14 de abril – Dia Mundial do Café

Bebida pode proteger o cérebro e promover efeitos cardiovasculares favoráveis

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explicam os benefícios e riscos por trás do café

São Paulo, 11 de abril de 2025 – Mais do que um aliado para começar bem o dia o café pode ter um papel importante na saúde do cérebro. Estudo publicado em 2021 na revista Alzheimer’s & Dementia acompanhou 263 pessoas com mais de 70 anos ao longo de cinco anos e revelou que aquelas que consumiam menos de 200 mg de cafeína por dia, o equivalente a cerca de duas xícaras de café, apresentaram o dobro de chances de desenvolver comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer, em comparação com quem tomava doses mais elevadas da bebida.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o Brasil segue como o segundo maior mercado de café do mundo, com uma média per capita de 6,26 kg por ano de café cru, que seria cerca de 1.430 xícaras por habitante. Além disso, entre novembro de 2023 e outubro de 2024, o volume consumido no país representou 40,4% da safra nacional.

Com uma presença tão marcante no dia a dia, entender os impactos do café sobre a saúde é cada vez mais relevante.

A neurologista Dra. Viviane Felici, do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a cafeína, princípio ativo do café, age como um estimulante do sistema nervoso central ao inibir a ação da adenosina, substância ligada à sensação de cansaço. Esse bloqueio favorece o estado de alerta e interfere positivamente na liberação de dopamina e norepinefrina, que influenciam o humor, memória e capacidade de atenção.

Há cada vez mais evidências de que o consumo regular e moderado de café pode estar ligado a um risco menor de doenças neurodegenerativas. O estudo publicado na Alzheimer’s & Dementia contribui com essa hipótese, ao mostrar uma possível conexão entre a cafeína e a redução do acúmulo de β-amiloide no cérebro, uma das marcas da doença de Alzheimer”, afirma a especialista.

A médica ressalta que os efeitos do café podem variar de pessoa para pessoa, influenciados por fatores como genética, idade, estilo de vida e tolerância individual. “Alguns indivíduos têm o metabolismo mais lento para a cafeína por conta de características genéticas, o que pode aumentar a sensibilidade. Já no envelhecimento, o organismo demora mais a eliminar a substância, o que pode acentuar reações como insônia e agitação”, completa.

Na hora de consumir, moderação é a palavra-chave

O Prof. Dr. Álvaro Avezum, head do Centro Especializado em Cardiologia e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, destaca que o consumo leve a moderado de café também está associado a benefícios cardiovasculares. “O consumo de 0,5 a 3 xícaras de café por dia, em comparação com não consumir, foi associado a uma redução de 12% na mortalidade por todas as causas, redução de 17% na mortalidade cardiovascular e redução de 21% no risco de acidente vascular cerebral (AVC)”, comenta.

Ele reforça que os efeitos do café variam conforme a quantidade ingerida, a sensibilidade individual e até o horário em que a bebida é consumida, lembrando que, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de cafeína não deve ultrapassar os 400 mg. “Quando em excesso, a cafeína pode causar reações como taquicardia, arritmias, aumento da pressão arterial, refluxo e gastrite. Por isso, é importante considerar o perfil clínico da pessoa antes de indicar o consumo”, orienta.

Pessoas com maior sensibilidade à cafeína, como quem sofre de ansiedade, insônia, epilepsia ou problemas gástricos, devem ter atenção redobrada. Nesses casos, a substância pode afetar a eficácia de medicamentos anticonvulsivantes, agravar sintomas de ansiedade, prejudicar o sono e provocar desconfortos no trato gastrointestinal. Entre os idosos, que metabolizam a cafeína de forma mais lenta, o ideal é evitar a bebida no fim da tarde ou à noite.

Suplemento Psyllium  

O que você precisa saber antes de aderir à moda do psyllium

De tempos em tempos, surge um novo suplemento queridinho nas academias. Mas, antes de aderir às novidades, é preciso conhecer um pouco mais sobre o que está em jogo. A estrela da vez é o psyllium, que está sendo chamado de “Ozempic natural“. Mas será que é mesmo?

