XXXI Congresso Brasileiro de Neurologia: trabalhos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz marcam presença em evento

Head do Centro Especializado em Neurologia do Hospital apresentará pesquisas e ministrará palestras durante o evento

São Paulo, 09 de outubro de 2024 – Entre os dias 16 e 19 de outubro ocorrerá o XXXI Congresso Brasileiro de Neurologia em Campinas, no interior de São Paulo, que reunirá especialistas do país e do mundo para debater os avanços mais recentes na área. 

No evento, o Dr. Diogo Haddad, head do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, apresentará 11 trabalhos científicos em nome da Instituição, incluindo pôsteres físicos e eletrônicos, além de ministrar palestras sobre temas de grande relevância para a neurologia.

As abordagens dos trabalhos incluem: as comorbidades ligadas à esclerose múltipla, o uso de inteligência artificial para classificar neuroimagens de pacientes com Alzheimer, e o impacto das novas terapias no tratamento de doenças neurológicas. 

Essas pesquisas refletem compromisso do Hospital Alemão Oswaldo Cruz com a inovação e a excelência em pesquisas científicas na área da neurologia.

  1. O impacto do uso de estatinas no risco de polineuropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 2 e hipercolesterolemia
    Este estudo retrospectivo analisou a associação entre o uso de estatinas e o risco de polineuropatia diabética. Com dados de mais de 37.000 pacientes, os resultados apontam que o uso de estatinas está associado a um risco elevado dessa condição, ressaltando a importância de um monitoramento rigoroso dos pacientes submetidos a essa terapia.
  2. Comprometimento cognitivo leve e esclerose múltipla: Uma mudança nos distúrbios cognitivos
    Investigando pacientes brasileiros com esclerose múltipla, o estudo revela baixo risco de comprometimento cognitivo leve (CCL) em indivíduos jovens com a doença, sugerindo mudança nos padrões de distúrbios cognitivos ao longo do tempo. Isso traz novos insights para o acompanhamento e manejo da função cognitiva em pacientes com esclerose múltipla.
  3. Os desafios do manejo da dor na doença de Alzheimer
    Este estudo investigou o tratamento da dor em pacientes com Alzheimer, comparando o uso de analgésicos em um centro de referência de São Paulo e em nível nacional. A pesquisa destacou o uso frequente de opioides no manejo da dor, levantando preocupações sobre os riscos à saúde e a necessidade de estratégias mais eficazes para lidar com essa questão complexa.

Dentre os principais trabalhos que serão apresentados, destacam-se três estudos conduzidos pelo Dr. Diogo Haddad:

Além de apresentar esses estudos, o Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz também marca presença em sessões do congresso. 

Na sexta-feira (18), o especialista será um dos palestrantes do Simpósio Satélite sobre neuroinflamação na doença de Alzheimer e conduzirá uma sessão paralela sobre Inteligência Artificial na Neurologia, onde discutirá o desenvolvimento de competências em neurotecnologia e como as inovações tecnológicas estão transformando o campo neurológico.

Estudo de médicos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz sobre cirurgias de hérnia é reconhecido com prêmio internacional

Médicos do Centro Especializado em Aparelho Digestivo recebe o Gimbernat Award pela melhor apresentação latino-americana no congresso da American Hernia Society

São Paulo, 01 de outubro de 2024  Estudo liderado por Dr. Paulo Barros, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, denominado “HERNIACLINIC-QOL”, recebeu no dia 14 de setembro o Gimbernat Award, prêmio concedido à melhor apresentação internacional no congresso da American Hernia Society (AHS), em Chicago, nos Estados Unidos.
 

O estudo denominado “HERNIACLINIC-QOL” é o primeiro registro clínico no Brasil voltado especificamente para cirurgias de hérnia da parede abdominal e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes ao longo do tempo. 
 

A conferência da AHS é uma das mais relevantes no campo da cirurgia de hérnia, reunindo especialistas de todo o mundo para compartilhar avanços e discutir as melhores práticas no tratamento da condição. Já o Gimbernat Award valoriza contribuições de fora do eixo norte-americano que apresentem soluções inovadoras e economicamente viáveis para os pacientes.
 

