HÉRNIA INCISIONAL

Resultam do enfraquecimento da parede abdominal ou da cicatrização inadequada das incisões (cortes) em locais do abdômen que tenham sido submetidos à cirurgia. Este tipo de hérnia tem altos índices de recidiva e complicações.

HÉRNIA EPIGÁSTRICA

Este tipo acontece na linha mediana do abdômen, acima ou abaixo da cicatriz umbilical, por conta de aberturas entre os músculos retos abdominais. Podem ocorrer mais de uma hérnia ao mesmo tempo.

HÉRNIA UMBILICAL

Frequentemente adquirida e associada a um aumento da pressão intra-abdominal devido à obesidade, distensão abdominal, ascite e gravidez. Elas ocorrem mais comumente em mulheres do que em homens.

Hérnia Crural ou Femural

é aquela que sai ou abaúla através de um canal, chamado de crural, situado na base da coxa por onde normalmente passam os grandes vasos sanguíneos (artéria e veia femoral) quando eles percorrem um caminho do abdômen até a perna.

Câncer Colorretal

Prevalência

Os tumores de cólon e reto são uma classe de cânceres que afetam a parte final do sistema digestivo. Eles ocupam a segunda posição como tipo de câncer mais frequente tanto em homens quanto em mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de próstata e mama.

Quais são os Sintomas do câncer colorretal?

Os sintomas do câncer colorretal podem variar dependendo do estágio da doença. Nos estágios iniciais, muitas vezes, o câncer colorretal não causa sintomas visíveis. À medida que a doença avança, os sintomas podem se tornar mais evidentes.

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

Dor abdominal
Distensão abdominal
Perda de peso
Alteração no padrão de funcionamento intestinal
Sangramento nas evacuações
Dor no reto
Sensação de evacuação incompleta
Fezes Escurecidas
Fraqueza
Anemia

Diagnóstico e Estadiamento

O diagnóstico do câncer colorretal é realizado através do exame de colonoscopia, um procedimento que possibilita a visualização das lesões e a coleta de biópsias (pequenos fragmentos para análise). Embora outros exames possam indicar a possibilidade de tumores colorretais, a confirmação diagnóstica geralmente é obtida por meio da colonoscopia.

Após o diagnóstico é essencial o estadiamento do tumor, que consiste na avaliação do tamanho da lesão e se houve comprometimento de órgãos próximos ou disseminação para locais distantes (metástases). O estadiamento é realizado com exames complementares como tomografia computadorizada e ressonância magnética (fundamental na avaliação dos tumores de reto – parte final do intestinal grosso, mais próxima ao ânus). É importante ressaltar que o estadiamento definitivo do tumor, na maioria das vezes, só é definido após a realização de cirurgia, quando é possível obter análise minuciosa da lesão. Quanto mais precoce o estadiamento, maiores são as chances de cura do tumor.

O estadiamento do câncer de reto é classificado em quatro estágios, que refletem a extensão do tumor e seu envolvimento em diferentes regiões do corpo:

  • Estágio I: o tumor restrito à parede do intestino, em uma camada mais superficial;
  • Estágio II: tumor ainda restrito as paredes do intestino, mas mais profundo ou invade órgãos próximos;
  • Estágio III: neste estágio, independente da profundidade na parede do intestino, o tumor envolve os linfonodos próximos ao intestino. Os linfonodos são nódulos presentes em várias regiões do corpo e têm a função de “filtrar” substâncias nocivas para o organismo. É comum que as células de tumor se alojem nesses tecidos;
  • Estágio IV: tumor com metástase, ou seja, espalhou-se para outros órgãos, como pulmões ou fígado.

Tratamento do Câncer de Cólon

O tratamento do câncer do cólon pode incluir cirurgia e quimioterapia. A cirurgia realizada tem como objetivo a remoção do segmento do intestino afetado pelo tumor e dos linfonodos que “drenam” a área correspondente.

Também podem ser realizados procedimentos para desvio do trânsito do intestino e para a remoção de metástases.

Cada caso é único, e o tipo de procedimento cirúrgico depende da localização e do estadiamento de cada tumor. Da mesma forma, a realização de quimioterapia, o tipo de medicação e o momento da realização da quimioterapia (antes ou depois da cirurgia), também dependem do estadiamento do tumor.