O psyllium é uma fibra alimentar solúvel de origem vegetal e ganhou o apelido de versão natural do medicamento para obesidade por estar sendo associado à perda de peso e ao controle do apetite — uma promessa tentadora, especialmente com a popularização de medicamentos como a semaglutida (substância presente no Ozempic), usados sob prescrição médica no tratamento da obesidade e diabetes.

Para esclarecer se essa promessa é real, ouvimos a nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ela afirma: “Isso se trata de propaganda enganosa. O psyllium tem um efeito discreto na saciedade, e não existe nenhum alimento ou suplemento que apresente a mesma atuação da semaglutida.

Derivado da casca das sementes da planta Plantago ovata, o psyllium forma um gel ao ser misturado com líquidos, aumentando o bolo fecal e melhorando o funcionamento do intestino. Além disso, sua viscosidade pode atrasar o esvaziamento gástrico, promovendo uma maior sensação de saciedade.

Qual a real finalidade do psyllium?

Apesar da distorção nas redes sociais, o psyllium tem, sim, aplicações positivas na rotina alimentar, sempre com orientação profissional. Segundo a nutricionista Thaís Sarian, ele pode ajudar no controle da glicemia e do colesterol, além de regular o intestino. “O gel que é formado também pode ajudar a retardar a digestão e a absorção dos carboidratos, o que pode ser útil para pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo”, explica.

Na cozinha, o psyllium também se mostra versátil: pode ser adicionado à composição de pães, bolos e panquecas, especialmente entre pessoas que seguem dietas com restrição de glúten.

Alerta da especialista

O uso inadequado do suplemento pode trazer riscos. “Se consumido sem água suficiente, pode agravar a prisão de ventre ou até causar obstrução intestinal. Em excesso, pode provocar gases, cólicas e ainda atrapalhar a absorção de medicamentos”, alerta a nutricionista.

A lista de contraindicações é significativa: pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, crianças com menos de seis anos, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou com dificuldades no controle do diabetes.

Escute a profissional

A obesidade é uma doença e precisa ser tratada com seriedade. Nenhum alimento ou suplemento, por si só, é capaz de promover perda de peso de forma isolada. Por isso, é sempre importante contar com o acompanhamento de uma equipe médica e assistencial capacitada para o manejo adequado da condição”, finaliza Thaís Sarian.

Páscoa sem exageros: como manter a alimentação equilibrada sem abrir mão do chocolate

Nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orienta como fazer boas escolhas para o almoço de Páscoa

São Paulo, 10 de abril de 2025 – A Páscoa é tradicionalmente marcada por celebrações em família, refeições especiais e pelo consumo de ovos de chocolate. No entanto, o excesso de doces e alimentos calóricos pode representar riscos à saúde, especialmente quando não há moderação na alimentação.

Segundo Thaís Sarian, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é possível aproveitar a festividade de forma consciente, optando por combinações nutritivas e saborosas.

O chocolate é o protagonista da data e seu consumo pode ser feito dentro de uma rotina alimentar saudável, o segredo está na quantidade e qualidade do doce. A nutricionista afirma que o consumo diário não deve ultrapassar 30 gramas, o que equivale a no máximo a quatro quadradinhos de chocolate.

Prefira chocolates maior concentração de cacau, acima dos 70%, esses têm menor quantidade de açúcar e ajudam na saciedade. “O chocolate amargo contém alta concentração de cacau e menor teor de açúcar, é rico em antioxidantes e pode auxiliar na redução do LDL (colesterol ruim) e no controle da pressão arterial”, comenta.

A variedade de ovos de chocolate disponíveis no mercado é imensa, Thais orienta que, ao escolher qual produto comprar é importante ficar atento as informações nutricionais presentes no rótulo. A lista de ingredientes vem em ordem de quantidade, ou seja, o ingrediente em primeiro lugar é o que aparece em maior proporção. Por isso, prefira chocolates que tenham como primeiros itens a massa de cacau, manteiga de cacau ou cacau em pó.

Quem tem diabetes e restrições alimentares pode comer o chocolate?

A profissional afirma que pessoas com diabetes e restrições podem consumir chocolate durante a festividade, desde que com moderação. Indivíduos com diabetes devem ter cuidado redobrado em relação à quantidade de carboidratos por porção, especialmente aqueles que estão em tratamento e utilizam a contagem de carboidratos no controle da glicemia.

