
Centro Especializado em Ortopedia

Hoje, o Hospital atua em todas as subespecialidades da Ortopedia, realizando desde grandes procedimentos, como ressecções de tumores, até os chamados minimamente invasivos, como os realizados percutaneamente através de pequenas incisões ou artroscopia.
O que faz a Ortopedia?
Preparamos um material exclusivo explicando a área da Ortopedia e as principais formas de tratamento das doenças.
Coluna
O objetivo dos profissionais que cuidam da coluna dentro do Centro Especializado em Ortopedia é oferecer uma proposta de cuidados ao paciente com patologias degenerativas, oncológicas, traumáticas e deformidades relacionadas à coluna vertebral, que envolve equipe multidisciplinar especializada em patologias da coluna vertebral.
As doenças da coluna estão entre as mais comuns em toda medicina. Excluindo as doenças respiratórias como resfriado comum e a gripe, a principal causa que leva o adulto a procurar serviço médico são as síndromes dolorosas da coluna, em especial a lombalgia e a cervicalgia. Além de provocar um impacto significante na qualidade de vida do cidadão as patologias da coluna levam a um grande consumo de recursos destinados à saúde tanto no âmbito público quanto privado. Com o aumento da longevidade da população é esperado que a prevalência dessas patologias tenha um significativo incremento, uma vez que a doença degenerativa é a principal causa de queixas relativas à coluna.
Tipos de Doenças
A escoliose é uma doença que, em geral, não causa dor e se manifesta principalmente por meio de ombros ou quadris assimétricos; coluna vertebral encurvada anormalmente para um dos lados e eventual desconforto muscular. Ela pode estar relacionada a diversas doenças, como, por exemplo, distrofias musculares, malformações congênitas, doenças degenerativas e neurológicas, entre outras.
O tipo de escoliose mais frequente é a chamada idiopática, ou seja, aquela sem causa esclarecida que costuma surgir na adolescência e é predominante nas mulheres, embora também possa surgir em outras épocas da vida e acometer indivíduos do sexo masculino.
A contratura muscular ocorre quando um músculo se contrai de forma muito mais forte do que o normal e permanece contraído, sem passar para a fase do relaxamento, causando muita dor e desconforto. Em alguns casos, o músculo afetado, além de dolorido, pode apresentar um endurecimento, como um caroço. A contratura muscular geralmente ocorre nas regiões cervical, lombar e dorsal da coluna e nas panturrilhas, causando dificuldade em esticar o músculo e em movimentar a articulação ou o membro próximo do músculo dolorido.
Pode estar relacionada à má postura, mas também pode estar relacionada a algumas doenças, como a hérnia de disco.
As dores nas costas estão entre os principais motivos que levam qualquer pessoa procurar o médico. Atualmente, a postura comum no uso dos smartphones, principalmente entre os jovens, causa flexão excessiva do pescoço, que aumenta a pressão sobre os discos intervertebrais cervicais e a tensão entre os ligamentos posteriores. Isto provoca dores por contraturas musculares, processos inflamatórios e favorece o processo degenerativo nos discos.
Os cuidados ergonômicos e posturais no dia a dia podem evitar as dores nas costas, preservando a boa postura nas atividades comuns como sentar-se em frente ao computador, dirigir ou permanecer parado numa fila de banco.
A má postura é um problema que atinge milhões de pessoas em todas as idades e é facilmente reconhecida. Seus sinais mais comuns são ombros caídos, joelhos dobrados quando se está em pé ou andando, cabeça inclinada para frente ou para trás, dor nas costas e fadiga muscular. A prática de exercícios físicos ajuda a manter a coluna na posição correta, mas o ideal é ter alguns cuidados no dia a dia, como quando se está falando ao celular, assistindo à TV, lendo ou usando tablets ou notebooks.
Posições comuns no dia a dia, que costumam causar dores nas costas, devem ser evitadas, como segurar o telefone com o pescoço, pois isso pode causar torcicolo. Móveis e equipamentos presentes nas estações de trabalho precisam estar em posição adequada, como o monitor do computador, por exemplo, que não pode ficar mais baixo do que a linha de visão para não forçar a coluna cervical. Já os cotovelos têm que estar no nível da mesa, para não sobrecarregar os tendões dos ombros e antebraços.