Alguns tumores de cólon muito superficiais podem ser removidos durante a colonoscopia.

Tratamento do Câncer de Reto

Nos tumores de reto, também pode ser realizado tratamento com radioterapia para redução do tamanho da lesão e da chance de recidiva local (retorno do tumor). Como o reto é o segmento do intestino mais próximo ao ânus, é mais comum que pacientes com tumores de reto precisem de ostomias (abertura do intestino para a pele do abdome para a saída das fezes) temporárias ou até definitivas, sem possibilidade de reversão.

Além disso, a cirurgia do câncer de reto esta frequentemente associada com resultados funcionais piores, como aumento no número de evacuações e redução na capacidade de segurar as fezes.

Preservação de Órgão

Como nos tumores de reto existe maior chance de ser necessária uma ostomia e a função evacuatória pode piorar significativamente após o tratamento, prejudicando a qualidade de vida, alguns esforços adicionais são comumente sugeridos para permitir realizar procedimentos de menor porte ou até para evitar qualquer procedimento cirúrgico. Em alguns pacientes a radioterapia combinada com a quimioterapia (quimiorradioterapia) pode gerar uma grande redução no tamanho e até o desaparecimento completo da lesão.

Nos pacientes com desaparecimento da lesão após a quimiorradioterapia (resposta completa) pode ser feito acompanhamento com exames frequentes, evitando a realização de cirurgia. A estratégia para seguimento desses pacientes é chamada Watch and Wait e apresenta excelentes resultados funcionais e segurança no tratamento da doença, desde que se siga corretamente o acompanhamento, podendo ser necessária a realização de procedimento cirúrgico, caso haja qualquer sinal de retorno da doença. Em algumas situações, apesar de a lesão não sumir completamente, a persistência de uma lesão residual pequena após o tratamento, pode permitir um procedimento menos invasivo, a remoção local da lesão, sem a retirada de todo o reto.

As possibilidades de tratamento são dependentes de diversas características do paciente e, principalmente, do tumor, sendo necessária a avaliação minuciosa para definir as alternativas terapêuticas.

Fatores de Risco

O câncer colorretal pode ser influenciado por diversos fatores de risco, que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver a doença. Alguns dos principais fatores de risco são:

Atenção
Sedentarismo
Dieta pouco saudável
Obesidade
Histórico familiar de câncer de cólon
Consumo de álcool e tabagismo
Doenças inflamatórias do intestino
Idade: tumores colorretais são mais comuns após os 50 anos

Prevenção

Um estilo de vida saudável com a realização de atividade física regular e dieta rica em fibras podem reduzir a chance de câncer colorretal. Além disso, a realização de exames preventivos (sangue oculto nas fezes, colonoscopia) a partir dos 45 anos de idade, em pacientes que não tem história familiar de câncer colorretal, reduz significativamente o risco de desenvolver a doença. Para pessoas com história familiar de câncer colorretal a prevenção deve ser feita com colonoscopia a partir dos 40 anos ou 10 anos antes da idade em que o familiar fez o diagnóstico (por exemplo: quando o familiar fez o diagnóstico com 40 anos, o exame deve ser realizado a partir dos 30 anos).

Perguntas frequentes

Pólipos são protuberâncias que surgem na superfície interna de diversos órgão que visualmente se assemelham a pequenas verrugas. No intestino, os tumores do cólon e do reto surgem a partir de pólipos que, com o tempo, podem crescer e se transformar em tumores. Essa evolução pode demorar muitos anos.  Os pólipos colorretais, em geral, não apresentam sintomas e a colonoscopia é necessária para fazer o diagnóstico. Além da identificação, o exame de colonoscopia ainda permite a remoção desses pólipos na maioria dos pacientes. A remoção de pólipos previne, de forma significativa, o surgimento do câncer de intestino.