Há, no senso comum, a crença de que pessoas com diabetes devem consumir a versão diet do ovo de Páscoa. No entanto, Thaís afirma que essa nem sempre é a melhor opção, já que algumas marcas adicionam mais gordura na composição para deixar o produto mais palatável.

Para pessoas com restrições alimentares, como veganos ou intolerantes à lactose, a recomendação é escolher chocolates com alta concentração de cacau e livres de ingredientes de origem animal.

E, se houver algum deslize na alimentação durante o feriado, o importante é não transformar isso em culpa. “Não faça loucuras como jejuns prolongados ou restrições alimentares severas. Apenas retome sua rotina alimentar, priorize alimentos naturais e evite alimentos processados, pratique atividades físicas e hidrate-se bastante”, finaliza a especialista.

Almoço de Páscoa

Para a refeição principal, o cardápio clássico da Páscoa pode ser aproveitado por todos. A principal orientação é investir em pratos à base de peixes como bacalhau assado com legumes, ou outro peixe ao forno como tilápia, pescada ou linguado.

Esses alimentos, embora sejam opções nutritivas, devem ser preparados de forma equilibrada. Por isso, é fundamental dar a devida atenção aos acompanhamentos que compõem a refeição. “Prefira uma salada de entrada e incremente o arroz com legumes, dando cor e adicionando fibras, vitaminas e minerais”, orienta Thaís.

Suplemento alimentar, Psyllium, é mesmo o “Ozempic natural”?

Nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explica os riscos e benefícios por trás da tendência das redes sociais

O suplemento psyllium, fibra alimentar solúvel de origem vegetal, tem ganhado cada vez mais destaque nas redes sociais de influenciadores fitness e perfis que tratam de temas voltados à nutrição. Apelidado por muitos como “Ozempic natural”, o produto vem sendo associado à perda de peso e ao controle do apetite, uma promessa tentadora, especialmente com a popularização de medicamentos como a semaglutida (substância presente no Ozempic) usados sob prescrição médica no tratamento da obesidade e diabetes.

Mas será que essa comparação faz sentido? “Isso se trata de propaganda enganosa. O psyllium tem um efeito discreto na saciedade, mas não existe nenhum alimento ou suplemento que apresente a mesma atuação da semaglutida”, esclarece a nutricionista Thaís Sarian, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A semaglutida, sempre acompanhada sob prescrição médica para tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, tem seu funcionamento baseado em imitar o GLP-1, hormônio produzido naturalmente pelo intestino que age em áreas do cérebro responsáveis por controlar a fome e a sensação de saciedade.

Estamos falando de um medicamento com ação farmacológica, prescrito em situações específicas e que exige acompanhamento médico. Comparar esse tratamento ao uso de um suplemento como o psyllium, que tem outro propósito e efeitos bem mais limitados, é um erro”, alerta a nutricionista.

Derivado da casca das sementes da planta Plantago ovata, o psyllium forma um gel ao ser misturado com líquidos, aumentando o bolo fecal, e melhorando o funcionamento do intestino. Além disso, sua viscosidade pode atrasar o esvaziamento gástrico, dando maior sensação de saciedade.

O psyllium ainda pode ser um aliado na saúde

Apesar da distorção nas redes sociais, o psyllium tem sim aplicações positivas na rotina alimentar, sempre com orientação profissional. Segundo a nutricionista, ele pode ajudar no controle da glicemia e do colesterol, além de regular o intestino. “O gel que é formado também pode ajudar a retardar a digestão e absorção dos carboidratos, o que pode ser útil para pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo”, explica.

Na cozinha, o psyllium também se mostra versátil: pode entrar na composição de pães, bolos e panquecas, especialmente entre pessoas que seguem dietas com restrição de glúten.

Riscos do uso indiscriminado

É sempre preciso cautela. Thaís alerta que o uso inadequado do suplemento pode trazer riscos: “se consumido sem água suficiente, pode agravar a prisão de ventre ou até causar obstrução intestinal. Em excesso, pode provocar gases, cólicas e ainda atrapalhar a absorção de medicamentos”.

Além disso, ele é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, crianças com menos de seis anos, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou que têm dificuldade no controle do diabetes.