A pesquisa acompanhou 554 pacientes operados no Hospital Alemão Oswaldo Cruz entre 2020 e 2024, e avaliou como a qualidade de vida deles evoluiu após diferentes tipos de cirurgias de hérnia. 
 

“No Brasil, e em muitos outros países, o foco tradicional da medicina muitas vezes se concentra na realização do procedimento em si, mas há um crescente interesse em aprofundar o acompanhamento dos pacientes no período pós-operatório, garantindo que o sucesso da cirurgia se reflita em uma melhoria contínua na saúde e bem-estar”, explica o médico.
 

O estudo investigou tanto os resultados imediatos das cirurgias quanto os desfechos a longo prazo, como complicações, infecções e readmissões hospitalares, considerando procedimentos minimamente invasivos e cirurgias abertas, aquelas feitas com incisões maiores na parede abdominal, como forma de analisar e comparar as técnicas e materiais utilizados, bem como otimizar os resultados clínicos e reduzir os custos envolvidos.
 

Os pacientes foram acompanhados em três momentos: 30 dias, um e dois anos após o procedimento cirúrgico, utilizando o sistema de questionários, enviados aos pacientes, EuraHS-QoL (European Hernia Society Quality of Life), que avalia dor, função física e bem-estar geral. 
 

Entre os 554 pacientes, 80% eram homens, com média de idade de 52 anos e índice de massa corporal (IMC) de 27, considerado sobrepeso. A taxa de complicações foi baixa, com apenas 1,8% de infecções superficiais e 1,4% de reinternações. 
 

O estudo também apontou que as técnicas minimamente invasivas, utilizadas em 85% dos casos de hérnia inguinal, proporcionam uma recuperação mais rápida com alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia. Nas cirurgias ventrais abertas, a média de internação foi de um dia.
 

Os resultados mostraram ainda taxa de readmissão de apenas 1,5% e a necessidade de reoperações em 1% dos casos. Além disso, os pacientes relataram menos dor crônica e uma significativa melhora na qualidade de vida, tanto a curto quanto a longo prazo.
 

Devido ao menor tempo de internação e à diminuição da necessidade de reoperações, a pesquisa também apontou possível redução nos custos hospitalares. 
 

A taxa de recorrência de hérnia foi de apenas 5%, e segundo o cirurgião Dr. Paulo Barros é considerada baixa, especialmente para hérnias ventrais, que são mais complexas.
 

“Esses resultados reforçam o papel da medicina baseada em valor, que visa não apenas o sucesso cirúrgico imediato, mas também a melhoria da qualidade de vida a longo prazo, oferecendo intervenções que são, ao mesmo tempo, eficazes e economicamente viáveis”, explica o cirurgião.

Médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz participa de estudo internacional com nova abordagem para câncer de bexiga que reduz em 32% a recidiva após término do tratamento

Dr. Ariel Kann, coordenador da Oncologia, é coautor de pesquisa publicada pelo The New England Journal of Medicine

São Paulo, 02 outubro de 2024 – Muitos avanços ocorreram nos últimos anos no tratamento para o câncer de bexiga. Novas drogas foram desenvolvidas, principalmente as imunoterapias e os ADCs (sigla em inglês para anticorpo conjugado à droga). O estudo NIAGARA, apresentado em setembro, durante o Congresso Europeu de Oncologia, em Barcelona, mostra que, pela primeira vez, uma imunoterapia injetável, o Durvalumabe, quando combinado à quimioterapia demonstrou benefício em pacientes com a doença com invasão da camada muscular do órgão. A pesquisa de fase 3 divulgada durante sessão plenária do congresso, foi publicada no The New England Journal of Medicine, importante periódico científico mundial.O estudo mundial, realizado com 1.063 pacientes, tem como coautor o Dr. Ariel Kann, coordenador do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Segundo o especialista, os resultados demonstraram que a imunoterapia, quando aplicada antes, junto à quimioterapia, e depois da cirurgia, diminuiu o risco de recidiva da doença.

