Quando você ou uma pessoa próxima vão passar por um processo cirúrgico ou uma internação, é uma tranquilidade a mais estar em um hospital que apresenta bons indicadores de qualidade e segurança, quando comparados a parâmetros de excelência estabelecidos pela literatura médica.
Aqui no Hospital Alemão Oswaldo Cruz somos muito rigorosos nesse aspecto. Para isso contamos com um Sistema de Gestão de Qualidade, Segurança do Paciente e Desfechos Clínicos, que trabalha com as seguintes premissas:
1
Apoiar projetos de melhoria, com uso de ferramentas e verificação da sua eficácia.
2
Dar suporte ao aumento na confiabilidade dos processos e na excelência das operações, por meio do envolvimento das lideranças.
3
Apoiar lideranças e gestores na tomada de decisão, com informações tempestivas de maior confiabilidade.
4
Fomentar a cultura de valor na instituição, por meio da incorporação da visão do paciente para melhoria nos processos baseados em linhas de cuidado.
5
Desenvolver a Cultura de Segurança por meio da liderança presente e ativa.
6
Qualificar e aumentar a proficiência de todos na instituição.
7
Coordenar esforços para aumentar a Cultura de Segurança, mitigando e/ou eliminando riscos aos pacientes, bem como à instituição.
Nossos indicadores
Conheça a seguir os principais indicadores adotados nesse processo.
Sepse, também conhecida como infecção generalizada, é uma condição grave que pode comprometer o funcionamento de diversos órgãos, inclusive causar óbito. Essa é uma das condições, cujo sucesso do tratamento é tempo dependente, ou seja, quanto mais rápida for a identificação e a instituição das medidas de tratamento, maior é a chance de sobrevivência.
Como medimos?
Para cálculo do indicador é considerado:
Número de pacientes de pacientes com sepse que foram a óbito/ Número de saídas de pacientes com sepse X 100.
Transformando em gráfico:
Quanto menor o valor, melhor o resultado. Significa que menos óbitos de pacientes com sepse estão ocorrendo nas unidades assistenciais.
Nosso parâmetro externo para comparação dos resultados é a ANAHP – Associação Nacional de Hospitais Privados, entidade representativa que congrega resultados de hospitais de excelência do país.
Entendendo melhor o resultado
Condições de doenças muito graves também podem aumentar a mortalidade por Sepse e Choque Séptico, mesmo que as medidas terapêuticas sejam instituídas de maneira correta. Foi isso que vimos acontecer durante os dois primeiros anos da pandemia, no tratamento de condições graves ligadas ao Covid-19. Em estudo publicado recentemente1, avaliando o resultado desse indicador em hospitais alemães, pode-se evidenciar que houve um aumento significativo na taxa de letalidade de sepse, associado a Covid-19.
Referência: Unterberg et al. BMC Anesthesiology (2022) 22:12 https://doi.org/10.1186/s12871-021-01547-8
Por que isso é importante para o paciente?
Hospitais que possuem protocolos* para atendimento dessa condição e equipes treinadas para atendimento rápido e adequado, tem melhores resultados e, por isso, tem maior segurança e qualidade.
* conjunto de regras que torna possível a execução de um programa de modo eficiente e sem falhas. Codifica os passos a serem seguidos na execução dos procedimentos.
A readmissão cirúrgica refere-se às admissões não planejadas, relacionadas ao procedimento cirúrgico, que ocorreram em até 30 dias após a alta hospitalar.
O indicador de readmissão pode refletir a qualidade da coordenação do cuidado, gestão assistencial e alta segura. Existe um percentual de readmissões que são consideradas inerentes ao processo de convalescença e não devem ser vistas como falha de qualidade. Por isso, é importante a comparação desses resultados com dados de literatura que sejam considerados de excelência.
Como medimos?
Para cálculo do indicador é considerado:
Total de readmissões cirúrgicas em 30 dias da alta hospitalar, não planejadas e relacionadas ao procedimento cirúrgico / quantidade de cirurgias no mês de referência x 100.
Transformando em gráfico:
Quanto menor o número de readmissões melhor o resultado do indicador.
Entendendo melhor o resultado
Ao longo dos anos pudemos verificar a diminuição do volume de readmissões. É importante notar que em todos os tipos de cirurgias, a taxa sempre esteve abaixo dos resultados encontrados em literatura científica. Assim, as oscilações observadas, são decorrentes de processos inerentes ao procedimento cirúrgico envolvido.
*Benchmarking: Prostatectomia: 4,4% (Palmisano, F., Boeri, L., Fontana, M. et al., 2018)
Mastectomia: 4,9% (Yu J, Olsen MA, Margenthaler JA, 2020)
Cirurgia Bariátrica: 1.84% (AL-MAZROU et al., 2020)
Por que isso é importante para o paciente?
A readmissão não programada após a cirurgia pode significar maior tempo de convalescença e a necessidade de novos procedimentos, diminuindo a capacidade de retorno às atividades normais e podendo comprometer a percepção de qualidade e segurança dos serviços.
