressão arterial e dos batimentos do coração.

O estudo eletrofisiológico, “uma espécie de cateterismo da parte elétrica do coração” e o implante de marcapassos são técnicas pouco invasivas para o tratamento das arritmias cardíacas. A presença do aparelho no corpo do paciente normaliza sua frequência cardíaca tratando arritmias com frequências baixas. Já o cardiodesfibrilador implantável (CDI) é um tipo de marcapasso que trata arritmias com frequências elevadas. Este dispositivo tem a capacidade de detectar arritmias ameaçadoras à vida e dispara um choque para sua reversão.

Por meio de conhecimento, técnicas médicas, da tecnologia à disposição para diagnósticos e tratamentos, os pacientes têm à disposição meios capazes para prevenir arritmias cardíacas e morte súbita.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

Informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação

Maria Teresa Moraes (mariateresa.moraes@conteudonet.com)
Alessandra Miranda (alessandra.miranda@conteudonet.com)
Thaynara Dalcin (thaynara.dalcin@conteudonet.com)
Caroline Ligório (caroline.ligorio@conteudonet.com)
Roberta Montanari (robertamontanari@conteudonet.com)
Claudio Sá (claudio.sa@conteudonet.com)

Tel.: 11 5056-9817 / 5056-98009-9575-5872

Gerência de Marketing e Comunicação Institucional

Melina Beatriz Gubser – mgubser@haoc.com.br
Michelle Barreto – msbarreto@haoc.com.br – Tel.: (11)3549-0852
Rafael Peciauskas – rpeciauskas@haoc.com.br – Tel.: (11)3549-0096

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store