A incorporação desta nova imunoterapia aumentou em 34% a chance de resposta patológica completa, ou seja, a chance de o tumor desaparecer (quando observado no microscópio após a cirurgia). Além disso, levou a uma redução de 32% no risco de o paciente apresentar recidiva após a término do tratamento. Não houve aumento significativo dos eventos adversos com a adição da imunoterapia, afirmou o oncologista.

“Os resultados obtidos neste estudo são importantes e poderão levar a uma mudança na forma como os pacientes com câncer de bexiga passarão a ser tratados, com chance de cura e qualidade de vida”

A bexiga é um órgão muscular, elástico, com localização na pelve e com capacidade de retenção e eliminação da urina.  De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e American Cancer Society, todos os anos, 614 mil pessoas são diagnosticadas com câncer no órgão, sendo o 9º tipo de mais frequente de câncer. A doença é quatro vezes mais comum em homens do que mulheres e o principal fator de risco é o tabagismo, além de exposição ocupacional a alguns produtos químicos.

O principal sintoma é o sangramento urinário e os outros são a dor pélvica e irritação ou dor para urinar. Um médico deve ser procurado caso esses sintomas apareçam.

Para o diagnóstico, os exames iniciais são de urina, imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância) e cistoscopia: um aparelho com uma câmera é introduzido na uretra, analisa a bexiga e colhe fragmentos para realizar uma biópsia.

Os tumores superficiais, aqueles que não infiltram a camada muscular, são tratados primariamente com a remoção endoscópica e com medicamentos via sonda urinária para tratamento apenas local. 

“Há o risco de os tumores superficiais invadirem a camada muscular da bexiga. Tumores que invadem a camada muscular da bexiga são sempre agressivos pois têm risco de infiltrar outros órgãos e gerar as temidas metástases. Quando o tumor é diagnosticado nesta fase, o paciente precisa ser tratado com maior radicalidade, seja com cirurgia para a retirada da bexiga ou com radioterapia”, explicou o especialista coautor do estudo.

Segundo Dr. Kann, os melhores resultados são atingidos com cirurgia, porém, historicamente, mesmo após o procedimento, existe um risco aproximado de 50% de recidiva da doença. Desde a década de 1980, recomenda-se quimioterapia previamente à realização da cirurgia com intenção de reduzir a chance de metástases. 

Atualmente novas tecnologias provaram-se eficazes no tratamento da doença avançada, quando a doença já teve metástases. E muitas outras estão em pesquisa já em fases adiantadas

Hospital Alemão Oswaldo Cruz amplia inclusão de profissionais acima de 50 anos

O número de contratações de pessoas com 50 anos ou mais do Hospital Alemão Oswaldo Cruz teve um aumento de 46% no ano de 2023, em comparação à 2022. No primeiro semestre deste ano foram mais 19 contratações. Os colaboradores acima dos 50 anos representam atualmente 12% da força de trabalho entre os cerca de 3.500 funcionários da Instituição. Este crescimento está alinhado à agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) do Hospital, que busca promover a inclusão e a diversidade.

A expectativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é de que, em 2040, pessoas com mais de 45 anos representem cerca de 56% da força de trabalho no Brasil. Este cenário reflete a necessidade de organizações prepararem-se para uma população economicamente ativa cada vez mais envelhecida, com isso a valorização da experiência e do conhecimento dos profissionais maduros se torna estratégico para o Hospital.

Segundo Silvino Teófilo, gerente de Remuneração e Administração de Pessoal do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a contratação de profissionais com mais de 50 anos na Instituição não se dá apenas por necessidade. “Essa é uma escolha consciente e estratégica, que busca criar um ambiente de trabalho diversificado, em que a troca de conhecimentos e experiências enriquece toda a equipe”, explica.

Além disso, ao promover a inclusão de profissionais mais veteranos, o Hospital contribui para a sociedade ao combater preconceitos e estereótipos relacionados à idade, demonstrando que a experiência é um ativo valioso.

Em 18 meses (entre janeiro de 2023 e junho de 2024) foram 86 profissionais acima dos 50 anos contratados, demonstrando a continuidade da eficácia das estratégias adotadas. A representatividade de 12% desses profissionais no quadro de colaboradores é um marco importante. Além disso, 63% dos colaboradores com 50 anos ou mais são mulheres.