Ou seja, é recomendada a realização de colonoscopia a partir dos 45 anos de idade em pessoas sem história familiar de câncer colorretal (mesmo sem nenhum sintoma relacionado ao intestino) para identificar e remover os pólipos prevenindo sua transformação em um tumor. Em pessoas com história familiar de câncer colorretal a realização de colonoscopia deve iniciar aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade em que o familiar fez o diagnóstico em casos de pessoas que façam o diagnóstico de tumor antes dos 50 anos. Em torno de um terço das pessoas desenvolvem pólipos colorretais, mas nem todos os pólipos têm potencial de transformação para câncer. Dependendo do tipo de pólipo, número e tamanho das lesões identificadas, pode ser necessária a realização de colonoscopia com maior frequência.

O câncer colorretal é um tipo de câncer que se forma no cólon ou no reto, partes do sistema digestivo.

Os sintomas comuns incluem mudanças nos hábitos intestinais, sangue nas fezes, dor abdominal, fraqueza e perda de peso não intencional.

Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, dieta rica em carne vermelha e processada, consumo excessivo de álcool, tabagismo e certas condições médicas.

O diagnóstico pode ser feito através de exames como colonoscopia, sigmoidoscopia, tomografia computadorizada, exames de sangue e biópsia.

O tratamento pode incluir cirurgia para remover o tumor, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo específicas para o tipo de câncer. 

Sim, medidas de prevenção incluem manter uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em carne processada, evitar o tabagismo, limitar o consumo de álcool e realizar exames de rastreamento regulares. 

O rastreamento permite a detecção precoce do câncer, o que aumenta significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido.

O câncer colorretal é classificado em quatro estágios, do estágio I (menos avançado) ao estágio IV (mais avançado e com possibilidade de metástase). 

Além do tratamento médico, os pacientes podem receber suporte psicológico, nutricional e cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida.

Uma colostomia é uma abertura cirúrgica criada no abdômen para desviar o trato intestinal. Em alguns casos de câncer colorretal, pode ser necessária para facilitar a eliminação de fezes.

Saiba Mais sobre o Câncer Colorretal:

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Aparelho digestivo

O Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um centro de referência no diagnóstico e tratamento de doenças do aparelho digestivo.

O centro conta com uma equipe de especialistas renomados, que atuam em diversos núcleos, de forma integrada, para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.

Além da excelência da equipe médica e assistencial, o centro possui os mais avançados tratamentos e tecnologia de ponta, para garantir o melhor resultado possível para cada paciente.

O centro está comprometido com a preservação da saúde e qualidade de vida de seus pacientes, desde a prevenção até casos que envolvam medicina de alta complexidade.

Confira alguns dos serviços oferecidos pelo Centro Especializado em Aparelho Digestivo:

  • Diagnóstico e tratamento de doenças do esôfago, estômago, intestinos, pâncreas, fígado e vias biliares;
  • Cirurgias do aparelho digestivo;
  • Endoscopia digestiva alta e baixa;
  • Colonoscopia;
  • Retosigmoidoscopia;
  • Exames de imagem do aparelho digestivo;
  • Nutrição enteral e parenteral;
  • Cuidados paliativos.

Exames

É um exame complementar que identifica alterações na pressão dentro do canal e analisa a propulsão, contração e coordenação dos movimentos do órgão e de seus músculos (esfíncteres superior e inferior).

Indicação:

  • Disfagia (dificuldade de engolir alimentos sólidos e líquidos) com causa obscura: acalasia, esclerodermia, espasmo difuso do esôfago, hipertensão do esfíncter inferior do esôfago, esôfago em quebra-nozes, entre outras;
  • Avaliação da doença do refluxo gastroesofagiano;
  • Dor torácica de origem não-cardíaca;
  • Excluir doenças sistêmicas com possível envolvimento esofágico.

Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao ácido gástrico.

Indicação:

  • Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.

Método para diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico – DRGE por meio do monitoramento do pH do esôfago, que quantifica a exposição do esôfago ao refluxo do conteúdo gástrico sendo ele refluxo de ácido, não ácido e de gás.

Indicação:

  • Pacientes com sintomas sugestivos de Doença do refluxo gastroesofágico – DRGE que não apresentam esofagite ao estudo endoscópico.

Exame que estuda o ânus por meio da avaliação da pressão dos esfíncteres interno e externo do ânus, sua capacidade e sensibilidade, além do reflexo neural responsável pela movimentação do intestino.

