Outubro Rosa: projetos sociais resgatam autoestima de mulheres com câncer de mama

Em meio ao tratamento, dentre outros efeitos colaterais, pacientes podem perder cabelos e serem submetidas a intervenções cirúrgicas nas mamas.

A perda de cabelo, a cirurgia na mama e os diversos efeitos colaterais que podem resultar dos medicamentos associados ao tratamento contra o câncer de mama são alguns dos obstáculos que pacientes oncológicas precisam superar.

“Tudo isso impacta na autoestima da mulher, ou mais ou menos. Então é super importante o médico abordar esse tema no dia a dia”, ressalta Pedro Exman, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De acordo com o especialista, cabe ao oncologista tratar a paciente, e não somente sua doença. “A gente precisa estar o tempo inteiro conversando sobre como a mulher está se sentindo, como está sua autoestima, como está a relação dela com as pessoas, como ela está se vendo no espelho”, explica.

Embora também possa acometer homens, representando 1% do total de casos da doença, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca) , as mulheres são as principais impactadas pelo câncer de mama. No Brasil , excluídos os tumores de pele não melanoma, é o tipo de câncer mais frequente no público feminino. Por isso, no mês de outubro, várias iniciativas de conscientização sobre a doença tomam corpo, no chamado “Outubro Rosa”.

Diagnóstico precoce

Vanessa Araújo descobriu o câncer em maio de 2023, após notar, durante o autoexame da mama, o crescimento de um nódulo que vinha acompanhando com seu médico. Depois de uma mamografia, a biópsia confirmou o câncer em grau 2.

“Desse processo todo, o que me impactou mais foi a perda do meu cabelo. Com 14 dias depois da primeira sessão de quimioterapia, meu cabelo começou a cair em tufos”, conta a paciente.

Pelo tamanho do tumor, a paciente pôde fazer a cirurgia de retirada antes de começar a quimioterapia. O procedimento se concentrou no quadrante inferior de sua mama, mas a reconstrução foi feita no mesmo dia, usando sua própria gordura — sem alterações na aréola.

O oncologista explica que o tratamento é escolhido a partir do diagnóstico da paciente, uma vez que existem mais de um tipo de câncer de mama.

“De acordo com o tipo de doença, a cirurgia é a escolha inicial e, depois, o tratamento com medicação, mas, se tem uma doença mais avançada, normalmente, a gente começa com medicação e quimioterapia e, depois, vai para a cirurgia”, afirma Exman.

Um mês depois de ter sido operada, em agosto, Vanessa começou as sessões de quimioterapia. Quando estava decidida a raspar a cabeça, seu caminho cruzou com o da ONG Cabelegria, que, desde 2013, arrecada cabelos para confeccionar e distribuir, gratuitamente, perucas para pacientes que lutam contra o câncer.

Já com pouco cabelo, Vanessa estava decidida a comprar uma peruca e raspar a cabeça, quando encontrou um stand da organização em uma feira de beleza, em São Paulo. No mesmo dia, a paciente saiu de lá com sua peruca.

“Foi um alento”, diz sobre o acessório. Depois de raspar a cabeça, “eu senti até um alívio de não ver mais aquele monte de cabelo caindo no chão.”

Segundo informações da Cabelegria, a ONG já recebeu a doação de 345 mil cabelos e confeccionou 13 mil perucas — sendo que 95% dos artigos foram doados para mulheres em tratamento contra o câncer de mama.

Apesar de o diagnóstico precoce de Vanessa ter sido decorrente do autoexame, o médico explica que essa não é uma ferramenta de rastreamento.

“O autoexame é importante para a mulher se conhecer, conhecer sua anatomia e, eventualmente, notar se tiver alguma coisa diferente, mas ele não é uma ferramenta para rastreamento”, afirma.

Segundo Exman, a recomendação é de que as mulheres realizem a mamografia anualmente a partir dos 40 anos.

Uma nova mulher

Dados do Inca referentes ao ano de 2020 indicam que, a cada 10 mil mulheres, 11,84 morrem no país em razão do câncer de mama.

Sobre novos casos, a estimava do instituto é de que, para cada ano do triênio 2023-2025, sejam diagnosticadas 73.610 pessoas com câncer de mama.

Cada uma dessas pacientes lidará com a doença de uma forma diferente. No caso de Rose Mota, de 50 anos, o diagnóstico foi um “mal que veio para o bem”. A carioca se define como “uma nova mulher depois do câncer”.

Rose descobriu o câncer aos 39 anos, em 2012, ao solicitar um exame de mamografia, devido à casos anteriores na família.

Vítima de violência doméstica e criando quatro filhos ao lado de seu então marido, que “vivia na rua, bebendo e se drogando”, a cabeleireira diz que quando soube da doença “já não tinha mais lágrimas”.

O tratamento durou cinco anos, contando mastectomia — que é a retirada cirúrgica de toda a mama —, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.

A cirurgia ocorreu ainda em 2012, mas a reconstrução da mama foi feita dois anos mais tarde, em 2014. Segundo Rose, lidar com a ausência do seio não foi tão difícil: ela usava próteses removíveis e conseguia disfarçar com as roupas.