De acordo com Maria Carolina Lourenço Gomes, diretora-executiva de Pessoas, Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, para os próximos anos, o Hospital pretende continuar ampliando a contratação de profissionais maduros, alinhando esse esforço aos compromissos estratégicos que vêm sendo desenvolvidos pela Instituição.

Dar espaço, no mercado de trabalho para o conhecimento técnico e vivência de profissionais qualificados e maduros faz parte da agenda ESG da Instituição, nossa gestão de pessoal é baseada na diversidade profissional, que incluí proporcionar a troca de experiência e a transmissão de conhecimento entre colaboradores mais experientes com aqueles mais jovens, fortalecendo valores como conhecimento e respeito”, diz Maria Carolina.

A diretora executiva complementa que o “plano do Hospital inclui a expansão dos programas de suporte e a criação de novas iniciativas para garantir que todos os colaboradores, independentemente da idade, tenham oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento”.

Hoje o Hospital conta com 411 colaboradores 50+, cada um com uma história inspiradora de carreira. Claudia Aparecida Fernandes, de 56 anos, é enfermeira há 28 anos, atuando no Hospital Alemão Oswaldo Cruz desde o início do ano passado ela compartilha “ a inclusão de profissionais mais experientes não só beneficia os colaboradores, mas também melhora a qualidade do atendimento aos pacientes. A experiência e o conhecimento acumulados ao longo dos anos são insubstituíveis e têm um impacto direto nos nossos ótimos resultados.

Marcia Cristina dos Santos, 54, é orientadora de fluxo na Instituição há um ano e acrescenta: “Trabalhar na Instituição tem sido uma experiência enriquecedora. Sinto-me valorizada e parte de uma equipe que reconhece a importância da minha experiência.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz demonstra, com suas políticas e ações, que a inclusão e a valorização dos profissionais mais maduros são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade da organização. A experiência dos colaboradores 50+ é um ativo valioso que contribui para a inovação e a qualidade do serviço de saúde oferecido.

Cirurgião do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é empossado presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade & Distúrbios Metabólicos (IFSO)

Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes é considerado um dos 30 médicos mais influentes do mundo

São Paulo, 3 de setembro de 2024 – Na próxima sexta-feira, 6 de setembro, o Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz será empossado presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), na sigla em inglês, International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. 

A cerimônia será durante a 27º Congresso Mundial da entidade que acontece em Melbourne, na Austrália.  

A IFSO é uma das instituições médicas mais relevantes do mundo e reúne cirurgiões e todos os profissionais de equipes assistenciais envolvidos no tratamento de pessoas com obesidade de 76 sociedades médicas de diversos países. Uma de suas principais atividades é a promoção do maior congresso de cirurgia bariátrica no mundo, além de publicar regularmente diretrizes de condutas clínicas que ditam a melhor prática em diversos tópicos relacionados à obesidade e suas complicações.  A Federação, em conjunto com outras sociedades, também tem papel fundamental no combate ao preconceito que ronda a doença e os pacientes com obesidade. 

O mandato do Dr. Ricardo Cohen vai até setembro do próximo ano, ele substitui o austríaco Gerhard Prager, atual presidente da Federação Mundial.

Com doutorado em clínica cirúrgica, o médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Cohen, é uma referência mundial em obesidade, diabetes e cirurgia bariátrica. Ele é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (2011-2012), ex-presidente do capítulo latino-americano da IFSO (2018-2019), membro honorário da Sociedade Espanhola, Argentina, Egípcia, (entre outras) de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, e foi apontado pela Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (American Society for Metabolic and Bariatric Surgery – ASMBS), como um dos 30 médicos mais influentes do mundo nesta área do conhecimento. Já publicou mais de 250 artigos e nove livros.

A frente da IFSO, o especialista terá como desafio promover discussões científicas a respeito dos melhores tratamentos disponíveis para a obesidade, além de contribuir com a ampliação do acesso aos melhores tratamentos clínicos e cirúrgicos para o controle da obesidade e de suas doenças associadas. 