Para quem busca emagrecer, o recado da nutricionista é claro: “a obesidade é uma doença e precisa ser tratada com seriedade. Nenhum alimento ou suplemento, por si só, é capaz de promover perda de peso de forma isolada. Por isso, é sempre importante contar com o acompanhamento uma equipe médica e assistencial capacitada para o manejo adequado da condição”, reforça a nutricionista.

O alerta vem em boa hora, diante de um cenário em que modismos virais muitas vezes ganham mais espaço do que orientações profissionais.

Lollapalooza 2025: aproveite o festival sem descuidar da saúde

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dá dicas para aproveitar o festival com conforto e segurança

São Paulo, 27 de março de 2025 – Nos dias 28, 29 e 30 de março, a cidade de São Paulo recebe o Lollapalooza Brasil 2025, um dos maiores festivais de música do país. Realizado anualmente no Autódromo de Interlagos, o evento reunirá centenas de milhares de pessoas para três dias de shows.  

Com longas horas em pé, exposição ao sol e aglomeração, alguns cuidados com a saúde são essenciais para garantir o bem-estar. Para isso, o Dr. Victor Sato, clínico geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, traz orientações importantes para quem quer curtir o festival com segurança.  

O Aedes Aegypti, mosquito que transmite a dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana, fica mais ativo durante o dia, período de início do evento. Para se proteger contra as doenças, é importante usar repelente e optar por  roupas que cubram braços e pernas.  

Além disso, a vacinação contra doenças como Covid-19 e gripe devem estar em dia. “O contato próximo entre as pessoas facilita a transmissão desses vírus. A vacinação é a principal forma de proteção. Além disso, lavar bem as mãos e evitar compartilhar objetos pessoais minimiza os riscos de contágio”, aconselha. 

Mantenha-se hidratado

A regra número um dos festivais é beber bastante água para evitar a desidratação. Segundo previsão do Climatempo, as temperaturas podem chegar a 27º C durante fim de semana do festival, tornando a hidratação ainda mais essencial.  

 “Com a movimentação intensa e o calor, a perda de líquidos pelo suor aumenta, podendo levar à desidratação. Por isso, beba água regularmente, mesmo sem sede. Para quem transpira muito, a água de coco pode ser uma boa opção para reposição de eletrólitos”, explica o especialista.  

A atenção deve ser redobrada caso haja consumo de bebidas alcoólicas, uma vez que elas podem intensificar a desidratação.  Para evitar problemas, leve uma garrafa de água reutilizável e sem tampa e fique atento à localização dos bebedouros no Autódromo. 

O médico ressalta a importância de moderar o consumo de cafeína presente em energéticos, especialmente em combinação com álcool, já que aumenta o risco de arritmias e desmaios. Outra bebida que deve ser consumida com moderação é o isotônico. “São úteis para reposição de eletrólitos em caso de transpiração excessiva, mas seu consumo desnecessário pode levar a sobrecarga de sódio e açúcar”, completa. 

Alimentação balanceada

Durante o festival, opte por alimentos leves como frutas e sanduíches naturais. Segundo o Dr. Victor Sato, esses alimentos são nutritivos, ricos em água e ajudam saciar a fome, além de contribuir para a hidratação e fornecer energia de forma equilibrada. 

Por outro lado, alimentos ricos em gorduras e açúcares, como fast-foods e doces, devem ser evitados. O consumo excessivo desses produtos pode dificultar a digestão e causar desconforto gástrico, o que pode comprometer a experiência do evento.

Conforto é essencial

festival acontece ao ar livre e envolve longos períodos de deslocamento, por isso a escolha da vestimenta é fundamental para garantir conforto durante os shows. “Priorize tecidos leves e respiráveis, evitando roupas muito justas ou que dificultem a transpiração do corpo”, sugere o especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

A exposição prolongada ao sol pode causar danos à pele como queimadoras, envelhecimento precoce, e em casos mais graves, câncer de pele. Para se proteger, vale a pena incluir óculos de sol, bonés ou chapéus nos looks, além de aplicar protetor solar de forma regular.  

Além disso, a escolha do calçado também  é crucial para garantir o conforto. Evite sapatos desconfortáveis, com salto alto ou botas, que podem machucar os pés após várias horas em pé. O ideal é optar por calçados confortáveis e adequados para longas caminhadas. 