Mas, depois de ter passado por duas intervenções cirúrgicas, a paciente decidiu que não retornaria para fazer a reconstrução da aréola.

“Quando eu olhava no espelho, eu sentia que faltava alguma coisa, mas procurava nem olhar muito para aquela mama, olhava só para a outra. E eu consegui bloquear na minha cabeça”, relembra.

Alguns anos mais tarde, em reuniões da Fundação Nacional de Combate ao Câncer (FNCC), Rose conheceu Patrícia Bastos, uma micropigmentadora paramédica que se dedica a ajudar pacientes com câncer ou vitiligo.

O projeto Volte a Ser Feliz foi fundado por Patrícia em 2014. Desde então, ela é a única financiadora, embora conte com algumas parcerias eventuais.

A dermopigmentadora mantém uma clínica na cidade do Rio de Janeiro e outra em Petrópolis e já atendeu mais de 800 mulheres com a iniciativa.

“A intenção que sempre tive é mostrar que elas ainda podem viver normalmente”, afirma.

Eu me olhava no espelho e me sentia reconstruindo. Conforme eu ia reconstruindo os pedaços do meu corpo, eu também fui reconstruindo a minha vida emocional.

Rose Mota

De acordo com o oncologista Pedro Exman, a mastectomia tem sido evitada pelos profissionais da saúde, tanto em hospitais privados quanto públicos.

“Na minoria das vezes, hoje em dia, a gente faz uma cirurgia mais agressiva com a retirada completa. Atualmente, a cirurgia conservadora poupa a mama, o mamilo, e acaba tirando só o setor em que está o tumor”, explica o médico.

Nos casos em que a mama precisa ser completamente retirada, a lei garante a realização de cirurgia plástica reparadora pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mesmo com a garantia legal, apenas 20% das 92,5 mil mulheres que fizeram mastectomia entre os anos de 2008 e 2015 passaram pelo procedimento de reconstrução mamária, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) com base em dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

Além disso, a reconstrução da aréola costuma ser feita alguns meses após a reparação da mama, devido ao período de cicatrização. Isso faz com que muitas mulheres desistam de se submeter a uma nova cirurgia — assim como aconteceu com Rose.

Esse cenário reforça a necessidade de acompanhamento de uma equipe médica formada por profissionais de diferentes áreas, como oncologia, psicologia, nutrição e fisioterapia, conforma aponta Exman. “A gente tem que deixar a paciente próxima de opções que a farão se sentir melhor”, afirma o especialista.

Conheça 10 mitos e verdades sobre o Câncer de Mama

São Paulo, 27 de setembro de 2023 – De acordo com estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), para o triênio de 2023 a 2025 são esperados que o país registre 73.610 casos novos de câncer de mama, um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres. Só em 2020, o Brasil registou quase 18 mil mortes por câncer de mama, que equivale a um risco de 16,47 mortes por 100 mil mulheres.

Há três décadas outubro é conhecido mundialmente como o mês de conscientização sobre o câncer de mama e, apesar da campanha já estar consolidada no Brasil, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o que é verdade e o que é mito a respeito da doença. Pensando nisso, o Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, esclarece quais são mitos e verdades sobre o câncer de mama.

1 – Menopausa e reposição hormonal não trazem risco para o câncer de mama
Verdade para menopausa e falso para reposição hormonal
A menopausa é um processo natural que ocorre com todas as mulheres e equivale ao último período menstrual. O período antes, durante e depois desta última menstruação chama-se climatério, que é quando ocorre a diminuição progressiva da função ovariana e da produção do estradiol e da progesterona. Este processo é natural e não está relacionado a um aumento do risco de câncer de mama. No entanto, ele acarreta uma série de sintomas devido à diminuição dos hormônios femininos, como ondas de calor, irritabilidade, alterações do humor, alterações vaginais, diminuição de libido, aumento do risco de osteoporose, entre outros.

Já a reposição hormonal é uma estratégia extremamente potente para combater estes sintomas. Infelizmente, na década de 2000, a reposição hormonal foi realizada sem um correto controle e acompanhamento médico e se tornou um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, com aumento do risco relativo entre 10 % e 20% em comparação a mulheres que não fizeram reposição hormonal. Para a realização segura de reposição hormonal, a mulher deve ser informada dos riscos e benefícios de tal estratégia e manter sempre acompanhamento profissional médico especialista.

2 – Os chamados chips da beleza previnem o câncer de mama
MITO
Chips da beleza são chips subcutâneos que liberam de forma lenta e progressiva hormônios, principalmente a testosterona, que no fígado é metabolizada e uma parte se torna estrogênio, o principal hormônio feminino. Por ser uma exposição com pouco controle e a longo prazo, há sim um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama.

3 – Uso de anticoncepcional causa câncer de mama
Parcialmente verdade
Alguns estudos têm demonstrado que o uso a longo prazo de anticoncepcional oral pode aumentar o risco de câncer de mama. Porém, este aumento de risco é muito pequeno quando comparado com pacientes que não usam o anticoncepcional oral Vale lembrar que anticoncepcional oral é uma forma de anticoncepção altamente eficaz e que seu uso também pode ser extremamente bem-vindo em condições como endometriose ou distúrbios hormonais. O seu uso não deve ser contraindicado, mas as pacientes devem ser informadas e discutir com seu médico, de forma individualizada, qual a melhor forma de contracepção.

