Com a chegada do verão e a temporada de fortes chuvas, é necessário aumentar os cuidados no combate à dengue.
A dengue já é considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo. No Brasil, as condições climátics e ambientais favorecem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, resultando em epidemias, principalmente nos períodos chuvosos no verão.
A doença apresenta quatro tipos de vírus diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4. O tipo DEN-4, popularmente conhecido como Dengue tipo 4, foi registrado no Brasil há pouco tempo e, apesar de novo, não altera as medidas preventivas e nem a forma de tratamento já conhecida.
A cada infecção por determinado tipo de vírus, o indivíduo passa a ser imune a ele, mas não aos outros três tipos, por isso é comum dizer que a pessoa pode adoecer até quatro vezes. O Brasil já convivia com três tipos e, em junho do ano passado, houve a introdução do DEN-4. Segundo dados do Ministério da Saúde, a maior incidência de casos acontece entre janeiro e maio, período de temperaturas altas e chuvas.
Vacina
O Brasil, com cinco capitais representantes (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória), está participando do projeto de um laboratório de origem francesa que visa à produção de uma vacina contra a dengue. O projeto está em fase de testes com humanos, mas a sua conclusão ainda não é prevista.
Prevenção
A dengue é uma doença que precisa da compreensão e ação de toda a população para afastar o local onde o mosquito vive e se reproduz. Para isso, basta não deixar água acumulada, fechar bem sacos de lixo e lixeiras, remover folhas e galhos das calhas, manter a caixa d’água sempre bem fechada e encher de areia os pratinhos de plantas. Qualquer recipiente, como tampa de garrafa, pneus e outros que possam acumular água das chuvas, deve ser eliminado ou armazenado em local coberto, pois pode se tornar um depositório de ovos do mosquito e, consequentemente, ser um foco da doença.
Sintomas
Para qualquer um dos quatro tipos de dengue, o indivíduo pode apresentar febre, com duração menor que uma semana, associada a dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, dor nas juntas, sensação de cansaço e manchas avermelhadas espalhadas pela pele. Todo paciente com esses sintomas deve procurar um médico para avaliação, pois somente com o exame físico e laboratorial poderá ser feito o diagnóstico e tipo de tratamento adequado, hospitalar ou domiciliar.
Tratamento
De maneira geral, são prescritos ao paciente hidratação rigorosa e controle a cada uma das possíveis complicações. O uso de medicamentos, como ácido acetilsalicílico e outros salicilatos e anti-inflamatórios, pode desencadear sangramentos e agravar o quadro.
Fonte: Dr. Stefan Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.