Descanse sempre que possível

O Lollapalooza, assim como outros festivais musicais, exige grande deslocamento e muitas horas em pé, por isso não se deve negligenciar o descanso. O festival oferece áreas de descanso com sombra, e você pode levar cangas para relaxar entre os shows.  

Além disso, o descanso pós o evento é essencial, uma boa noite de sono ajuda a recuperar energia, especialmente para quem for curtir os demais dias de shows.  

“A privação de sono e o cansaço excessivo afetam a imunidade, a concentração e podem aumentar o risco de desidratação e desmaios. Dessa forma durma pelo menos 6 horas por noite para garantir recuperação muscular e mental”, orienta. 

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas para curtir Carnaval com segurança

Uma das maiores festas populares do país, o Carnaval, está se aproximando. Com início no dia 28 de fevereiro, a celebração reúne milhões de pessoas em diversas cidades ao redor do Brasil.

Durante os cinco dias de festa, é essencial que os foliões não se esqueçam dos cuidados básicos com a saúde. O uso de roupas leves, protetor solar e a hidratação constante são algumas das precauções indispensáveis aproveitar a folia ao máximo.

A cidade de São Paulo deve receber cerca de 15 milhões foliões aproveitando a programação de blocos de rua, bailes e desfiles no sambódromo do Anhembi, segundo a Prefeitura de São Paulo, nesse cenário, o contato físico durante as festividades é inevitável, o que pode facilitar a disseminação de doenças infecciosas. Por isso, especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforçam que é fundamental que o esquema vacinal esteja em dia para adultos e crianças e alertam para a importância de atualizar inclusive as doses e reforços contra a Covid-19 e Influenza.

Outro cuidado importante está relacionado às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O sexo desprotegido aumenta as chances de contaminações por ISTs, como sífilis e HIV. Dessa forma, o uso de camisinha é indispensável também durante os dias de Carnaval.

A mononucleose, comumente conhecida como “doença do beijo”, também pode prejudicar a diversão. Essa doença é transmitida pelo contato com a saliva e afeta os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo. O contágio pode ocorrer, além dos beijos, pelo compartilhamento de copos, garrafas e latas de bebidas.

Alimentação e hidratação

Com o calor intenso, a alimentação e hidratação exigem cuidados redobrados. Durante os blocos de rua, é comum que uma alimentação adequada fique em segundo plano. Dessa forma, os foliões devem incluir na dieta pré-bloco o consumo de alimentos leves, ricos em água e nutrientes que ajudam a manter a hidratação e bem-estar.

Durante a festividade é recomendada uma alimentação com frutas e vegetais, além de refeições leves e de fácil digestão, como carnes magras como peixe e frango. Para ajudar com o calor, alimentos frios, como saladas, vitaminas e iogurte natural, são boas opções, mas devem estar acondicionados corretamente antes do consumo.

Produtos vendidos por ambulantes devem ser consumidos com cautela, já que nem sempre é possível garantir que o preparo e armazenamento foram feitos de forma adequada, o que pode representar riscos à saúde.

O consumo de bebidas alcoólicas combinado com o calor pode se tornam perigoso caso a hidratação não seja realizada corretamente. A ingestão de líquidos como água, sucos naturais e água de coco é fundamental para a redução dos efeitos colaterais do álcool. Também é recomendado higienizar, com água ou álcool em gel, a abertura das garrafas e latas antes do consumo, ou optar pelo uso de copos e canudos, dessa forma é possível evitar contaminações.

Cuidados com a pele

A exposição prolongada ao sol pode causar diversos danos à pele, como queimaduras, envelhecimento precoce e, em casos mais graves, doenças de pele, como urticária solar, acne solar e câncer de pele melanoma e não melanoma. Por isso, o uso de protetor solar e sua reaplicação frequente tornam-se fundamentais.