4 – Hereditariedade aumenta em 80% as chances de desenvolver câncer de mama
VERDADE
Fatores genéticos correspondem à 12% dos casos de câncer de mama e aumentam em 80% as chances do desenvolvimento da doença. O mapeamento genético pode ser importante aliado na prevenção e no tratamento em casos do tipo.

O mapa pode ser feito por qualquer pessoa por meio de uma coleta de sangue, saliva ou qualquer outro fluido que contenha material genético, entretanto, a análise se dá por meio de sofisticadas técnicas de laboratório e é indicada para pessoas que tenham histórico de doenças genéticas em familiares.

5 – Próteses de silicone aumentam o risco de câncer
MITO
Não há relação do uso de próteses mamária de silicone com o risco de desenvolvimento de câncer de mama.

6 – Usar desodorante antitranspirante causa câncer de mama
MITO
Muito se fala sobre a relação entre os sais de alumínio, presentes na formulação de alguns desodorantes, e o aumento do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Mas não há com o que se preocupar. Até hoje, nenhum estudo científico conseguiu estabelecer relação entre o uso desse produto e o risco de desenvolver a neoplasia. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que o produto é seguro e que não existe relação entre a substância e o desenvolvimento do tumor.

7 – A prática de atividades físicas pode ajudar a prevenir o câncer de mama
VERDADE
A atividade física, quando praticada regularmente (no mínimo três vezes por semana com duração mínima de trinta minutos), traz diversos benefícios a curto e longo prazo para qualquer pessoa. Para prevenir o câncer de mama as mulheres devem iniciar uma mudança de hábitos em sua rotina, como praticar atividade física regularmente, ingerir alimentos saudáveis e realizar os exames preventivos, como a mamografia.

8 – Usar sutiã apertado causa câncer
MITO
Não há embasamento científico que relacione o uso de sutiãs apertados e o surgimento do câncer de mama. Há uma falsa ideia de que o sutiã comprime os vasos sanguíneos, acumulando assim toxinas na mama, porém não há base para essa afirmação.

9 – Todos os nódulos da mama são câncer
MITO
A maioria dos nódulos na mama correspondem a lesões benignas ou cistos. Achando um nódulo, não se desespere e consulte um médico.

10 – Mulheres que amamentam têm menos chances de desenvolver câncer de mama
VERDADE
Uma das orientações do Ministério da Saúde para prevenção do câncer de mama é o aleitamento materno. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostram que o risco de desenvolver câncer de mama é cerca de 22% menor em mulheres que amamentaram.

Rastreamento e sobrediagnóstico do câncer de mama na mulher idosa

Escrito por Valéria Hartt

Artigo de Richman et al. no Annals of Internal Medicine mostra que o sobrediagnóstico (overdiagnosis) é cada vez mais reconhecido como um dano do rastreamento do câncer de mama em mulheres idosas. Richman e colegas compararam o diagnóstico de câncer de mama e de morte em uma população rastreada de mulheres dos EUA com idade entre 70 e 85 anos com uma população não rastreada da mesma idade. Os resultados estimam que 31% das mulheres entre 70 e 74 anos diagnosticadas com câncer de mama em programas de rastreamento foram potencialmente sobrediagnosticadas, enquanto para mulheres de 75 a 84 anos, o sobrediagnóstico foi estimado em 47%. Ricardo Caponero, oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta os resultados.

Neste estudo de coorte retrospectivo, o objetivo dos pesquisadores foi avaliar a incidência cumulativa de câncer de mama entre mulheres mais velhas (= 70 anos) que continuaram o rastreamento na comparação com aquelas que não realizaram a triagem. As análises usaram modelos de risco concorrentes, estratificados por idade.

A partir de dados do registro SEER-Medicare, o estudo incluiu 54 635 mulheres. Entre aquelas de 70 a 74 anos, a mediana de acompanhamento foi de 13,7 anos e a incidência cumulativa de câncer de mama foi de 6,1 casos (95% CI, 5,7 a 6,4) por 100 mulheres rastreadas versus 4,2 casos (IC, 3,5 a 5,0) por 100 mulheres não rastreadas. “Estima-se que 31% dos casos de câncer de mama entre as mulheres rastreadas foram potencialmente sobrediagnosticados”, descreve a análise.

Para mulheres de 75 a 84 anos, o seguimento mediano foi de 10 anos e a incidência cumulativa foi de 4,9 (IC, 4,6 a 5,2) por 100 mulheres rastreadas versus 2,6 (IC, 2,2 a 3,0) por 100 mulheres não rastreadas, com 47% dos casos potencialmente sobrediagnosticados. Para mulheres com 85 anos ou mais, a mediana de acompanhamento foi de 5,7 anos e a análise ajustada mostrou incidência cumulativa de 2,8 (IC, 2,3 a 3,4) entre as mulheres rastreadas versus 1,3 (IC, 0,9 a 1,9) entre as não rastreadas, com até 54% de sobrediagnóstico.

