Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose: entenda a doença

Cirurgião vascular explica sintomas, tratamentos e dicas para evitar a trombose

Hoje, 16 de setembro, é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. A data tem como objetivo conscientizar a população, aumentar as informações sobre a doença e buscar meios para diminuir os casos no Brasil.

A Trombose Venosa Profunda (TVP), conhecida como flebite ou tromboflebite profunda, acomete duas a cada mil pessoas por ano no país, segundo dados do Ministério da Saúde (MS).

O que é trombose?

Sascha Schlaad, especialista em Cirurgia Vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, explica que a trombose é a formação de um coágulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo que gera uma obstrução da coagulação correta do sangue. Geralmente, a trombose ocorre nos membros inferiores.

De acordo com o médico, um dos sintomas da trombose venosa não diagnosticada é quando a perna do paciente começa a doer quando ele está em movimento e, mesmo quando ele está em repouso, a dor não passa. Mas, conforme ele completa, normalmente a dor vem acompanhada de um edema (inchaço) também.

“Em 30% dos casos de trombose, os pacientes não têm sintomas. A doença pode ser confundida com outras dores ou acometimentos em um membro inferior. Então, às vezes a trombose só é achada quando é realizado um ultrassom”

Sascha Schlaad

O médico comenta que o diagnóstico padrão ouro da trombose, hoje, é feito por meio de um ultrassom. “Nesse exame, conseguimos ver o trombo (coágulo) dentro da veia do membro do paciente. Nesses casos, a veia não se comprime (amassa) quando a apertamos em cima”, salienta.

Tratamento da trombose

O cirurgião vascular diz que, antes de estabelecer um tratamento, é necessário classificar o risco do paciente. “Precisamos saber a localização da trombose, a extensão e, principalmente, se ele tem alguma complicação relacionada à doença, como embolia pulmonar”, ressalta.

Também se deve saber, de acordo com o profissional, se o paciente já teve trombose outras vezes ou se ele têm alguma outra doença associada, como câncer ativo, alguma doença autoimune ou até insuficiência cardíaca.

Segundo Sascha Schlaad, antes de iniciar o tratamento da trombose, é preciso saber, ainda, se o paciente está no pós-operatório de alguma cirurgia que oferece maior chance de ter alguma trombose (como cirurgias de implantes ou próteses) enquanto está na fase de repouso ainda.

O principal tratamento para pacientes com trombose, conforme o médico, é a prescrição de remédios anticoagulantes e o tempo de medicação varia conforme a gravidade da doença. “Normalmente, o tempo de ingestão do remédio fica a critério do médico, mas pode variar entre três, seis ou 12 meses ou se paciente já teve outras tromboses ou doenças. Nesse caso, pode ser sem tempo definido”, afirma.

O cirurgião vascular comenta que os medicamentos anticoagulantes são popularmente conhecidos como remédios que “afinam o sangue”, o que não procede, de acordo com ele.

“Na verdade, o sangue mantém a densidade dele, mas o que acontece é que o sangue perde a propriedade, diminuindo a coagulação sanguinea, ou seja, coagula com menos facilidade. Porém, isso expõe o paciente a um maior risco de sangramento”, alerta.

Dicas para evitar a trombose

Sascha Werner Schlaad, especialista em Cirurgia Vascular, lista dicas para evitar a trombose pela primeira vez ou para adquirir a doença novamente. Confira abaixo:

  • Tenha uma vida saudável e hidrate-se bastante;
  • Faça exercios fisicos regularmente, como, por exemplo, caminhada de 30 a 45 minutos;
  • Evite tornar-se obeso;
  • Não fume;
  • Usar meia elástica de compressão (preferencialmente de três quartos) no dia a dia, em casos de quem já teve a doença.

Como prevenir risco de tromboses em viagens longas?

De acordo com a Dra. Mariana Krutman, cirurgiã vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, viagens com mais de seis horas de duração, aumentam os riscos de trombose, que é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas, que bloqueiam o fluxo de sangue e causam inchaço e dores na região.

As tromboses têm causa multifatorial, mas algumas pessoas têm maior propensão para o seu desenvolvimento. Entre elas, estão pessoas com mais de 65 anos, com obesidade, os tabagistas, com doenças oncológicas, em pós-operatório de cirurgias, gestantes, portadores de trombofilias (tendência à trombose) e com histórico de trombose anterior.

Para tornar as longas viagens mais confortáveis, a cirurgiã sugere algumas dicas. “Usar meias de compressão, manter uma boa hidratação e movimentar-se a cada duas ou três horas (levantar-se, caminhar) são importantes formas de prevenção contra problemas circulatórios e trombose”, aconselha.

Segundo a especialista, quem já faz uso de anticoagulantes prescritos por médicos está mais protegido em relação à ocorrência de novos eventos de trombose, mas isso não impede de seguir as orientações citadas acima.

A cirurgiã explica que se deve suspeitar de trombose em casos de dor ou inchaço nas pernas, especialmente quando for assimétrico (somente em um dos membros), ou quando houver alteração da coloração de pele das pernas e pés. E, nesse caso, deve-se procurar um médico imediatamente. “Um exame de ultrassom Doppler venoso auxilia na confirmação do diagnóstico. E o tratamento clássico envolve o uso de anticoagulantes por um período prolongado. Em algumas situações, muito específicas, pode haver indicação de aspiração do coágulo (trombectomia)”, esclarece.

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