Além disso, o uso de glitter, tinta e maquiagem usados como adereços nas fantasias exige atenção. É importante optar por produtos de qualidade, dentro do prazo de validade, e realizar um teste antes da aplicação, para evitar o contato prologado com substâncias irritantes e alergênicas.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz servimos à vida. Somos um hospital de grande porte, referência em alta complexidade e confiabilidade. Uma instituição de 127 anos, sólida, dinâmica e determinada a inovar e contribuir com o desenvolvimento da saúde. Nossa excelência é resultado da nossa dedicação, prontidão, empatia no cuidado e na nossa incansável busca pela melhor experiência e resultado para nossos pacientes, com qualidade e segurança certificados internacionalmente pela Joint Commission International (JCI). Contamos com um corpo clínico diversificado e renomado, além de um modelo assistencial próprio, que coloca o paciente e familiares no centro do cuidado. Nosso protagonismo no desenvolvimento da saúde é sustentado por três pilares estratégicos: Saúde Privada; Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital; Sustentabilidade e Responsabilidade Social.

Chá de folha de abacate: conheça os benefícios para a saúde

Os benefícios do abacate para a saúde são incontestáveis, com destaque para a redução do colesterol e a prevenção de doenças cardiovasculares. Esse conjunto de benesses parece se estender também para as folhas do fruto.

O chá de folha de abacate pode proporcionar potenciais vantagens ao organismo, devido à presença de compostos como flavonoides, taninos e antioxidantes.

“Um chá com as folhas tem propriedades diuréticas, antioxidantes e anti-inflamatórias”, pontua a nutricionista Tarcila Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Aliada a uma alimentação equilibrada e à prática regular de exercícios físicos, a bebida contribui para o controle de diabetes, o tratamento de infecções urinárias, a redução de inchaço corporal e a prevenção de doenças cardiovasculares.

Chá de folha de abacate emagrece?

Mas atenção: não existe comprovação científica direta de que o chá da folha de abacate seja um agente emagrecedor.

“Seu efeito diurético pode reduzir a retenção de líquidos, dando a impressão de emagrecimento. A bebida não substitui hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, rotina de exercícios físicos e acompanhamento com uma equipe especializada”, acrescenta Campos.

Por não haver estudos que associem quantidades da bebida a possíveis efeitos colaterais, não há uma recomendação específica de consumo. “Vale a possibilidade de uso eventual, com avaliação de um nutricionista para definir quantidade e frequência adequadas”, orienta.

Quem não pode tomar o chá de folha de abacate?

A infusão com a folha do abacateiro não é recomendada para crianças, adolescentes, gestantes, mulheres em amamentação e pessoas com problemas renais.

“Algumas pessoas podem apresentar irritação gástrica ou alteração dos minerais devido à ação diurética do chá, mesmo sendo natural, a depender da quantidade e frequência de consumo”, diz Campos.

Como preparar o chá de folha de abacate?

Ingredientes:

  • 5 folhas frescas ou secas de abacateiro;
  • 500 ml de água.

Modo de preparo:

Lave bem as folhas Ferva a água Após a fervura, desligue o fogo e adicione as folhas Tampe o recipiente e deixe em infusão por 5 a 10 minutos Coe e beba morno.

Por que a barriga ronca?

Entenda as causas e veja como parar o barulho

Os “roncos” na barriga são parte de um processo fisiológico natural do corpo, mas quando acompanhados de outros sintomas podem ser sinais de alterações intestinais

Quando estamos com fome, é normal a barriga “roncar”. Esse é um processo fisiológico natural do corpo, chamado borborigmo, que consiste em contrações do estômago e do intestino que acontecem tanto quando comemos quanto ao ficarmos sem comer.

No segundo caso, o organismo começa a se preparar para receber o alimento. O estômago, por exemplo, passa a liberar um hormônio chamado grelina, que estimula o cérebro a entender que estamos com fome, de acordo com Paulo Barros, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De forma geral, o organismo estimula todo o sistema digestivo a produzir enzimas e se preparar para a digestão. Então, você começa a ter uma certa contração intestinal também e, por isso, começa a ouvir algum barulho e algum ronco”, esclarece.

Em alguns casos, os barulhos na barriga podem se tornar mais perceptíveis e a causa disso pode ser exatamente o que foi ingerido. “Os barulhos que escutamos são a passagem de líquido e gás pelo intestino. Isso pode variar com o que comemos. Se comemos algo que é mais irritativo para o intestino, que produz mais gases, como uma feijoada, ocorre a distensão do intestino e você ouve isso passar”, explica Barros.