A análise mostra que não foram observadas reduções estatisticamente significativas na morte específica por câncer de mama associada ao rastreamento. O rastreamento contínuo do câncer de mama foi associado a maior incidência de câncer de mama, sugerindo que o sobrediagnóstico pode ser frequente entre mulheres mais velhas diagnosticadas com câncer de mama após o rastreamento.

Para o oncologista Ricardo Caponero, o artigo da Dra. Ilana B. Richman é de fundamental importância, mas precisa ser interpretado com cuidado. “O sobre diagnóstico é o que se realiza numa paciente que morrerá por uma causa distinta da que se está rastreando. É claro que a idade é o principal fator de risco para a morte. Pessoas mais velhas têm mais chances de morrer. Indo ao extremo, com certeza nenhum exame de rastreamento vale a pena aos 100 anos de idade. O problema está exatamente em saber qual é a causa de morte mais provável em uma determinada faixa etária”, pondera. “O estudo incluiu 54.635 mulheres, e a incidência de câncer de mama entre 70 a 74 anos foi de 6,1casos/100.000 mulheres rastreadas (sem sintomas). Essa taxa foi de 4.2/100.000 na faixa dos 75 a 84 anos e 2,8/100.000 para as mulheres com 85 anos ou mais. Obviamente a taxa de incidência cai em função da mortalidade por outras causas”, acrescenta.

Caponero observa que um rastreamento efetivo precisa permitir o diagnóstico numa fase da doença em que se melhorem as opções terapêuticas e se aumente a chance de cura, mas por outro lado, o diagnóstico aumenta o estresse das pacientes e pode aumentar os custos em saúde. “O importante é não generalizar os resultados para as mulheres em geral. A idade cronológica deve ser interpretada conjuntamente com a idade biológica e potenciais doenças concomitantes. Pode haver benefício com o rastreamento de uma paciente de 85 anos e saudável (“fit”) e não haver para uma de 65 anos, diabética, hipertensa, obesa e fumante”, diz.

O especialista destaca ainda que esses dados respaldam a recomendação institucional do Ministério da Saúde do Brasil para interromper o rastreamento aos 70 anos de idade, como um programa estatal, e pondera que em termos econômicos, hábitos de vida saudáveis, de custo muito baixo, podem reduzir a incidência (melhor que diagnóstico precoce) em 13% e poupar mais de R$100 milhões no SUS.

“Como tudo na medicina, os dados devem ser interpretados de forma individual e as opções discutidas com as pacientes. O importante não é o resultado do exame, mas o que se vai fazer com ele. O sobrediagnóstico, embora lesivo do ponto de vista psicológico, só é problemático se ele levar a um sobretratamento, a um procedimento fútil. Ou seja, se não se vai tratar, não se precisa diagnosticar”, conclui.

Referência: Ilana B. Richman, Jessica B. Long, Pamela R. Soulos, et al. Estimating Breast Cancer Overdiagnosis After Screening Mammography Among Older Women in the United States. Ann Intern Med. [Epub 8 August 2023]. doi:10.7326/M23-0133

OUTUBRO ROSA – Câncer de mama: como lidar com as emoções e amenizar os efeitos colaterais durante o tratamento

Pacientes devem ter atenção redobrada com a pele, as unhas, os cabelos e a alimentação

São Paulo, 05 de outubro de 2022 – Uma pesquisa publicada recentemente pela revista Nature Reviews Clinical Oncology, feita por pesquisadores da Universidade de Harvard, destaca que a incidência de câncer antes dos 50 anos de idade tem crescido a cada geração e aponta para o aumento da ocorrência da doença entre adultos jovens nas próximas décadas. E esse aumento já vinha sendo detectado antes da pandemia de Covid-19, quando um levantamento da American Cancer Society, de 2019, relatou que uma em cada oito mulheres que viverem até os 75 anos terão diagnóstico de câncer de mama.

Isso significa que provavelmente todo mundo conhece alguém que tem ou já teve a doença. Por outro lado, os avanços da medicina trazem o conforto de um tratamento com cada vez mais chance de sucesso, especialmente se detectado precocemente, quando as chances de cura podem superar os 95%, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

De acordo com o Dr. Pedro Exman, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, receber um diagnóstico de câncer de mama é um dos momentos mais difíceis da vida de uma mulher, por isso é tão importante que a paciente tenha acesso não apenas ao médico, mas seja orientada e acompanhada por um time multidisciplinar, ou seja, que seu tratamento contemple estratégias terapêuticas alinhadas também com psicólogos, nutricionistas, enfermeiros especializados e outros profissionais, de acordo com os cuidados necessários para cada mulher.

Então, como passar por esse processo da melhor forma? Como ajudar amigas e parentes que estão passando pelo tratamento? Ouvimos alguns dos especialistas do Centro Especializado em Oncologia para entender esse momento tão delicado e reunimos dicas importantes para a saúde e o bem-estar das mulheres que estão enfrentando tratamentos para combater o câncer de mama.

Entendendo as emoções

Para a Flávia Andrade, psicóloga do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o mais importante é entender as emoções vividas naquele momento. “O diagnóstico oncológico é sempre impactante. E pode trazer tristeza e choro, que são normais em uma situação como essa, e fazem parte do processo. Mas, caso a paciente não consiga se reorganizar para enfrentar o tratamento, pode ser necessário um suporte profissional”, esclarece a psicóloga.