As coxas devem tocar a maior área possível do assento e as pernas devem estar bem apoiadas no assento e no solo. As costas devem ficar apoiadas completamente no encosto do sofá ou da cadeira.
Cuidar da coluna pode ajudar a evitar problemas futuros, que podem ser bem incômodos e doloridos, como a hérnia de disco. Ela ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as estruturas nervosas da coluna vertebral como a medula e as raízes. A doença costuma ser mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas que suportam mais carga e estão mais expostas ao movimento. É uma das causas mais comuns de dor lombar e também de dor nas pernas. Ela decorre de um processo degenerativo do disco intervertebral, que tem relação genética e com fatores ambientais como sedentarismo, obesidade e tabagismo.
Os sintomas mais comuns da hérnia de disco são dor nas costas ou no pescoço, contratura muscular, dor irradiada para pernas ou braços, formigamento, dormência, fraqueza e até paralisia dos membros inferiores ou superiores.
As fraturas vertebrais da coluna torácica e lombar são normalmente associadas a traumatismos graves causados por acidentes em geral, mas também podem ser causadas por traumas leves como quedas domésticas em pacientes portadores de osteoporose. As fraturas podem afetar a medula espinhal e raízes nervosas causando déficits neurais.
Os sintomas de fraturas vertebrais complexas podem incluir dor ou o desenvolvimento de déficits neurais, tais como fraqueza, adormecimento, formigamento e choque neurogênico. Já as fraturas dos processos espinhosos ou transversos podem ocorrer como resultado de um trauma direto ou contração muscular. São consideradas lesões de baixa energia assim como as fraturas do corpo vertebral em portadores de osteoporose. Estas lesões geralmente não estão associadas com déficits neurológicos.
As lesões com envolvimento neurológico podem levar a lesão neurológica parcial ou completa ou ainda à ocorrência do chamado Choque Medular, ou seja, a perda temporária da atividade reflexa da coluna vertebral que ocorre abaixo de uma lesão, total ou quase total da medula espinhal.
A coluna é o local do esqueleto mais suscetível à ocorrência de tumores. Estes tumores podem comprimir a medula espinhal ou suas raízes nervosas ou danificar a estrutura óssea provocando fraturas. Os casos de metástases de coluna vertebral vêm crescendo em decorrência do aumento da sobrevida dos pacientes com câncer, o que é fruto de um diagnóstico precoce e de tratamentos mais eficientes.
Atualmente o câncer na coluna conta com diversas inovações diagnósticas nas áreas de patologia, radiologia e medicina nuclear, e também inovações terapêuticas como novas técnicas de radioterapia, inclusive a possibilidade de radioterapia intraoperatória, além de avanços cirúrgicos, como as técnicas minimamente invasivas.
Tratamentos
Fisioterapia: é uma modalidade de tratamento em geral utilizada em todas as patologias da coluna, quer seja como tratamento primário, quer seja como tratamento adjuvante.
Cuidados com a dor: o controle da dor é uma das prioridades para os pacientes com patologias de coluna. Uma equipe especializada no controle da dor atua com os mais modernos recursos disponíveis, visando o conforto e a segurança do paciente.
Bloqueios e infiltrações: muitos das síndromes dolorosas da coluna como a artrose e hérnia de disco podem ter seus sintomas aliviados com métodos minimamente invasivos para controle da dor. As infiltrações e bloqueios são métodos cada vez mais aplicados nestes casos.
Cirurgias Minimamente Invasivas: alguns tratamentos da coluna podem ser realizados por técnicas minimamente invasivas, onde por pequenas incisões e com mínimo dano tecidual o cirurgião é capaz de realizar a cirurgia. O paciente se beneficia com recuperação mais rápida. Como exemplos temos as cirurgias de hérnia de disco por endoscopia, ascifoplastias para fraturas de coluna e as artrodeses minimamente invasivas com uso de parafusos percutâneos.