“É uma honra e uma grande responsabilidade assumir a presidência de uma das mais importantes entidades médicas do mundo.  Vamos trabalhar conjuntamente, com as principais instituições médicas e científicas de todos os continentes para estimular e ampliar a produção científica, para garantir mais acesso aos melhores tratamentos clínicos e cirúrgicos para cada indivíduo, respeitando as necessidades de cada paciente e as particularidades de uma doença multifatorial que é a obesidade. Nosso propósito é contribuirmos efetivamente para a redução da maior epidemia enfrentada pela sociedade contemporânea”, afirma o Dr. Ricardo Cohen.

Contratação de pessoas 50+ no Hospital Alemão Oswaldo Cruz cresceu 46% no ano passado em relação à 2022

Colaboradores 50+ representam 12% da força de trabalho da Instituição

São Paulo, 30 agosto de 2024 – O número de contratações de pessoas com 50 anos ou mais do Hospital Alemão Oswaldo Cruz teve um aumento de 46% no ano de 2023, em comparação à 2022. No primeiro semestre deste ano foram mais 19 contratações. Os colaboradores acima dos 50 anos representam atualmente 12% da força de trabalho entre os cerca de 3.500 funcionários da Instituição. Este crescimento está alinhado à agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) do Hospital, que busca promover a inclusão e a diversidade.

A expectativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é de que, em 2040, pessoas com mais de 45 anos representem cerca de 56% da força de trabalho no Brasil. Este cenário reflete a necessidade de organizações prepararem-se para uma população economicamente ativa cada vez mais envelhecida, com isso a valorização da experiência e do conhecimento dos profissionais maduros se torna estratégico para o Hospital.

Ações estratégicas para a inclusão de profissionais 50+

Segundo Silvino Teófilo, gerente de Remuneração e Administração de Pessoal do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a contratação de profissionais com mais de 50 anos na Instituição não se dá apenas por necessidade. “Essa é uma escolha consciente e estratégica, que busca criar um ambiente de trabalho diversificado, em que a troca de conhecimentos e experiências enriquece toda a equipe”, explica.

Além disso, ao promover a inclusão de profissionais mais veteranos, o Hospital contribui para a sociedade ao combater preconceitos e estereótipos relacionados à idade, demonstrando que a experiência é um ativo valioso.

Em 18 meses (entre janeiro de 2023 e junho de 2024) foram 86 profissionais acima dos 50 anos contratados, demonstrando a continuidade da eficácia das estratégias adotadas. A representatividade de 12% desses profissionais no quadro de colaboradores é um marco importante. Além disso, 63% dos colaboradores com 50 anos ou mais são mulheres.

De acordo com Maria Carolina Lourenço Gomes, diretora-executiva de Pessoas, Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, para os próximos anos, o Hospital pretende continuar ampliando a contratação de profissionais maduros, alinhando esse esforço aos compromissos estratégicos que vêm sendo desenvolvidos pela Instituição.

“Dar espaço, no mercado de trabalho para o conhecimento técnico e vivência de profissionais qualificados e maduros faz parte da agenda ESG da Instituição, nossa gestão de pessoal é baseada na diversidade profissional, que incluí proporcionar a troca de experiência e a transmissão de conhecimento entre colaboradores mais experientes com aqueles mais jovens, fortalecendo valores como conhecimento e respeito”, diz Maria Carolina.

A diretora executiva complementa que o “plano  do Hospital inclui a expansão dos programas de suporte e a criação de novas iniciativas para garantir que todos os colaboradores, independentemente da idade, tenham oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento”.

Jornada da Diversidade, Equidade e Inclusão 

Além da inclusão etária, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz vem avançando na agenda de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Todos os planos táticos sobre o tema foram concluídos, incluindo a estruturação de um dashboard de indicadores que monitoram o progresso das iniciativas. 

Ações afirmativas foram implementadas para aumentar também o número de pessoas com deficiência (PcD) na organização, e treinamentos sobre a jornada foram oferecidos a colaboradores diretos, profissionais do corpo clínico cadastrado ativo, alunos da Faculdade e da Escola Técnica e ao grupo de voluntários.