O amparo de amigos e familiares é imprescindível durante o tratamento. “É importante contar com uma rede de apoio que se coloque à disposição, tentando entender a necessidade da pessoa. Respeitar o tempo e o espaço da paciente é fundamental”, alerta.

Outro aspecto importante é manter um diálogo aberto com o médico. “A paciente deve sempre tirar as suas dúvidas e lembrar que o médico é sempre sua referência de informações, evitar buscar opiniões em outros locais. Além disso, a paciente precisa tentar vivenciar uma etapa de cada vez, porque no tratamento oncológico o cronograma pode mudar, de acordo com a resposta de cada uma. Assim, a esperança e a confiança são fundamentais para enfrentar o processo”, aconselha.

Com relação à autoestima, especialmente a perda dos cabelos e sobrancelhas, a psicóloga orienta que cada mulher procure o estilo que vai fazer com que ela se sinta bem. “Cada uma deve buscar aquilo que a fizer sentir mais confortável, seja com a cabeça raspada, com um lenço ou com uma prótese (peruca), maquiada ou sem maquiagem. O mais importante é lembrar que, apesar do cabelo ter muito a ver com autoimagem, essa transformação é temporária. Toda mulher muda a cor do cabelo, ou o corte e continua sendo ela mesma”, diz.

Cuidados com os cabelos e sobrancelhas

A Dra. Jade Cury, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, traz algumas dicas sobre como cuidar dos cabelos e sobrancelhas, da pele e das unhas durante o tratamento.

Recentemente, foi lançada uma touca que provoca o resfriamento do couro cabeludo, capaz de diminuir o risco de alopecia (queda dos cabelos). Uma novidade que enche de esperança toda mulher que passa pelo tratamento.

Nos casos em que o uso da touca não é possível ou a paciente optar por não utilizar, a dermatologista reforça a importância do uso do protetor solar diariamente no couro cabeludo e usar lenços ou perucas para proteger a pele da cabeça dos danos causados pela exposição excessiva à luz solar. “Algumas perucas podem ser coladas ao couro cabeludo e permitem inclusive, que a paciente entre na piscina e no mar, devendo apenas fazer uma manutenção a cada 15 dias. Acredito que o importante é se cuidar e procurar a melhor forma de se sentir bem”, recomenda.

A especialista explica que ao término do tratamento, é possível utilizar dermocosméticos que fortalecem o crescimento dos cabelos. “Hoje existem produtos, como os utilizados para a calvície masculina, que aceleram e estimulam o crescimento dos cabelos que caíram”. Há, ainda, estudos que comprovam os benefícios da utilização desses produtos e mostram um ganho no tempo de crescimento pós quimioterapia de cerca de 50 dias. “A paciente deve ser orientada pelo médico para que possa receber a recomendação adequada e jamais passar qualquer produto sem orientação”, reforça a dermatologista.

No caso das sobrancelhas, a Dra. Jade sugere a utilização de carimbos, que já são vendidos nos formatos de sobrancelhas ou o preenchimento com lápis, simulando as sobrancelhas. Essas opções ajudam a melhorar a autoestima enquanto elas não crescem de novo.

Cuidados com a pele e as unhas

A pele também sente os efeitos do tratamento. No caso da quimioterapia, acomete a pele do corpo todo, já na radioterapia, apenas na região da mama. Os efeitos colaterais mais comuns são: ressecamento, irritação e até inflamação, além de adquirir uma sensibilidade maior à luz solar (fotossensibilidade). “Aconselhamos às pacientes que vão começar a quimioterapia a hidratar a pele de todo o corpo diariamente, especialmente quando estiver úmida, após o banho. Isso vai minimizar os efeitos dos quimioterápicos e proporcionar maior conforto. Na hora do banho não se deve usar água muito quente, usar um sabonete suave, de glicerina, para pele de bebê ou com o PH neutro, como os sabonetes syndet (um tipo de detergente sintético que contém menos de 10% de sabonete e tem o pH ajustado entre 5,5 e 7), mais próximo ao PH da pele”, diz a especialista.

Outro ponto importante é o cuidado com as unhas, principalmente, porque as mulheres brasileiras têm o hábito de tirar a cutícula. “Durante a quimioterapia, orientamos a não tirar a cutícula das mãos e dos pés, porque um machucado pode ser uma porta de entrada para infecções”, explica a dermatologista.

Alimentação balanceada

A alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais, com consumo de proteínas, baixa ingestão de gordura saturada, e uma boa hidratação são a receita básica para o período de enfrentamento do câncer.

De acordo com a nutricionista Camila de Moura Gatti, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Adequar a alimentação para que seja mais nutritiva ajuda a favorecer o tratamento. Os alimentos não recomendados durante o processo terapêutico são peixes crus, carnes cruas ou malcozidas, e ovos com a gema mole, devido ao aumento dos riscos de infecção alimentar. É aconselhável evitar comidas gordurosas, frituras e embutidos por causa do alto teor de gordura, que podem aumentar efeitos colaterais como enjoo e vômito”, explica.