Cirurgias: as cirurgias de coluna são muitas vezes mistificadas como algo muito complicado. Quando bem indicada e bem realizada as cirurgias trazem grande benefício para os pacientes. Seguimos os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade com um arsenal tecnológico completo como neuromonitoração, radioscopia e neuronavegador.
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Ombro
É a separação dos ossos do ombro, o úmero e a glenoide. A dor intensa no ombro pela perda do contato ósseo torna este caso uma urgência médica.
O diagnóstico pode ser feito por um ortopedista; dependendo do caso pode ser feito o exame de Raios-X para avaliar a lesão. O objetivo inicial é a redução do ombro, colocando-o no lugar. Exames subsidiários, como a ressonância nuclear magnética (RNM) podem ser necessários para avaliar lesões associadas.
É o atrito entre estruturas ósseas, tendões e bursa do ombro. O paciente pode sentir uma dor na parte frontal e lateral do braço e dor súbita ao movimentar o braço. A dor pode ser noturna em muitos casos.
O tratamento pode ser conservador por meio de repouso, uso de anti-inflamatórios, bolsas quentes ou geladas e fisioterapia específica, mas se a lesão for grave o ortopedista pode recorrer à artroscopia.
É o desgaste progressivo causado na articulação levando a deformidades ósseas que pode causar dor e comprometer os movimentos. A dor e rigidez nas articulações são os principais sintomas. A dor pode ser noturna. Estalidos durante o movimento podem ser ouvidos e sentidos.
O tratamento pode ser feito com remédios anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia, exercícios e em alguns casos cirurgia para substituir ou reparar articulações lesionadas (Artroplastia).
- Fraturas de clavícula;
- Fraturas do úmero, proximais, terço médio e distais (cotovelo);
- Fraturas da escápula;
- Fraturas do terço proximal do úmero (as mais frequentes em idosos).
O diagnóstico se dá através do exame físico e exames de imagem do paciente como Raios-X e tomografia computadorizada.
Muitas fraturas são pouco desviadas e estáveis, então não requerem tratamento cirúrgico. Uma tipoia com repouso, e uma adequada fisioterapia após a consolidação, evoluem com um bom desfecho. Fraturas desviadas requerem construção cirúrgica.
A ruptura do manguito rotador é uma lesão extremamente dolorosa que ocorre, geralmente, em pessoas que realizam movimentos repetitivos associados, atendinopatias e/ou trauma direto ou indireto com o ombro afetado. A ruptura do tendão do manguito rotador pode requerer uma intervenção cirúrgica com o objetivo de restaurar o tendão que foi rompido.
Também são indicados medicações, fisioterapias e repouso de certas atividades físicas. A cirurgia é realizada por meio de artroscopia. O aparelho tem uma câmera especial, que permite visualizar e avaliar toda a articulação do ombro.
Cotovelo
Tornozelos e Pés
É o desgaste da cartilagem articular que pode ser primária (causa desconhecida) ou secundária como sequela de fraturas, doenças reumáticas, etc. Esta lesão provoca dor, deformidade, limitação dos movimentos e da qualidade de vida.
O tratamento inicial é conservador c/ fisioterapia, acupuntura, condroprotetores (ex: glucosamina, condroitina, colágeno tipo II, etc), palmilhas e viscossuplementação (infiltração c/ ácido hialurônico).
O tratamento cirúrgico é indicado na falha do tratamento conservador e consiste em:
- Artroscopia p/ limpeza articular;
- Osteotomias (corte nos ossos) ou artrodese (fusão articular);
- Prótese de tornozelo.
É um dos locais mais frequentemente acometidos por fraturas e pode acontecer em atividades físicas/esportivas ou quedas acidentais. Afeta qualquer idade e sexo. Se o tratamento for correto é comum ficar com sequelas.
Nas fraturas menos graves e sem desvio o tratamento conservador é o escolhido e consiste em imobilizações gessadas ou botas imobilizadoras. Nas fraturas mais graves e com desvio o tratamento cirúrgico é indicado para correção da deformidade, redução e fixação das fraturas com placas e parafusos e reparação dos ligamentos se necessário.