Em 2023, o programa de atração de PcD do Hospital contou com cinco turmas e a participação de mais de 400 pessoas nos processos seletivos, com 73% de aproveitamento ao término do ciclo. 

Testemunhos e casos de sucesso

Hoje o Hospital conta com 411 colaboradores 50+, cada um com uma história inspiradora de carreira. Claudia Aparecida Fernandes, de 56 anos, é enfermeira há 28 anos, atuando no Hospital Alemão Oswaldo Cruz desde o início do ano passado ela  compartilha “ a inclusão de profissionais mais experientes não só beneficia os colaboradores, mas também melhora a qualidade do atendimento aos pacientes. A experiência e o conhecimento acumulados ao longo dos anos são insubstituíveis e têm um impacto direto nos nossos ótimos resultados.”

Marcia Cristina dos Santos, 54, é orientadora de fluxo na Instituição há um ano e acrescenta: “Trabalhar na Instituição tem sido uma experiência enriquecedora. Sinto-me valorizada e parte de uma equipe que reconhece a importância da minha experiência.”

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz demonstra, com suas políticas e ações, que a inclusão e a valorização dos profissionais mais maduros são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade da organização. A experiência dos colaboradores 50+ é um ativo valioso que contribui para a inovação e a qualidade do serviço de saúde oferecido.

Oswaldo Cruz Avança em Sustentabilidade com Logística Reversa

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em conjunto com seus parceiros, está avançando significativamente em seus projetos de sustentabilidade. A instituição desenvolveu um Programa de Logística Reversa (PLR) com o objetivo de reduzir a produção de resíduos e melhorar a gestão desses materiais. O PLR inclui a coleta e reutilização de embalagens de produtos químicos, bem como o uso de recipientes retornáveis. Nos últimos nove anos, o sistema reciclou 32 toneladas de plástico.

Leonisa Scholz Obrusnik, diretora de Suprimentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, destaca: “O setor de suprimentos sempre foi crucial para o Hospital, mas hoje ele ocupa uma posição estratégica que permite que pautas essenciais avancem de forma consistente. O que antes era um tema secundário, agora é central, e não há negociações sem que a agenda ESG seja determinante.”

Em 2023, foram recolhidos 591 kg de embalagens plásticas, e somente no primeiro semestre de 2024 foram 361 kg, representando 61% do total do ano anterior. O uso de embalagens retornáveis evitou a geração de 1,5 tonelada de resíduos.

Recentemente, o Hospital implementou diversas melhorias, como a atualização de minutas e documentos para alinhar-se às práticas ESG, o mapeamento de fornecedores estratégicos e a inclusão de questões ESG no formulário de pesquisa e qualificação de fornecedores. Também foram estabelecidos requisitos para certificações e documentos que comprovem as práticas recomendadas pelos fornecedores.

O Programa de Logística Reversa tem como objetivo reduzir o impacto ambiental e otimizar os custos operacionais da instituição. Atualmente, o hospital opera em duas frentes: a reciclagem de embalagens e o uso de caixas retornáveis.

Para facilitar o processo, os materiais são separados em sacos transparentes, e os parceiros do Hospital recolhem regularmente esses materiais para reciclagem. O projeto também ampliou a utilização de caixas retornáveis, o que reduziu o uso excessivo de papelão, isopor e gelo. Entre dezembro de 2021 e maio de 2024, aproximadamente 400 kg de papelão foram economizados.

Na entrega dos produtos, são utilizadas caixas plásticas retornáveis, reduzindo significativamente a geração de resíduos pela instituição.

Programa de eficiência melhora processos e economiza R$ 13,4 milhões no Hospital Oswaldo Cruz

O setor de saúde vive um momento de transformação desde o fim da pandemia do coronavírus, com pressões vindas de todos os lados. A inflação médica disparou, as operadoras de saúde viram seus índices de utilização saltarem, houve um aumento dos custos e da concorrência setorial. Para lidar com os novos desafios, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz implantou um Programa de Eficiência, que já resultou em uma economia de R$ 13,4 milhões só no segundo semestre de 2023. “Vemos a inovação como um vetor crucial para a competitividade, e fortalecer esse ponto tem sido uma prioridade no Oswaldo Cruz nos últimos tempos. A junção da inovação com a estratégia é o que possibilitou o surgimento do programa”, afirma Luisa Fleury, gerente de Estratégia e Inovação do hospital.