A nutricionista também lembra da necessidade de higienizar bem os alimentos in natura, especialmente, as frutas, verduras e legumes. O ideal é realizar lavagem em água corrente e utilizar solução clorada, conforme orientação do produto.

Uma dica bastante especial para aquelas mulheres que estão enfrentando enjoos e vômitos durante o tratamento é a ingestão de alimentos gelados, azedos ou mais secos, como bolachas de água e sal. “Eles ajudam a diminuir a salivação excessiva, podendo melhorar as náuseas. As preparações mais geladas, como água, com ou sem limão, e picolés também ajudam a atenuar esses sintomas”, ensina a especialista.

Todos esses cuidados ajudam as mulheres a se sentirem melhor durante o tratamento oncológico e, por isso, é tão significativo o apoio de uma equipe multidisciplinar. “O acompanhamento da equipe multidisciplinar é um dos pontos fortes do tratamento, além de suprir a demanda da saúde, com a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, quando necessários, serve de alicerce para que as pacientes se sintam mais confortáveis consigo mesmas. Aqui no Hospital consideramos uma necessidade essencial para superar o percurso e a doença em si”, garante o Dr. Pedro Exman, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

CÂNCER E SEXUALIDADE

Preocupações com a doença e reações ao tratamento podem abalar a vida sexual, mas conversa franca e apoio profissional ajudam a superar os desafios

O diagnóstico de câncer vai muito além de um retrato médico. Pode causar feridas emocionais e, muitas vezes, abre um abismo também na vida conjugal do paciente. Porém, o câncer não é o fim de tudo. Pode ser derrotado com o tratamento correto. E o casal também tem tudo para se fortalecer nesse período.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz vai além da saúde física do paciente e olha para ele como um todo. “Quem enfrenta um câncer encontra obstáculos psicológicos e físicos. Muitas vezes, o diagnóstico promove uma situação de angústia e depressão, o que reduz a libido”, diz o Dr. Ricardo Caponero, do Centro Especializado em Oncologia da instituição.

De acordo com o médico, profissional com mestrado em oncologia molecular, existem situações em que a vida está ameaçada e o prazer da recompensa pela atividade sexual fica reduzido. “A fragilidade física pode ser imaginária ou real. Durante o tratamento pode ocorrer diminuição da capacidade imunológica ou alterações nas mucosas, causando uma fragilidade real”, analisa.

O diálogo é a palavra-chave na retomada da vida conjugal. O especialista pontua que é importante perceber que esses estados podem ser transitórios. “Alguém que está com muitas náuseas após uma quimioterapia pode não ter disposição para uma relação sexual naquele dia, mas a náusea vai ser passageira.”

É preciso, segundo o especialista, que os parceiros passem a prestar mais atenção ao outro e valorizem mais o carinho, a cumplicidade e a intimidade.

Falar sobre sexo ainda é uma situação incomum em uma consulta médica. “Durante um atendimento oncológico, mais do que inibição, o que ocorre é a mudança do foco para temas que parecem ter mais relevância, como o curso da doença, o prognóstico, os efeitos do tratamento”, conta o Dr. Ricardo. “O tratamento oncológico é sempre multiprofissional.” Com ou sem questões sexuais envolvidas, é sempre indicado ter acompanhamento psicológico, além de orientações de enfermagem e nutrição.

“Alguém que está com muitas náuseas após uma quimioterapia pode não ter disposição para uma relação sexual naquele dia, mas a náusea vai ser passageira”

Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

SABER OUVIR

O primeiro passo é saber escutar e fazer a pergunta certa. O profissional da oncologia precisa estar disposto a ouvir, sem preconceitos. “Quanto mais o médico se dispõe a escutar, maior a riqueza de detalhes da história e mais produtiva a interação com o paciente”, diz. “Mesmo os que não têm um relacionamento nesta fase estão preocupados em como poderão ter parceiros sexuais durante ou após a doença.”

O especialista lembra o caso de um jovem casal, juntos havia três anos, quando a mulher teve câncer de mama. Depois de discutidos todos os aspectos mais importantes em relação à doença e ao tratamento, o médico perguntou como estava a vida conjugal. A paciente disse que caminhava para a separação e que, depois da cirurgia, o marido não a procurava mais. Com o consentimento da paciente, o oncologista conversou com o marido. Ele havia dito sentir desejo, sim, mas que estava se contendo na fase difícil em que sua esposa estava recém-operada – e ainda fazendo quimioterapia. Por isso, estava dando a ela o tempo para se recuperar. “Só estava faltando o diálogo.”

Os especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz consideram necessário descobrir um “novo normal” em mudanças funcionais e na imagem corporal. Isso ocorre nas mulheres que têm a menopausa induzida pelo tratamento e é notado nos homens que trataram câncer de próstata e tiveram seus níveis de testosterona reduzidos. Sem se esquecer das intervenções cirúrgicas em órgãos sexuais.

Para oferecer um tratamento integrado, os profissionais do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz contam com suporte de psicologia, nutrição, farmácia clínica e toda uma equipe que faz reuniões clínicas diárias (“tumor board”) para trocar experiências e discutir dúvidas.

Com todo o apoio necessário do Hospital, a retomada da vida sexual pode envolver a descoberta de uma nova sexualidade pelo casal. E uma vida renovada durante e após o tratamento.