Porém, em outras situações, os barulhos podem indicar disfunções motoras no intestino. É o caso da síndrome do intestino irritável, de acordo com o especialista. O uso de antibióticos também pode alterar a microbiota do intestino.

Isso altera a digestão e a formação do bolo fecal, podendo aumentar o barulho dentro da barriga. O paciente que tem a diarreia, por exemplo, tem uma contração muito forte do intestino, por isso que ele sente a cólica, e ele ouve o líquido passar de um lado para o outro”, afirma o gastroenterologista.

Quando os barulhos na barriga podem ser sinais de alerta de algo grave?

Os barulhos na barriga são contrações normais do intestino, como já vimos. Porém, alguns sintomas que podem vir acompanhados das contrações podem acender um sinal de alerta para alguma alteração no intestino.

Um sintoma de alerta é a dor abdominal e alteração na evacuação, são sinais de que é preciso procurar um médico para fazer uma avaliação”, afirma Barros.

O que fazer para evitar os “roncos” na barriga?

Apesar de serem processos fisiológicos naturais do intestino, os barulhos (ou “roncos”) na barriga podem ser, em alguns casos, constrangedores. Para evitá-los, a orientação do gastroenterologista é manter hábitos saudáveis de alimentação.

Ter uma dieta balanceada, saudável, e evitar produtos que sejam irritativos para o intestino. Por exemplo, feijão, repolho e pimentão são irritativos. Comidas pesadas no geral podem aumentar esses sons também”, afirma Barros.

Alguns tipos de medicamentos, como simeticona, podem ser utilizados para diminuir a formação de gases ou ajudar a liberá-los, o que ajuda a evitar os barulhos na barriga.

Aumenta a saciedade e faz bem ao coração: benefícios da ricota à saúde

A ricota é um tipo de queijo fresco, produzido a partir do soro do leite e apresenta uma textura macia e um sabor suave. Fonte de vitaminas A, B, D e E, além de minerais como zinco, selênio, potássio e fósforo, é uma opção saudável para quem deseja um queijo com menos gordura e calorias.

A seguir, veja os benefícios do consumo da ricota para a saúde.

Melhora a saúde digestiva

A ricota é um alimento probiótico porque contém bactérias que ajudam na fermentação do açúcar do leite e na eliminação de toxinas. Além disso, ela é uma fonte de proteínas que são digeridas e absorvidas rapidamente pelo corpo, o que pode beneficiar a saúde do intestino.

Regula o açúcar no sangue

É um queijo com baixo índice glicêmico, o que significa que, ao consumi-lo, os níveis de açúcar no sangue não aumentam rapidamente, evitando picos de glicemia. Portanto, incluir a ricota na dieta pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue (glicose). Esse processo é importante para pessoas com diabetes ou que estão tentando perder peso.

Reforça o sistema imunológico

A ricota possui propriedades anti-inflamatórias devido ao seu conteúdo de aminoácidos, como cisteína e metionina, que ajudam na produção de glutationa. Este antioxidante previne doenças e combate infecções, apoiando assim o sistema imunológico. Além disso, por ser derivada do soro do leite, a ricota contém albumina, que também contribui para fortalecer a imunidade.

Apoia a saúde cardiovascular

Pode beneficiar a saúde cardiovascular devido ao seu teor relativamente baixo de gordura e ao seu conteúdo de proteínas de alta qualidade, ajudando a controlar o peso e a reduzir a ingestão de gorduras saturadas, fatores importantes para a saúde do coração.

Além disso, a ricota contém peptídeos bioativos que ajudam na redução da pressão arterial, melhorar os níveis de colesterol e prevenir a formação de coágulos sanguíneos.

Contribui com a saúde óssea

A proteína do soro do leite pode fortalecer os ossos e prevenir a osteoporose. Ela contribui para o aumento da densidade mineral óssea, o que significa que os ossos se tornam mais densos e menos propensos a fraturas. Além disso, ela reduz a reabsorção do cálcio pelos ossos, promovendo sua saúde e resistência.