A primeira parte do Programa de Eficiência operacional levou cerca de dois anos, desde o início do mapeamento das áreas que seriam trabalhadas e definição de estratégias, até a colheita dos primeiros resultados e desenvolvimento do projeto.

Segundo Fleury, os pontos trabalhados foram estratégias voltadas para sanar dores antigas da gestão do hospital em processos complexos e multissetoriais. “Às vezes, a gente desconhece a causa-raiz do problema para conseguir trazer a solução. Se não houver envolvimento de diversas áreas, todas olhando com o mesmo foco, fica difícil alcançar o resultado”, afirma.

A metodologia utilizada foi a híbrida Lean Six Sigma — Lean, que busca eliminar desperdícios e aumentar a eficiência, e Six Sigma, que tem como objetivo aumentar a qualidade dos serviços e processos. Ela teve origem na indústria, mas foi facilmente adaptada para o ambiente hospitalar, segundo a executiva.

A gerente de inovação aponta, no entanto, que essa metodologia só é aplicável a processos padronizados e não a protocolos de atendimento de alta variabilidade, como a decisão médica dentro de um centro cirúrgico ou quaisquer padrões que possam interferir com a qualidade do tratamento prestado.

No total, foram atacados quatro pontos: a redução de banco de horas dos funcionários, a gestão de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), a transição de cuidados e a otimização do giro de leitos.

O projeto que mais deu resultado financeiro até o momento foi a gestão das OPMEs, com uma economia de R$ 11,8 milhões entre agosto e novembro de 2023. Segundo Fleury, esse sempre foi um processo muito complexo, já que ele nasce na compra dos materiais e vai até a escolha do médico dentro da sala de cirurgia, passando por ciclos de receita, auditoria e faturamento, até finalmente chegar ao recebimento do material.

“O mais curioso é que o problema não estava onde imaginávamos. Sabíamos que havia dinheiro perdido em algum lugar do processo, mas a raiz do problema era outra”. E é aí que a metodologia Lean Six Sigma foi essencial: ela investigou toda a cadeia do processo até encontrar o verdadeiro gargalo, com comprovação de dados de toda a estrutura.

No caso do giro de leitos, o projeto teve como objetivo maximizar o aproveitamento das unidades disponíveis, já que havia um descasamento entre oferta e demanda. Como a maior parte das internações ocorre pela manhã e as altas são dadas no fim da tarde, muitos leitos passavam a noite completamente vazios, gerando grande ineficiência financeira.

O processo foi modificado para aumentar o número de saídas reais até as 11h e reduzir o tempo entre a alta médica e a liberação definitiva pela enfermagem. Além da reutilização mais rápida dos leitos, a maior eficiência também visou melhorar a experiência dos pacientes. Outro projeto com foco central na experiência e segurança do paciente é o de Transição do Cuidado, para melhorar a movimentação e transferência dentro do hospital, reduzindo o tempo de espera entre a ida para o quarto, realização de exames, medicação e outros procedimentos necessários. “Conseguimos reduzir em cerca de 60% o tempo entre a solicitação de um exame e a realização dele só com o aprimoramento de processos”, explica a executiva.

A saúde e bem-estar dos colaboradores também foi um ponto explorado pelo programa. Com o projeto de redução de banco de horas, houve uma redução média de 41% no saldo em áreas críticas, com pico de 77% de redução em um dos setores. Além da economia com os custos das horas extras, a melhora também tem impacto positivo na qualidade de vida e desempenho dos colaboradores.

No momento, a primeira etapa está na fase de controle. “Na metodologia, ainda não atingimos o pico de performance. Precisamos garantir a sustentação desses resultados daqui para frente, porque eles ainda têm muito a agregar. Não adianta reduzirmos com medidas pontuais e depois começarmos a aumentar de novo, mas temos visto uma estabilização”, explica Fleury.