Conferência Brasileira de Câncer de Mama conta com participação de especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

São Paulo, 04 de março de 2021 – Com mais de 2 milhões de novos casos por ano no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é assunto de destaque no mês de março, quando é celebrado do Dia Internacional da Mulher.

Um dos eventos do mês, que traz a doença como principal discussão, é a Conferência Brasileira de Câncer de Mama, organizada pela Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e o Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM), que acontece entre os dias 09 e 11 de março, a partir das 18h. O encontro virtual irá discutir os estudos apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium, importante evento da área que aconteceu em dezembro de 2020, em San Antonio, no Texas.

Neste ano, a conferência contará com a participação de Dr. Ricardo Caponero, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que fará uma apresentação sobre duas apresentações do congresso. A primeira, GS3-00, trata da análise de pacientes que participaram do estudo MONALEESA, e analisou o uso do medicamento Ribociclibe ou placebo no câncer de mama metastático.

O médico também vai tratar sobre a apresentação GS1-04, do estudo RxPONDER, que avaliou a correlação do escore de recidiva pelo teste Oncotype DX e o benefício da quimioterapia em pacientes com um a três linfonodos comprometidos pela doença. “Esse estudo, em particular, é um dos mais esperados, porque permite determinar que as pacientes que estão no período pós-menopausa não necessitem da quimioterapia”, comenta o médico.

O evento é voltado para especialistas em câncer de mama, oncologistas clínicos, mastologistas e radio-oncologistas. Para assistir aos conteúdos, os interessados devem realizar o cadastro gratuito no site oficial da conferência: https://rvmais.iweventos.com.br/evento/gbecam2021/home.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com 123 anos de atuação, é referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz participa do 14º Câncer de Mama Gramado

São Paulo, 14 de agosto de 2019 – O médico Ricardo Caponero, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, será um dos palestrantes do 14º Câncer de Mama Gramado, que acontece entre os dias 29 e 31 de agosto, em Gramado, no Rio Grande do Sul.

No dia 30, o oncologista especialista em câncer de mama será o mediador na mesa redonda que terá como tema “The Changing Panorama in HR+BREAST Câncer”. No dia seguinte (31), Caponero conduzirá a palestra “Quanto tempo administrar tratamento anti-HER2 adjuvante?”. O evento deve reunir ao longo de três dias especialistas em oncologia do Brasil e de outros países e pretende promover a discussão sobre o cuidado ao paciente com câncer de mama e o intercâmbio de ideias e experiências na assistência oncológica.

O Dr. Ricardo Caponero é oncologista clínico e coordenador do Centro Avançado de Terapia de Suporte e Medicina Integrativa (CATSMI), do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 121 anos em 2018. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz preside discussão sobre alto risco de câncer de mama durante XXII Congresso Brasileiro de Mastologia

Mesa terá a participação de especialista estrangeiro pioneiro no uso de biópsia de linfonodo sentinela

São Paulo, 10 de abril de 2019 – O mastologista Carlos Alberto Ruiz, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz será o presidente da sessão clínica sobre alto risco de câncer de mama durante o XXII Congresso Brasileiro de Mastologia que acontece amanhã (11/4), no Rio de Janeiro. O evento é comemorativo aos 60 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Mastologia e contará com a participação de importantes nomes na oncologia e mastologia mundial.

O debate conduzido pelo Dr. Ruiz contará com a participação do Dr. Armando Giuliano, do Samuel Oschin Comprehensive Cancer Institute, de Los Angeles, EUA.

Giuliano conduziu estudos sentinela que levaram a mudanças significativas no padrão de tratamento para pacientes com câncer de mama inicial, mudando a conduta de mastologistas e oncologistas ao redor do mundo em relação à dissecção axilar permitindo que pacientes com câncer de mama em estágio inicial evitassem uma cirurgia mais extensa e reduzisse a incidência de complicações.

Temas como: testes genéticos, segmento radiológico, cirurgias e manejo de pacientes de alto risco serão abordados durante a sessão que acontece amanhã, a partir das 11h45, durante o Congresso Brasileiro. Mais informações podem ser obtidas pelo site https://mastologia2019.com.br/.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completará 122 anos em setembro de 2019. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Região Leste de São Paulo terá mutirão de mamografia

100 moradoras da região da Mooca poderão realizar o exame gratuitamente.

Para alertar a população feminina sobre a importância de realizar os exames de mama e acelerar os processos envolvidos na marcação das mamografias, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio de seu Programa Integrado de Controle de Câncer Mamário e o Instituto Se Toque, realizarão no dia 1º de outubro, um mutirão de mamografia na Unidade de Sustentabilidade Social do Hospital, no bairro da Mooca.

A ação destinará 100 vagas para o exame, que deverão ser preenchidas por mulheres com idade igual ou superior a 40 anos e residentes dos bairros Mooca, Pari, Brás, Belém, Vila Bertioga, Vila Prudente e Água Rasa, como prevê o projeto em parceria com o Ministério da Saúde.

O Programa Integrado de Controle de Câncer Mamário é destinado às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e integra desde a educação para a saúde até o tratamento dos casos diagnosticados, passando pelos processos de detecção e diagnóstico precoce.