Indicação:

  • Constipação intestinal;
  • Incontinência fecal;
  • Fissura anal.

O exame usa a medida do hidrogênio da respiração para diagnosticar certas condições que desencadeiam sintomas gastrointestinais e que podem estar associados ao excesso do gás no intestino. Por meio do exame é possível detectar intolerância à lactose, à frutose, ao sorbitol e à xilose, além da síndrome do supercrescimento bacteriano.

Indicação:

  • Supercrescimento bacteriano de intestino delgado;
  • Síndromes de má digestão de carboidratos;
  • Avaliar as condições associadas a distensão abdominal.

Equipes multidisciplinares

Nossas equipes multidisciplinares são compostas por médicos, cirurgiões, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos altamente qualificados, todos especializados em distúrbios do sistema digestivo. Eles trabalham em conjunto para oferecer a você o atendimento mais completo e personalizado.

 Nosso centro é subdividido em sete núcleos especializados:

  • Núcleo de Esôfago e Estômago;
  • Núcleo de Vias Biliares e Pâncreas;
  • Núcleo de Fígado;
  • Núcleo de Hérnia;
  • Núcleo de Gastroenterologia;
  • Núcleo de Coloproctologia e Intestinos;
  • Núcleo de Cirurgia do Aparelho Digestivo.

ENGRENAGEM PERFEITA

Você sabe qual é o caminho que a comida percorre assim que entra pela sua boca? A seguir, contamos as principais etapas da nossa digestão, processo espetacular e fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Confira!

Quando bate aquela vontade de comer alguma coisa gostosa, não é só um desejo que estamos satisfazendo. Comemos para crescer, renovar as células e desenvolver o nosso corpo. Para isso, fazemos funcionar uma das engrenagens mais complexas e harmônicas da nossa constituição humana: o sistema digestivo, ou digestório, como também é chamado. “É o momento em que o nosso organismo faz a absorção dos nutrientes dos alimentos”, resume o Dr. Ricardo Barbuti, especialista em gastroenterologia. Da boca, a comida cai no estômago e segue por um longo tubo de 10 a 12 metros de comprimento rumo ao destino final. O sistema também conta com órgãos coadjuvantes, como fígado e pâncreas, que produzem enzimas para reduzir as porções que serão absorvidas pelas células e outras partículas desnecessárias que serão descartadas no fim do processo. Conheça a seguir as principais etapas dessa jornada fantástica.

Por que cálculos na vesícula acometem mais as mulheres?

Predisposição genética, estilo de vida e alimentação desregrada são fatores de risco para o surgimento de cálculos na vesícula, popularmente conhecidos como pedras. Mas você sabia que a incidência dessas pedras é quatro vezes maior em mulheres do que em homens?

Nessa semana, a Dra. Camylle Reis Figueiredo, cirurgiã geral do nosso Centro Especializado em Aparelho Digestivo, explica que o uso prolongado de anticoncepcionais, elevação de níveis de hormônios na gravidez e reposição hormonal na menopausa são motivos que podem influenciar no surgimento das pedras. Ouça nosso episódio e saiba mais sobre causas, sinais, sintomas, tratamentos e os possíveis riscos de não tratar.

Hérnia: tipos, sintomas, diagnóstico e tratamento

Você provavelmente já ouviu falar ou conhece uma pessoa que tem hérnia. É uma condição que atinge mais de 5,4 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, e que causa desconfortos que muitas vezes atrapalham atividades do cotidiano. Por isso, no episódio desta semana, o cirurgião do aparelho digestivo e Coordenador do Núcleo de Hérnia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Sergio Roll, fala sobre o que são, causas, principais sinais e sintomas e como são feitos o diagnóstico e o tratamento das hérnias. Dê o play e confira.

Como manter o intestino saudável e fortalecer a imunidade

Uma microbiota intestinal saudável pode contribuir de maneira significativa para o fortalecimento do nosso sistema imunológico. Para isso, manter uma alimentação balanceada, rica em fibras, praticar exercícios físicos regularmente, bem como a suplementação de probióticos são algumas dicas valiosas que o Dr. Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, traz no episódio desta semana. Dê o play e confira.

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