Com o sucesso da primeira etapa, a gerente aponta que mais setores, funcionários e projetos foram inscritos para novas iniciativas de inovação. “Quando pensamos no programa de eficiência, a mudança na cultura corporativa não foi algo que nos motivou inicialmente, mas hoje entendemos o quanto ele contribui para a formação de uma cultura inovadora dentro da instituição”, aponta.

“A inovação é um desafio de todos. Acho que, quando falamos de inovação, muitas vezes pensamos em salas de realidade virtual para os pacientes e coisas assim. As pessoas têm a sensação de que a inovação é algo muito distante, enquanto ela, na verdade, está no nosso dia a dia. Fazer diferente e melhor também é. A inovação ultra disruptiva existe, mas ela não inviabiliza as outras coisas. Precisamos ter essa produtividade e ousadia de inovar todos os dias”, ressalta Luisa Fleury.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz reduz em 42% afastamentos de colaboradores com autocuidado e análise ergonômica

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz alcançou uma significativa redução de 42% nos afastamentos de colaboradores devido a cirurgias osteomusculares, graças a iniciativas de autocuidado e análise ergonômica. Dados recentes do Ministério da Previdência Social indicam que hérnias de disco e lombalgias foram responsáveis pela quarta maior causa de afastamento previdenciário no país em 2023.

Ao contrário dessa tendência nacional, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as lombalgias e hérnias de disco representam a quarta causa de afastamento previdenciário entre os colaboradores. O número de cirurgias na coluna registrou uma queda expressiva no último ano em comparação com 2022.

Esses resultados são frutos de um conjunto de ações estratégicas lideradas pelo Centro de Atenção à Saúde e Segurança do Colaborador (CASSC) e pelo programa Saúde Integral da instituição. Além da promoção do autocuidado e incentivo à prática regular de exercícios físicos, uma análise ergonômica detalhada das atividades laborativas e dos postos de trabalho tem sido fundamental.

Uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos de segurança do trabalho, assistentes sociais e fisioterapeutas atua diretamente na orientação dos profissionais, buscando melhorar suas funções rotineiras e evitar danos à saúde osteomuscular. O Hospital também tem realizado adequações nas instalações dos postos de trabalho para garantir maior proteção aos colaboradores.

O Dr. José Domingos Neto, coordenador médico do CASSC, destaca a importância desse trabalho conjunto, que visa tanto a prevenção quanto a rápida identificação e tratamento de casos. “Nas áreas assistenciais, por exemplo, a ergonomista acompanha os profissionais do time de enfermagem nas rotinas com os pacientes, para identificar movimentos que o trabalhador faz e que podem prejudicar sua coluna”, explica.

Além disso, o Hospital realiza um mapeamento constante das áreas de alta complexidade, intensificando a atuação da ergonomia para garantir o desempenho adequado das atividades profissionais sem comprometer a saúde dos colaboradores.

Medidas como a substituição de equipamentos e a melhoria nas instalações têm contribuído para aumentar a ergonomia no ambiente hospitalar, resultando em ganhos de produtividade e bem-estar para os colaboradores.

A identificação precoce associada à gestão adequada dos casos e o direcionamento do cuidado para médicos especialistas são essenciais para garantir a saúde do colaborador e para minimizar os afastamentos. Segundo o Dr. José Domingos, o tempo de afastamento do colaborar que precisa se ausentar para fazer cirurgias para a correção de hérnias de disco variam de 30 até 120 dias. “Tão importante quanto evitar que os diagnósticos evoluam para procedimentos cirúrgicos é a atenção ao retorno do colaborador às atividades laborais após as cirurgias. O trabalho da ergonomista é fundamental também neste momento para propor melhorias nas rotinas de cada função e no posto de trabalho”, conclui o médico.

Projeto de Fortalecimento da Função Gestora das SES na Consolidação do SUS está com seleção aberta para facilitadores(as)

Projeto de Fortalecimento da Função Gestora das SES na Consolidação do SUS está com seleção aberta para facilitadores(as)

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) abriu processo seletivo de Facilitadores(as): Fortalecimento da Função Gestora das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) na Consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde.

Informações completas em https://proadi.eadhaoc.org.br/course/view.php?id=281

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