O indicador nos informa sobre a ocorrência de infecções da corrente sanguínea (bacteremias) adquiridas no ambiente hospitalar. Essas infecções estão associadas ao uso do cateter venoso central, que é um dispositivo instalado nos pacientes em estado grave para administração de medicamentos. Para mitigar o risco de aquisição desta infecção, o HAOC implementa um protocolo de cuidado do acesso venoso central e um monitoramento sistemático desse processo.
Como medimos?
Para cálculo do indicador é considerado:
Número de pacientes com infecção da corrente sanguínea e em uso de cateter venoso central/ Número de cateteres venosos centrais -dia x 1000.
Transformando em gráfico:
Quanto menor o valor, menos infecções da corrente sanguínea ocorrem nos pacientes.
Nosso parâmetro externo para comparação dos resultados é a ANAHP – Associação Nacional de Hospitais Privados, entidade representativa que congrega resultados de hospitais de excelência do país. Além disso, utilizamos como referência também, os dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Entendendo melhor o resultado
O indicador é monitorado no Hospital e são realizadas discussões mensais (âmbito assistencial e de alta gestão) para propor melhorias no processo de cuidado do acesso venoso central. Nosso parâmetro externo para comparação dos resultados é a ANAHP – Associação Nacional de Hospitais Privados, entidade representativa que congrega resultados de hospitais de excelência do país. Também usamos como parâmetro os dados da disponibilizados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.
Além disso, em 2022, passamos a utilizar como parâmetro externo os resultados do NDNQI – The National Database of Nursing Quality Indicators®, que visa publicar indicadores sensíveis à assistência de enfermagem e os inclui como parte da jornada de reconhecimento Magnet.
Por que isso é importante para o paciente?
Por se tratar de uma infecção grave, pode elevar o tempo de internação, o uso prolongado de antibióticos, além de aumentar a mortalidade. Nas unidades de terapia intensiva a baixa incidência desse indicador reflete uma assistência segura e de qualidade.
Esse indicador nos informa quanto tempo em média um paciente permaneceu internado. O resultado é apresentado em número de dias.
Está relacionado à gestão eficiente de leitos operacionais, ou seja, com o foco na manutenção do paciente internado durante o tempo estritamente necessário à sua recuperação com segurança.
Como medimos?
Para cálculo do indicador é considerado:
Número de pacientes que estiveram no hospital por dia e dividimos essa quantidade pelo número de saídas* hospitalares.
Transformando em gráfico:
*Considera-se saídas hospitalares, a somatória das altas, transferências externas e óbitos ocorridos no hospital no mês de referência.
Quanto menor o número, melhor a média de permanência.
Entendendo melhor o resultado
Há uma medida de tempo de permanência que é considerada razoável segundo a característica do grupo de pacientes internados, de suas enfermidades e da eficiência com que são tratados. Habitualmente entende-se que quanto menor o tempo de permanência, melhor para os pacientes, mas esse parâmetro deve considerar as características acima descritas. Por essa razão, a literatura científica e os benchmarkings são importantes para avaliação do resultado desse indicador.
Utilizamos como parâmetro externo os resultados da ANAHP – Associação Nacional de Hospitais Privados, entidade que reúne os resultados de hospitais de excelência do país.
Por que isso é importante para o paciente?
Apesar de ser um indicador voltado à avaliação da eficiência no uso dos leitos hospitalares, a média de permanência pode nos apontar para o desempenho de algumas terapêuticas, isso porque, há certo conhecimento da literatura sobre qual seria a média de permanência “esperada” para determinadas intervenções como, por exemplo, intervenções cirúrgicas. Assim, é possível avaliar se a instituição hospitalar tem performado na média do que é esperado, comparativamente a outros hospitais de mesmo porte e complexidade.
Nosso padrão de qualidade e segurança no serviço é atestado pela JCI
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é acreditado pela Joint Commission International (JCI), reconhecida instituição internacional dedicada à melhoria da qualidade e segurança das empresas que atuam na área da saúde.
Desde 2009, ganhamos o reconhecimento de excelência que nos coloca entre as melhores instituições de saúde do mundo. No último ano, mesmo com o momento de pandemia, recebemos nossa quinta acreditação, com resultado de destaque, ou seja, sem nenhum elemento de não conformidade em todos os níveis de assistência, e atendimento equivalente em todas as suas unidades hospitalares.
O nosso diferencial é o comprometimento com a qualidade e segurança da assistência dada ao paciente. Temos convicção de que decisões de da importância das decisões com o devido engajamento dos pacientes e familiares. Assim como monitorar o trabalho realizado pelas áreas, por meio de controles de indicadores, e o constante investimento em melhorias.
Queixas e situações referentes à qualidade e segurança do paciente podem ser comunicadas à Joint Commission International (órgão certificador de qualidade) pelo email jciquality@jcrinc.com.
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