Rotura tendinosa: a mais comum de todas é a rotura do Tendão de Aquiles. Acomete mais frequentemente homens na idade adulta que gostam de práticas esportivas. O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico e consiste na sutura do Tendão ou reforço do mesmo com transposição tendinosa.
Tendinopatias: os tendões mais frequentemente acometidos por processos inflamatórios ou degenerativos desta região são os tendões de Aquiles, Tibial Posterior e Fibulares. O tratamento inicial é conservador e consiste em fisioterapia (analgesia e alongamentos), perda de peso, analgésicos e adequação do calçado. Nos casos que o tratamento conservador não proporciona alívio dos sintomas e reestabelecimento das atividades da vida diária, indica-se a cirurgia (ex: tenoplastia, transposição de tendão, osteotomia ou artrodese).
Pode acometer apenas as partes moles (celulite e erisipela), cujo tratamento inicial consiste em analgésicos e antibioticoterapia. Se apresentar coleções associadas (abscessos), pode estar indicada a drenagem cirúrgica.
Nas infecções profundas e intrarticulares o tratamento cirúrgico é indicado e consiste em drenagem por via aberta ou por artroscopia associado a antibioticoterapia endovenosa.
Pés
Causa dor, dificuldade para deambular (andar), dormência nos dedos dos pés, dificuldade para o uso de determinados calçados e calosidades plantares. As causas mais comuns são as alterações ósseas (ex: queda dos metatarsianos) ou alterações de partes moles (Neuroma de Morton). O tratamento pode ser:
- Conservador: modificação no calçado (ex: diminuir a altura do salto), palmilhas e fisioterapia;
- Cirúrgico: pode estar indicada na falha do tratamento conservador (ex: osteotomia dos metatarsianos, ressecção do Neuroma de Morton).
O tratamento cirúrgico pode estar indicado nos quadros com ulcerações plantares, deformidades já instaladas ou infecção e consiste em limpezas cirúrgicas com desbridamento para as ulcerações plantares, osteotomias para correção das deformidades, ressecção óssea ou artrodese.
Joelhos
Muito frequentes. Envolvem o fêmur distal, tíbia proximal e patela.
Tratamento conservador com imobilização, medicação analgésica e restrição de carga e atividade física nas fraturas sem desvio. Tratamento cirúrgico quando há desvio significativo, principalmente quando são articulares. Uso de placas e parafusos.
Diagnóstico precoce é muito importante e tratamento apropriado com equipes multidisciplinares. Cirurgia frequentemente é necessária.
Também muito frequentes com o envelhecimento da população. Tratamento dos casos menos severos com medicações regeneradoras ou infiltrações articulares.
Casos mais severos exigem cirurgia, substituição artroplástica da articulação. Próteses totais e parciais.
O joelho é acometido com frequência por traumas esportivos e sobrecarga por over use tais como entorses, lesões de cartilagem e fratura de stress. É tratado, em geral, clinicamente, com medicações, infiltrações, recursos fisioterápicos.
Um número apreciável de situações requer tratamento cirúrgico, a maioria com artroscopia.
Bacia e Quadril
Bacia compreende o conjunto de ossos responsáveis pela transmissão de carga da coluna aos membros inferiores. Quadril é a articulação onde a bacia se une à cabeça do fêmur.
Fraturas
Fraturas do fêmur proximal são lesões graves causadas por traumas de baixa energia em idosos e alta energia nos mais jovens e, na maioria das vezes, requer tratamento cirúrgico.
Fraturas da bacia são mais comuns nos pacientes idosos, normalmente de tratamento conservador. Fraturas em pacientes jovens normalmente são mais graves e vêm associadas a lesões em outros órgãos ou sistemas. Frequentemente necessitam de atendimento de múltiplas especialidades.
Lesões do Esporte
Exames
Todos os exames são realizados no CDI – Centro de Diagnóstico por Imagem, que disponibiliza os mais modernos equipamentos de ressonância magnética, tomografia computadorizada, entre outros.