Reforçando as ações do projeto, o Instituto Se Toque em colaboração ao Hospital Alemão, realiza palestras e ações sobre saúde integral da mulher e a distribuição de materiais educativos nas Unidades Básicas de Saúde e escolas da região, para orientar as pacientes sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, o que aumenta consideravelmente suas chances de cura.

Para agendar o exame as interessadas devem entrar em contato com o Instituto Se Toque pelo telefone: (11) 3791-0143.

Serviço:

Mutirão de mamografia
Data: 01 de outubro, sábado
Hora: das 7h às 11h
Endereço: Unidade de Sustentabilidade Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 Rua Javari, nº 182 | Tel.: 2081-6400
Agendamento: (11) 3791-0143

Unidade Móvel de Mamografia beneficia mulheres do Subdistrito da Mooca

Resultado da parceria entre Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Instituto Se Toque, recursos da Justiça Federal e da MAN Latin America, Unidade Móvel amplia a capacidade de realização do exame para pacientes do SUS.

Graças à parceria entre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Instituto Se Toque, e aos recursos doados pela Justiça Federal (6ª Vara Criminal/SP) e pela MAN Latin America, as mulheres atendidas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Subsdistrito da Mooca terão mais facilidade para realizar a mamografia. Por meio de um mamógrafo instalado em um caminhão, será possível aumentar as chances de diagnosticar precocemente o câncer de mama, visando à redução no número de mortes causadas pela doença. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para 2012 são estimados mais de 52 mil novos casos, com índice de mortalidade em torno de 21%.

A Unidade Móvel de Mamografia tem capacidade para fazer quatro exames por hora e contará com dois profissionais – técnico de radiologia e recepcionista – para atender pacientes dos bairros Mooca, Pari, Brás, Belém, Vila Bertioga, Vila Prudente e Água Rasa. Caso seja diagnosticada com câncer de mama, a paciente receberá seguimento necessário para tratamento da doença.

O primeiro local a recebê-la será a UBS Bertioga (Rua Farol Paulistano, 140 – São Paulo – SP), a partir do mês de abril. “A ideia é que, com o tempo, a Unidade Móvel se torne itinerante e passe por lugares movimentados dos bairros, ampliando o atendimento para além das UBSs”, afirma Dr. Mauro Borges, Superintendente de Sustentabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“Fazer esta parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é fundamental, pois garante que o aumento da demanda gerada pelo Programa Colar da Vida – Programa de educação para a saúde da mulher realizado pelo Se Toque em escolas públicas e UBSs – encontre acesso rápido ao exame mamográfico na região e tratamento adequado. Esperamos que este benefício não seja só das mulheres que se encontram no grupo de risco, como também do orçamento do Sistema Único de Saúde, se conseguirmos diminuir a descoberta de casos em estágio avançado da doença, cujo tratamento é muito mais dispendioso”, declara Monica Serra, Presidente do Instituto Se Toque.

A Unidade Móvel de Mamografia será apresentada no próximo dia 23 de março (sexta-feira), às 11h, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Investidores

Justiça Federal

Recursos concedidos pela Justiça Federal (6ª Vara Criminal/SP, especializada em lavagem de dinheiro) foram destinados à preparação da estrutura e instalação da Unidade Móvel. Os R$ 400 mil possibilitaram, por exemplo, a compra do mamógrafo. “É uma satisfação a Justiça Federal poder contribuir com a comunidade e apoiar projetos sociais”, diz o Desembargador Fausto De Sanctis, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e Juiz da 6ª Vara Criminal na época da concessão dos valores.

MAN Latin America, Banco Volkswagen e Seguros Volkswagen.

A MAN Latin America, fabricante de caminhões e ônibus Volkswagen, investiu o caminhão modelo 13-180, que abriga a Unidade Móvel de Mamografia. O Banco Volkswagen, por meio dos Seguros Volkswagen, é o responsável pelo seguro da Unidade.

Sobre o Instituto Se Toque

Fundado em outubro de 2005 por Monica Serra, o Instituto Se Toque é uma organização sem fins lucrativos que atua na promoção da saúde da mulher, com foco no câncer de mama. O Instituto utiliza a educação como instrumento de conscientização para a mudança de hábitos de vida. Oferece informações sobre a prevenção da doença nas escolas públicas por meio do Teatro Colar da Vida, dirigido às crianças; por meio de Oficinas, realizadas com os jovens; assim como de palestras para a comunidade, com o objetivo de estimular a busca pelo diagnóstico precoce. Visite o site: www.setoque.org.br.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por imigrantes de língua alemã e certificado pela Joint Commission International (JCI), o Hospital Alemão Oswaldo Cruz sustenta sua vocação para cuidar das pessoas, aliando o acolhimento à precisão. Em 2008, o Hospital firmou parceria com o Ministério da Saúde e, com a assinatura do Termo de Ajuste para apoio institucional ao Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se uma Entidade Beneficente de Assistência Social. A partir disso, passou a gerenciar projetos ligados à gestão, pesquisa, capacitação e tecnologia em benefício da população brasileira, dentre eles o Programa Integrado de Controle ao Câncer Mamário.

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