Ajuda na recuperação pós-treino

A ricota é rica em aminoácidos de alta qualidade, incluindo os de cadeia ramificada, como a leucina, que é fundamental para a síntese de proteínas musculares e fornece energia durante os exercícios. Além disso, ajuda na recuperação pós-treino ao reduzir danos musculares, otimizando a recuperação e o desempenho muscular.

Auxilia no controle de peso

Por ser uma boa fonte de proteínas, pode aumentar a sensação de saciedade e ajudar a controlar o apetite. Também é baixa em calorias e gordura, tornando-se uma opção leve e saudável em uma dieta. Pode ainda contribuir com a redução de quantidade de calorias ao substituir queijos mais gordurosos em várias preparações.

Contraindicações

Embora a ricota tenha menos lactose do que muitos outros produtos lácteos, ainda pode causar desconforto gastrointestinal em pessoas com intolerância severa à proteína do leite.

Ela pode conter quantidades significativas de sódio, o que é uma preocupação para pessoas com hipertensão e com doença renal crônica. Portanto, nesses casos, o consumo deve ser moderado.

Fonte: Bianca Prado Alves, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Diabetes Tipo 2: Consumo Diário de Carne Aumenta o Risco

Comer carne vermelha ou processada diariamente pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2, segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge publicada na revista científica The Lancet Diabetes and Endocrinology.

No estudo, bastaram duas ou três fatias de presunto ou uma salsicha por dia para que os participantes tivessem 15% mais chance de desenvolver a doença nos dez anos de acompanhamento. No caso das carnes vermelhas não processadas, o risco foi menor, mas ainda significativo: um bife pequeno diariamente resultou em um risco 10% maior de diabetes tipo 2.

A pesquisa avaliou ainda a associação entre o consumo diário de frango e o risco de ter a doença. Apesar de os resultados indicarem um risco 8% maior nesses casos, quando outros fatores associados ao desenvolvimento de diabetes foram levados em consideração, essa relação não se mostrou tão relevante, diferentemente daquela com a carne vermelha.

Os cientistas analisaram dados de 31 estudos, que somam quase dois milhões de participantes. Todos tinham mais de 18 anos e não apresentavam quadro de diabetes tipo 2 no começo do acompanhamento.

“É um estudo com número de pessoas muito grande e temos de considerar, sim, (o consumo de carne vermelha ou processada) como um provável fator de risco”, diz Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Ela pondera, no entanto, o fato de a pesquisa ser feita de maneira retrospectiva, com análise de dados coletados previamente para outros objetivos. Para a endocrinologista, o ideal seria realizar um estudo prospectivo, em que se acompanha os participantes enquanto os dados são coletados. Dessa forma, é possível ter um maior controle da alimentação das pessoas, padronizando a ingestão de nutrientes e isolando como única diferença o consumo ou não de carne.

Ainda assim, a endocrinologista ressalta que o público estudado foi variado, incluindo representantes de países das Américas. “Como ele estudou a população das Américas, conseguimos extrapolar os resultados desse estudo para o nosso País”, afirma.

Tirar a carne?

Para Tarissa, os resultados evidenciam a necessidade de reduzir o consumo de carne vermelha no cotidiano. Ela ressalta que não há necessidade de excluir o alimento da dieta se essa não for a vontade do paciente, mas que comer embutidos como presunto e salame todos os dias da semana não é uma escolha saudável.

O que tem na carne, principalmente na carne vermelha, que é diferente dos outros alimentos e que poderia estar levando a esse aumento de risco? A gordura animal e, nos embutidos, uma alta taxa de químicos inseridos”, explica.

Já se sabe que o consumo excessivo de gordura e de alimentos ultraprocessados trazem malefícios à saúde que podem ir além do desenvolvimento da diabetes. Por isso, a endocrinologista sugere diminuir a presença desses produtos no dia a dia.

Ela orienta alternar a carne vermelha com proteínas vegetais ou de outras fontes animais, como peixes e ovos. Além disso, a receita também conta. Usar muitos temperos industrializados e exagerar na gordura no preparo dos alimentos pode exacerbar os riscos à saúde.

Quanto às carnes processadas, das quais fazem parte os embutidos, a orientação é tirá-las da alimentação, especialmente de crianças. “Presunto, salame, salsicha, esses alimentos muitas vezes temos dado para as crianças e são coisas que realmente temos que parar de consumir.

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